sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – ESTUDO 033 - EFÉSIOS 4:31—32 — SEDE BENIGNOS UNS PARA COM OS OUTROS


Esse artigo é parte da série "Amai-vos Uns aos Outros" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos dos mandamentos nos quais o Senhor nos ordena demonstrarmos amor uns pelos outros. No final do artigo você encontrará links para outros estudos dessa série.

VIVENDO A VIDA COMUM DOS SANTOS DE DEUS


Introdução.

A. A vida cristã é diferente, muito diferente, de tudo o que existe no mundo.
 B. É tão diferente que, quando a mensagem cristã chegou a Tessalônica — ver Atos 17 — a fama dos cristãos era de que pertenciam a um grupo que havia ἀναστάτοωanastátoo transtornado o mundo. Como foi que os cristãos tinham alcançado tamanha fama? 
1. Foi pela força, impondo mudanças mediante a coerção de poderosos exércitos? Não! Ver —
Zacarias 4:6
Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos.
2. Foi através de uma bem montada máquina de manipulação através de esquemas mirabolantes, como eram tão comuns nas religiões de mistérios daqueles dias? Não. Ver —
1 Coríntios 2:1—5
1 Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2 Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
3 E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4 A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5 para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
C. A maneira como os cristãos transtornaram o mundo foi pelo poder da Palavra de Deus, na força do Espírito Santo e na prática do amor para com todas as pessoas.
D. Este conjunto de mandamentos de reciprocidade que estamos estudando nesta série são, em sua essência, responsáveis pela “fama” alcançada pelos cristãos.   
1. O amor manifestado em obediência aos mandamentos de reciprocidade que enfatizam nossas relações interpessoais: Aceitar, Saudar, Ter o mesmo cuidado, Submeter, Suportar, Confessar Nossos Pecados e Perdoar.
   2. O amor evidenciado em obediência aos mandamentos de reciprocidade negativos, que são aqueles que nos ensinam como não devemos tratar uns aos outros: Não Julgar, Não Falar Mal, Não Queixar, Não Morder e Devorar, Não Provocar, Não Invejar e Não Mentir.
3. O amor expressado em obediência aos mandamentos que tratam da nossa responsabilidade em Edificar uns aos outros: Edificar, Instruir, Consolar ou Exortar, Admoestar ou Aconselhar, Falar, Entoar e Louvar.
 4. O amor demonstrado em obediência aos mandamentos de reciprocidade que enfatizam a necessidade que temos de servir uns aos outros: Servir, Levar as Cargas e Ser Hospitaleiros.
 5. Todos estes mandamentos são muito revolucionários. Quando obedecidos, eles incomodam o mundo, a ponto dele reagir dizendo que estamos “transtornando o mesmo”. Prestemos, pois, bastante atenção aos mesmos e nos empenhemos em obedecê-los.
 6. Nesta última divisão, todavia, nós temos ainda mais dois mandamentos de reciprocidade a considerar. O primeiro, que iremos ver hoje, nos ensina que nós precisamos ser... 

Benignos Uns para com os Outros

Introdução

A. A história de Dorcas, registrada em Atos 9:36—42 ilustra, de forma perfeita, o assunto que queremos tratar hoje.
Havia em Jope uma discípula por nome Tabita, nome este que, traduzido, quer dizer Dorcas; era ela notável pelas boas obras e esmolas que fazia. Ora, aconteceu, naqueles dias, que ela adoeceu e veio a morrer; e, depois de a lavarem, puseram-na no cenáculo. Como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens que lhe pedissem: Não demores em vir ter conosco. Pedro atendeu e foi com eles. Tendo chegado, conduziram-no para o cenáculo; e todas as viúvas o cercaram, chorando e mostrando-lhe túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas. Mas Pedro, tendo feito sair a todos, pondo-se de joelhos, orou; e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se. Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e, chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva. Isto se tornou conhecido por toda Jope, e muitos creram no Senhor.
B. A história de Dorcas não precisa de muita explicação. Pelo que podemos ler, ela era uma mulher que levava à sério os mandamentos de reciprocidade e estava sempre disposta a ajudar, tinha sempre uma palavra de encorajamento ou louvor para as outras pessoas. Em resumo, ela era como alguém que não media esforços ou custo, quando o assunto era ajudar outros cristãos.

I. O Mandamento.
 Efésios 4:31—32
Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.

II. Definição dos Termos:
1. χρηστός chrestósDescreve alguém que serve, próprio para uso ou útil.
A raiz da palavra benignidade ou ser benigno esta sustentada pela idéia de ser útil. Ser benigno é o mesmo que expressar amor e benevolência a outros companheiros da caminhada cristã em gestos de generosidade, socorro e consideração, mesmo em meio a situações difíceis e sem esperar nada de volta.

II. Não Exemplo Bíblico
1 Coríntios 11:20—22
Quando, pois, vos reunis no mesmo lugar, não é a ceia do Senhor que comeis. Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague. Não tendes, porventura, casas onde comer e beber? Ou menosprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto, certamente, não vos louvo.

III. Benignidade é Algo Que Flui de Deus Mesmo.
A. Deus é nosso próprio Exemplo de benignidade
B. É a benignidade de Deus que nos conduz ao arrependimento —
Romanos 2:4
Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?
C. Deus fez tudo o que era necessário para nos reconciliar consigo mesmo. Por fim, Ele deu Seu próprio Filho para nos redimir, em um tempo em que nós éramos, ainda, rebeldes e inimigos —
Romanos 5:6—8
6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.
8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.
D. O apóstolo Pedro nos diz:
1 Pedro 2:1
Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso.
E. E o Salmista diz:
Salmos 145:8—9
Benigno e misericordioso é o SENHOR, tardio em irar-se e de grande clemência. O SENHOR é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras.

IV. Implicações Contidas Neste Mandamento
A. Como temos sido objetos da benignidade de Deus é apenas natural, que sejamos benignos uns para com os outros.
 B. A benignidade é um aspecto do fruto do Espírito – ver Gálatas 5:22. Somente o Espírito Santo pode produzir em nós uma qualidade como esta.
C. Nós precisamos nos deixar encher pelo Espírito Santo de Deus se queremos cumprir este mandamento.
 D. O grau de benignidade que demonstramos para com nossos irmãos e irmãs revela o grau em que estamos “andando no Espírito” —
Gálatas 5:22—25
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
24 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.
25 Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.   
E. Uma das qualidades do amor, como apresentadas em 1 Coríntios 13, é que o verdadeiro amor é benigno. Isto é o mesmo que dizer: o amor não é um conceito abstrato, e sim um ato de bondade, um ato de generosidade, um ato visando beneficiar alguém em necessidade. Ser benigno é se dispor a ser útil a alguém.
Conclusão:

A. Aprendemos a ser benignos com Deus. Ele é nosso exemplo.

B. Como vimos, Deus manifestou Sua benignidade a nosso favor, mesmo quando éramos seus inimigos. E Deus continua, até nos dias de hoje, a agir desta maneira e ele espera o mesmo de nós:

Mateus 5:45—46

Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.

Lucas 6:35—36

Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus. Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai.

C. Uma pergunta para os casais: Vocês têm demonstrado a benignidade bíblica um para com o outro? Ou seja, vocês tem se perguntado “o que eu posso fazer para ser útil e beneficiar meu cônjuge... logo depois de ter sido irritado ou magoado pelo mesmo?

D. E vocês pais? Vocês têm sido benignos para com vossos filhos? E vocês, filhos, tem tido a preocupação de se perguntarem “o que eu posso fazer que possa ser útil ou benéfico à minha mãe ou pai?

E. Quando agimos com benignidade de uns para com os outros, o vínculo do amor comum é fortalecido. Cada um que é tratado com benignidade se sente fortalecido para fazer o mesmo com outros membros do corpo de Cristo.

F. Atos de benignidade de uns para com os outros são um poderoso testemunho para um mundo marcado pelo:

1. Egoísmo, que é o amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios.

2. Egolatria que é o culto de alguém a si mesmo.

3. Egocentrismo que descreve a atitude que refere tudo ao próprio eu, tomado como centro de todo o interesse.

G. Que o Deus que nos trata com benignidade abra nossos olhos e corações para sermos verdadeiramente benignos uns para com os outros.

OUTROS ESTUDOS ACERCA DA VIDA COMUM DOS SANTOS DE DEUS.

001 — O Custo do Discipulado =

002 — Uma Proposta de Vida =

003 e 004 — Comunhão e Interdependência =

005 — Os Dons espirituais e a Vida Comum =

006 — Discipulado =

007 — O Amor ao Próximo =

008 — Amai-vos uns aos outros — Parte 1 — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

009 — Amai-vos uns aos outros — Parte 2 — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

010 — Romanos 15:1—7 — Acolhei-vos Uns aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 3

011 — Romanos 16:16 — Saudai-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 04

012 — 1 Coríntios 12:24—25 — Tande o Mesmo Cuidado Uns Para Com os Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 05

013 — Efésios 5:18-21 — Sujeitai-vos ou Submetei-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 06

014 — Efésios 4:1—3 — Suportai-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 07

015 — Tiago 5:16 — Confessai Vossos Pecados uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 08

016 — Colossenses 3:12—13 — Perdoai uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 09

017 — Romanos 14:13 — Não Julgueis Uns Aos Outros — Parte A — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 10A

018 — Romanos 14:13 — Não Julgueis Uns Aos Outros — Parte B — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 10B

019 — Tiago 4:11 — Não faleis Mal uns dos Outros — AMAI-VOS UNS AOS AOS OUTROS — Parte 11

020 — Tiago 5:9 — Não Vos Queixeis uns dos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 12

021 — Gálatas 5:14—15 — Não Vos Mordais nem Devoreis uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 13

022 — Gálatas 5:25—26 — Não Provoqueis Uns aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 14

023 — Gálatas 5:25—26 — Não Invejeis Uns aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 15

024 — Colossenses 3:9—10 — Não Mintais uns aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 16

025 — Romanos 14:29 e 1 Tessalonicenses 5:11  — Edificar uns aos outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — PARTE 17

026 — Colossenses 3:16  — Instruí-vos Mutuamente — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — PARTE 18

027 — 1 Tessalonicense 5:1 e Hebreus 3:12—13  — Consolai-vos e Exortai-vos Uns aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — PARTE 19

028 — Romanos 15:14 e Colossenses 3:16 — Admoestai-vos ou Aconselhai-vos uns aos outros —  AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 20 — SERMÃO 028

029 — Efésios 5:18—20 e Colossenses 3:16 — Falando entre vós com... — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 21 — SERMÃO 029

030 — Gálatas 5:13—14 — Sede Servos Uns dos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 22 — SERMÃO 030

031 — Gálatas 6:2 — Levai as Cargas Uns dos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 23 — SERMÃO 031

032 — 1 Pedro 4:7—10 — Sede Mutuamente Hospitaleiros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 24 — SERMÃO 032

033 — Efésios 4:31—32 — Sede Benignos Uns Para Com Os Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 25 — SERMÃO 033

034 — Tiago 5:16 — Orai Uns Pelos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS – Parte 26 — SERMÃO 034

Grande Abraço e que Deus possa abençoar a todos.

Alexandros Meimaridis

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