sábado, 9 de agosto de 2014

O BILIONÁRIO MERCADO EVANGÉLICO



Templos como o da Sara Nossa Terra em Brasília lotam todos os dias. Fiéis contribuem com pelo menos 10% da renda para manter estrutura

O artigo abaixo foi publicado pelo site do Correio Braziliense e é de autoria do jornalista Diego Amorim.

Mercado evangélico no país faz girar R$ 15 bilhões em vários segmentos.

Na Universal, um novo templo só era autorizado se comprovassem arrecadação mínima de R$ 150 mil mensais, valor reduzido para R$ 50 mil depois da forte concorrência com outras denominações

por Diego Amorim

O preconceito contra os consumidores evangélicos caiu por terra quando as cifras do mundo gospel começaram a se multiplicar na mesma velocidade de templos e fiéis. Com investimento maciço em comunicação, os crentes — assim chamados, embora nem todos gostem da expressão — passaram a ser vistos e ouvidos e, na última década, se consolidaram como o segmento religioso que mais cresce no país, alicerçado em muita fé e dinheiro.

Para se proliferarem mais rápido, igrejas neopentecostais adotaram o regime de franquia. Na Universal, um novo templo só era autorizado se comprovassem arrecadação mínima de R$ 150 mil mensais, valor reduzido para R$ 50 mil depois da forte concorrência com outras denominações. Por ano, estima-se que sejam abertas 14 mil igrejas evangélicas no Brasil. De Bíblia na mão, oratória afinada e impulsionados pela imunidade tributária — benefício que abrange todas as instituições religiosas —, pastores fincam púlpitos em pequenos imóveis de esquina ou, com o dízimo cativo (de pelo menos 10% da renda) e pago rigorosamente pelos fiéis, erguem imensos templos luxuosos de norte à sul.

As somas estrondosas rendem gritos de “glória” entre os mais fervorosos. O mercado evangélico no Brasil — com 42,3 milhões de adeptos, 60% deles da linha pentecostal, liderada pela Assembleia de Deus — faz girar cerca de R$ 15 bilhões por ano em diversos segmentos. É o mesmo volume movimentado pelo turismo religioso no país. A estimativa, incluindo dados de gravadoras e editoras, é da organização do maior salão gospel da América Latina, realizado todos os anos em São Paulo.

O segmento gospel é o principal responsável pela sobrevida da indústria fonográfica. Menos suscetíveis à pirataria e ao compartilhamento de áudios pela internet — devido aos princípios dos fiéis –, CDs e DVDs de música cristã movimentam algo em torno de R$ 500 milhões anuais. Não à toa, a Sony Music criou, em 2010, um selo específico para a música evangélica no Brasil.

Existem pelo menos 4,5 mil cantores e bandas gospel brasileiras. São, no mínimo, 10 novos CDs lançados todo mês. Especialistas em marketing que acompanham o fenômeno evangélico calculam que 600 rádios e 157 gravadoras tocam música gospel no país. “É uma economia da fé que desconhece crises e vai de vento em popa”, comenta Luciana Mazza, cineasta que trabalha há mais de 10 anos para meios de comunicação e em grandes eventos evangélicos.

Fenômeno da música evangélica, a banda Diante do Trono, de BH, completou 15 anos, tendo como líder a cantora Ana Paula Valadão, filha do pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. O grupo tem 33 álbuns gravados, esteve em 14 países e vendeu mais de 7 milhões de cópias.

O material abaixo foi publicado pelo site Em.com.br e suas autoras são: Francelle Marzano e Carolina Mansur.

Incluída a radiografia das lojas de instrumentos musicais e de vestuário, o universo gospel responde pela criação direta de mais de 2 milhões de empregos no país. A “revolução dos evangélicos”, como algumas correntes da religião definem a ascensão da última década, revela um mercado de rentabilidade contínua. Estimativa feita pela organização Servindo aos Pastores e Líderes (Sepal) indica que em 2020 os evangélicos poderão ser mais da metade da população brasileira.

Em Belo Horizonte, o comércio de artigos direcionados a esses consumidores cresce no rastro dos números de fiéis e se especializou, sob o abrigo de galerias e mini shoppings. Proprietário de uma loja na galeria Mundo Evangélico, no Centro da capital, Geraldo Hélio Leal, conta que os itens mais procurados são as Bíblias, encontradas a preços que variam de R$ 10 a R$ 120. “São muitas igrejas e cada uma delas tem sua política. O evangélico procura nas lojas o que se enquadra na convenção de cada uma”, afirma.

O material original dos artigos acima poderá ser visto por meio dos seguintes links:



Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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4 comentários:

  1. Para piorar, agora a IURD conta com o apoio do PT Nacional, digo, Governo Federal, com o engajamento do líder dessa seita, o Bispo Edir Macedo, na campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
    Não bastasse, o líder da Assembleia de Deus da Convenção de Madureira(RJ), o Bispo Manoel Ferreira, também engajou-se, aliás, repete o compromisso de 2010, o de convencer o rebanho de que este estará sob a direção do deus dele, caso vote em Dilma, reconhecidamente, junto com seu partido, promotora de políticas abortistas, gayzistas, etc. O que, teoricamente deveria ser uma barreira para os "crentes" não votarem nela.

    PS.: Fui petista por 20 anos, até o ano 2010.

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    1. Caro Joel,

      Concordo 100% com você. Aliás já escrevi um artigo desaconselhando o voto na presidente Dilma por causa de suas mentiras acerca do aborto. Agora a história se repete.

      Com o Edir eles estão no mesmo barco. Agora o pessoal de madureira quer boquinhas no governo e pegar onda no poder.

      Grande abraço.

      Irmão Alex.

      PS. Fui PSDB até 1998. Depois parei de acreditar. Só dá ladrão. Mas temos que continuar votando, escolhendo melhor e tentar limpar o corja com a sabedoria que vem do alto.

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    2. Caro Irmão Alex,

      O pior é que depois que deixei o PT, descobri não haver alternativas. O PSDB, por exemplo, é mais do mesmo, apenas com nuances diferenciadas. PT e PSDB têm a mesma origem. Pelo menos seus fundadores. Hoje, o PT faz tudo o que criticava no PSDB e outros similares, que os antecederam no poder. Digo similares, porque as práticas no trato com o Erário não se diferenciam. Além do que, promove um marxismo cultural nos moldes da doutrina de Antonio Gramsci. Isso é bem pior que o marxismo do século XX, que era impingido pela força das armas.
      O resultado é exatamente esse aí. Líderes, teoricamente cristãos, cegamente aliando-se a esse tipo de ideologia.
      Se bem que, nesses casos em comento, nem teoricamente os dois bispos são cristãos. Mas, são conhecidos pela ignorante massa(de manobra) como líderes cristãos. E aí, o que eles abraçam, o rebanho desinformado acata como certo.

      E, como o senhor disse, o que há mesmo são interesses pessoais. Esse apoio, nem mesmo passa por interesse institucional do segmento deles.

      "O meu povo foi destruído por falta de conhecimento".(Oseias 4.6, NVI)

      PS.: Vou procurar o seu artigo desaconselhando o voto em Dilma.

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    3. Caro Joel,

      O artigo em questão é esse aqui:

      http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/05/o-procedimento-de-aborto-em-toda-rede.html

      Abraço,

      irmão Alex

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