segunda-feira, 18 de agosto de 2014

2 Coríntios 12:1—10 - Sermão # 16 – A GRAÇA DE DEUS


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Esse esboço de sermão é parte da série "Exposição da 2 Epístola de Paulo aos Coríntios" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa exposição, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará links para outros estudos dessa série.

Sermões na Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios

Deixando as Dificuldades e Através da Descoberta, Chegando na Doxologia

Introdução.

A. A passagem que temos diante de nós é uma das mais entesouradas por crentes de todas as épocas. 
B. Todos aqueles que sabem alguma coisa acerca de dificuldades em suas vidas e que desejam encontrar a resposta de Deus, em Cristo, para estas mesmas dificuldades, já ponderaram nestas palavras. 
C. Essa exposição de hoje é semelhante à visita a um belo jardim com o qual podemos estar familiarizados, mas mesmo assim, sempre podemos encontrar algo novo e surpreendente. Algo que pode encher nossos corações com as atitudes certas de louvor e de ações de graças. 
D. Nesta passagem Paulo abre seu coração e no revela, de maneira íntima, uma hora de grande crise espiritual. Que seu aprendizado e suas atitudes, diante das dificuldades, nos sirvam de inspiração para nossas próprias vidas em Cristo. Vejamos como Paulo conseguiu...
Deixando as Dificuldades e Através da Descoberta, Chegando na Doxologia

I. A Vida Cristã Não é Uma Vida Sem Dificuldades. 

A. Um dos maiores equívocos que podem existir com relação à vida cristã é pensarmos que pode existir algum tipo de “super-crente” que está imune a toda e qualquer tipo de dificuldades. O triunfalismo dos pregadores e dos movimentos neopentecostais é realmente patético!
B. De fato, nos dias de hoje, nós temos inúmeras igrejas pretendendo que podem ensinar as pessoas a usarem sua fé para conseguirem tudo o que desejam: amor, saúde, prosperidade e etc. 
C. Os rádios e as TVs estão cheios de “testemunhos” de pessoas que alcançaram plena libertação de todos os seus problemas. Como pode ser facilmente percebido, essas pessoas alcançaram um nível de espiritualidade que deixa o próprio apóstolo Paulo parecendo um verdadeiro amador. 
D. Esta passagem serve bem para nos mostrar quão errado e destruidores estes ensinamentos são. 
E. Aqui podemos perceber nitidamente que na vida do próprio apóstolo Paulo existia um problema que parecia desafiar a todo tipo de solução, uma pressão que, para o apóstolo, parecia insuportável. 
F. Vamos considerar a dificuldade ou problema pelo qual Paulo estava passando 
1. Era uma dificuldade ou problema que parecia ser completamente inútil. 
a. Paulo chama sua dificuldade ou problema de “espinho na carne e de mensageiro de Satanás para me esbofetear”. 
b. Os comentaristas diferem grandemente acerca do que poderia ser este “espinho na carne”. Seria algum problema físico? Ou seria alguma dificuldade espiritual? As opiniões são como “nariz”. Todo mundo tem um! Eu mesmo não estou convencido do quê exatamente estamos tratando aqui. 
c. Em vez de ficarmos especulando acerca daquilo que Paulo não diz vamos concentrar nossa atenção naquilo que ele diz. E Paulo nos informa que: 
i. A origem do problema parece ser satânica, pois o apóstolo diz que o mesmo era um “mensageiro de Satanás”. Ao que parece este problema consistia de uma limitação na vida e no ministério de Paulo. 
ii. Paulo diz que o problema era “mensageiro de Satanás para me esbofetear”. A palavra usada por Paulo é κολαφίζω kolafízo. Esta palavra é bastante pesada, pois significa: bater com punho fechado, dar um soco em alguém com o punho fechado e maltratar, tratar com violência e ofensa. 
iii. Aqui estamos diante de algo extremamente frustrante. Algo que deixava o apóstolo Paulo abatido e machucado. 
iv. Paulo se sentia pressionado por este problema e também frustrado. 
v. O resultado prático desse problema na vida de Paulo parece ser que o mesmo tornava Paulo consciente da sua velha natureza. Esse problema despertava e levantava a velha natureza de Paulo de modo extremamente doloroso. Quando isto acontecia havia a tendência de fazer aflorar o que de pior poderia existir no apóstolo. Alguém aqui já experimentou este tipo de coisa ou de situação? 
vi. Todos nós temos plena consciência de que nossas vidas seriam bem melhores sem nosso temperamento explosivo, sem nosso orgulho, sem nossa cobiça, sem desejarmos fazer nossa própria vontade prevalecer etc. 
vii. Mas, o problema ou dificuldade que parecia completamente inútil não era tudo. A situação era agravada porque... 
G. Havia uma oração para a qual não havia resposta — 
2 Coríntios 10:8 
Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. 
H. Note que Paulo não havia apenas orado acerca do problema, mas havia orado com intenção específica. 
I. O problema causava certos impedimentos em sua vida em seu ministério. Paulo tinha plena convicção de que ele estaria bem melhor sem aquela dificuldade. Mas à medida que Paulo orava tinha a nítida impressão que Deus não o estava ouvindo. 
J. Fico imaginando se Deus interrompeu Paulo no meio de uma destas orações. Fico imaginando se Deus nos interrompe também. 
K. A Bíblia diz que: “então Ele me disse – 2 Coríntios 10:9”. Quantas vezes Deus precisa nos lembrar que precisamos estar mais dispostos a ouvir do a que a pedir? O que Deus diria a você? O que ele continua dizendo para mim? 
M. Se existem dificuldades e problemas, então... 
II. Existe a possibilidade de fazermos preciosas descobertas. 
A. À medida que Paulo parou de falar ele pode ouvir Deus falando. E o que é que Deus lhe disse? 
1. Havia um propósito naquilo tudo —2 Coríntios 12:7 
E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 
2. Paulo diz que o propósito era para que “não me ensoberbecesse e para que não me exalte. A palavra grega é a mesma ὑπεραίρωμα uperaíroma e Paulo a repete duas vezes para dar ênfase. 
3. Teria Paulo motivos para se exaltar? – 
2 Coríntios 12:1 – 4 
1 Se é necessário que me glorie, ainda que não convém, passarei às visões e revelações do Senhor. 
2 Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) 
3 e sei que o tal homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) 
4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir. 
4. Deus sabia que no momento em que Paulo se tornasse orgulhoso, exaltado e arrogante seria o exato momento em que ele teria se tornado inútil para fazer a obra de Deus. 
5. O propósito de Deus em manter esta dificuldade na vida de Paulo era somente um: manter Paulo humilde e dependente e, por consequência, útil ao Senhor. 
6. Paulo precisava descobrir também.... 
B. A irrestrita plenitude da graça de Deus — 
2 Coríntios 12:9 
Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. 
1. O que foi que Deus disse a Paulo? “A minha graça te basta”. Esta não é uma promessa. É uma afirmação feita no tempo presente. 
2. Paulo, disse o Senhor, a minha graça te basta ou é suficiente, portanto, não existe nenhum motivo para você querer fugir ou escapar do problema ou da dificuldade ou da pressão em que se encontra. 
3. Paulo gostaria que o problema, a dificuldade e a pressão fossem embora, mas Deus lhe mostrou que isto era não recomendável. De fato Deus lhe mostrou que aquilo que Paulo desejava era desnecessário! 
4. Não temos necessidade de escapar aos problemas, às dificuldades, às pressões quando entendemos que a graça de Deus é suficiente para nos sustentar em meio a estas situações. Nós realmente não temos nenhuma desculpa, quando somos confrontados com a verdade de que a graça de Deus nos basta! 
III. Alcançando o nível da doxologia. 
A. Neste momento nós podemos perceber como a dor do espinho na carne pode se tornar na motivação para um hino triunfal. 
B. Notemos como Paulo alcançou o nível da doxologia. 
1. Como a atitude de Paulo foi modificada — 
2 Coríntios 10:9—10 
9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. 
10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte. 
2. Note que Paulo diz: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo”.
3. Será que nós nos atreveríamos a imitá-lo? 
4. Note como Paulo mudou. Primeiro ele orou para que o problema, a dificuldade e a pressão fossem removidos. Agora ele diz que prefere que eles permaneçam! 
C. A aceitação de Paulo é completa. 
1. No verso 7 Paulo diz que “me foi posto um espinho na carne”. Agora Paulo entendia que este espinho era realmente um dom de Deus para ele. Não era um incômodo. Era uma bênção! 
2. Não é suficiente nos submetermos a estas situações. É necessário que possamos aceitá-las com vindas das mãos de Deus. E que Deus pode ter um plano eterno que nós não podemos divisar no presente momento. 
3. Paulo aceita estas situações como dons de Deus porque entende perfeitamente que as mesmas são oportunidades que abrem as portas para se experimentar a graça de Deus de uma maneira singular. Sem passar por essas experiências é impossível aprofundar o conhecimento de quão poderosa a graça de Deus é. 
4. Paulo diz: De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo — 2 Coríntios 10:9. E... 
Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte — 2 Coríntios 10:10. 
Conclusão. 
1. Às vezes eu me pergunto se há algum crente aqui em nossa comunidade que está experimentando pressões e frustrações. Tem alguém? Outras vezes me pergunto: Quantas vezes vocês e eu temos orado acerca dos nossos problemas e dificuldades e parece tudo inútil? Precisamos aprender a falar menos e deixar Deus falar mais! 
2. Quantas vezes nós usamos as dificuldades, os problemas e as pressões como desculpas para rebaixar nossos padrões de comportamento. Quantas vezes nos metemos em encrencas sérias porque dizemos para nós mesmos que temos sérios problemas e estamos sob muita pressão e precisamos extravasar. Temos que aprender o significado de: a minha graça te basta!  
3. Eu não sei que tipo de pressão existe em sua vida que parece tão desesperadora que você deseja se ver livre dela. Que tipo de “pepino” existe que realmente precisa ser removido? Mas será que você e eu somos capazes de olhar para o problema e dizer honestamente a Deus, que: porque nós entendemos que o Senhor pode ter um propósito eterno através deste problema, preferimos que o mesmo seja mantido em vez de removido? Será que podemos dizer francamente: Eu não quero meus problemas resolvidos, eu não quero as situações solucionadas, eu não quero me ver livre de dificuldades de saúde e etc. EU QUERO A GRAÇA DE DEUS EM MINHA VIDA! 
4. Para refletir: você aceita as dificuldades, as situações, as pressões da vida como presentes de Deus, que te possibilitam experimentar a graça de Deus de maneira nunca antes experimentada ou você ainda continua “orando pela mudanças nas condições da tua vida”? 
OUTRAS MENSAGENS EM 2 CORÍNTIOS PODEM SER ACESSSADAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO

001 — A Escola do Sofrimento – 2 Coríntios 2:1—11

002 — Os Críticos do Apóstolo Paulo — 2 Coríntios 1:12 — 2:11

003 — Como Paulo Entendia o Ministério Cristão — 2 Coríntios 2:12 — 3:3

004 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 3:4—18 — Parte 1

005 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 4:1—6 — parte 2

006 — Batalhas e Bênçãos — 2 Coríntios 4:7—15

007 — Crescendo Apesar de Estar Envelhecendo — 2 Coríntios 4:16—5:9

008 — As Pressões da Responsabilidade — Parte 1 — 2 Coríntios 5:9—14

009 — As Pressões da Responsabilidade — Parte 2 — 2 Coríntios 5:14—6:4

010 — As Pressões da Responsabilidade — Parte 3 — 2 Coríntios 6:3—10

011 — Os Princípios e a Prática da Separação Bíblica — 2 Coríntios 6:11—7:3

012 — Tudo Vai Bem, Quando Termina Bem — 2 Coríntios 7:4—16

013 — A Prática Cristã de Contribuir — 2 Coríntios 8—9

014 — No Fim o Que Conta é Como Deus nos Vê — 2 Coríntios 10

015 — Paulo Responde a Seus Detratores — 2 Coríntios 11

Grande Abraço e que Deus possa abençoar a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

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