domingo, 31 de maio de 2015

A HIPOCRISIA DOS QUE SE CONSIDERAM DONOS DO MUNDO


Cyril-Smith
Margaret Thatcher condecorou Cyril Smith, embora suspeito de pedofilia

Há poucos dias estourou um escândalo de grandes proporções envolvendo a alta cúpula da FIFA, com vários dirigentes de federações e confederações, de diversos, países, inclusive do Brasil, sendo detidos pela justiça suíça, a pedido do FBI estadunidense, quando se encontravam em Zurique para a eleição do presidente da entidade, que reconduziu Joseph Blatter para um novo mandato de quatro anos à frente da organização que controla o futebol ao redor do mundo.

David Cameron: PM do Reino Unido.

Nesse meio tempo o primeiro ministro da Inglaterra, David Cameron, em uma visita à Alemanha pediu, de forma reiterada, a renúncia de Joseph Blatter, contra quem não pesa nenhuma acusação. As histórias escabrosas envolvendo os esportes em geral, tanto os subordinados à FIFA como ao COI não são surpresa para ninguém. Desde o início dos anos 1990 gravíssimas denúncias feitas contra o Comitê Olímpico Internacional — o COI — surgiram por meio do livro “O Senhores dos Aneis – Poder, dinheiro e drogas nas olimpíadas modernas” dos jornalistas Vyv Simson e Andrew Jennings que foi publicado no Brasil pela editora Best Seller em 1992. Nada aconteceu. Agora, esses que pretendem ser os donos do mundo — Estados Unidos da América e Inglaterra — pretendem “moralizar” o futebol internacional, ao mesmo tempo em que não tomam nenhuma providência contra as mazelas gritantes que existem em seus próprios países.

 

Recentemente um candidato a candidato à presidência da república — Rand Paul — nas próximas eleições nos EUA disparou contra seu próprio partido — o Partido Republicano — acusando muitos de seus companheiros de serem os responsáveis pelo surgimento do movimento revolucionário conhecido com Estado Islâmico. Apenas esse fato é mais importante dos que toda a corrupção da FIFA e deveria ocupar as autoridades estadunidenses, em fez de ficarem se exibindo como polícia do mundo.

O mesmo é verdadeiro acerca do primeiro ministro David Cameron, que em vez de ficar pedindo a renúncia de Blatter, deveria cuidar de um problema bem mais sério em seu próprio país, conforme a reportagem publicada no site da Revista Carta Capital e que reproduzimos abaixo. O texto é de autoria de Giani Carta.

Nos subterrâneos da pedofilia

Por Gianni Carta

Uma investigação ainda em andamento revela 1.432 praticantes

 Os resultados iniciais de uma investigação sobre a pedofilia no Reino Unido revelam a atividade de uma nebulosa rede, da qual, segundo dados ainda sujeitos a confirmação definitiva, participariam 1.432 cidadãos, entre eles, 76 políticos, 43 empresários ou executivos da indústria musical, e 175 oriundos da televisão, cinema e rádio. Iniciada no ano passado, a Operação Hydrant, dirigida por Simon Bailey, já colocou atrás das grades algumas personalidades como, por exemplo, o famoso publicista Max Clifford. Segundo Bailey, há centenas de milhares de vítimas. Somente neste ano, o número de denúncias de agressões sexuais aumentou em 71%, em relação a 2012.

Entre as 116 mil denúncias previstas para 2015, 52.446 remontam aos anos 1970, 1980 e 1990. Como disse ao The Guardian o deputado trabalhista Tom Watson: “Por gerações fechamos os olhos para o escândalo de abuso infantil na Grã-Bretanha”. Em 2012, Watson foi o primeiro a delatar a rede pedófila “ligada ao Parlamento de Westminster, e ao número 10 de Downing Street, o endereço de premier”.

De fato, em março deste ano, veio à tona outra bomba para macular a imagem da nação. Em entrevista ao Mail on Sunday, um deputado trabalhista contou que Margaret Thatcher condecorou o deputado liberal Cyril Smith, isso embora corressem rumores de que ele abusava de menores. Por coincidência, as investigações sobre o condecorado cessaram. Ele morreu tranquilo, em 2010. Como, aliás, a estrela midiática da BBC, Jimmy Savile, durante décadas um “predador sexual” de crianças, inclusive daquelas incapacitadas nos hospitais por ele bondosamente financiados. Savile morreu enquanto dormia, em outubro de 2011.

Sentada a uma mesa do elegante bar do Hipódromo de Longchamp, em Paris, a britânica Victoria Haigh avalia: “Nada vai mudar em relação aos pedófilos no Reino Unido”. Jóquei campeã e treinadora de cavalos, Victoria, de 43 anos, é vítima da rede de pedofilia britânica. Perdeu a custódia da primeira filha, agora com 11 anos, para o então marido, David Tune. Motivo: acusou-o de abusar da menina, então com 4 anos. Ao tentar se aproximar da filha em um estacionamento, foi condenada a três anos de prisão, em dezembro de 2011. Ficou presa por nove meses. Voltou à cadeia quando convidou a filha para o batismo da irmã, filha de outro casamento, Sapphire.

Victoria mudou-se para Paris. Antes de tudo, diz entre goles de San Pellegrino: “Queria protegê-la, embora eu tenha feito questão que Sapphire viesse ao mundo na República da Irlanda”. A filha de 4 anos, ruiva de olhos azuis, desenha ao nosso lado. Victoria diz sentir-se uma “refugiada”. Contratou uma advogada francesa para defendê-la na Corte Europeia. Objetivo: exigir o direito de se manifestar no Reino Unido. “A Justiça Britânica tratou o meu caso como se fosse aquele de um divórcio no qual se disputava a custódia de nossa filha.” No entanto, a filha mais velha, conta Victoria, “me falava que estava sendo abusada pelo pai”. Á época, Victoria contestou o sistema jurídico britânico. Grave ofensa à Justiça do UK, que cuidou de se precaver. Resultado: foi considerada “mentalmente instável” e, assim, a filha mais velha voltou ao pai. As acusações de Victoria nem sequer foram investigadas.

Como apurou uma reportagem de Carta Capital em novembro de 2014, além de políticos e celebridades, estão envolvidos também juízes, advogados, psiquiatras e assistentes sociais. Os subterrâneos da rede pedófila britânica são sinuosos. E, como diz Victoria, “as pessoas dispostas a jogar luz sobre eles são silenciadas”.  No caso de Victoria, fonte também da matéria de 2014, a única opção era fugir do Reino Unido. Foi Ian Josephs, empresário de 83 anos formado em direito, quem a ajudou a ir para a República da Irlanda. Baseado no Sul da França, Josephs criou uma campanha por ele alcunhada Adoção Forçada. Objetivo: oferecer ajuda financeira a mães grávidas para sair do UK.

Josephs disse a CartaCapital: “Mais de 25 mil crianças anualmente são retiradas do poder de pais britânicos, a maioria dos quais não cometeu crimes”.  Acrescentou Josephs: “O sistema vale mais de 2 bilhões de libras por ano”. Essa soma, arrecadada graças às audiências em cortes secretas no Reino Unido, é repartida entre juízes, psiquiatras “domesticados” e assistentes sociais.

Eis a questão: como definir o pedófilo? Normalmente, o adulto a abusar sexualmente de alguém com menos de 16 anos. Essa definição seria validada pelo fato de em vários estados dos EUA adolescentes poderem casar aos 16. Segundo o professor Michael Seto, psicólogo forense citado por Andrew Gilligan, do Daily Telegraph, pedófilo seria aquele com interesses sexuais por crianças pré-púberes, isto é, com menos de 12 anos. Atua em escolas, estabelecimentos de ajuda a crianças, centros religiosos etc. Essa escala etária parece um pouco rígida, visto que o amadurecimento das crianças varia. Em 1960, Josephs trabalhou no caso de uma mãe que perdeu o filho para a assistência social. O menino, de 12 anos, com QI de 150, elevadíssimo, estava recluso em uma escola quatro vezes mais cara que Eton, a escola privada de maior prestígio. Josephs indagou ao menino se o ensino era bom. “Péssimo.” Há algo de bom? “Sim, ganho dinheiro, e bastante, dormindo com os professores.”

Apologistas da pedofilia não escasseavam no mundo acadêmico em 2014. Seminários em Cambridge questionavam se a pedofilia não seria algo “normal”. Gilligan cita o professor da Universidade de Essex, Ken Plummer, o qual escreveu, em 1981: “Dizem aos pedófilos que não passam de sedutores e estupradores de crianças... Dizem a eles que crianças são puras e inocentes, desprovidas de sexualidade...” Em 2012, Plummer escreveu: devido ao fato de a homossexualidade provocar menos “pânico”, “agora o novo pária é o pedófilo, o mais recente diabo popular...” Plummer ainda é apresentado no site da universidade como professor emérito.

O artigo original publicado pelo site da Carta Capital, poderá ser lido por meio desse link aqui:


Que Deus tenha muita misericórdia dessa raça humana totalmente perdida.

Alexandros Meimaridis

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PECADOS QUE PODEM NOS DESTRUIR POR COMPLETO – PARTE 001 - FALSA CULPA



Essa é uma série na qual pretendemos, dentro do possível, discutir alguns dos mais insidiosos pecados que ameaçam nossas almas. Trata-se de ações ou reações que caracterizam um coração perverso diante de Deus, algo com o que muitos personagens bíblicos tiveram que lutar, mas que pela graça de Deus conseguiram vencer. Nós também, como seres humanos iguais a eles estamos sujeitos a enfrentar esses mesmos pecados e temos que entender como essas situações funcionam, para poder lançar mão da graça de Deus e vencer as mesmas. A primeira questão que devemos analisar é:

1. Falsa Culpa —  

Apocalipse 12:10

Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus.

Esse é um papel histórico de Satanás, como podemos perceber com clareza na história de Jó — ver Jó 1. Mas além dessa ação do diabo, temos que notar que nossas próprias consciências funcionam com mecanismos de ataque e defesa.

E todos nós já experimentamos uma condenação interna quando praticamos coisas erradas —

Romanos 2:15

Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se.

Mas existem vezes em que, mesmo não tendo feito nada errado ainda assim somos compelidos a sentir uma grande culpa e nisso precisamos reconhecer a ação satânica cujo único propósito é nos destruir. Nesses casos somos acusados de falsos ou supostos pecados.

Mas é importante destacar que os pecados que Satanás usa para nos acusar nunca incluem nada relacionado ao nosso fracasso em cumprir com nossas obrigações ou compromissos da nossa fé. O diabo nunca nos acusa de estarmos errados por não irmos a uma reunião com outros irmãos da igreja, por exemplo. Se agisse assim Satanás estaria nos impelindo na direção oposta àquela que ele, realmente, deseja. Quando tomamos a decisão de não participar de uma determinada reunião nós não estamos apenas violando um mandamento direto de Deus —

Hebreus 10:25

Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros e ainda mais agora que vocês vêem que o dia está chegando. — na Nova Tradução na Linguagem de Hoje.

mas nós estamos dizendo para Deus que não confiamos em suas promessas, de que Ele ira usar aquela reunião para nos abençoar, nos edificar, nos consolar, fortalecer e etc. É mesmo uma situação muito grave cujas consequências certamente virão sobre nós no tempo determinado por Deus. Desse modo, as acusações satânicas nunca estão relacionadas com nossa desobediência à Deus ou com ações que caracterizam nossa incredulidade. Os elementos que Satanás usa para nos acusar estão relacionados a alguns aspectos específicos dos pecados, tais como: estupidez, desonra, vergonha, fraqueza e etc. A raiz de todo pecado está na nossa falta de confiança em Deus — desde o princípio com Adão e Eva. Então Satanás se aproveita disso para atacar nossos egos fazendo com que não usemos da diligência e da sabedoria necessárias para lidar com as questões que estão diante de nós.

Como a intenção perene de Satanás é destruir nossa fé, suas acusações estão sempre envolvidas em exigências para que confiemos em nós mesmos e não em Deus, conforme —

2 Coríntios 1:9

Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós, e sim no Deus que ressuscita os mortos.       

Tudo isso se complica ainda mais por causa do nosso orgulho. Nosso orgulho nos faz odiar a ideia de que a verdadeira razão dos nossos pecados  — todos eles — é que não reconhecemos o quanto precisamos e dependemos de Deus, de sua graça e misericórdia como o verdadeiro doador de todas as coisas. Diante de Deus, todos nós somos apenas como pedintes, com os braços esticados para recebermos de Deus tudo! Creio que o apóstolo João conseguiu capturar muito bem essa realidade ao dizer:

João 1:16

Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça.

Nós nem sempre somos capazes de fazer leituras precisas acerca de nossas atitudes, por causa da profunda distorção que o pecado tem causado em nossas consciências. Somos capazes das coisas mais absurdas como bem apontou o profeta em —

Isaías 5:20

Ai dos que chamam de mau aquilo que é bom e que chamam de bom aquilo que é mau; que fazem a luz virar escuridão e a escuridão virar luz; que fazem o amargo ficar doce e o que é doce ficar amargo! — NTLH

Jeremias foi outro profeta que compreendeu bem nossa corrupção falando do estado do nosso coração ímpio —

Jeremias 17:9

Quem pode entender o coração humano? Não há nada que engane tanto como ele; está doente demais para ser curado. — NTLH 

Nós estamos muito enganados quando achamos que podemos dirigir nossos próprio passos —

Jeremias 10:23

Ó SENHOR Deus, eu sei que o ser humano não é dono do seu futuro; ninguém pode controlar o que acontece na sua vida. — NTLH

Já o Salmista nos orienta, de modo preciso, acerca de como devemos orar todos os dias, se desejamos viver vidas que tragam glória para Deus.

Salmos 139:23—24

23 Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos;

24 vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.

Se orarmos assim, Deus irá nos mostrar como enfrentar nossa atitude básica de orgulho e com isso, seremos capazes de repousar nas promessas de Deus em perfeita tranquilidade, em vez de ficar nos debatendo inutilmente —

Hebreus 4:12

Pois a palavra de Deus é viva e poderosa e corta mais do que qualquer espada afiada dos dois lados. Ela vai até o lugar mais fundo da alma e do espírito, vai até o íntimo das pessoas e julga os desejos e pensamentos do coração delas. — NTLH.

Apenas desse modo, seremos capazes de sentir a verdadeira culpa e a tristeza dela decorrente, uma vez que é nossa incredulidade que desonra o Santo e Glorioso Nome de Deus. Como Paulo afirma, essa tristeza não irá produzir em nós nem desânimo nem a morte — bem talvez produza a morte do nosso ego — como é sempre o caso em que aceitamos a sugestão de Satanás e carregamos uma falsa culpa cujo objetivo único é nos destruir. A estratégia de Satanás é simples: ele deseja nos levar a pensar que somos completamente inúteis e, com isso, nos levar a desistir de continuar perseverando por meio da falsa ideia de que não vale à pena.

Mas, como Paulo diz, a verdadeira dor pelo pecado que se origina na obra de convencimento do Espírito Santo em nossas vidas, traz junto consigo a promessa do perdão:

2 Coríntios 7:10

Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte.

A consolação do povo de Deus, está espalhada por todas as páginas das Escrituras Sagradas. Onde quer que olhemos, encontramos passagens como essa aqui:

Êxodo 34:6—7

6  E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade;

7  que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!  

Deus é muito paciente, mas não podemos esperar que ele não irá nos disciplinar, caso persistamos na incredulidade —

Salmos 103:8—18

8 O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno.

9 Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira.

10 Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades.

11 Pois quanto o céu se alteia acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.

12 Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.

13 Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem.

14 Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.

15 Quanto ao homem, os seus dias são como a relva; como a flor do campo, assim ele floresce;

16 pois, soprando nela o vento, desaparece; e não conhecerá, daí em diante, o seu lugar.

17 Mas a misericórdia do SENHOR é de eternidade a eternidade, sobre os que o temem, e a sua justiça, sobre os filhos dos filhos,

18 para com os que guardam a sua aliança e para com os que se lembram dos seus preceitos e os cumprem.

O que devemos fazer tão logo tomamos consciência de que cometemos algum pecado? Existe apenas um caminho: reconhecer que pecamos, nos arrepender e confessar nosso pecado a Deus e abandoná-lo por completo:

Provérbios 28:13

O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.

1 João 1:7—9

7 Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.

9 Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
   
Deus é fiel e jamais deixará de perdoar por completo um pecado confessado. O perdão de Deus não está baseado em qualquer mérito que porventura possa existir de nossa parte. Muito pelo contrário. O perdão de Deus está baseado na obra expiatória do Senhor Jesus sobre a Cruz, que tinha como seu objetivo principal defender a glória de Deus, ofendida por toda a eternidade, por causa dos nossos pecados —

Hebreus 9:12

Quando Cristo veio e entrou, uma vez por todas, no Lugar Santíssimo, ele não levou consigo sangue de bodes ou de bezerros para oferecer como sacrifício. Pelo contrário, ele ofereceu o seu próprio sangue e conseguiu para nós a salvação eterna. — NTLH

Acima está um poderoso arsenal que podemos e devemos usar, todas as vezes em que Satanás nos assaltar com sentimentos falsos de culpa com o objetivo de nos destruir.  


OUTROS ARTIGOS DE PECADOS QUE PODEM DESTRUIR NOSSAS ALMAS
Estudo 001 — A FALSA CULPA

Estudo 002 — A ANSIEDADE

Estudo 003 — O REMORSO

Estudo 004 — A AMBIÇÃO

Estudo 005 — A AMARGURA

Estudo 006 — A INVEJA E O CIÚME

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 001

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 002

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 003

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 004 – FINAL

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 001

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 002

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 003

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 004

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 001

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 002

Estudo 010 — DESEJOS INDULGENTES OU PECAMINOSOS
Que Deus abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis 

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sábado, 30 de maio de 2015

SILAS MALAFAIA ATACA AINDA OUTRA VEZ

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O material abaixo foi publicado no Blog "Uma Estrangeira no Mundo"

Silas Malafaia já colocou preço na “nova” unção financeira de Morris Cerullo: de R$ 500,00 a R$ 10.000,00

O tempo passa, mas a venda de indulgências sempre volta. Que o diga o (im)pastor Silas Malafaia, que mais uma vez traz ao seu programa o (im)pastor/profeta de deus/doutor Morris Cerullo, um claro adepto da demoníaca Teologia da Prosperidade, aquela que age como um Judas moderno, vendendo Jesus e as bênçãos de Deus em troca de muito dinheiro.
Desde 2009, o enredo é o mesmo:
Morris Cerullo (ou Mike Murdock)  falam no programa do Malafaia que o deus deles revelou para eles que tem três bênçãos especiais para distribuir para quem tem fé. Uma dessas bênçãos – e a principal – é sempre na área financeira, tipo enriquecer o fiel. As demais variam: cura de todas as doenças, salvação de toda a família, unção espiritual especial, medida extra de alguma coisa, etc.
Mas, para receber tais bênçãos, é necessário um “sacrifício”, uma prova de fé do fiel: ter que desembolsar, a favor da Associação Vitória em Cristo (ADVec), uma quantia preestipulada, que varia de acordo com a situação econômica do Brasil e com a voracidade dos lobos em pele de cordeiro: R$ 900,00, R$ 911,00, R$ 1.000,00, R$ 610,00, R$ 10.000,00, R$ 12.000,00.
uncao
Atualmente estamos em clara recessão da nossa economia, e por isso a oferta (ou melhor, o pagamento pelas bênçãos) varia de R$ 500,00 a R$ 10.000,00. Mas não adianta querer economizar!!! Quem dá as maiores ofertas, segundo os (im)pastores, terá as maiores bênçãos também.
O Malafaia está ficando espertinho. Em anos anteriores, a essa hora já teria liberado o vídeo da pregação e nós colocaríamos um artigo mais completo. Mas tudo bem, fica aqui essa introdução, e mais tarde colocamos outro artigo analisando a fala do Cerullo e sua proposta indecorosa gospel.
E enquanto isso, reveja as outras vindas do Cerullo no programa do Malafaia. Acredite, em nada será diferente. Apenas o preço do produto que eles estão comerciando. O problema é que Deus e Suas bênçãos não podem ser comerciadas, que o diga satanás.
“Mas é grande ganho a piedade com contentamento.
Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão.
Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas.” – 1 Timóteo 6:6-12
Voltemos ao Evangelho puro e simples,

O $how tem que parar!

O artigo original poderá ser visto por meio desse link aqui:

https://estrangeira.wordpress.com/2015/05/02/silas-malafaia-ja-colocou-preco-na-nova-uncao-financeira-de-morris-cerullo-de-r-50000-a-r-10-000000/

OUTROS ARTIGOS ACERCA DO SILAS MALAFAIA

Que Deus tenha misericórdia desses homens e os conduza ao arrependimento.
Alexandros Meimaridis
Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos. 

RESUMO DO COMENTÁRIO DE CALVINO NA EPÍSTOLA AOS ROMANOS — PARTE 002 — FINAL



O material abaixo foi publicado pelo site “Voltemos ao Evangelho”.

A primeira parte desse resumo poderá ser vista por meio desse link aqui:

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/05/resumo-do-comentario-de-calvino-na.html

Um resumo de Romanos por João Calvino

CONTINUAÇÃO

No capítulo sete, ele inicia uma discussão imparcial concernente à utilidade da lei. Ele mencionara este fato ao discutir previamente outro tema. Fomos libertados da lei, diz ele, porque ela, em si mesma, nada pode fazer senão nos condenar. Todavia, para que seu argumento não expusesse a lei à reprovação, ele insiste veementemente que ela está livre de toda e qualquer acusação. A culpa é toda nossa, explica ele, se a lei, que nos fora dada para a vida, provou ser veículo de morte. Ao mesmo tempo, explica como a lei faz o pecado avolumar-se. Deste tema, ele transita para a descrição da batalha que se deflagra entre o Espírito e a carne, experimentada pelos filhos de Deus enquanto se acham presos pelas cadeias de nosso corpo mortal. Os crentes levam consigo restos de cobiça, por meio dos quais são continuamente extraviados de sua obediência à lei.

O capítulo oito contém consolações que vêm em socorro da consciência dos crentes, a fim de que ela não seja estrangulada pelo terror ou a sucumbir-se, descobrindo que infringiu a lei, ou percebendo que sua obediência é por demais imperfeita, do quê já éramos acusados desde outrora. Mas, para que os ímpios não tenham, por esse motivo, razão para enfatuar-se, ele, antes de tudo, afirma que este benefício pertence unicamente aos regenerados, em quem o Espírito de Deus vive e a quem ele enriquece. Ele, pois, explica duas verdades. Em primeiro lugar, aqueles que se acham enxertados em Cristo, nosso Senhor, por meio de seu Espírito, estão fora de perigo ou da probabilidade de sofrer condenação, ainda que sejam responsabilizados por seus pecados [atuais]. Em segundo lugar, se os que permanecem na carne estão destituídos da santificação do Espírito, nenhum deles tem qualquer participação nesta grande bênção. Em seguida, ele explica quão imensurável é a segurança de nossa fé, visto que ela, pelo próprio testemunho do Espírito de Deus, afasta todas nossas dúvidas e temores. Ele ainda mostra, à guisa de antecipar objeções, que nossa segurança de vida eterna não pode ser interrompida nem perturbada pelas ansiedades desta vida atual, às quais estamos sujeitos em nossa vida mortal. Ao contrário disso, nossa salvação é promovida por tais tribulações, e, em comparação com a excelência de nossa salvação, todos nossos atuais sofrimentos são reputados como nada. Ele afirma isso com base no exemplo de Cristo, ou, seja: visto ser ele o Primogênito e Cabeça da família de Deus, é a imagem à qual devemos nos conformar. Visto, pois, que nossa salvação está garantida, ele conclui com uma nota de esplêndido louvor, na qual ele com exultação triunfa sobre o poder e estratagema de Satanás.
A maioria dos homens ficava terrivelmente conturbada ao olhar para os judeus – que eram os principais guardiães e herdeiros do pacto – rejeitarem a Cristo, pois este fato lhes provava, ou que o pacto era removido da semente de Abraão, que desdenhava seu cumprimento, ou que Cristo não era o Redentor prometido, visto que ele não fizera melhor provisão para o povo de Israel.

Paulo, portanto, começa a responder esta objeção no início do capítulo nove. Ele inicia falando do amor divino para com o próprio povo do pacto, para que não ficasse a impressão de que falava com malícia. Ao mesmo tempo, ele faz uma graciosa referência àquelas distinções pelas quais os judeus excediam outras nações, e passa paulatinamente à sua tarefa de remover o escândalo que emana da cegueira de Israel. Ele divide os filhos de Abraão em duas estirpes, com o fim de mostrar que nem todos aqueles que eram seus descendentes físicos devem ser considerados sua progênie e participantes na graça do pacto. Ao contrário disso, mesmo os estrangeiros se convertem em seus filhos uma vez introduzidos no pacto, pela fé. Há um exemplo desta verdade no caso de Jacó e Esaú. Paulo, pois, nos remete, aqui, à eleição divina, a qual devemos considerar como a fonte de toda esta questão. Visto que nossa eleição repousa tão somente na misericórdia divina, debalde buscamos sua causa na dignidade humana. Não obstante, por outro lado temos a rejeição divina. Ainda que a justiça desta rejeição esteja fora de qualquer dúvida, não há nenhuma outra causa para ela além da vontade de Deus. Chegando ao final do capítulo, ele mostra que tanto a vocação dos gentios quanto a rejeição dos judeus foram testemunhadas pelos profetas.

No capítulo dez, ele começa novamente testificando de seu amor para com os judeus, e declara que sua infundada confiança em suas obras era a causa de sua destruição. Ele os priva de fazer uso da lei como escusa, dizendo que a lei também nos guia à justiça [procedente] da fé. Esta justiça, acrescenta ele, é oferecida, sem distinção, a todas as nações mediante a munificência divina, mas só é aceita por aqueles a quem o Senhor ilumina com a graça especial. Ainda que mais gentios que judeus tenham obtido esta bênção, ele mostra que isso também foi profetizado por Moisés e Isaías: o primeiro profetizou sobre a vocação dos gentios; e o último, sobre o endurecimento dos judeus.

Restava, contudo, a pergunta se o pacto divino fizera alguma diferença entre a progênie de Abraão e as demais nações. Em busca de resposta, Paulo primeiramente nos lembra que a obra de Deus não deve ser confinada ao que os olhos podem ver, pois a eleição às vezes vai além de nossa compreensão. Elias estava inicialmente equivocado quando concluiu que a religião havia perecido em Israel, porquanto havia ainda sete mil vivos. O apóstolo também nos convida a não nos afligirmos ante o vasto número de incrédulos, para quem o evangelho não passa de algo repugnante. Finalmente, ele assevera que o pacto persiste mesmo nos descendentes físicos de Abraão, mas só é eficaz naqueles a quem o Senhor predestinou por sua eleição soberana. Ele, pois, volta em direção dos gentios e os adverte a não se esquecerem de refrear sua vanglória em relação a sua adoção. Eles não podem excluir os judeus como se houvessem sido rejeitados peremptoriamente, visto que eles só são aceitos pelo Senhor pelo prisma da graça, a qual deve ser-lhes causa de humildade. O pacto divino não foi totalmente apagado da progênie de Abraão, pois os judeus são, de certo modo, provocados à emulação pela fé dos gentios, para que Deus pudesse atrair a si todo o Israel.

Os três capítulos que se seguem são de caráter hortativo, porém cada um é distinto do outro. O capítulo doze contém normas gerais para a vida cristã. O capítulo treze trata, em sua maior parte, da autoridade dos magistrados. É uma provável pressuposição que houvesse algumas pessoas irrequietas que imaginavam que não pode haver liberdade cristã sem que o poder civil seja antes destruído. Para evitar a aparência de estar impondo deveres sobre a Igreja além daqueles atinentes ao amor, Paulo mostra que esta obediência também é uma parte do amor. Em seguida ele adiciona aqueles preceitos que regulamentam nossa vida, o que já havia mencionado.

No capítulo quatorze, ele dirige uma exortação que era particularmente necessária para aquele período. Houve alguns, cuja obstinada superstição os levou a insistir na observância dos ritos mosaicos, porque não suportavam vê-los sendo negligenciados sem que se sentissem ainda mais fortemente ofendidos. Em contrapartida, aqueles que tinham consciência de sua anulação, para destruir tal superstição, davam a entender, deliberadamente, que não tinham por eles nenhuma consideração. Ambos os lados ofendiam com seus excessos. Os supersticiosos desprezavam os outros como sendo zombadores da lei divina; enquanto que os últimos injuriosamente motejavam da ingenuidade daqueles. O apóstolo, pois, recomenda a ambos aquela discrição judiciosa, e convida os primeiros a refrear seu desprezo e exagero, e os últimos a evitar todo gênero de escândalo. Ao mesmo tempo, ele prescreve a melhor forma de se exercer a liberdade cristã, a qual é mantida dentro dos limites do amor e da edificação. Aos fracos, ele dá um bom conselho, proibindo-os de fazer alguma coisa que ofenda sua própria consciência.

O capítulo quinze começa com uma repetição de seu argumento geral como uma conclusão de todo seu tema, ou, seja: os fortes devem usar sua força na confirmação dos fracos. Visto que os judeus e os gentios viviam em contínua controvérsia sobre as cerimônias mosaicas, ele resolve toda a rivalidade entre eles, removendo a causa de seu orgulho. Mostra que a salvação de ambos repousa tão-somente na misericórdia divina. É nela que devem pôr sua confiança, e devem pôr de lado todo e qualquer pensamento em sua própria exaltação, pois é pela misericórdia divina que são mantidos unidos na esperança de uma única herança e podem abraçar-se com toda cordialidade.

Finalmente, desejando desviar-se com o propósito de enaltecer seu próprio apostolado, o qual assegurava não pouca autoridade a sua doutrina, ele aproveita a ocasião para defender-se e reprovar a suspeita de haver assumido o ofício de mestre entre eles com demasiada confiança. Ele ainda lhes oferece algumas bases para a esperança de sua visita entre eles, ainda que, como dissera no início da Epístola, até agora buscara e tentara em vão fazer isso. Ele explica por que fora até então impedido de visitá-los, ou seja: as igrejas da Macedônia e da Acaia o incumbiram da tarefa de levar a Jerusalém os donativos que coletaram com o intuito de aliviar as necessidades dos crentes que viviam naquela cidade.

O capítulo dezesseis é quase inteiramente dedicado a saudações, embora haja alguns admiráveis preceitos aqui e ali. Conclui-se com uma notável oração.

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Alexandros Meimaridis

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sexta-feira, 29 de maio de 2015

RESUMO DO COMENTÁRIO DE CALVINO NA EPÍSTOLA AOS ROMANOS — PARTE 001



O material abaixo foi publicado pelo site “Voltemos ao Evangelho”.

Um resumo de Romanos por João Calvino

Estou em dúvida se valeria a pena gastar demasiado tempo com a exposição sobre o valor desta Epístola. Minha incerteza tem por base o simples receio de que, ao comentá-la, não venha a afetar ou a minimizar sua grandeza, e que minhas observações não venham simplesmente a obscurecê-la, em vez esclarecê-la. Deve-se também ao fato de que, em seu próprio início, a Epístola se introduz melhor e melhor se explica, em termos muito mais claros, do que qualquer comentário poderia descrever. Portanto, ser-me-á preferível que, sem delonga, me introduza no próprio tema. Tal fato nos comprovará, além de toda dúvida, que entre as muitas e notáveis virtudes, a Epístola possui uma, em particular, a qual nunca é suficientemente apreciada, a saber: se porventura conseguirmos atingir uma genuína compreensão desta Epístola, teremos aberto uma amplíssima porta de acesso aos mais profundos tesouros da Escritura.

A Epístola toda é tão metódica, que o próprio início dela é artisticamente composto. A arte do escritor se faz notória em muitos pontos, o que notaremos à medida que avançarmos na leitura, mas é particularmente exibida na maneira pela qual o argumento principal é deduzido. Tendo começado com as provas de seu apostolado, ele se desvia deste assunto para enaltecer o evangelho. Visto, porém, que este enaltecimento [do evangelho] é inevitavelmente acompanhado de uma controvérsia sobre a fé, ele transita para esta, tomando o texto como sua diretriz. Daí ele entra no assunto principal de toda a Epístola, que consiste na justificação pela fé.

Na discussão sobre este tema – justificação pela fé – ele envolveu os capítulos um a cinco. O tema destes capítulos, portanto, pode ser assim formulado: O homem encontra sua justificação única e exclusivamente na misericórdia de Deus, em Cristo, ao ser ela oferecida no evangelho e recebida pela fé. Mas o homem se acha adormecido em seus pecados. E aí permanecerá satisfeito a enganar a si próprio com a falsa idéia de justiça, idéia essa que o faz acreditar não haver necessidade alguma de obter a justiça pela fé, a menos que já se ache despertado para a inutilidade de sua autoconfiança. Por outro lado, ele se acha tão intoxicado pelos deleites de sua concupiscência, e tão profundamente submerso em seu estado displicente, que dificilmente se despertará para ir em busca da justiça [divina], a menos que seja ferroado pelo temor do juízo divino. O apóstolo, pois, faz duas coisas, a saber: convence o homem de sua impiedade; e, em seguida, o desperta de sua indolência.

Em primeiro lugar, ele condena toda a humanidade, desde os tempos da criação do mundo, por sua ingratidão, visto que não há quem reconheça o Supremo Artífice na incomensurável excelência de suas obras. Aliás, quando os homens são compelidos a reconhecê-lo, não honram sua majestade com o devido respeito; ao contrário, em sua loucura, a profanam e a desonram. Ele acusa todos os homens desta impiedade, a qual é o mais detestável de todos os crimes. Para provar mais precisamente que toda a humanidade se desviou do Senhor, o apóstolo registra os atos pútridos e terrificantes que os homens, em toda parte, estão sujeitos a cometer. Este é um argumento conclusivo de que apostataram de Deus, pois tais atos ímpios são evidências da ira divina, e devem ser encontrados somente nos ímpios. Entretanto, os judeus e alguns gentios dissimularam sua impiedade interior com um manto de santidade externa, e de forma alguma pareceria que seriam condenados por tais feitos malignos, e portanto presumiam que se achavam isentos da condenação comum que paira sobre todos os homens. É por esta razão que o apóstolo dirige suas declarações contra essa dissimulada santidade. Visto que tal máscara de santidade dificilmente poderia ser retirada dos santarrões [sanctulis – santos inferiores], Paulo os convoca a comparecerem perante o tribunal de Deus, cujos olhos jamais deixam de ver até mesmo os desejos mais secretos dos homens.

Em seguida ele divide seu discurso, colocando os judeus e os gentios em separado diante do tribunal divino. No caso dos gentios, ele os priva do pretexto de ignorância, a qual defendem, porque sua consciência, diz ele, era para eles uma lei, e por isso estavam fartamente convictos de que eram culpados. No tocante aos judeus, veementemente os concita a aceitarem o mesmo fato pelo uso do qual se defendiam, ou, seja: as Escrituras. Uma vez provado que eram transgressores das Escrituras, não podiam mais justificar sua impiedade, pois os lábios divinos já haviam pronunciado a sentença contra eles. Ao mesmo tempo, o apóstolo se previne contra a objeção que bem poderiam lhe fazer, ou, seja: que o pacto divino, o qual era para eles a insígnia da santidade, teria sido violado caso nenhuma distinção fosse feita entre eles e os demais.

Ele mostra, primeiramente, que a posse do pacto por parte deles era mais excelente do que em referência aos demais, visto que apostataram dele em sua infidelidade. Contudo, para não detrair nada da fidelidade da promessa divina, ele também alega que o pacto lhes conferira algum privilégio, mas que este consistia na misericórdia de Deus e não nos próprios méritos deles. Portanto, no que concerne a suas qualificações particulares, permaneciam num só nível com os gentios. Ele então prova, a partir da autoridade da Escritura, que judeus e gentios são todos pecadores. Faz ainda neste ponto alguma referência ao uso da lei.

Ao despojar abertamente toda a humanidade de sua confiança em sua própria virtude, e de gloriar-se em sua própria justiça, bem como deixando-os sucumbidos diante do juízo divino, então retorna à sua proposição anterior, ou, seja: somos justificados pela fé. Ele explica o que fé significa e como podemos alcançar a justiça de Cristo mediante a mesma fé.

A isso ele adiciona, no final do capítulo três, uma excelente conclusão, a fim de reprimir o ímpeto da soberba humana, e obstrui sua ousadia de ir contra a graça de Deus. Para que os judeus não viessem restringir o imensurável favor divino à sua própria nação, ele o reivindica também para os gentios.

No capítulo quatro, para ratificar sua opinião, ele apresenta um exemplo claro e notável, portanto sem chance de réplica. Visto que Abraão é o pai dos fiéis, ele deve ser tido como padrão e tipo geral. Tendo provado, pois, que Abraão foi justificado pela fé, ele nos ensina que devemos prosseguir neste curso. Ao fazer um contraste entre os opositores, o apóstolo acrescenta que a justiça [procedente] das obras desaparece onde damos lugar à justiça [procedente] da fé. Confirma isso através do testemunho de Davi que, uma vez fazendo a bem-aventurança do homem depender da misericórdia divina, priva as obras humanas da virtude de fazer o homem feliz.

Então trata mais consistentemente do tema sobre o qual só tocara de leve, a saber: os judeus eram destituídos de razão em exaltar-se acima dos gentios, visto que esta bem-aventurança é comum a ambos. A Escritura testifica que Abraão alcançou a justificação quando ainda incircunciso. Ele aproveita a oportunidade para fazer algumas observações nesta passagem sobre o uso da circuncisão. Em seguida, acrescenta que a promessa da salvação depende tão-só da munificência divina. Se ela dependesse da lei, então não traria nenhuma paz às consciências humanas, onde ela deve ser solidamente estabelecida, nem tampouco seria ela jamais consolidada. Portanto, para que nossa salvação seja sólida e garantida, temos que abraçar e levar em conta unicamente a verdade de Deus, e nada em nós mesmos. Nisto urge que sigamos o exemplo de Abraão, que desviou sua atenção de si próprio e volveu-a tão-somente para o poder de Deus. No final do capítulo, ele compara duas coisas, as quais têm pontos semelhantes de comparação, a fim de fazer uma aplicação mais ampla do exemplo que citara.

O capítulo cinco realça o fruto e efeitos da justiça [procedente] da fé, mas é quase totalmente dedicado a expandir o que o apóstolo dissera, a fim de fazer seu enfoque ainda mais nítido. Ele argúi a maiori para mostrar o quanto nós, que fomos redimidos e reconciliados com Deus, devemos esperar de seu amor, o qual derramou com tal riqueza sobre os pecadores, que nos deu seu Unigênito e Amado Filho. Em seguida, ele traça uma comparação entre pecado e justiça gratuita, Cristo e Adão, morte e vida, lei e graça. Daqui se depreende que, por mais numerosos que nossos erros sejam, eles são destruídos pela infinita munificência divina.

No capítulo seis, ele volta a discutir a santificação que obtemos em Cristo. É deveras natural que nossa carne, tão logo tenha saboreado um pouquinho do conhecimento da graça, então se entrega com regalo a seus vícios e desejos, sem qualquer perturbação, como se já estivesse totalmente isenta de todos os perigos. Contra isso o apóstolo afirma que não podemos receber a justiça de Cristo sem, ao mesmo tempo, receber também sua santificação. Ele apresenta seu argumento com base no batismo, por meio do qual somos iniciados na participação de Cristo [per quem in Christi participationem initiamur]. No batismo somos sepultados com Cristo a fim de morrermos para nós mesmos e ressuscitarmos através de sua vida para novidade de vida. Segue-se, pois, que ninguém pode revestir-se da justiça de Cristo sem antes ser regenerado. Paulo usa este fato como a base de sua exortação à pureza e santidade de vida. Tal pureza e santidade devem ser demonstradas naqueles que renunciaram a impiedosa indulgência da carne, a qual busca em Cristo maior liberdade para o pecado; sim, aqueles que se transferiram do reino do pecado para o reino da justiça. Paulo também menciona sucintamente a anulação da lei, na qual o Novo Testamento resplandece, pois o Espírito Santo nos é prometido nele, juntamente com a remissão de pecados.

CONTINUA...

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Alexandros Meimaridis

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CATEDRAL ROMANA DE BRASÍLIA: CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA



O artigo abaixo foi publicado no site do jornal Correio Braziliense e é da autoria de conceição Freitas. De forma concisa ela nos apresenta uma breve história da Catedral Católica Romana de Brasília. Vale à pena conferir.

Inovadora e transgressora, Catedral de Brasília completa 45 anos

Uma das peças mais importantes do acervo de Oscar Niemeyer, a obra de arte da arquitetura religiosa reúne em um só prédio as origens do cristianismo e a devoção dos tempos atuais e de um futuro incerto.

Conceição Freitas


Do abissal ao solar, do subsolo à superfície, das trevas à luz, da perdição ao encontro, são esses os passos que levam o visitante da entrada à nave da Catedral Metropolitana de Brasília, uma das peças mais importantes do acervo arquitetônico de Oscar Niemeyer. O túnel negro sai em declive desde os pés dos apóstolos até o clarão de fé que revela a paisagem sagrada e aquece o coração dos cristão e, por certo, dos ímpios.

Vista do alto, a Catedral é uma estrela espatifada, para usar uma expressão de Clarice Lispector na crônica que tão agudamente revela Brasília. Vista de longe, seja da L2 Norte, seja da Rodoviária, ou do Eixo Monumental, a Catedral é uma flor de concreto e vidro. Se os dias são brilhantes como os de maio, os 16 pilares entremeados de vitrais parecem tremer como um devoto à espera do milagre.


Neste 31 de maio, a Catedral de mãos crispadas para o céu completa 45 anos. Quatro décadas e meia de via-crúcis, desde que, em 1958, Niemeyer fez os primeiros esboços do projeto. Só foi inaugurada em 1970, portanto, 10 anos depois de Brasília. Sofreu modificações expressivas: não havia vitrais coloridos no projeto original. Depois de conhecer a vitralista Marianne Peretti, o arquiteto decidiu trocar os vidros sem cor por desenhos multicoloridos.

Muito criticada pelos párocos desde os tempos iniciais por conta da formatação singular, a manutenção complicada, os vazamentos no tempo das chuvas, o trincado dos vidros no tempo da seca, a Catedral padeceu no paraíso nesses 45 anos. Paraíso arquitetônico: o time de arquitetos, engenheiros e artistas que fez a obra de arte não é exatamente cristão: o engenheiro Joaquim Cardozo fez os cálculos estruturais; Alfredo Ceschiatti, as esculturas de bronze dos quatro evangelistas e dos três anjos; Di Cavalcanti, a via-sacra; e Athos Bulcão, os paramentos, castiçais, cálices, demais objetos litúrgicos e as telas representando a vida de Maria.

“Procuramos encontrar uma solução compacta, que se apresentasse externamente — de qualquer ângulo — com a mesma pureza”, explicou Niemeyer em artigo publicado na revista Módulo, de dezembro de 1958. “Daí a forma circular adotada, que, além de garantir essa característica, oferece à estrutura uma disposição geométrica, racional e construtiva.”

E que não se pense que a Catedral de Brasília rejeita ou desconhece a herança milenar da arquitetura religiosa. Nela, diz Niemeyer, “estão presentes os exemplos mais preciosos da arquitetura religiosa, desde as primeiras construções em pedra, e as geniais conquistas da arte romana e gótica, até a época presente”.

Os arquitetos Sylvia Ficher e Geraldo Sá Nogueira Batista reafirmam os componentes históricos da Catedral: “Seguindo uma tradição da arquitetura religiosa renascentista, sua planta é circular, de modo a evitar uma fachada principal”, escreveram eles em Guiarquitetura Brasília (Empresa das Artes, 2000). A passagem subterrânea evoca as catacumbas romanas “em uma referência às origens do cristianismo”, na interpretação dos dois arquitetos.

Rascunhos feitos pelo próprio Niemeyer

Aquele Niemeyer de 1958 era Niemeyer em estado puro e, sendo assim, ousava ao limite: “Na Catedral, o arquiteto novamente reafirma e transgride códigos. Reafirma: faz uma acessibilidade mínima, indireta, quase invisível — um rasgo no chão; transgride: difícil imaginar um edifício mais transparente, luminoso”, escreve Frederico de Holanda em Oscar Niemeyer, de vidro e concreto (FRBH, 2011).

Responsável pela execução da obra, o arquiteto Carlos Magalhães conta que passou noites e noites sem dormir, tamanha a preocupação com a excepcionalidade do projeto. Às vezes, ia ao Rio de Janeiro checar com Joaquim Cardozo algumas especificações. “Como é que é isso, professor? Esclarece a norma.” Ao que o engenheiro-poeta respondia: “Nós temos que andar adiante da norma. Nós temos de ir avançando para a norma ir acompanhando a gente”.

A Catedral não perdeu o pé das catacumbas romanas, mas trouxe a fé para o tempo presente e para um futuro que ainda vai se realizar. Nem é preciso acreditar em um Todo-Poderoso, a Catedral é, em si mesma, a confirmação do mistério da fé.

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Alexandros Meimaridis

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