domingo, 31 de agosto de 2014

MARINA RETIRA APOIO A CASAMENTO GAY DE SEU PROGRAMA DE GOVERNO


A notícia abaixo foi publicada pelo site G1 de Brasília.

Campanha de Marina tira do programa apoio a casamento gay

Partido diz que documento não retratou com 'fidelidade' posição sobre tema.

PSB afirma ter compromisso 'irrestrito' com defesa dos direitos LGBT.

Do G1, em Brasília

Trecho que trata do casamento gay que a campanha de Marina Silva decidiu suprimir do programa de governo (Foto: Reprodução)

Trecho que trata do casamento gay que a campanha de Marina Silva decidiu suprimir do programa de governo (Foto: Reprodução)

Um dia depois de divulgar o programa de governo da candidata, a campanha da presidenciável Marina Silva (PSB) decidiu retirar trecho que manifestava apoio a propostas para legalizar o casamento igualitário no Brasil, que permite a união entre pessoas do mesmo sexo. Além disso, foi eliminada defesa de um projeto em tramitação no Congresso que criminaliza a homofobia.

Os dois pontos estavam num capítulo sobre os direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais) e foram substituídos pela seguinte redação: "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo".

Em nota divulgada neste sábado (30), a assessoria da campanha informou que o texto inicialmente divulgado, "infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo" e diz que uma "falha processual na editoração" da versão do programa divulgada na internet e em exemplares impressos permitiu a veiculação de uma redação "que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT".

No documento divulgado na internet e distribuído à imprensa, constava o seguinte trecho: "Apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil".

Também havia a defesa do PLC 122/2006, que equipara a discriminação contra gays aos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. A proposta, feita em 2006 e atualmente em tramitação no Senado, sofre forte resistência da comunidade evangélica.

Segundo informou ao G1 a assessoria da campanha, serão substituídas as páginas e 215 e 216 do programa, que abordam os direitos LGBT e tratam do casamento gay.

Atualmente, uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle externo das atividades do Judiciário, obriga os cartórios a cumprirem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de maio de 2011, de realizar a união estável de casais do mesmo sexo. Além disso, obrigou a conversão da união em casamento e também a realização direta de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Porém, não há nenhuma lei no país que regulamente o assunto.

De acordo com a nota divulgada neste sábado pela campanha, "a sociedade tem muita dificuldade em lidar com as diferentes visões de mundo, de forma de viver e de escolhas feitas pelas pessoas". A nova versão do programa de governo de Marina Silva diz ainda que os grupos LGBT estão entre as minorias que têm direitos civis que precisam ser respeitados.

“Apesar desse contratempo indesejável [no programa de governo], tanto no texto com alguns equívocos como no correto, permanece irretocável o compromisso irrestrito com a defesa dos direitos civis dos grupos LGBT e com a promoção de ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos", afirma a nota.

Nesta sexta-feira (29), durante o lançamento do programa de governo em São Paulo, Marina Silva foi questionada sobre o apoio a projetos de lei que garantam o direito de casamento entre pessoas do mesmo sexo, Ela disse respeitar e defender o Estado laico e afirmou que, como presidente, terá o compromisso de assegurar direitos civis para "todas as pessoas".

“O nosso compromisso é que os direitos civis das pessoas sejam respeitadas. Queremos o respeito através do Estado laico tanto para os que creem quanto os que não creem. As pessoas têm sua liberdade individual e essa liberdade individual deve ser respeitada", disse.

Em 2010, ano em que disputou pela primeira vez a Presidência, Marina afirmou que, na opinião dela, o casamento é um "sacramento" e que aceitar a união entre pessoas do mesmo sexo iria contra suas convicções religiosas. Apesar disso, na ocasião, se disse a favor da “união de bens” entre homossexuais.

Ainda nesta sexta, horas após a divulgação do programa, a campanha de Marina também corrigiu outro trecho que mencionava a energia nuclear como um dos pontos que merecem atenção para o aperfeiçoamento da matriz energética do país.

Nota

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada neste sábado pela campanha de Marina Silva.

NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O CAPÍTULO "LGBT", DO PROGRAMA DE GOVERNO DA COLIGAÇÃO UNIDOS PELO BRASIL

O texto do capítulo "LGBT", do eixo "Cidadania e Identidades", do Programa de Governo da Coligação Unidos pelo Brasil, que chegou ao conhecimento do público até o momento, infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo (comentários pela internet sobre as diretrizes do programa, encontros regionais e as dinâmicas de escuta da sociedade civil promovidas pela Coordenação de Programa de Governo e pelos candidatos à Presidência pela Coligação).

Em razão de falha processual na editoração, a versão do Programa de Governo divulgada pela internet até então e a que consta em alguns exemplares impressos distribuídos aos veículos de comunicação incorporou uma redação do referido capítulo que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT.

Convém ressaltar que, apesar desse contratempo indesejável, tanto no texto com alguns equívocos como no correto, permanece irretocável o compromisso irrestrito com a defesa dos direitos civis dos grupos LGBT e com a promoção de ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos.

Os brasileiros e as brasileiras interessados em conhecer as verdadeiras ideias defendidas pelos candidatos da Coligação Unidos pelo Brasil para a Presidência da República, Marina Silva e Beto Albuquerque, já o podem fazer por meio do site marinasilva.org.br ou pelos exemplares impressos que serão distribuídos a partir de hoje.

O documento que expressa as reais propostas da chapa para o capítulo "LGBT" também pode ser lido abaixo:

LGBT

Ainda que tenhamos dificuldade para admitir, vivemos em uma sociedade que tem muita dificuldade de lidar com as diferenças de visão de mundo, de forma de viver e de escolhas feitas em cada área da vida. Essa dificuldade chega a assumir formas agressivas e sem amparo em qualquer princípio que remeta a relações pacíficas, democráticas e fraternas entre as pessoas.

Nossa cultura tem traços que refletem interesses de grupos que acumularam poder enquanto os que são considerados minoria não encontram espaços de expressão de seus interesses. A democracia só avança se superar a forma tradicional de supremacia da maioria sobre a minoria e passar a buscar que todos tenham formas dignas de se expressar e ter atendidos seus interesses. Os grupos LGBT estão entre essas minorias que têm direitos civis que precisam ser respeitados, defendidos e reconhecidos, pois a Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei, independentemente de idade, sexo, raça, classe social. Assim como em relação às mulheres, aos idosos e às crianças, algumas políticas públicas precisam ser desenvolvidas para atender a especificidade das populações LGBT.

A violência que chega ao assassinato, vitima muitos dos membros dos grupos LGBT. Dados oficiais indicam que, entre 2011 e 2012, os crimes contra esse grupo aumentaram em 11% em nosso país. Outros sofrem tanto preconceito que abandonam a escola e abrem mão de toda a oportunidade que a educação pode dar, o que também, de certa forma, corresponde a uma expressão simbólica de morte.

É preciso desenvolver ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos.

Para assegurar direitos e combater a discriminação:

1. Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo.

2. Aprovado no Congresso Nacional o Projeto de Lei da Identidade de Gênero Brasileira – conhecida como a Lei João W. Nery – que regulamenta o direito ao reconhecimento da identidade de gênero das “pessoas trans”, com base no modo como se sentem e veem, dispensar a morosa autorização judicial, os laudos médicos e psicológicos, as cirurgias e as hormonioterapias.

3. Como nos processos de adoção interessa o bem-estar da criança que será adotada, dar tratamento igual aos casais adotantes, com todas as exigências e cuidados iguais para ambas as modalidades de união, homo ou heterossexual.

4. Normatizar e especificar o conceito de homofobia no âmbito da administração pública e criar mecanismos para aferir os crimes de natureza homofóbica.

5. Incluir o combate ao bullying, à homofobia e ao preconceito no Plano Nacional de Educação.

6. Garantir e ampliar a oferta de tratamentos e serviços de saúde para que atendam as necessidades especiais da população LGBT no SUS.

7. Assegurar que os cursos e oportunidades de educação e capacitação formal considerem os anseios de formação da população LGBT para garantir ingresso no mercado de trabalho.

8. Considerar as proposições do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT na elaboração de políticas públicas específicas para populações LGBT.

O artigo original do site do G1 de Brasília poderá ser visto por meio do seguinte link:


Nosso comentário:

Acreditamos que uma sociedade democrática e não uma teocracia, deve ser regida pela vontade manifesta da maioria, envidando todos os esforços para proteger os direitos — não privilégios — das minorias.

As pessoas são livres para escolher seus caminhos, mas terão que responder por suas decisões tanto no tempo como na eternidade.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

ATOS DOS APÓSTOLOS — SERMÃO 008 - ATOS 2:5-15 - O DIA DO PENTECOSTES — PARTE 002 — O DOM DE FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS


Ao fundo a palavra hebraica "SHAVUOT" cujo significado é pentecostes

Esse material é parte de uma série de mensagens pregadas no Livro dos Atos dos Apóstolos. As mensagens cobrem todos os 28 capítulos do Livro de Atos e no final de cada mensagem, você poderá encontrar links para outras mensagens.

Texto: Atos 2:5—15
Introdução.

A. Durante a introdução do livro de Atos — ver sermão 001 por meio dos links mais abaixo — nós falamos que iríamos enfrentar uma dificuldade muito grande, do ponto de vista da interpretação desse livro, pelo mesmo ser, em sua maior parte, uma narrativa de fatos e não um tratado teológico propriamente dito. 
B. Naquela ocasião nós levantamos as seguintes perguntas? 
1. Seria o Livro dos Atos dos Apóstolos uma descrição “ipsis literis” daquilo que vida cristã deve ser? 
2. E essa descrição, pertinente aos primeiros cristãos, serve como “o modelo” para todos os cristãos de todas as eras e de todos os tempos? 
3. Devemos, de fato, como é desejo de muitos, ansiar por uma volta às práticas cristãs primitivas como descritas nesse livro? 
4. Com respeito a essa última pergunta, nós precisamos ainda definir o seguinte: se vamos adotar as práticas descritas no livro de Atos, quais delas devemos adotar? Todas ou apenas aquelas que são do nosso interesse e nos agradam? 
C. Precisamos relembrar essas perguntas agora, porque o tema que vamos tratar hoje é muito importante, porque tem causado controvérsias e divisões no seio da igreja cristã desde o final do primeiro século da era cristã até aos dias de hoje. 


D. Entre os muitos movimentos que se abateram sobre a igreja, sob a alegação de que desejavam conduzir a mesma à pureza das práticas descritas no livro dos Atos nós vamos encontrar os seguintes:
1. Os gnósticos, com suas revelações particulares e secretas. Eles nos legaram o chamado Evangelho de Tomé onde Jesus afirma a Pedro que iria transformar todas as mulheres em homens, para que elas pudessem herdar a vida eterna. 
2. Os montanistas — c. 156 a.D. — que se tornou na fonte inspiradora de todos os movimentos entusiastas ou pneumáticos da história da Igreja. 
3. Os espiritualistas medievais que sonhavam com uma igreja diferente da igreja romana antes da Reforma Protestante. Uma igreja onde todo mundo tivesse uma comunhão mística com o Espírito Santo. Entre esses nós podemos citar: 1) Catarina de Siena; 2) Bernardo de Claraval; 3) Boaventura de Bagnoregio; 4) Hildegard von Bingen. 
4. Os movimentos chamados radicais durante a reforma, entre os quais podemos citar os anabatistas e os Schwarmer. 
5. Os chamados Shakers ou Quacres depois da reforma, que foram acompanhados pelos movimentos chamados pietistas. 
6. O movimento Wesleyano – Metodismo – e os revivalistas dos séculos XVII e XVIII na Alemanha, Inglaterra e nos Estados Unidos. 
7. O surgimento de Edward Irving na Inglaterra e de Charles Finney nos Estados Unidos na primeira metade do século XIX. 
8. Os movimentos de santidade surgidos nos Estados Unidos na segunda metade do século XIX. 
9. Esses movimentos de santidade produziram, no início do século XX, o chamado movimento pentecostal com seus desdobramentos posteriores – o movimento carismático, e o neopentecostalismo com todas as suas “ondas”. 
E. Todos esses movimentos têm em comum a manifestação de carismas pneumáticos e podem ser caracterizados pelos seguintes pontos comuns: 
1. Alegam que com o início do seu movimento, também teve início o último período de revelação. Isso quer dizer que se consideram pessoas muito especiais porque irão auxiliar na manifestação do reino de Deus na terra e ter participação ativa na vinda de Jesus. Alguns já estão mortos há mais de um século! 
2. São, geralmente, ortodoxos na doutrina, com exceção de erros, muitas vezes grosseiros, quanto à pessoa e obra do Espírito Santo. 
3. A proximidade do fim do mundo é fortemente enfatizada. Sempre virando a esquina, mas, na verdade, não! 
4. Padrão de conduta estabelecido é, normalmente, muito severo. 
5. Como o movimento presente é o pentecostalismo com seus desdobramentos carismático e o neopentecostalismo, iremos fazer referências aos mesmos.  
6. Tais comentários se fazem necessários por dois motivos: 
a. Em primeiro lugar pela alegação feita por esse movimento de que eles estão certos quanto ao que afirmam com relação ao batismo com o Espírito Santo e a necessária manifestação do falar em línguas estranhas — não em outras línguas, mas em línguas estranhas. Sem esse batismo e essa manifestação o indivíduo é, na realidade, cidadão de segunda classe do reino de Deus. 
b. Em segundo lugar temos a questão pertinente à verdade. Somos chamados a amar os irmãos aqui na nossa comunidade, a amar os irmãos de outras comunidades e a amar até mesmo os ímpios e aqueles que nos perseguem. Mas, acima de tudo somos chamados a amar a verdade. Não podemos nos esquecer que a verdade não é um conjunto doutrinário de alguma sorte, e sim, que a mesma se encontra na própria pessoa do Senhor Jesus e na Palavra de Deus, a Bíblia — 
João 14:6 
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. 
João 17:17. 
Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. 
c. Temos que amar a verdade mais do que amamos as outras coisas ou pessoas se queremos, de fato seguir a Jesus. Caso contrário, estamos apenas nos enganando a nós mesmos. 
7. Diante dessa perspectiva, nós podemos expor a verdade, com todas suas implicações, acerca do... 
DOM DE FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS

I. O Que Aconteceu no Dia de Pentecostes. 
Já tivemos a oportunidade de falar na mensagem anterior que aquele dia foi caracterizado pelos seguintes eventos: 
A. Ouviu-se um som com de um vento impetuoso — não havia vento nenhum, apenas o som. 
B. Surgiram línguas como de fogo. Não havia nenhum fogo propriamente dito. Apenas uma aparência do mesmo.   
C. Os apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo — em nenhum momento se diz que eles foram batizados com o Espírito Santo, nem aqui nem em parte alguma do capítulo 2 de Atos que descreve tudo que se passou naquele dia. 
D. Cheios do Espírito Santo, os apóstolos passaram a falar em outras línguas. Em nenhum momento se faz qualquer menção de qualquer língua estranha. 
II. Os Visitantes Que Estavam em Jerusalém para Celebrar o Pentecostes – Atos 2:5, 9—11a. 
A. A Festa do Pentecostes, acerca da qual falamos no sermão anterior, era um dos três festivais anuais mais importantes entre o judaísmo daqueles dias. As outras duas eram: a Páscoa e a Festa dos Tabernáculos. 
B. Por esse motivo, milhares e milhares de peregrinos judeus e prosélitos — gentios convertidos ao judaísmo — vinham de todos os cantos adorar a Deus em Jerusalém e participar das festividades — ver Atos 2:5. 
C. Lucas nos apresenta uma lista, relativamente extensa, das nacionalidades desses visitantes: partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem, tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios – Atos 2:9—11a.     
III. O Uso que Foi Feito das Outras Línguas – Atos 2:5—12. 
A. Só para não esquecer: eles falaram em outras línguas, não porque foram batizados com o Espírito Santo e sim porque foram cheios com o Espírito Santo — Atos 2:4. 
B. Cheios do Espírito Santo, os apóstolos, apesar de serem reconhecidos como galileus — provavelmente pelo comprimento do cabelo — começaram a falar em outras línguas que não conheciam — não em línguas estranhas — ver Atos 2:7. Não se tratava de nenhum blá, blá, blá estéril. 
C. Eram todas línguas conhecidas! 
1. Verso 6: Cada um os ouvia falar na sua própria língua. 
2. Verso 8: E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? 
3. Verso 11b: Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas? 
D. E o que é que eles estavam falando: 
1. Verso 11c: Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus? 
E. Como podemos ver, sem sombra de dúvida, o Espírito Santo, ao encher os apóstolos lhes concedeu a capacidade de falar em outras línguas inteligíveis e, através disso, proclamar as grandezas do que Deus tinha feito através de Jesus Cristo. 
IV. A Reação dos Ouvintes. 
A. A reação inicial das pessoas que ouviram as Boas Novas acerca de Jesus em suas próprias línguas foi de perplexidade: espanto, admiração. Ficaram atônitos — ver Atos 2:6 e 12. 
B. Eles se perguntavam: Que quer isto dizer? Ou seja: Qual é o significado disso? 
C. Alguns, como sempre, assumiram uma atitude zombeteira — 
Atos 2:13 
Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados! 
V. A Reação de Pedro. 
A. Pedro, o covarde de algumas semanas atrás — negou a Cristo três vezes — 
Marcos 14:30 
Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje, nesta noite, antes que duas vezes cante o galo, tu me negarás três vezes. 
e por isso, precisou reafirmar seu amor ao Senhor esse mesmo número de vezes — 
João 21:15—17 
15 Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeiros. 
16 Tornou a perguntar-lhe pela segunda vez: Simão, filho de João, tu me amas? Ele lhe respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe Jesus: Pastoreia as minhas ovelhas.
17 Pela terceira vez Jesus lhe perguntou: Simão, filho de João, tu me amas? Pedro entristeceu-se por ele lhe ter dito, pela terceira vez: Tu me amas? E respondeu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas, tu sabes que eu te amo. Jesus lhe disse: Apascenta as minhas ovelhas. 
agora cheio do Espírito Santo, Pedro se levanta para advertir aquelas pessoas. Quanta Coragem! — ver Atos 1:14. 
B. Suas primeiras palavras enfatizam o fato de que aqueles homens não estavam embriagados. Como poderiam? Eram nove horas da manhã apenas. 
C. A continuação das palavras de Pedro iremos estudar a partir da próxima mensagem. 
Conclusão:

A. Essa mensagem de hoje, possui graves implicações sobre o movimento moderno de línguas. Não é meu interesse julgar nem a sinceridade, nem o coração das pessoas envolvidas nos movimentos pentecostais, carismáticos ou neopentecostais. Meu único interesse é confrontar o que esses movimentos ensinam com o que a Palavra de Deus ensina.

B. Aqui está um pequeno mapa do tempo do início do movimento Pentecostal até os dias de hoje:

1. Só podemos entender o movimento pentecostal se entendermos, por um lado, John Wesley — final do século XIX — e o metodismo e, por outro lado, os movimentos de santidade que existiram nos Estados Unidos durante o século XIX.

2. John Wesley, no final da sua vida, começou a ensinar uma nova doutrina, de que era possível passar por uma segunda experiência com o Espírito Santo — diferente da conversão que seria a primeira experiência — e experimentar um nível de santificação onde a pessoa não peca mais. Ou seja, Wesley começou a advogar uma segunda experiência santificadora onde a pessoa não pecava mais. Mas, o que diz a Bíblia?

1 João 1:8, 10

8 Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.

10 Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.

Essa idéia ou ensinamento devia ter morrido ali, como apenas uma alucinação de uma mente doente, ainda que desejasse sinceramente honrar o Senhor.

3. É evidente que os irmãos metodistas que eram sãos em suas consciências, se recusaram a propagar esse ensinamento. Mas muitos, por serem mais leais a Wesley do que à Palavra de Deus, deixaram o metodismo e se tornaram pregadores independentes dessa esquisita e antibíblica doutrina de santificação absoluta nessa vida. Quem não gostaria disso? Viver essa vida e não cometer nenhum pecado nunca mais! Muitos queriam ouvir esse tipo de mensagem e os movimentos de santidade se multiplicaram atraindo pessoas de todas as denominações: presbiterianos, batistas, metodistas, episcopais etc.

4. Em 1897 um grupo de homens brancos e negros fundou a The Church of God in Christ — A Igreja de Deus em Cristo . Era uma denominação pautada nas idéias dos grupos de santidade e que mais tarde viria a adotar também as idéias pentecostais de batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas estranhas.

5. Nesse cenário surge um pregador itinerante e diretor de uma escola cristã em Topeka, no estado do Kansas, chamado Charles Parham.

6. Esse homem era apaixonado por essa ideia de uma segunda experiência com o Espírito Santo, mas sem essa de santificação absoluta. O que lhe interessava era a possibilidade de passar por uma segunda experiência com o Espírito Santo. Suas pregações chamaram a atenção de outro pregador itinerante, William Joseph Seymour, que frequentou a escola em Topeka por alguns meses. Como Seymour era negro, ele então era obrigado a assistir as aulas através de uma janela sentado do lado de fora da sala de aula. Eu acho maravilhoso esse amor dessas pessoas que alegam serem batizadas com o Espírito Santo.

7. Parham saiu de viagem para uma série de pregações e deixou seus alunos encarregados de lerem o livro de Atos e descobrirem o segredo do poder que existia na Igreja do primeiro século.

8. Ao retornar, seus alunos lhe apresentaram um curioso relatório que dizia que: o segredo do poder da igreja primitiva residia numa realidade que eles chamaram de “Batismo com o Espírito Santo”, grandemente inspirada pela narrativa de Atos 2. Parham concordou com essa abordagem e passou a pregar a necessidade dos cristãos de serem batizados com o Espírito Santo. É óbvio que isso não é ensino das Escrituras. Fazer esse tipo de afirmação é achincalhar com o Espírito Santo, que teria deixado a Igreja nas trevas por dezenove séculos até que esta verdade fosse “descoberta” popr um bando de estudantes da Bíblia, muito mal orientados.

9. Ele e seus alunos começaram então a orar e buscar esse batismo com o Espírito Santo. Não demorou muito e, no primeiro dia de Janeiro do ano 1900, uma de suas alunas, Agnes Ozman, foi a primeira pessoa a receber esse batismo na era moderna e a confirmação do mesmo veio através da manifestação de uma capacidade de falar em línguas estranhas.

10. Parham mudou-se para o Texas — Houston — onde começou a promover essa nova doutrina, de uma segunda experiência com o Espírito Santo — chamada de segunda bênção — agora acompanhada pela manifestação obrigatória do falar em línguas estranhas.

11. William Seymour cruzou caminhos outra vez com Charles Parham no Texas, mas não recebeu o batismo com o Espírito Santo, nem falou em línguas estranhas. Depois de algum tempo, Seymour partiu para a Califórnia.

12. Em Los Angeles Seymour assumiu o pastorado de uma pequena congregação que funcionava em um bangalô de madeira no número 214 da North Brae Avenue.

13. O público de Seymour era composto por um grupo de empregados domésticos de cor negra, além de outros que trabalhavam em serviços variados de limpeza em prédios públicos. Seymour dizia a seus ouvintes que: se eles orassem com firmeza e desejassem de todo o coração, Deus iria enviar um novo pentecostes sobre eles.

14. No dia 9 de Abril de 1906, algo inusitado aconteceu naquele local. Pessoas começaram a falar em línguas estranhas e danças frenéticas tiveram lugar. A palavra acerca daquele acontecimento se espalhou rapidamente. Em poucos dias as multidões eram grandes demais para aquele pequeno salão.

15. Seymour e os líderes daquela comunidade alugaram uma pequena igreja abandonada localizada no número 312 da Azuza Street, próxima do local original. Isso se deu no dia 14 de Abril de 1906. O púlpito da nova igreja era uma pilha de caixa de sapatos.

16. O avivamento iniciado ali – conhecido como Azuza Street Revival – continuou 24 horas por dia durante os próximos 3 anos de modo ininterrupto. Pessoas do mundo inteiro vieram e foram “batizados” com o Espírito Santo manifestando o falar em línguas estranhas e outras coisas. Muito dos que passaram por essa experiência retornaram às suas cidades e países levando essa novidade.

17. Muito pregadores dos círculos do movimento de santidade e da The Church of God in Christ, eram frequentes no púlpito da congregação de Seymour. Charles Parham, apesar de convidado muitas vezes, apareceu apenas uma vez para pregar ali.

18. De longe, Charles Parham, remoia sua inveja contra William Seymour. O sucesso de Seymour era agravado pelo fato dele ser um homem negro! Parham não conseguia aceitar que um negro tivesse lhe “roubado a idéia” e feito tamanho sucesso com ela. O sonho de Parham era começar uma nova denominação, um movimento que pudesse alcançar o mundo inteiro. Mas ele não conseguia enxergar essa denominação sendo liderada por um homem negro. Nessa ocasião a The Church of God in Christ estava consolidada nas mãos de Charles Hanson Mason, que era também um homem negro.

19. Em 1907 a The Church of God in Christ adotou o pentecostalismo formalmente com o batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas estranhas. Como essas coisas haviam sido iniciadas por Charles Parham, muitos pregadores brancos achavam inaceitável que esse “belo” movimento do Espírito estivesse rigorosamente sob o controle de homens negros, como Seymour e Mason. Então, um grupo de pregadores brancos abandonou a The Church of God in Christ e fundaram uma denominação controlada por brancos com as mesmas ênfases: batismo com o Espírito Santo e falar em línguas estranhas. Essa nova denominação recebeu o nome de Assemblies of God ou Assembleias de Deus.

20. Seymour foi abandonado pelos pregadores brancos do círculo de santidade. Sentindo-se traído ele se entregou ao desânimo e a frequência nas reuniões da rua Azuza começou a declinar até restarem poucas pessoas.

21. Seymour, recantou suas próprias convicções acerca do batismo com o Espírito Santo e o falar em línguas estranhas dizendo que o verdadeiro batismo com o Espírito Santo era aquele que nos unia todos — brancos, negros, amarelos e vermelhos — em um só corpo em Cristo Jesus, sem nenhuma manifestação de falar em línguas estranhas. Pena. O ensinamento errado já estava consolidado e continuava avançando por todos os lugares.

22. Hoje o racismo está consolidado dentro do pentecostalismo estadunidense com a The Church of God in Christ servindo preferencialmente a negros e as Assemblies of God aos brancos.        

C. Agora nós precisamos perguntar:

1. É possível ensinar um Batismo com o Espírito Santo baseado em Atos 2? O que é que o texto diz — até onde lemos que foi o verso 15 — ? Os apóstolos foram cheios com o Espírito Santo. Não existe menção do batismo com o Espírito Santo.

D. É possível ensinar a manifestação de línguas estranhas quando o texto é bem claro que os apóstolos falaram em “outras línguas” inteligíveis? Aliás, diga-se de passagem, a expressão “línguas estranhas” não existe na Bíblia. A referência é sempre a outras línguas, i.e. a línguas inteligíveis. 

E. Não temos o direito de atropelar o que a Bíblia diz para seguir nossas próprias idéias. Temos que amar a verdade acima de tudo.

F. Seriam o racismo e inveja, motivos justificáveis para iniciar uma nova denominação?

G. Esse pessoal tem muito que explicar.

H. Quanto a nós, faremos bem se continuarmos fiéis à verdade como apresentada em Jesus e na Palavra de Deus.

I. Minha oração é que deixemos de lado toda e qualquer pretensão de querermos ser mais justos que Deus e, tratemos o erro com a firmeza com que o mesmo precisa ser tratado.

J. A fraqueza doutrinária tem sido uma verdadeira praga no meio do movimento pentecostal desde seu início e tem resultado em todos esses absurdos que vemos no meio dos chamados evangélicos pentecostais, carismáticos e neopentecostais.

K. Esses grupos costumam usar o crescimento que têm experimentado nesses últimos 110 anos como justificativa de que se encontram debaixo da bênção de Deus. Se isso fosse verdade, deveríamos todos nos bandear para a igreja romana, de longe a maior de todas.

L. Mas o critério não é o número de membros nem os índices de crescimento e sim, se o que se ensina está de acordo com as Escrituras Sagradas. A verdade deve ser nosso último e definitivo parâmetro.    

Que Deus abençoe a todos.

OUTRAS MENSAGENS DO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS

SERMÃO 001 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS — Lucas 1:1—4 e Atos 1:1—2

SERMÃO 002 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS — PARTE 2 — Lucas 1:1—4 e Atos 1:1—2

SERMÃO 003 — A TRANSIÇÃO DO VOLUME ANTERIOR — Atos 1:1—5

SERMÃO 004 — A NOVA DIREÇÃO EXPLICADA — Atos 1:6—8

SERMÃO 005 — A ASCENSÃO DE JESUS — Atos 1:9—11

SERMÃO 006 — PERSEVERANDO UNÂNIMES — Atos 1:12—26

SERMÃO 007 — O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 001 — Atos 2:1—4

SERMÃO 008 — O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 002 — Atos 2:5—15

SERMÃO 009 — A PROFECIA DE JOEL — Atos 2:14—21

SERMÃO 010 — O PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 001 — Atos 2:22—36

SERMÃO 011 — O PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 002 — Atos 2:37—41

SERMÃO 012 — A VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47

SERMÃO 013 — A VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47 — PARTE 002

SERMÃO 014 — A CURA DE UM PARALÍTICO DE NASCENÇA — Atos 3:1—10

SERMÃO 015 — A EXALTAÇÃO DE JESUS E A CONDENAÇÃO DOS HOMENS — Atos 3:11—21

SERMÃO 016 — SALVAÇÃO E REFRIGÉRIO: BÊNÇÃOS DAS DUAS VINDAS DE JESUS— Atos 3:17—21

SERMÃO 017 — JESUS CUMPRE AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO — Atos 3:22—26

SERMÃO 018 — INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES — Atos 4:1—22

SERMÃO 019 — A IGREJA ORA EM COMUNHÃO — Atos 4:23—31

SERMÃO 020 — A IGREJA VIVE EM COMUNHÃO — Atos 4:32—37

SERMÃO 021 — ANANIAS E SAFIRA — Atos 5:1—11

SERMÃO 022 — A COMUNIDADE DOS CRENTES — Atos 5:12—16
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/11/atos-512-16-sermao-021-comunidade-dos.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.