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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

VIDA, MORTE, ESTADO INTERMEDIÁRIO E ETERNIDADE - ESTUDO 014 A - A Vida Depois da Morte - Parte 001


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Essa é uma série cujo propósito é estudar os conceitos bíblicos de vida, morte, estado intermediário e eternidade. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade.  
Conclusão ao Uso de Corpo, Alma e Espírito na Bíblia
Por terem sido criados à imagem de Deus os seres humanos são distintos dos animais. No caso desses últimos sua força vital se extingue quando os mesmos morrem. Já no caso dos seres humanos sua parte imaterial permanece viva, mesmo depois da morte do corpo físico. Visões antagônicas ao ensinamento das Escrituras já foram abordadas pelo autor do livro do Eclesiastes como sendo meras opiniões humana debaixo do sol

Eclesiastes 1:3

Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?

Eclesiastes 3:19—21

19 Porque o que sucede aos filhos dos homens sucede aos animais; o mesmo lhes sucede: como morre um, assim morre o outro, todos têm o mesmo fôlego de vida, e nenhuma vantagem tem o homem sobre os animais; porque tudo é vaidade.

20 Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão.

21 Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra?

Eclesiastes 4:1

Vi ainda todas as opressões que se fazem debaixo do sol: vi as lágrimas dos que foram oprimidos, sem que ninguém os consolasse; vi a violência na mão dos opressores, sem que ninguém consolasse os oprimidos.

Eclesiastes 9:3

Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: a todos sucede o mesmo; também o coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem; depois, rumo aos mortos.

O pensamento humanista que transforma o ser humano na medida de todas as coisas e pretende que Deus não existe, reduz o ser humano ao mesmo nível das bestas feras. Se o pensamento humanista fosse verdadeiro, então todos nós deveríamos nos ocupar com uma coisa apenas: hedonismo —

Eclesiastes 5:18

Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção.

Eclesiastes 10:19

O festim faz-se para rir, o vinho alegra a vida, e o dinheiro atende a tudo.

O hedonismo se torna a única opção porque, no final, nada faz sentido —

Eclesiastes 1:2

Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.

Eclesiastes 2:10—11

10 Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós.

11 Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas.

Mas o fato é que o ser humano não é um animal. Ele foi criado à imagem e semelhança do próprio Deus Criador e recebeu uma parte não material na sua composição que sobrevive, mesmo quando seu corpo falece. E assim, a parte não material dos seres humanos retorna sempre para Deus com o intuito de ser julgada —

Eclesiastes 12:6—7

6 Antes que se rompa o fio de prata, e se despedace o copo de ouro, e se quebre o cântaro junto à fonte, e se desfaça a roda junto ao poço,

7 e o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.

UM CONCEITO UNIVERSAL: A CRENÇA NA VIDA DEPOIS DA MORTE

Apesar da afirmação bíblica que declara que Jesus trouxe à plena luz a imortalidade da parte não material dos seres humanos —

2 Timóteo 1:10

E manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho.

Foi apenas durante o século XIX — os seres humanos, como sempre, chegaram bem atrasados nessa discussão — que a possível crença na imortalidade da parte imaterial dos seres humanos foi levantada como uma questão universal. Ou seja, a crença na imortalidade tornou-se objeto de discussão no âmbito da história e da antropologia com a pesquisa se estendendo por todos os povos e culturas. Assim, o que até então era apenas objeto de interesse de teólogos e filósofos tornou-se também o interesse dos linguistas, dos historiadores e dos antropólogos.

Os grupos materialistas que haviam adotado com declarada paixão as tolices da teoria da evolução, partiram para implementar suas — da evolução — ideias básicas também sobre a questão da imortalidade. A ideia era demonstrar que quando do surgimento da raça humana não existia uma crença relacionada aos conceitos de vida depois da morte. Eles queriam provar que tais ideias — acerca da imortalidade — foram fruto do desenvolvimento evolutivo dos seres humanos. Essas ideias teriam surgido apenas quando os homens desenvolveram a capacidade de pensar de forma abstrata. Essa era então a ideia básica dos linguistas, historiadores e antropólogos acerca de como surgiu a crença humana na imortalidade. O problema que tinham que enfrentar dizia respeito à necessidade de conseguirem encontrar uma nação ou até mesmo uma civilização na história da humanidade, onde ideias relativas à imortalidade não existissem. Diante das dificuldades enfrentadas nossos amigos evolucionistas estavam dispostos a sentirem-se satisfeitos com a descoberta de uma única tribo primitiva que acreditava que a morte representava a extinção da vida.

O interesse daquele pessoal era motivado pelo fantasma de que a crença na vida depois da morte era algo universal. Que a crença na existência de vida após a morte fosse algo profundamente arraigado na natureza daquilo que os seres humanos eram. À medida que suas pesquisas avançavam ficavam cada vez mais perturbados ao descobrirem que os grandes pensadores de todas as civilizações estudadas acreditavam na vida depois da morte. Aos pouco fora se dando conta que o conceito de imortalidade era, na realidade, autoevidente.

Ora, se a imortalidade era uma crença universal, então certas questões devem surgir naturalmente:

1. A negação da imortalidade é uma negação daquilo que nós, como seres humanos somos em nossa essência?

2. Seria a negação da imortalidade por parte dos evolucionistas uma aberração psicológica?

3. Estariam esses estudiosos ao negarem a existência da imortalidade expressando um desejo de não continuarem a viver depois de mortos nesse mundo?

4. É possível que a negação da vida depois da morte esteja arraigada no medo e no pavor que a ideia de um inferno provoca?

5. Tal rejeição poderia ser fruto de consciências pecaminosas, extremamente culpadas, que viam na extinção da existência uma saída fácil para seus atos reprováveis?

Durante os acalorados debates que seguiram tratando da tentativa de negar a crença na imortalidade, aqueles que acreditavam na mesma apresentaram provas em cima de provas, arqueológicas e literárias, que comprovavam que a crença na imortalidade era algo universal desde os primórdios da existência humana. Por outro lado, os materialistas e evolucionistas continuavam tentando encontrar uma única tribo que fosse — era o elo perdido deles — que não acreditava na imortalidade. O debate estendeu-se por décadas com as provas se avolumando do lado daqueles que acreditavam na imortalidade, enquanto continuava-se esperando a descoberta da tal tribo que provasse a teoria evolutiva da crença na vida depois da morte. De modo surpreendente, a questões foi finalmente decidida com a conclusão de que a crença na imortalidade era algo universal.[1] Toda a pesquisa moderna e as descobertas arqueológicas desde o século XIX apenas vieram a confirmar que a crença na imortalidade consciente era e ainda é, uma crença universal.

CONTINUA...

OUTROS ARTIGOS ACERCA DE VIDA, MORTE, ESTADO INTERMEDIÁRIO E ETERNIDADE
Estudo 001 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Introdução à Hermenêutica ou Interpretação das Escrituras Sagradas
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Estudo 002 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Introdução à Hermenêutica ou Interpretação das Escrituras Sagradas — Parte 002
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Estudo 003 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Introdução à Hermenêutica ou Interpretação das Escrituras Sagradas — Parte 003
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Estudo 004 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — O Ser Humano Como Criatura de Deus — Parte 001
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Estudo 006 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — O Ser Humano Como Criatura de Deus — Parte 003
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Estudo 007 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Unidade e Diversidade nos Seres Humanos 
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Estudo 008 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Antigo Testamento — Parte 001
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Estudo 009 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Antigo Testamento — Parte 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/02/vida-morte-estado-intermediario-e.html
Estudo 010 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Antigo Testamento — Parte 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/04/vida-morte-estado-intermediario-e.html
Estudo 011 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Novo Testamento — Parte 001 ψυχή Psiché
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/06/essa-e-uma-serie-cujoproposito-e.html
Estudo 012 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Novo Testamento — Parte 002 πνεῦμα pneûma — espírito, καρδίᾳ Kardía — Coração, διανοίᾳ dianoía; φρόνημα frónema; νοήμα noéma; νοῦς nous — Mente.
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/08/vida-morte-estado-intermediario-e.html
Estudo 013 — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Novo Testamento — Parte 003 ἔσω ἄνθρωπον éso ánthropon = homem interior; νεφρόι Nefroi = rins
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/11/vida-morte-estado-intermediario-e.html
Estudo 014 A — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 001

Estudo 014 B — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/05/vida-morte-estado-intermediario-e.html



Estudo 014 C — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 003.
Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Os comentários não representam a opinião do Blog O Grande Diálogo; a responsabilidade é do autor da mensagem, sujeito à legislação brasileira.


[1] Ver a longa discussão no verbete “alma” no Theological Dictionary of The New Testament editado por Gerhard Kittel e Gerhard Friedrich em alemão, traduzido para o inglês por Geoffrey W. Bromiley e publicado por WM. B. Eerdmans Publishing Company de Grand Rapids. A discussão encontra-se no Volume IX e se estende da página 608 até 666.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

ENTENDENDO A NÓS MESMOS — ESTUDO 001 — A PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO — PARTE 003 — SOMOS CRIADOS POR DEUS COM VONTADE E RESPONSABILIDADE MORAL


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O propósito dessa série é nos ajudar a entender a nós mesmos. Partindo de múltiplas perspectivas. A bíblia nos ordena a nos guardar a nós mesmos, a nos santificar, a nos examinar de forma permanente. Devemos manter uma atitude constante de abertura com relação a Deus para permitir que Ele nos encha com o seu Espírito Santo. Nossa intenção é que esse estudo possa cooperar para: 1) mantermos constante nossa vigilância e; 2) abrirmos nossos corações e mentes para que sejamos inundados pela graça santificadora do Espírito Santo.

Recomendamos que o leitor dedique tempo para ler as referências bíblicas de forma meditativa e que aprenda a orar misturando aquilo que a Bíblia diz com suas próprias palavras.

A PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO — CONTINUAÇÃO

II. A Posição Bíblica Explicada — Continuação

E. Deus nos criou como pessoas com vontade.

Uma das grandes habilidades com as quais os seres humanos são capacitados é a possibilidade de fazer escolhas. Adão podia usar sua própria vontade a favor de Deus ou contra Deus. E o crente, hoje em dia, tem essa mesma habilidade. É algo muito importante para os crentes reconhecerem essa habilidade e obedecerem a Deus por meio de decisões baseadas na fé, na esperança e no amor. A habilidade acerca da qual estamos falando não deve, todavia, ser confundida com sentimentos de inabilidade. Nenhum crente necessita de segurança emocional para tomar uma decisão correta baseada na fé, na esperança e no amor.

Leia com bastante atenção as referências abaixo e note como a fé nos ajuda a tomar as decisões certas. As decisões que agradam a Deus, o Criador:

Josué 24:15

Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao SENHOR.

Provérbios 1:29

Porquanto aborreceram o conhecimento e não preferiram o temor do SENHOR.

Romanos 6:11—13

11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;

13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos.

Efésios 4:22—32

22 No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano,

23 e vos renoveis no espírito do vosso entendimento,

24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.

25 Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros.

26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira,

27 nem deis lugar ao diabo.

28 Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.

29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.

30 E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.

31 Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia.

32 Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou.

Filipenses 1:21—24

21 Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.

22 Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher.

23 Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor.

24 Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne.

6. Deus nos criou como seres morais.

As Escrituras Sagradas nos ensinam que Deus escreveu Suas leis em nossos corações quando nos criou —

Romanos 2:14—15

14 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.

15 Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se.

Nós somos criaturas morais no sentido que recebemos uma consciência que nos permite diferencia entre o bem e o mal e as decisões que tomamos recebem aprovação ou condenação de nossas próprias consciências. Todos nós, os crentes que estamos vivos hoje em dia, temos essa consciência plenamente restaurada.

Leia com bastante atenção as referências abaixo e note como a fé nos ajuda a tomar as decisões certas. As decisões que agradam a Deus, o Criador:

Gênesis 2:16—17

16 E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente,

17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Juízes 20. Todo o capítulo.

2 Coríntios 4:2

Pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade.

1 Timóteo 1:5

Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia.

1 Pedro 3:16

Fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo.


OUTROS ESTUDOS DA SÉRIE ENTENDENDO A NÓS MESMOS

ENTENDENDO A NÓS MESMOS — ESTUDO 001 — A PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO — PARTE 001 — SOMOS CRIADOS POR DEUS

ENTENDENDO A NÓS MESMOS — ESTUDO 001 — A PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO — PARTE 002 — SOMOS CRIADOS POR DEUS COMO PESSOAS

ENTENDENDO A NÓS MESMOS — ESTUDO 001 — A PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO — PARTE 003 — SOMOS CRIADOS POR DEUS COM VONTADE E RESPONSABILIDADE MORAL


ENTENDENDO A NÓS MESMOS — ESTUDO 001 — A PERSPECTIVA DA CRIAÇÃO — PARTE 004 — SOMOS CRIADOS POR DEUS COMO SEUS REPRESENTANTES E PARA GLORIFICÁ-LO

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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quinta-feira, 30 de junho de 2016

ENCONTROS DE PODER — 040 — O PERIGO DA IDOLATRIA



Atenção esse artigo é parte de uma série onde pretendemos tratar dos alegados encontros de poder e de curas maravilhosas que nos são apresentadas todos os dias pelos pastores midiáticos. No final de cada estudo você encontrará links para outros estudos.

Continuação...

No século V a.C, Empédocles argumentava a favor da ideia que os elementos, que são originais e construtivos mereciam serem chamados de “deuses”, uma vez que tudo era feito a partir deles. Mas não havia unanimidade acerca de qual deus representava qual elemento. Alguns, por exemplo, não identificavam o fogo com Zeus e sim com a deusa Héstia. Nesse sentido, os elementos funcionam apenas como características dos deuses. A divinização dos elementos era algo comum em toda extensão do período Greco-romano. Filo, um judeu da dispersão, reflete isso, no primeiro século a.C., ao afirmar: “Alguns têm deificado os quatro elementos: terra, água, ar e fogo”.

Em nossos dias, os cristãos têm enormes dificuldades para entenderem e apreciarem a impessoalidade desses elementos divinizados. Mas isso não é algo incomum fora dos círculos cristãos influenciados, especialmente, pelas doutrinas orientais. Para as pessoas imersas na cultura Greco-romana o conceito de divindade não envolvia pessoalidade, mas representava apenas um conceito vago de presença não consciente. Nesse sentido, tudo o que veio primeiro era considerado digno de ser adorado. Tal adoração não era lógica, necessariamente, mas apenas perceptiva e sensorial. Por esse motivo, Paulo enfatiza a superioridade de Cristo, quando comparado com esses poderes em passagens como —

Colossenses 2:15—20

15 Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.

17 Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste.

18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia,

19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude

20 e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.

A expressão στοιχεῖαstoicheîa rudimentos, tem um sentido distinto em —

Colossenses 2:20

Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças.

Aqui Paulo se dirige aos Colossenses com uma pergunta hipotética. Seu receio era que os Colossenses acabassem sucumbindo às pregações de mestres itinerantes que infestavam as cidades da Ásia menor naqueles dias. Paulo desejava que os Colossenses continuassem avançando e que não retrocedessem nunca. Como eles, antes de se converterem, participavam ativamente do mundo pagão da cultura Greco-romana, é certo que, para eles, a expressão στοιχεῖαstoicheîa rudimentos, se referia a rituais e práticas do paganismo. Esses eram os rituais para os quais eles haviam morrido no batismo, mas para os quais estavam agora correndo o risco de retornarem pela influência dos falsos mestres. Dessa forma a expressão στοιχεῖαstoicheîa rudimentos, faz mesmo referência aos elementos comuns da religião seja pagã ou judia.

Como verdades parciais, os elementos tanto da filosofia como da piedade contêm apenas uma sombra da realidade —

Colossenses 2:17

Porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.

e esses mesmos elementos fracassam, por completo, quando tentam explicar Deus, seja por meio da razão —

Colossenses 2:8

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.

seja por meio da adoção de rituais —

Colossenses 2:11, 16

11 Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo.

16 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados.

ou por meio da automortificação —

Colossenses 2:20—23

20 Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças:

21 não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro,

22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem.

23 Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.

O desejo de Paulo é que os Colossenses permaneçam “mortos” no que diz respeito às práticas humanas e para que não se rendam às falsas reivindicações pagãs, uma vez que as mesmas os fariam tropeçar e se desviarem da verdade e os fariam escravos de preceitos retirados da lei judaica. A similaridade com a atual judaização da fé evangélica, que vemos em nossos dias, é mesmo desconcertante.

Portanto, a expressão grega στοιχεῖαstoicheîa rudimentos, recebe sua definição apropriada pelo contexto que estamos analisando. Em Colossenses 2:8 a mesma fazia referência a certa ênfase sincrética e especulativa com relação aos elementos, como sendo os princípios fundamentais de toda realidade. Já em Colossenses 2:20 ela significa a totalidade das crenças e práticas que orientam a vida de qualquer indivíduo. Estamos falando de todas essas noções rudimentares e atos ritualísticos, socialmente aceitáveis, que caracterizam o todo da vida humana, seja em que sociedade que for.

Dessa maneira, nós podemos resumir o uso de στοιχεῖαstoicheîa rudimentos, da seguinte maneira de acordo com os contextos em que a mesma aparece:

1. O verdadeiro ABC dos princípios elementares da fé — Hebreus 5:12; Gálatas 4:9.

2. Os elementos básicos dos quais o universo é constituído — 2 Pedro 3:10, 12.

3. Os elementos básicos que constituem a existência religiosa comum tanto a gentios como a judeus — rituais, festivais, leis, crenças — Gálatas 4:3, 9; Colossenses 2:20.

4. Os primeiros elementos ou princípios fundamentais do Universo físico — Colossenses 2:8.

Diante desse resumo nós podemos afirmar que a preocupação de Paulo, ao tratar de cada um dos aspectos mencionados acima, tinha a ver com o sério problema chamado idolatria. Que essa era mesmo sua preocupação maior é facilmente percebido pelo risco que todos nós corremos de começarmos a adorar os princípios básicos da existência. Isso acontece sempre quando nos entregamos a práticas religiosas por mero costume e sem reflexão, ou quando adotamos ideais filosóficos e até mesmo ideológicos. Sempre que isso acontece, então στοιχεῖαstoicheîa rudimentos, tornam-se verdadeiros deuses funcionais nas vidas das pessoas. Nesse estado, tais pessoas, passam a se dedicar a esses falsos deuses e a se distanciarem do Deus verdadeiro e do Seu Cristo, que são os primeiros e os últimos responsáveis por chamar tudo à existência, pelo mero poder de suas palavras, quando nada existia! Em estudos futuros falaremos mais dessa adoração idólatra.

CONTINUA...

LISTAS DOS ESTUDOS DE ENCONTROS DE PODER

001 — Introdução =

002 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = Expressões Diversas

003 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀρχῆ — arché e ἄρχων — árchon.

004 – A linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἐξουσίαις – exousías – potestades, autoridades.

005 – A linguagem de “Poder” no Novo Testamento = δυνάμεις — dunámeis — poderes.

006 – A linguagem de “Poder” no Novo Testamento = Θρόνοι— thrónoi — tronos.

007 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = κυριοτῆς — kuriotês — domínio.

008 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ὀνόματι — onómati — nome.

009 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἄγγελοs — ággelos — anjo.

010 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = δαιμονίον — daimoníon — demônioπνεῦμα τὸ πονηρὸν — pneûma tò poniròn — espírito malignoἀγγέλους τε τοὺς μὴ τηρήσαντας τὴν ἑαυτῶν ἀρχὴν— angélous te toùs me terèsantas tèn eautôn archèn — anjos, os que não guardaram o seu estado original ou anjos caídos.

011 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀγγέλους  τῶν ἐθνῶν — angélous tôn ethnôn — anjos das nações.

012 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀγγέλους  τῶν ἐθνῶν — angélous tôn ethnôn — anjos das nações — Parte 2.

013 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀγγέλους  τῶν ἐθνῶν — angélous tôn ethnôn — anjos das nações — Parte 3 — Final.

014 — A Evidência do Novo Testamento – Parte 1 — Introdução

015 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 2 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 2:6—8 — Parte 1

016 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 3 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 2:6—8 — Parte 2

017 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 3 — As Passagens Disputadas — Romanos 13:1—3

018 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 4 — As Passagens Disputadas — Romanos 8:31—39

019 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 5 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 15:24—27a — PARTE 1

020 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 6 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 15:24—27a — PARTE 2

021 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 7 — As Passagens Disputadas — Colossenses 3:13—15 — PARTE 1

022 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 8 — As Passagens Disputadas — Colossenses 3:13—15 — PARTE 2

023 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 9 — As Passagens Disputadas — Efésios 1:20—23 — AS REGIÕES CELESTIAIS — PARTE 1

024 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 10 — As Passagens Disputadas — Efésios 1:20—23 — AS REGIÕES CELESTIAIS — PARTE 2

025 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 11 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 3

026 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 12 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 4

027 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 13 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 5

028 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 14 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 6

029 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 15 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 7 — A DESTRUIÇÃO DA MORTE E DE SEUS ALIADOS

030 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 16 — As Passagens Disputadas — COLOSSENSES 1:16 — A CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS POR MEIO DE E PARA O PRÓPRIO CRISTO

031 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 16 — As Passagens Disputadas — COLOSSENSES 1:16 — TENTANDO DEFINIR OS PODERES

032 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 16 — As Passagens Disputadas — COLOSSENSES 1:16 — TENTANDO DEFINIR OS PODERES —PARTE 002

033 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 17 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 001

034 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 18 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 002

035 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 19 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 003

036 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 20 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 004

037 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 21 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 005

038 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 22 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 006

039 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 23 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 007

040 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 24 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 008

041 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 25 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 009

042 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 26 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 010

043 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 27 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 011 — O PRÍNCIPE DA POTESTADE DO AR
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/encontros-de-poder-043-evidencia-do.html



044 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 28 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 012 — AS FORÇAS ESPIRITUAIS DO MAL — PARTE 001

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis.

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Desde já agradecemos a todos.