terça-feira, 30 de setembro de 2014

SILAS MALAFAIA INTERESSEIRO E VIRA CASACA

Malafaia, um péssimo político e como político, um péssimo pastor


O artigo abaixo foi escrito pela jornalista Raquel Elana para o site Gnotícias e nos apresenta um retrato verdadeiro de Silas Malafaia.

Malafaia, um péssimo político e como político, um péssimo pastor

Por Raquel Elana

Malafaia, um péssimo político e como político, um péssimo pastor

VIRA-CASACA

O oportunismo do Malafaia beira a promiscuidade. Diferentemente do Macedo, que é mais franco, astuto nas suas apostas e objetivamente mais poderoso, o Silas é mais situacionista, age no interesse próprio e, portanto, vira a casaca com uma desfaçatez assombrosa. Mas o Mala não tem pedigree.

Não tivesse ocorrida a reviravolta que catapultou Marina, ele ainda estaria, como sempre esteve, falando mal dessa “evangélica radical… mais fiel ao seu partido que à sua fé” e cujo “programa de governo é pior que do PT e do PSDB”, conforme ele mesmo dissera há menos de um mês. Em 2010, trocou Marina por Serra. Quem era Marina em 2010 senão um melanciazinha, verde por fora, vermelha por dentro?

Segundo diz de si mesmo, ele “não troca de opinião por ocasião política”. Ah, não!
Lançou o pastor Everaldo… cric cric cric (grilos) e o barco furado do Everaldo, coitado, adernou. Mas não adernou sozinho, levou junto a falsa reputação de ‘porta-voz dos evangélicos’ que ele ostentava.

Aí o Mala me sai com essa: “MARINAresistentevaiserPRESIDENTE”, tuitou. 

É, vão-se os anéis, ficam os dedos. Ou seria o contrário? Bem, o fato é que a operação pode ser batizada de “salve o Malafaia!”

Não é possível que depois dessa não tenha ficado claro que, como pastor, o Mala é um péssimo político e como político, um péssimo pastor.

O artigo original do site Gnotícias poderá ser visto por meio do seguinte link:


NOSSO COMENTÁRIO

Ficamos felizes em saber que a máxima de que o Brasil é um país sem memória é falsa. Aí esta essa fantástica jornalista, Raquel Elana, para desmentir a frase mistificadora que muitos tem utilizado.

Malafaia então, Marinou no segundo turno, mas é bom não nos esquecermos da opinião que tinha de Marina em 2010 e em dias mais recentes. Raquel Elana cita duas de suas memoráveis frases proferidas de modo leviano contra a “irmã” marina Silva:

1. Há pouco mais de um mês Silas afirmou o seguinte acerca de Marina Silva: evangélica radical… mais fiel ao seu partido que à sua fé” e cujo “programa de governo é pior que do PT e do PSDB”

2. Já em 2010 se referiu a Marina Silva com esses deselegantes termos: Quem era Marina em 2010 senão um melanciazinha, verde por fora, vermelha por dentro?

Agora, de forma hipócrita, algo que lhe é, muitas vezes, peculiar, vem falar bem de Marina como se ninguém se lembra-se de suas afirmações do passado. Ou seriam falsas as afirmações do presente? Em se tratando de Silas Malafaia é provável que ele não estivesse falando a verdade nem outrora, nem agora.

Como diz Raquel Elana, Silas Malafaia não tem pedigree, ou seja, é mesmo um vira lata.

Esperamos que aos poucos essa verdadeira face do falso Silas Malafaia vá ficando cada vez mais evidente para todo mundo.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

SALMOS 1:3 – O SER HUMANO FELIZ - SALMO 1 – O QUE O BEM-AVENTURADO PRODUZ - SERMÃO 004



Esse artigo é parte da série onde expomos o Salmo 1 e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nesse Salmo, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará um link para o estudo posterior.

Introdução.

A. Nessa nossa exposição do Salmo 1 nós já tivemos oportunidade de falar acerca da pessoa Bem-Aventurada em si mesma — Verso 1. Vimos que ela é uma pessoa verdadeiramente feliz por que sua alegria flui do seu conhecimento e do relacionamento que ela tem com Deus, o Pai, e com seu filho Jesus Cristo, por meio da presença poderosa do Espírito Santo vivendo dentro do próprio Bem-Aventurado.  

B. Vimos também as três coisas que o Bem-Aventurado deve evitar: Verso 2 
1. Ele deve evitar é ouvir os conselhos dos ímpios. Eles não têm, realmente, nada bom para nos oferecer. 
2. Ele não deve parar ou não se deter no caminho dos pecadores. Quem gasta tempo andando nesses caminhos acaba praticando as mesmas coisas que as pessoas que odeiam a Deus praticam. 
3. Ele não deve assentar-se na roda dos escarnecedores, pois são pessoas que zombam de Deus, das coisas de Deus e do povo de Deus estão sentadas bem nas portas do inferno. 
C. Falamos também das coisas que o Bem-Aventurado deve praticar: 
1. Ele deve se empenhar em Ler e estudar a Palavra de Deus. 
2. Ele deve dedicar tempo para meditar no que leu e estudou como uma forma de facilitar o entendimento e a compreensão de como a palavra de Deus pode ser praticada, que é o que realmente importa na vida cristã: sermos praticantes da Palavra e não apenas ouvintes, como nos ensina — 
Tiago 1:22 
Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. 
D. Hoje queremos falar do resultado final da vida do Bem-aventurado. Se ele mantiver seu relacionamento com Deus e com Jesus, se ele evitar as coisas que tem evitar e se ele praticar as coisas que tem que praticar então... 
O BEM-AVENTURADO SERÁ BEM-SUCEDIDO! 
E. A conclusão a que o Salmista chega é muito semelhante ao ensino que encontramos em — 
Jeremias 17:5—8 
Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. 
F. Analisemos de um modo mais detalhado o verso 3 do Salmo 1. 
I. O Crente é Como Árvore Plantada Junto a Corrente de Águas. 
A. O crente verdadeiro não é um arbusto ou planta selvagem. Ele nunca pode ser confundido com puro mato, porque ele é uma Árvore Plantada. Alguém plantou, alguém cuida dela e isso é maravilhoso aos nossos olhos. 
B. Como uma planta, o crente pode tanto florescer quanto murchar, dependendo da sua localização e do acesso que tem a água. Por isso esse verso nos reafirma que: aquele que cuida de nós é DEUS, que nos plantou junto a “correntes de águas”. 
C. E isso só acontece com as plantas que Deus mesmo planta. Não adianta pensar que existe outra forma de florescer, porque não existe. Se você tentar fazer as coisas por você mesmo você vai apenas murchar. É como Jesus diz: 
Mateus 15:13 
Ele, porém, respondeu: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.  
D. Note que Deus planta o Bem-Aventurado junto às פַּלְגֵי מָיִם pelegey maiym — corrente de águas — no plural. Isso serve para indicar a abundância que desfrutamos por estarmos vinculados com Jesus. Note essas palavras do Senhor que muitas vezes nos passa despercebidas: 
João 6:35 
Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
E. Note a conjunção negativa “jamais” repetida duas vezes em um mesmo Verso. Glória a Deus, e Jesus seja engrandecido por tão abundante provisão: ELE DISSE JAMAIS. Você crê nisso?

II. Por Dispor de Amplo Suprimento de Água O Bem-Aventurado Produz Fruto no Tempo Certo. 
A. Como Bem-Aventurados produzimos fruto na hora certa. E o que é esse fruto? E como o mesmo é produzido? Vamos começar respondendo a segunda pergunta. 
B. Para que o fruto seja produzido é necessário que o crente Bem-Aventurado tenha seu prazer na Lei do Senhor e se deixe ensinar por ela, aproveitando todas as oportunidades possíveis. 
C. Uma pessoa assim: 
1. É capaz de produzir o fruto da paciência na hora do sofrimento. 
2. É capaz de produzir o fruto da Paz na hora da angústia. 
3. É capaz de produzir o fruto da confiança em Deus — fé — na hora da provação. 
4. É capaz de produzir verdadeira alegria na hora tanto da adversidade quanto da prosperidade. 
D. A frutificação é uma característica típica da pessoa graciosa e tal frutificação acontece sempre no tempo certo. 
III. Outra Característica do Crente como Árvore Plantada por Deus é que Suas Folhas Nunca Murcham. 
A. O crente Bem-Aventurado não sofre variações de humor porque sua confiança não está nele mesmo, nem nas coisas, nem nas situações ao redor, mas exclusiva e completamente em Deus. Por isso, suas folhas não murcham, estão sempre cheias de vigor por causa da confiança que tem em Deus. 
B. O crente Bem-Aventurado nunca diz como Jacó: 
Gênesis 42:36 
Então, lhes disse Jacó, seu pai: Tendes-me privado de filhos: José já não existe, Simeão não está aqui, e ides levar a Benjamim! Todas estas coisas me sobrevêm. 
C. Não podemos permitir que nossa vista nos engane. As promessas de Deus são maiores e mais firmes do que tudo que vemos, ouvimos, sentimos e etc. Você crê nisso? 
IV. Tudo quanto o Bem-Aventurado Faz Será Bem-Sucedido. 
A. Oh!, meus irmãos e irmãs vivemos em dias tão terríveis, tão nojentos, que tudo o que está sendo pregado tem a ver com prosperidade e tudo o que as pessoas desejam é PROSPERAR. 
B. Mas o verdadeiro Bem-Aventurado não deseja prosperidade material, ele anseia mesmo por prosperidade espiritual. Seu desejo mais profundo é ser bem sucedido no serviço devido ao Senhor. Não existirá maior gozo para nós, do que no dia do Juízo ouvirmos de Jesus essas palavras: 
Mateus 25:21 
Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. 
C. Não se enganem: a prosperidade material pode fácil, fácil tornar-se seu pior inimigo: pode acabar com seu relacionamento com Deus, com seu relacionamento com Jesus, pode acabar com seu casamento, pode acabar com a comunhão com os irmãos na fé, pode, finalmente, impedir você por completo de entrar no reino de Deus na eternidade. 
D. Lembre-se que do mesmo modo que pode existir uma maldição embrulhada na prosperidade humana, também existe uma bênção escondida por trás da cruz do verdadeiro Bem-Aventurado. 
Conclusão:

A. O crente Bem-Aventurado é como uma árvore plantada. Isso não é mérito nosso. É obra da graça de Deus. Sermos plantados por Deus significa criar raízes no relacionamento com Deus e com Jesus por meio do Espírito Santo que habita em nós.  

B. Produzir fruto, para Calvino é equivalente a atingir a maturidade descrita em —

Efésios 4:13

Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.

C. Os que confiam no Senhor, assim nos diz o profeta —

Isaías 40:30—31

Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.

D. Nosso versículo de hoje, Salmos 1:3 nos ensina que a prosperidade material está subordinada à prosperidade espiritual.

E. E queremos terminar o sermão de hoje com as desafiadoras palavras do apóstolo Paulo quando diz em —

1 Coríntios 15:58

Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.


Que Deus abençoe a todos.

OUTRAS MENSAGENS ACERCA DO SALMO 1

001 — Salmos 1:1a — O BEM-AVENTURADO — Salmo 1 — O SER HUMANO FELIZ – SERMÃO 001

002 — Salmos 1:1b — AS COISAS QUE O BEM-AVENTURADO DEVE EVITAR — Salmo 1 — O SER HUMANO FELIZ – SERMÃO 002

003 — Salmos 1:2 — AS COISAS QUE O BEM-AVENTURADO DEVE PRATICAR — Salmo 1 — O SER HUMANO FELIZ – SERMÃO 003

004 — Salmos 1:3 — AS COISAS QUE O BEM-AVENTURADO PRODUZ — Salmo 1 — O SER HUMANO FELIZ – SERMÃO 004

005 — Salmos 1:4 — OS ÍMPIOS SÃO COMO A PALHA — Salmo 1 — O SER HUMANO FELIZ – SERMÃO 005

006 — Salmos 1:5 — OS ÍMPIOS NÃO PREVALECERÃO — Salmo 1 — O SER HUMANO FELIZ – SERMÃO 005

007 — Salmos 1:6 — O SENHOR CONHECE TODOS OS CAMINHOS — Salmo 1 — O SER HUMANO FELIZ – SERMÃO 006

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/01/salmo-1-o-ser-humano-feliz-sermao-007-o_4.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

AS LOUCURAS SEM FIM DE EDIR MACEDO

O gigantesco “Templo de Salomão”, de 100 mil metros quadrados, erigido a mando de Edir Macedo no bairro do Brás, em São Paulo 

O material abaixo foi publicado pelo jornalista Ricardo Setti no site da Revista Veja


Todas as religiões acreditam ter um acesso de algum tipo ao divino.

O bi$po” Edir Macedo, dono da Rede Record de Televisão e chefe da Igreja Universal do Reino de Deus, porém, principal idealizador do chamado “Templo de Salomão” — gigantesca construção de 100 mil metros quadrados no bairro do Brás, em São Paulo, que custou perto de 700 milhões de reais para ser o principal da igreja — vai mais longe.


O “bi$po” Edir Macedo: para ele, Deus resolveu se instalar no “Templo de Salomão” (Foto: Igreja Universal)

Se outros templos de outras religiões monoteístas se consideram um lugar sagrado, onde Deus de alguma forma se faz presente, para Edir Macedo o “Templo de Salomão” é muito mais.

O templo pretende reproduzir o mítico Primeiro Templo dos judeus que teria sido construído no século X a. C. pelo soberano do Reino Unido de Israel e Judá, Salomão, e destruído pelos babilônios cinco séculos depois, e sobre o qual não há evidências arqueológicas confiáveis.

Pois bem, o templo do bairro do Brás, para o “bi$po” Edir Macedo, é — modestamente — “o lugar que Deus escolheu para morar”.

O artigo original de Ricardo Setti poderá ser visto por meio desse link aqui:


NOSSO COMENTÁRIO

Para todos os que tiverem interesse em entender que DEUS NÃO HABITA EM TEMPLOS FEITOS POR MÃOS HUMANAS, recomendamos a leitura do nosso artigo:


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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PARÁBOLAS DE JESUS - LUCAS 10:25—37 — A PARÁBOLA DO SAMARITANO — SERMÃO 027E — PARTE 005 — O SOCORRO





Esse artigo é parte da série "Parábolas de Jesus" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará links para os outros artigos dessa série.

As partes anteriores da Parábola do Samaritano poderão ser encontradas por meio dos links abaixo:

027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1
027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote
027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita

027D — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano


Sermão 027E

A PARÁBOLA DO SAMARITANO — PARTE 5 — O SOCORRO

lUCAS 10:25—37

25 E eis que se levantou um certo doutor da lei, tentando-o e dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?

26 E ele lhe disse: Que está escrito na lei? Como lês?

27 E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.

28 E disse-lhe: Respondeste bem; faze isso e viverás.

29 Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?

30 E, respondendo Jesus, disse: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto.

31 E, ocasionalmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo.

32 E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo.

33 Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.

34 E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele;

35 E, partindo ao outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele, e tudo o que de mais gastares eu to pagarei, quando voltar.

36 Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores?

37 E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai e faze da mesma maneira.

Continuação

5. O Socorro

Lucas 10:34
E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele;

O momento central da narrativa de Jesus descreve o inesperado aparecimento de um samaritano compassivo. O resto da ação, de agora em diante, é a manifesta expressão dessa profunda e comovente compaixão. Na cena que iremos estudar hoje o samaritano — que não tinha nenhuma obrigação legal — oferece ao homem ferido o socorro que lhe havia sido negado tanto pelo sacerdote como pelo levita — os dois tinham obrigações legais de ajudar.

Como é comum nas parábolas de Jesus, a simplicidade da linguagem pode nos fazer seguros do caminho que estamos seguindo, mas é mais comum estarmos completamente errados.

O samaritano ao se aproximar do homem ferido, curiosamente, sabe o que precisa fazer:

1. Primeiro ele precisa limpar e amolecer as feridas com óleo.

2. A seguir ele precisa desinfetar os machucados com vinho.

3. Por fim, os ferimentos precisavam ser cobertos com ataduras.

Agora se você olhar o verso acima verá que essa não foi a ordem em que Jesus descreveu os acontecimentos. Sim, é necessário dizer que o texto no grego nos dá uma visão dessas coisas acontecendo simultaneamente. Mas no texto grego é a ação que envolve as ataduras que vem primeiro. Porque Jesus menciona as ataduras primeiro? Certamente porque ele quer enfatizar a teologia por trás desse gesto. Essa é a linguagem que os profetas estavam acostumados a usar no relacionamento ente Deus e o povo de Israel.

Jeremias 30:17

Porque te restaurarei a saúde e curarei as tuas chagas, diz o SENHOR; pois te chamaram a repudiada, dizendo: É Sião, já ninguém pergunta por ela.    

Note essa detalhada descrição do profeta Oséias e como a mesma nos faz lembrar o socorro do samaritano e também o desprezo do sacerdote e do levita para com a Lei de Deus:

Oséias 6:1—10

1 Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará.
2 Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele.
3 Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.
4 Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque o vosso amor é como a nuvem da manhã e como o orvalho da madrugada, que cedo passa.
5 Por isso, os abati por meio dos profetas; pela palavra da minha boca, os matei; e os meus juízos sairão como a luz.
6 Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.
7 Mas eles transgrediram a aliança, como Adão; eles se portaram aleivosamente contra mim.
8 Gileade é a cidade dos que praticam a injustiça, manchada de sangue.
9 Como hordas de salteadores que espreitam alguém, assim é a companhia dos sacerdotes, pois matam no caminho para Siquém; praticam abominações.
10 Vejo uma coisa horrenda na casa de Israel: ali está a prostituição de Efraim; Israel está contaminado.

Depois de ferir, o primeiro ato do Deus ETERNO é “ligar” as feridas! De fato, a narrativa de Oséias está tão próxima da parábola contada por Jesus, que o início das palavras de Oséias serviriam perfeitamente como uma introdução para a parábola. Cada parte das palavras de Oséias pode ser aplicada à história contada por Jesus. De modo específico nos vemos no texto acima que Efraim é ferido e clama pelo Senhor que então intervém e:

1. Nos sarará

2. Fez a ferida e a ligará.

3. Nos revigorará.

4. Nos levantará, e viveremos diante dele. 

Deus, Deus, Deus e Deus outra vez. Só Deus é Salvador e é Ele quem escolhe os instrumentos que irá usar para realizar Sua vontade. É por isso, que na parábola contada por Jesus a salvação de Deus vem por meio das mãos de um odiado e desprezado samaritano. Como iremos ver a seguir, as duas narrativas têm profundas implicações cristológicas.

Além do mais, tanto o óleo quanto o vinho não eram apenas materiais para primeiros socorros, eles eram também elementos importantes da adoração no templo. Assim como o ato de derramar qualquer líquido na presença de Deus, também ara parte da adoração. Essas eram chamadas de libações e estavam, intimamente, ligadas aos sacrifícios. No entanto por muitos séculos o chamado ao povo de Israel tinha ido muito além das obrigações relativas aos sacrifícios. Deus desejava que seu povo oferecesse uma resposta adequada ao amor que tinham recebido de Deus e que tal resposta se manifestasse na forma de amor perseverante e não tanto na forma de sacrifícios:

Oséias 6:6

Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.

Miquéias 6:7—8

7 Agradar-se-á o SENHOR de milhares de carneiros, de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo, pelo pecado da minha alma?

8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus.

Nós temos essa mesma linguagem e atitude na ação de Paulo descrita como uma libação derramada sobre o sacrifício da fé dos filipenses:

Filipenses 2:17

Entretanto, mesmo que seja eu oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, alegro-me e, com todos vós, me congratulo.

Paulo também desafia os cristãos em Roma a apresentarem seus próprios corpos como sacrifícios vivos a Deus:

Romanos 12:1

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

É desse modo que para os profetas a linguagem do altar evoca o autossacrifício de amor. Para Paulo tal oferta está unida ao chamado que o cristão tem recebido para servir o próximo de modo sacrificial. O sacerdote e o levita eram aqueles que conheciam muito bem a ordem prescrita para os rituais e a liturgia do culto no templo. Durante a adoração eles eram os que oficiavam os sacrifícios e as libações. Eles eram os que derramavam o óleo e o vinho diante e sobre os sacrifícios oferecidos ao Senhor. Na parábola que Jesus está contando aqui o samaritano executas esses gestos simples que tanto o sacerdote quanto o levita haviam evitado, apesar de estarem acostumados a realizarem os mesmos no templo. O homem ferido é a perfeita oportunidade para o sacerdote e o levita manifestarem o sacrifício vivo, algo que o samaritano demonstra cumpre, satisfazendo assim a perfeita vontade de Deus. É o doado Samaritano quem derrama a libação sobre o altar das feridas do homem atacado. Não existe nenhuma maneira de demonstrar חֶסֶד chesed — bondade, fidelidade ou benignidade para com o homem caído à beira da estrada do que esses simples gestos do samaritano de derramar óleo e vinhos sobre as feridas do mesmo. São esses gestos simples que demonstram toda a misericórdia e compaixão que Deus sente por cada um de nós, suas criaturas. Era isso pelo que clamavam os últimos profetas enviados ao povo de Israel. Mas é o samaritano quem derrama a verdadeira oferta aceitável a Deus.

Todavia, diante situação de relacionamento existente entre judeus e samaritanos naqueles dias, era bem possível que se o homem ferido fosse um judeu, ainda se desse o direito de insultar àquele que lhe fizera bem e lhe salvara a vida. Óleo e vinho são totalmente proibidos para os judeus se a origem dos mesmos for samaritana. E isso por dois motivos: 1) primeiro porque os samaritanos eram pessoas consideradas impuras; 2) Depois era necessário que o dízimo desses elementos tivesse sido paga, algo que, evidentemente, o samaritano não tinha feito, até porque se tentasse fazer seria rejeitado de pronto. Assim, o judeu quando despertasse também teria que pagar o dízimo corresponde ao óleo e ao vinho usado pelo samaritano. Como ele tinha acabado de ser assaltado, ele não tinha dinheiro sequer para pagar sua própria hospedagem numa hospedaria. Alguém jpa disse que o mestre da lei que havia iniciado a conversa com Jesus sentiria verdadeiro prazer se o homem ferido tivesse despertado e gritado: longe de mim seu samaritano imundo que eu aceite óleo e vinho de tuas mãos impuras. Bem, durma-se com um barulho desses.    

CONTINUA...   



OUTRAS PARÁBOLAS DE JESUS PODEM SER ENCONTRADAS NOS LINKS ABAIXO:

001 – O Sal

002 – Os Dois Fundamentos

003 – O Semeador

004 – O Joio e o Trigo =

005 – O Credor Incompassivo

006 — O Grão de Mostarda e o Fermento

007 — Os Meninos Brincando na Praça

008 — A Semente Germinando Secretamente

009 e 010 — O Tesouro Escondido e a Pérola de Grande Valor

011 — A Eterna Fornalha de Fogo

012 — A Parábola dos Trabalhadores na Vinha

013 — A Parábola dos Dois Irmãos

014 — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 1

014A — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 2

015 — A Parábola das Bodas —

016 — A Parábola da Figueira

017 — A Parábola do Servo Vigilante

018 — A Parábola do Ladrão

019 — A Parábola do Servo Fiel e Prudente

020 — A Parábola das Dez Virgens

021 — A Parábola dos Talentos

022 — A Parábola das Ovelhas e dos Cabritos

023 — A Parábola dos Dois Devedores

024 — A Parábola dos Pássaros e da Raposa

025 — A Parábola do Discípulo que Desejava Sepultar Seu Pai

026 — A Parábola da Mão no Arado

027 — A Parábola do Bom Samaritano — Completo

027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1

027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote

027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita

027D — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano

027E — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro

027F — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria

027G — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 7 — O pagamento final

027H — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor da Lei

028 — A Parábola do Rico Tolo —

029 — A Parábola do Amigo Importuno —

030 — A Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé

031 — A Parábola da Figueira Estéril

032 — A Parábola Acerca dos Primeiros Lugares

033 — A Parábola do Grande Banquete

034 — A Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro

035 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 001

036 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002

037A — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 001

037B — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 002

037C — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 003

037D — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 004 — A Influência do Antigo Testamento

037E — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 005 — Características Cristológicas da Parábola da Ovelha Perdida

037F — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 006 — A importância das pessoas perdidas.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.