segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A VIDA DE DAVI - SERMÃO 018 – COMO O PECADO NOS SUFOCA — PARTE 2 - AUTOPIEDADE E AUTOENGANO


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Esse artigo é parte da série "Exposição da Vida de Davi" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa exposição, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará um link para outros estudos dessa série.


Texto: 1 Samuel 26—30
Introdução.

A. Na mensagem anterior nós vimos como Davi, cansado de 8 anos de perseguições da parte de Saul, se esquece de Deus e volta suas costas para Aquele que tinha mandado Samuel ungi-lo rei sobre o povo de Israel.  
B. O verso que comprova o que estamos dizendo é 1 Samuel 27:1 —
1 Samuel 27:1
Disse, porém, Davi consigo mesmo: Pode ser que algum dia venha eu a perecer nas mãos de Saul; nada há, pois, melhor para mim do que fugir para a terra dos filisteus; para que Saul perca de todo as esperanças e deixe de perseguir-me por todos os limites de Israel; assim, me livrarei da sua mão.
C. Note que Davi fala consigo mesmo. Note também que não existe nenhuma consideração pela pessoa de Deus.
D. O curioso é que não fazia muito tempo que Davi havia afirmado sua confiança na promessa de Deus —
1 Samuel 26:10
Acrescentou Davi: Tão certo como vive o SENHOR, este o ferirá, ou o seu dia chegará em que morra, ou em que, descendo à batalha, seja morto.
E. Mas aqui, Davi toma uma decisão sem fazer nenhuma consideração acerca da pessoa de Deus. Davi estava a ponto de tomar uma grande decisão em sua vida, mas Deus não estava em seu horizonte.
F. De fato, Davi estava tão longe de Deus, que o nome do Senhor Deus não é mencionado começando em 1 Samuel 27:1 até 1 Samuel 30:5. Única exceção é a menção nos lábios do rei filisteu de Gate — Aquis — que pode ser vista em 1 Samuel 29:6, 9.
G. A decisão de Davi, embora completamente equivocada, deu certo no princípio —
1 Samuel 27:4
Avisado Saul de que Davi tinha fugido para Gate, desistiu de o perseguir.
H. Diante de tudo isso, vamos notar dentro do nosso tema geral acerca de como...

O PECADO NOS ATRAI TORNANDO A VIDA, APRAENTEMENTE, MAIS AGRADÁVEL A PRINCÍPIO
que:
I. Somos Muito Tentados em Horas de Dificuldades
A. Nessa altura dos acontecimentos Saul já estava perseguindo a Davi, fazia oito longos anos.
B. Nesse período Davi teve a oportunidade de matar a Saul por duas vezes, mas preferiu confiar em Deus, em vez de fazer justiça com as próprias mãos. Mas agora, Davi talvez estivesse pensando, como nós muitas vezes fazemos: valeu à pena?
C. Além da perseguição Davi precisava prover para os 600 homens que o acompanhavam com suas famílias e para toda sua própria família. Como um fugitivo tais situações eram ainda mais complicadas.
D. Qualquer pessoa que ajudava a Davi ou as pessoas que estavam com ele, tornavam-se, automaticamente, em inimigas de Saul, o rei de Israel.
E. Não tenha dúvida. O diabo vai sempre se aproveitar de você quando você estiver passando por dificuldades. Foi isso que ele fez com Davi e foi isso que fez Davi perder a esperança que tinha em Deus. O Apóstolo Pedro nos adverte dizendo:
1 Pedro 5:8—9a
8  Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;
9  resisti-lhe firmes na fé.
II. A Sequência do Pecado é uma Armadilha Enganosa
A. O autor aos Hebreus nos adverte acerca do cuidado que devemos ter com o pecado em nossas vidas —
Hebreus 3:12—13
12 Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo;
13 pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.
B. O autoengano é um dos piores erros que podemos cometer. Quando somos vítimas do autoengano nos tornamos cada vez mais resistentes aos apelos, tanto da nossa própria consciência como das pessoas que tentam nos ajudar.
C. Vejamos como isso funcionou na vida de Davi.
1. Pensamentos errados que já foram mencionados na mensagem anterior, fatalmente nos conduzirão a ideias erradas — ver 1 Samuel 27:1 acima. Davi tinha sido ungido rei sobre o povo de Israel e tinha a promessa de Deus que um dia se assentaria no trono de Saul. Mas o autoengano o impedia de aceitar e depender das promessas de Deus.
2. Sentimentos errados. Pensamentos errados também nos conduzem a sentimentos errados. Davi não esta sofrendo apenas de autoengano, mas agora estava sofrendo também de autopiedade. A autopiedade nos faz sentir que somos a pessoa mais importante do mundo e que todos estão contra nós. “Coitadinho de mim” é assim que pensamos. Tais sentimentos devem ser confrontados, confessados e abandonados como pecados. O livro de Provérbios diz:
Provérbios 28:13
O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.
3. Pensamentos errados associados a sentimentos errados nos conduzem, fatalmente, para ações erradas
1 Samuel 27:2
Dispôs-se Davi e, com os seiscentos homens que com ele estavam, passou a Aquis, filho de Maoque, rei de Gate.
Davi sabia que o povo de Israel estava proibido por Deus de manter relações com os povos da terra, porque eram pagãos e idólatras. Mesmo assim, ele desobedece a Deus e vai procurar os filisteus em Gate. Como sabemos Davi não estava só. Então em vez de pecar sozinho ele arrastou um monte de gente junto com ele —
1 Samuel 27:3
Habitou Davi com Aquis em Gate, ele e os seus homens, cada um com a sua família; Davi, com ambas as suas mulheres, Ainoã, a jezreelita, e Abigail, a viúva de Nabal, o carmelita.
4. O próximo passo na ladeira abaixo de Davi foi se aliar com as pessoas erradas. Os filisteus eram arquiinimigos de Israel e Davi não apenas adotou a amizade errada mais levou um monte de gente com ele, expondo essas pessoas a todos os pecados comuns entre os filisteus, especialmente a imoralidade sexual e a idolatria. Ver o verso de 1 Samuel 27:3 acima.
Más companhias são o caminho mais curto para uma completa corrupção de costumes. Paulo diz —
1 Coríntios 15:33
Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.
ou
1 Coríntios 15:33 na NTLH
Não se enganem: “As más companhias estragam os bons costumes”.
Se você pretende seguir o Senhor Jesus como discípulos, então deve tomar cuidado com todas as pessoas que não têm interesse em Deus, nem nas coisas de Deus. Não se deixe enganar.
5. O rei Aquis dá para Davi uma pequena cidade — Ziclague — para ele habitar com seu povo
1 Samuel 27:5—6
5  Disse Davi a Aquis: Se achei mercê na tua presença, dá-me lugar numa das cidades da terra, para que ali habite; por que há de habitar o teu servo contigo na cidade real?
6  Então, lhe deu Aquis, naquele dia, a cidade de Ziclague. Pelo que Ziclague pertence aos reis de Judá, até ao dia de hoje.
6. O contínuo afastamento de Davi de Deus o levou a praticar ainda outros atos errados, muito errados mesmo —
1 Samuel 27:8—12
8 Subia Davi com os seus homens, e davam contra os gesuritas, os gersitas e os amalequitas; porque eram estes os moradores da terra desde Telã, na direção de Sur, até à terra do Egito.
9 Davi feria aquela terra, e não deixava com vida nem homem nem mulher, e tomava as ovelhas, e os bois, e os jumentos, e os camelos, e as vestes; voltava e vinha a Aquis.
10 E perguntando Aquis: Contra quem deste hoje? Davi respondia: Contra o Sul de Judá, e o Sul dos jerameelitas, e o Sul dos queneus.
11 Davi não deixava com vida nem homem nem mulher, para os trazer a Gate, pois dizia: Para que não nos denunciem, dizendo: Assim Davi o fazia. Este era o seu proceder por todos os dias que habitou na terra dos filisteus.
12 Aquis confiava em Davi, dizendo: Fez-se ele, por certo, aborrecível para com o seu povo em Israel; pelo que me será por servo para sempre.
A atitude de Davi era a de um verdadeiro homem sanguinário. Ele não tinha recebido nenhuma ordem de Deus para fazer o que estava fazendo. Ele estava matando, até mesmo, alguns dos parceiros de Aquis, e por isso precisava matar todas as pessoas para que ninguém pudesse denunciá-lo para o rei dos filisteus, que achava que Davi estava atacando vilarejos fronteiriços de Judá.
C. Davi estava jogando um jogo muito perigoso. É o que sempre acontece quando nos afastamos dos caminhos de Deus.
Conclusão:
A. Minhas irmãs e meus irmãos, quantas vezes nós já, miseravelmente, tomamos decisões sem levar Deus e Sua Palavra em consideração e o que colhemos dessas desastradas decisões? Paulo responde dizendo:
Romanos 6:20—21
20 Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça.
21 Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte.
B. Quantas vezes você e eu não paramos no meio de uma tribulação para pensar se vale mesmo à pena ser cristão. Quando pensamos assim demonstramos falta de fé e ofendemos o Senhor.
C. Nossa Carne é fraca, por isso precisamos resistir com firmeza às investidas de Satanás. Se agirmos assim essa é a promessa que Deus nos faz —
Tiago 4:7
Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
D. Tomemos muito cuidado com o nosso próprio coração, pois Jeremias nos diz
Jeremias 17:9
Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?
E. Devemos sempre nos lembrar que raramente nossos pecados atingem apenas a nós mesmos. Eles atingem as pessoas próximas de nós, sejam amigos, parentes e especialmente os membros da nossa igreja! Portanto, pense bem, duas vezes, antes de tomar qualquer decisão e depois pense outras duas, antes de agir!
F. Quando ideias erradas nos conduzem a sentimentos errados e esses por sua vez nos conduzem a nos associar com as pessoas erradas, nós acabamos nos sentindo constrangidos a praticar males cada vez maiores e numa intensidade cada vez maior, com o objetivo de cobrir nossos erros e manter nosso estilo de vida pecaminoso.
G. Todas as vezes que nos deixamos envolver pelo pecado o engano sempre estará presente. Enganamos as outras pessoas, mas o pior mesmo é quando, como tolos, enganamos a nós mesmos.
H. Fujamos do pecado minhas irmãs e irmãos. Voltemos para o nosso Deus porque ele é benigno e rico em perdoar —
Isaías 55:7
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.
Que o Senhor abençoe a todos.
OUTROS ESTUDOS ACERCA DA VIDA DE DAVI
001— Um Homem Segundo o Coração de Deus — Parte 1
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/10/a-vida-de-davi-um-homem-segundo-o.html
002— Um Homem Segundo o Coração de Deus — Parte 2
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/11/a-vida-de-davi-um-homem-segundo-o.html
 003— Um Homem Segundo o Coração de Deus — Parte 3
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/12/a-vida-de-davi-um-homem-segundo-o.html
 004— Um Homem Segundo o Coração de Deus — Parte 4
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/01/a-vida-de-davi-um-homem-segundo-o.html
Que o Senhor abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis
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domingo, 29 de janeiro de 2017

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 014 — A RESSURREIÇÃO PASSADA DO CRENTE — PARTE 002


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ESSA É UMA SÉRIE DE ESTUDOS QUE VISA ABORDAR DA MANEIRA COMO CONSIDERAMOS APROPRIADA A IMPORTANTE QUESTÃO RELATIVA À RESSURREIÇÃO DE CRISTO. TOMANDO COMO BASE AS OBRAS DE GEERHARDUS VOS E HERMAN RIDDERBOS. NOSSA INTENÇÃO É MOSTRAR A CENTRALIDADE DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO NA TEOLOGIA PAULINA.

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DO CRENTE

Os versículos que vimos na parte anterior enfatizavam a conexão orgânica entre a ressurreição de Jesus e a ressurreição futura, corporal, dos crentes. Mas concluir que o significado salvífico se resume à ressurreição futura dos crentes, é apreciar apenas parte da verdade ensinada pelo Novo Testamento. Para resolver isso, é necessário apreciarmos as referências, nas quais o apóstolo Paulo menciona o fato que os crentes já foram ressuscitados com Cristo. Essa verdade é apresentada de forma mais incisiva nas seguintes passagens:

Colossenses 2:12—13; 3:1.

12 Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.

13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos.

1. Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.

O texto de Colossenses 2:12—13 foi escrito da perspectiva cristológica histórico-redentiva. Mas como aconteceu antes, o aspecto da apropriação individual e existencial também encontra-se presente. Ver estudo anterior por meio do link abaixo:


Todavia, é importante notarmos duas coisas:

1. Existem vários paralelos entre esses versos e os versos de Efésios 2, devido a íntima relação que existe entre essas duas epístolas. Dizemos isso porque Colossenses 2:12—14 é a única passagem em que Paulo combina συνηγέρθητεsunegérthetefostes ressuscitados com συνεζωοποίησεν sunezoopoíesenvos deu vida juntamente com ele. Além disso, a afirmação de Paulo aqui, quando diz: que estáveis mortos pelas vossas transgressões, é praticamente idêntica àquela que encontramos em Efésios 2:1 e 5. Dessa maneira, podemos dizer que o pensamento de Paulo é apenas um, quando afirma: fostes ressuscitados e ele vos deu vida. Ao dizer isso, Paulo está afirmando nosso terrível estado de morte espiritual, que inclui entre outras coisas, nossa completa depravação moral. Nas afirmações de Paulo estão implícitos aspectos da experiência inicial da salvação experimentados pelos crentes.

2. A colocação διὰ τῆς πίστεωςdià tês písteosmediante a fé é, claramente, uma qualificação adverbial do verbo συνηγέρθητεsunegérthetefostes ressuscitados. Os crentes têm sido ressuscitados juntamente com Cristo por meio da fé, pois Paulo relaciona a fé com a experiência de ter sido ressuscitado com Cristo duma forma bastante aguda.

A única outra passagem nessa epístola onde o verbo que acabamos de mencionar aparece é Colossenses 3:1, onde o mesmo tem a mesma força e a mesma forma que vemos em Colossenses 2:12. No contexto imediatamente seguinte, Paulo afirma que, por terem sido já ressuscitados com Cristo, então, torna-se necessário: 1) fazer morrer a natureza terrena — Colossenses 3:5; 2) despojar-se das características da natureza terrena — verso 8; 3) revestir-se com as qualidades próprias da vida ressuscitada com Cristo — verso 12. Assim, fica confirmado que, para Paulo, termos sido ressuscitados com Cristo é parte da experiência de salvação inicial, que inclui uma completa renovação moral.

Colossenses 3:1—14

1 Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.

2 Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;

3 porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus.

4 Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.

5 Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;

6 por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

7 Ora, nessas mesmas coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas.

8 Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar.

9 Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos

10 e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou;

11 no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos.

12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.

13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;

14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.

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A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 001 — INTRODUÇÃO À HERMENÊUTICA.

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A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 011 — O TEMA CENTRAL E SUA ESTRUTURA BÁSICA — PARTE 003 — CRISTO É O PRIMOGÊNITO DENTRE OS MORTOS — PARTE 003

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A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 013 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 001

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO – PARTE 014 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-ressurreicao-de-cristo-dentre-os.html

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 015 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 003

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sábado, 28 de janeiro de 2017

KIERKEGAARD, HOLLYWOOD E O SALTO NO ABISMO



Hoje estamos publicando um artigo da autoria do Prof. Dr. Wilson Roberto Vieira Ferreira que nos apresenta sua avaliação do filme Passengers — Passageiros. O filme procura recontar a história de Adão e Eva da perspectiva gnóstica e lida com temas queridos pelos cristãos, tais como: liberdade, ansiedade, angústia autoconhecimento, questões morais de todas as ordens e etc. Apesar das posições do prof. Wilson não representarem as opiniões do Blog O Grande Diálogo, ainda assim a leitura do seu artigo é recomendada como parte da oportunidade para discussão que propicia.  

O filósofo KierkegAard vai a Hollywood no filme "Passageiros"
 Wilson Roberto Vieira Ferreira

Por que diante do precipício ao mesmo tempo em que temos medo, também sentimos o impulso de saltar para o fundo do abismo? Em 1844 o filósofo Søren Kierkegaard disse que isso deriva da ansiedade da descoberta de sermos livres para saltar ou não saltar. E sempre temos medo daquilo que mais desejamos. “Passageiros” (Passengers, 2016) retoma essas ideias do filósofo dinamarquês, inclusive com a referencia do abismo: só, no espaço sideral, diante do vazio do Universo, o homem teme por descobrir que é livre, como se retornasse ao mito do Paraíso, antes de Adão e Eva terem descoberto a árvore do conhecimento. “Passageiros” é mais uma amostra da recente guinada metafísica de Hollywood sob camadas de entretenimento e efeitos digitais. Assim como a animação “WALL-E” (2008), também faz uma releitura gnóstica do Gênesis bíblico: como o homem, prisioneiro numa gigantesca espaçonave-resort que ruma para a destruição, pode conquistar a liberdade e autoconhecimento.

Passageiros (2016) é um ótimo exemplo sobre a guinada metafísica dos filmes hollywoodianos: o mix de mitologias e simbolismos filosóficos. Mais precisamente, sobre como, sob a superfície de entretenimento com muito efeitos digitais, os filmes comerciais desfiam sérios conceitos filosóficos tendo com fio condutor a mitologia gnóstica.

Lembrem de filmes como Lucy, Ex-Machina e Transcendence onde o conceito nietzschiano de “vontade de potencia” é introduzido por meio da discussão TecnoGnóstica da Inteligência Artificial; ou os simbolismos freudianos da interpretação dos sonhos aplicados em uma narrativa PsicoGnóstica no filme A Passagem (Stay, 2005).

E não poderia ser de outra forma: um diretor nórdico (Morten Tyldum, O Jogo da Imitação) introduz conceitos filosóficos do filósofo dinamarquês Kierkegaard em uma narrativa que faz uma alusão invertida do mito de Adão e Eva do Gênesis bíblico em uma narrativa da jornada do herói gnóstico — acordar prisioneiro em um cosmos que caminha para a entropia e destruição.

Uma gigantesca espaçonave (simbolicamente de forma helicoidal do DNA humano) atravessa a galáxia em uma viagem de 120 anos para uma colônia em um remoto planeta transportando milhares de pessoas em câmaras de hibernação. Porém, uma má função resulta no despertar prematuro de um passageiro, 90 anos mais cedo da chegada prevista. Ele se vê sozinho numa gigantesca nave automática que mais parece uma mistura de shopping center com hotel-resort.


Sozinho naquele microcosmo, cujas más funções começam lentamente a contaminar toda a nave, e junto com 5.000 almas hibernando, o protagonista será confrontado com sérias questões morais, a angústia e a ansiedade. Mas tudo isso traduzido pela filosofia de Søren Kierkegaard (1813-1855), mais precisamente na sua obra O Conceito de Ansiedade de 1844, muito tempo antes do Existencialismo e da Psicanálise.

O Filme

Jim (Chris Pratt) é um dos 5.000 passageiros, mais a tripulação, mantidos em câmaras de hibernação, na espaçonave automática Avalon. Viajando a metade da velocidade da luz, Avalon ruma em direção da colônia Homestead II em uma jornada de 120 anos. Após 30 anos, a Avalon atravessa uma região do espaço com uma intensa chuva de meteoros o que obriga a nave a concentrar quase a totalidade da energia nos seus escudos. Isso produzirá uma lenta disseminação de pequenas más funções na Avalon.

E Jim é a primeira vítima: sua câmara de hibernação desperta-o prematuramente, como se a espaçonave já estivesse se aproximando de Homestead II. Tudo parece normal (o protocolo de boas vindas é acionado automaticamente pelos sistemas da nave), mas logo Jim cai em si – ele está sozinho em uma gigantesca espaçonave, faltando ainda 89 anos para o destino. Morrerá sozinho antes do restante dos passageiros despertar.

No início temos a clássica jornada do herói: primeiro ele fica confuso e desesperado. Depois, aparentemente aceita o destino e passa a usufruir de todos os serviços daquele autêntico hotel resort espacial – come sushi todas as noites e bebe uísque com a única companhia, o barman robô chamado Arthur (Michael Sheen) programado para bate papos superficiais de balcão de bar com os clientes.


A nave Avalon, o design interior e o balcão com o solicito robô barman são evidentes alusões a 2001 e O Iluminado de Stanley Kubrick. Assim como em O Iluminado, a solidão num lugar distante de qualquer coisa humana na Galáxia começa a enlouquecer o protagonista – por meses caminha nu pela nave, deixa crescer uma espessa barba, embriaga-se em longas conversas com repostas protocolares do barman androide, faz caminhadas espaciais e por horas fica olhando para o vazio e quase tenta suicídio em uma câmara de ar na saída da Avalon.

A partir daí, Jim passa o tempo lendo textos e os registros de vídeo dos passageiros em hibernação. Até ter um interesse peculiar por Aurora (Jennifer Lawrence), jornalista e escritora. Como engenheiro mecânico, Jim leu todos os manuais sobre as câmaras de hibernação o que o coloca em uma sinuca existencial e moral: um ano de solidão lhe deu uma inesperada consciência de liberdade. Jim pode despertá-la para dividir com ele a solidão. Mas por outro lado, isso significava roubar-lhe a vida que Aurora teria no futuro.

Jim convence a si mesmo que poderiam se apaixonar e ele iria construir uma casa para ela – um dos temas ao longo do filme é como a automação impossibilita as pessoas de construírem coisas com suas próprias mãos, roubando a humanidade dos objetos.

Depois de muitos dilemas éticos e existenciais, Jim decide acordá-la fazendo tudo parecer mais uma disfunção da nave Avalon.

De um lado, a solidão e a liberdade; do outro, o sequestro da vida de Aurora por Jim. Que ainda esconde um tema sombrio: o horror feminista pelo abuso emocional numa cultura do estupro que vê as mulheres como objeto de possessão. Jim é bonito, charmoso e sedutor. Mas esconde uma sombria escolha moral.


O Gênesis gnóstico

Passageiros faz uma interessante analogia com o Gênesis bíblico: o início de uma convivência fundada no pecado original, porém de forma invertida – foi Adão/Jim que conheceu o Mal (a liberdade de escolha) e não Eva/Aurora. O filme faz até uma alusão à árvore cujo fruto Jim não pode comer: a máquina de café automático Spice Extreme Latte, porque não é um passageiro com pulseira “ouro”. Quando Aurora/Eva chega, os dois podem consumir juntos os produtos do nível ouro, enquanto Jim sabe que fez algo muito errado.

O hotel-resort da nave Avalon é o Paraíso que tenta expulsar Jim e Aurora como uma espécie de punição por terem comido o fruto do Conhecimento – Jim, a descoberta da liberdade; e Aurora, permitir a Jim ter acesso “ouro” a serviços.

Mas esse Gênesis parece ter uma releitura bem gnóstica: assim como no Gênesis onde a mulher surge da costela de Adão, é Jim quem desperta uma mulher. Mas Adão e Eva despertam em uma Criação que já está em crise – as más funções anunciam uma destruição próxima de Avalon. Não foi o pecado que fez a Criação incorrer na Queda. A Queda foi a própria criação, que manteve o homem prisioneiro e colocado em condições existenciais extremas que só permitem tirar de dentro do homem o pior de si mesmo.

Aurora descobrirá como um homem aparentemente decente e charmoso foi capaz de roubar-lhe a própria vida. Como é colocado a certa altura em uma linha de diálogo, Jim era alguém que estava se afogando. E toda pessoa que se afoga agarra-se em alguém para levar junto.
Passageiros oferece mais uma releitura gnóstica da mitologia do Paraíso perdido, numa versão um pouco diferente da animação WALL-E (2008) - ver artigo sobre WALLE por meio do link abaixo:

http://cinegnose.blogspot.com.br/2011/02/wall-e-e-eva-disney-faz-releitura-do.html

Tal como na animação, o homem é prisioneiro em uma gigantesca espaçonave-resort que oferece comodismo e conforto. Mas que ao mesmo tempo oferece a oportunidade do autoconhecimento e a descoberta da liberdade.



Kierkegaard vai a Hollywood

Dessa maneira, Passageiros ingressa na ideia principal do livro O Conceito de Ansiedade do filósofo Kierkegaard, que inclusive é visualmente referenciado no filme.

Kierkegaard usa o exemplo de um homem à beira do precipício. Quando o homem olha para baixo ele sente o medo da queda. Mas ao mesmo tempo, sente um grande impulso de se atirar para o fundo do abismo. Esse sentimento paradoxal deriva da nossa ansiedade pela descoberta de que somos livres para escolher saltar ou não saltar. O mero fato de sabermos que temos a liberdade de escolha por sermos seres finitos diante da eternidade do Universo desperta ao mesmo tempo a solidão e a completa liberdade. Isso criaria tanto a possibilidade do autoconhecimento como da ansiedade neurótica – a angústia, que impede a evolução da ansiedade normal em autoconhecimento.

Um dos momentos-chave do filme é quando Jim em um dos seus passeios espaciais vê, solitário, a imensidão do Universo. Isso dá uma inesperada sensação de liberdade – ele pode se atirar no espaço, se matar, ou retornar e despertar Aurora. São atos equânimes moralmente naquelas condições existenciais nas quais Jim é prisioneiro.

Para Kierkegaard o mito de Adão retrata o despertar do indivíduo para a autoconsciência. Uma representação poética do instante em que o indivíduo coloca-se frente a si mesmo.

Tanto Jim quanto Aurora temem a extrema experiência simultânea da solidão e liberdade de poderem construir um novo mundo dentro do microcosmo da espaçonave Avalon. Mas, como Kierkegaard que antecipou muitas ideias freudianas, aquilo que mais desejamos é sempre o que mais tememos.

A ansiedade neurótica à descoberta de que sãos seres livres faz Jim pensar no suicídio e Aurora em tentar retornar à câmara de hibernação.

O filme Passageiros é uma jornada de autoconhecimento para os protagonistas: a transformação do medo da liberdade em atos que ecoarão na posteridade, como acompanhamos na sequência final - quando finalmente a nave Avalon chega ao destino 89 anos depois e os passageiros descobrem o legado deixado por Jim e Aurora.

Assista o trailer legendado em português por meio do link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=yRPECNxkMVA

O artigo original poderá ser acessado por meio do link abaixo:


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

ANDREW MURRAY - ESTUDO 017 — ENTENDENDO A VONTADE DE DEUS ESPIRITUALMENTE


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ESSA SÉRIE DE ARTIGOS ESTÁ BASEADA EM UM LIVRO ESCRITO POR ANDREW MURRAY CUJO TÍTULO ORIGINAL É: NOT MY WILL OU NÃO A MINHA VONTADE. ESPERAMOS E ORAMOS QUE TODOS POSSAM SER RICAMENTE ABENÇOADOS POR MEIO DESSAS MEDITAÇÕES


Efésios 5:17

Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.

A Bíblia nos fala de dois tipos de entendimento. Existe o entendimento meramente humano, fruto da mente carnal, conforme —

Colossenses 2:18

Ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum, na sua mente carnal.

O entendimento carnal pode ter muito conhecimento bíblico e pode fala livremente acerca dos ensinamentos da mesma, mas nunca experimentou o poder transformador que a mesma transmite. O outro tipo de entendimento é o entendimento espiritual, conforme —

Colossenses 1:9

Não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;

Por meio do entendimento espiritual o coração do crente é enchido pelo conhecimento da vontade de Deus, de tal forma, que a vontade do Senhor é soberana em sua vida. Sabemos que o Espírito Santo é concedido a cada crente verdadeiro para ser nosso Mestre com o objetivo de nos conduzir a toda verdade. Então, se o Espírito Santo vive em nós e governa nossas vidas, Ele nos concede o entendimento espiritual acerca da vontade de Deus. As palavras do nosso texto central procurai compreender qual a vontade do Senhor, são seguidas pelo mandamento de que devemos —

Efésios 5:18

E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.

À medida que nossa mente é transformada pela ação do Espírito Santo de Deus, nós podemos conhecer e entender qual é a vontade de Deus.

Compreender qual a vontade do Senhor. Se esse é nosso desejo, nós precisamos entender que a vontade de Deus não é idêntica à Sua lei e mandamentos. Trata-se um conceito bem mais abrangente. Isso é assim, em primeiro lugar, porque a vontade de Deus engloba o conselho de Suas intenções conforme Seu eterno prazer. Vejamos o que a Bíblia diz:

Efésios 1:5, 9, 11

5 Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.

9 Desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo.

11 Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade.

Conforme está afirmado nos versos acima, Deus nos escolheu para sermos adotados, como filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito — ou prazer — de sua vontade. A manifestação da pessoa do Senhor Jesus Cristo representou a revelação do mistério da sua vontade. Deus, somente Deus é aquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Tudo o que Deus quer, será realizado. A criação, a redenção, as bênçãos e as alegrias derramadas sobre Suas criaturas, Sua inimizade contra tudo o que é pecaminoso — todas essas coisas estão incluídas no que a Bíblia chama de: o conselho da sua vontade.

Depois temos também a vontade de Deus em Sua providência, que controla tudo o que acontece na vastidão do Universo, que permite, inclusive, a manifestação do pecado e das tentações com todas as misérias relacionadas que desabam sobre os seres humanos.

Como crentes, devemos aprender a olhar para tudo o que acontece na terra sobre essa perspectiva que o próprio Deus nos fornece: todas as coisas, inclusive os sofrimentos mais atrozes estão incluídos na vontade de Deus.

Temos também a vontade de Deus revelada por meio de Seus mandamentos, que podem ser encontrados nos preceitos da Palavra de Deus. Esses mandamentos nos apresentam os princípios amplos pelos quais nossas vidas devem ser conduzidas. Como esses princípios se aplicam a situações específicas precisa ser revelado a nós por meio da ação do Espírito Santo. A Palavra de Deus me ensina que preciso orar e que preciso ter compaixão dos pobres e necessitados. Mas em nenhum dos dois casos a Bíblia quantifica quanto tempo devo orar e quanto devo destinar para socorrer os necessitados. É o Espírito Santo que irá nos guiar, individualmente, em todas essas questões.

Finalmente, temos a vontade de Deus revelada por meio de Suas promessas. Se eu for obediente ao mandamento para procurar compreender qual a vontade do Senhor, eu preciso ao mesmo tempo, entender que a vontade de Deus para mim é composta não apenas daquilo que Ele proíbe, mas também daquilo que Ele promete. Quando eu compreendo que cada promessa de Deus é uma revelação da Sua vontade para minha vida, eu descubro que eu não apenas tenho direito ao que está prometido, mas estou obrigado a abrir caminho para que as mesmas me alcancem. Não se trata de algum tipo de escolha e sim, da necessidade que eu tenho de me entregar completamente à vontade de Deus, ao Seu plano para minha vida, como está revelado inclusive, em Suas promessas.

Compreender qual a vontade do Senhor. A vontade de Deus engloba todo o Universo, controla tudo o que é e tudo o que vai acontecer. Por meio da oração nós entendemos Sua vontade individual para cada um de nós. E, por meio de Sua Palavra, nós entendemos aquilo que Deus promete fazer a nosso favor. Nisso tudo a vontade de Deus é apenas uma, que manifesta Seu eterno prazer, Sua permissividade no tempo e no espaço, Seus santos mandamentos e Suas preciosas promessas.

Uma coisa é muito importante e necessária se vamos entender a vontade celestial de Deus: precisamos nos render, incondicionalmente, a essa vontade. Pense nisso como sendo a revelação do poder divino de transformar nossas vidas e do Seu amor. É impossível conhecer e experimentar esse poder e amor à parte da vontade de Deus. É necessário que você se entregue, livre e alegremente, a essa vontade que sustenta o Universo para que mesma possa também sustentar você. Não comece com coisas que podem se transformar em fardos, com coisas que são difíceis de entender ou de serem levadas adiante. Em vez disso, comece pensando na vontade de Deus à luz de Seu amor e Sua grandeza, aceitando que a mesma inclui todas as coisa e que você deve submergir, completamente, na mesma. Com firme determinação, decida em teu coração fazer a vontade de Deus sempre que a mesma for discernível. Coloque-se no centro da Sua vontade, e permita que a mesma te possua e te controle. Agindo assim, você terá a força, a corangem e a vontade para encarar e enfrentar o que for, para obedecer aos mandamentos e para abrir teu coração para Suas promessas. Tal decisão se tornará em motivo de verdadeira alegria para você. Somente aqueles que vivem no centro da vontade de Deus podem entendê-la espiritualmente.

OUTROS ESTUDOS DA SÉRIE “NOT MY WILL” — NÃO A MINHA VONTADE

Estudo 001 – A VONTADE DE DEUS — A GLÓRIA DO CÉU

Estudo 002 – FAZENDO A VONTADE DE DEUS — O CAMINHO PARA CÉU

Estudo 003 – FAZENDO A VONTADE DE DEUS — NOSSA UNIDADE COM O SENHOR JESUS

Estudo 004 – FAZENDO A VONTADE DE DEUS — QUE OS PERDIDOS SEJAM SALVOS

Estudo 005 – FAZENDO A VONTADE DE DEUS — O ALIMENTO CELESTIAL

Estudo 006 – FAZENDO A VONTADE DE DEUS — SACRIFICANDO MINHA PRÓPRIA VONTADE

Estudo 007 – FAZENDO A VONTADE DE DEUS — O CAMINHO PARA ILUMINAÇÃO ESPIRITUAL

Estudo 008 — A VONTADE DE DEUS — SEJA FEITA A TUA VONTADE

Estudo 009 — A VONTADE DE DEUS — SENHOR QUE QUERES QUE EU FAÇA?

Estudo 010 — A VONTADE DE DEUS — CONHECENDO E FAZENDO A VONTADE DE DEUS

Estudo 011 — A VONTADE DE DEUS — SENDO UMA PESSOA DE ACORDO COM O CORAÇÃO DE DEUS

Estudo 012 — A VONTADE DE DEUS — SEJA FEITA A VONTADE DE DEUS

Estudo 013 — A VONTADE DE DEUS — PRATICANDO A VONTADE DE DEUS

Estudo 014 — A VONTADE DE DEUS — A RENOVAÇÃO DA MENTE E A VONTADE DE DEUS

Estudo 015 — A VONTADE DE DEUS — É A VONTADE DE DEUS QUE CRISTO NOS LEVE PARA FORA DESSE MUNDO

Estudo 016 — A VONTADE DE DEUS — ORE PARA SER CHEIO COM O CONHECIMENTO DA VONTADE DE DEUS

Estudo 017 — A VONTADE DE DEUS — ENTENDENDO A VONTADE DE DEUS ESPIRITUALMENTE

Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis.

Traduzido do original e adaptado por Alexandros Meimaridis

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