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sábado, 25 de novembro de 2017

GÊNESIS — ESTUDO 056 — O PERÍODO PATRIARCAL — O CHAMADO DE ABRAÃO


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               וַיֵּרָא יְהוָה אֶל־אַבְרָם וַיֹּאמֶר אֵלָיו אֲנִי־אֵל שַׁדַּי הִתְהַלֵּךְ לְפָנַי וֶהְיֵה תָמִים׃
    perfeito sê e presença  minha    na anda Poderoso-Todo   Deus  o sou Eu disse-lhe e  Abrão a  Deus  SENHOR o apareceu
Gênesis 17:1b

I. A Transição Entre os Capítulos 11 e 12 do Livro do Gênesis.

Ao lermos os onze primeiros capítulos do Livro do Gênesis não podemos evitar a triste constatação de que, à medida que o tempo passa, duas coisas sempre se repetem. Elas são:

1. Que os homens vão sempre e de forma contínua derivando para práticas pecaminosas que os levam a se afastar cada vez mais de Deus. Ver Gênesis 6:5, especialmente as palavras que dizem: “era continuamente mau todo o desígnio do seu coração”.

2. Que Deus sempre intervém visando manter vivas as informações necessárias acerca da salvação. Todos aqueles que aqui e ali fazem a pergunta: “Onde está ou estava Deus?”, encontram nesses primeiros capítulos de Gênesis resposta mais que suficiente para suas indagações. Certamente, se Deus não tivesse interferido neste nosso mundo por muitas e repetidas vezes, as coisas estariam bem piores do que estão.

Dos três filhos de Terá, Abrão foi o escolhido por Deus para fundar uma nova nação na qual a luz da salvação pudesse ser preservada até os últimos dias, de acordo com o plano estabelecido por Deus desde antes da fundação do mundo. É através da família de Abrão e de seus descendentes que a promessa do evangelho feita em Gênesis 3:15 irá encontrar pleno cumprimento.

II. O Aparecimento de Abrão – Gênesis 12:1—20.

Quando consideramos a vida de Abrão – ela se estende de Gênesis 11:27 a 25:11 — não podemos deixar de notar que tanto as primeiras como as últimas palavras que Deus lhe dirigiu, são muito parecidas. Vejamos:

1. A primeira palavra de Deus dirigida diretamente a Abrão está em —

Gênesis 12:1

Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei.

2. A última palavra de Deus dirigida a Abrão encontra-se em —

Gênesis 22:2

Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei.

Estas duas palavras possuem mais elementos coincidentes do que podemos imaginar. Nas duas Teofanias — manifestações onde Deus se faz visível aos olhos humanos — mencionadas acima, nós temos um verbo no modo imperativo seguido de um triplo objetivo:

Gênesis 12:1 possui um verbo inicial no modo imperativo: לֶךְ  leqe —que quer dizer: sai. Este verbo é seguido pelos seguintes objetivos:

1. Sai da tua terra.

2. Sai da tua parentela.

3. Sai... e vai para a terra que te mostrarei.

Nesse versículo nós podemos notar um movimento que vai do geral para o particular. De uma condição onde existe menos intimidade com Deus para outra, onde existe mais intimidade. À medida que Deus fala, a proximidade entre Deus e Abrão aumenta de tal maneira, que Deus substitui e supre tudo aquilo que Abrão estava abrindo mão ou perdendo.

Gênesis 22:2, por sua vez, possui um verbo inicial no modo imperativo: קַח — qach – que quer dizer: toma. E esse verbo é seguido pelos seguintes objetivos:

1. Toma teu filho.

2. Toma... teu único filho.

3. Toma... e vai-te.

Note que nas duas referências Deus não diz a Abrão, onde exatamente Ele pretendia levá-lo. Tudo o que Deus faz é apontar a direção que Abrão precisa seguir. É necessário exercitar fé para seguir para um lugar que a gente nem sabe onde fica. Em Gênesis 12:1 Deus lhe diz apenas: vai para a terra que te mostrarei. Já em Gênesis 22:2 Deus lhe diz: vai-te à terra de Moriá... um dos montes, que eu te mostrarei. E foi exatamente isso que Abrão fez —

Hebreus 11:8

Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.

No texto de Hebreus, note como a fé é caracterizada por uma série de decisões de acreditar em Deus e Sua palavra. A nossa fé cristã é assim mesmo. Ela não é um sentimento, nem algo irracional que não pode ser comunicado ou explicado. A fé cristã é uma fé, acima de tudo, racional e que se justifica por tomadas de decisão bem características. Para resumir podemos dizer que A FÉ É UMA DECISÃO. É a decisão de acreditar em Deus e em Sua palavra independentemente das circunstâncias. Este é o tipo de fé que Abrão demonstra. Que nos sirva de lição.

Este autor é da opinião que os diálogos mencionados no livro de Gênesis entre Deus e Abrão tiveram ocasião por sucessivas teofanias. Mas devemos registrar que outros autores pensam que Deus se comunicava com Abrão através de sonhos. Independente da forma, nós podemos afirmar que em todas essas ocasiões, Abrão reconheceu que estava ouvindo a voz do próprio Deus e que o mais sensato era obedecer. O mesmo deve ser verdadeiro para nós. Quando tomamos a Bíblia em nossas mãos, nós devemos nos lembrar que trata-se de um registro escrito das palavras que foram proferidas pelo próprio Deus, e isso deve nos encher de espanto e de reverente temor. A Bíblia é a palavra de Deus para nós como as teofanias trouxeram a presença e a palavra de Deus para Abrão. Faremos bem em ouvir o que Deus tem a dizer, mas não podemos nos enganar a nós mesmos e nem deixar que nos enganem. Nossos corações não possuem, naturalmente, o desejo de crer em Deus e Sua Palavra. Muito pelo contrário. O profeta Jeremias diz:

Jeremias 17:9

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?

Nossa inclinação para o mal é tão marcante e característica que o próprio Deus insiste, através de Moisés, com as seguintes palavras:

Deuteronômio 30:15—20

Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o SENHOR, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la. Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires, então, hoje, te declaro que, certamente, perecerás; não permanecerás longo tempo na terra à qual vais, passando o Jordão, para a possuíres. Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência  amando o SENHOR, teu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-te a ele

III. O Chamado de Abrão — Gênesis 12:1—4.

Abrão ouve a voz de Deus e decide, pela fé, seguir a orientação recomendada. Acerca do seu chamamento nos podemos dizer o seguinte:

1. Foi um chamado distinto e seletivo como é tão comum da parte de Deus através de toda a Bíblia. As escolhas de Deus não são baseadas em nenhum tipo de mérito existente no objeto da Sua escolha. A eleição ou escolha de Deus está baseada exclusivamente em Sua graça — ver, por exemplo,

Deuteronômio 7:7—8

7 Não vos teve o SENHOR afeição, nem vos escolheu porque fôsseis mais numerosos do que qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos,

8 mas porque o SENHOR vos amava e, para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito.

Note que o chamado de Abrão é dirigido a ele somente, dentre todos os teraítas — descendentes de Terá. É a ele somente que a palavra de Deus é dirigida dentre todos os descendentes de Sem; dentre todos os habitantes do planeta; dentre todos os descendentes de Adão. O mesmo é verdadeiro para com o convite feito pelo Evangelho ou Boas Novas. Ouvir e aceitar a oferta feita não depende do ouvinte e sim de usar Deus a sua misericórdia —

Romanos 9:16

Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.

2. Foi também um chamado para viver uma vida separada. Abrão foi chamado para romper seu relacionamento com seus parentes mais próximos — eles certamente eram idólatras como era tão comum naqueles dias. O afastamento era necessário porque a proximidade da vida praticada pelos idólatras constituía um grande perigo para a salvação do próprio Abrão. Da mesma maneira, a voz de Jesus nos convida a abandonar a velha vida — como quem tira uma roupa velha — com suas corrupções e iniquidades e a nos revestirmos do novo homem, que é criado segundo Deus —

Efésios 4:17—24

17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos,

18 obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração,

19 os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.

20 Mas não foi assim que aprendestes a Cristo,

21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,

22 no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano,

23 e vos renoveis no espírito do vosso entendimento,

24 e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.

Se queremos ser verdadeiros seguidores de Jesus precisamos amar e dar mais importância à Sua voz do que, até mesmo, à voz dos parentes mais próximos —

Lucas 14:25—27

25 Grandes multidões o acompanhavam, e ele, voltando-se, lhes disse:

26 Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.

27 E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.

3. O chamado de Abrão implicava em uma longa peregrinação onde ele certamente teria de passar por várias e muito grandes dificuldades, com não pouco sofrimento e muitas privações. Todas estas circunstâncias iriam exigir de Abrão uma atitude de permanente prontidão e uma paciência persistente. Para ser bem sucedido nesta empreitada seria necessário seguir a orientação da Palavra de Deus em seus mínimos detalhes, pois qualquer desvio poderia trazer consequências bastante desagradáveis. Cada passo precisava ser dado em plena confiança e fé no Deus que o estava chamando. Nosso chamado cristão não é muito diferente. O autor sabe bem que esse discurso está muito fora de moda no meio evangélico dos nossos dias. Hoje se ensina a vitória permanente, a saúde inabalável e a prosperidade à toda prova. Dificuldades e problemas são vistos como resultados da ação direta de Satanás e suas hostes de demônios. O besteirol chega a ser tão grande que nos sentimos nauseados. O engano é sutil, mas é também muito extenso. Temos sempre que nos lembrar que estamos aqui somente de passagem.  

O Novo Testamento nos ensina o seguinte:

Marcos 10:28—30

Então, Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos e te seguimos. Tornou Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna.

Atos 14:21—22

E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.

2 Coríntios 5:6—7

Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do Senhor; visto que andamos por fé e não pelo que vemos.

2 Timóteo 3:12

Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.

Apocalipse 7:13—17

Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.

4. Mas o chamado de Deus também possuía outras implicações. Era um chamado cheio de palavras de ânimo e encorajamento. Ele estava repleto de várias promessas, como podemos ver a seguir: ver especialmente os versos 2 e 3 de Gênesis 12.

De ti farei uma grande nação.

Te abençoarei.

Te engrandecerei o nome.

Sê tu uma bênção.

Abençoarei os que te abençoarem.

Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.

Em ti serão benditas todas as famílias da terra.

Fica bem evidente que o que o Senhor estava prometendo não era pouca coisa. São estas promessas que colocam em perspectiva apropriada as palavras de Paulo em —

Efésios 3:20—21

20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós,

21 a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

São essas promessas que servem como uma compensação mais do que abundante para os sacrifícios e as privações que teriam que ser enfrentadas por Abrão como resultado direto de decidir, pela fé, obedecer ao chamado de Deus. O apóstolo Pedro nos diz que —

2 Pedro 1:2—9

...pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas....

O mesmo é verdadeiro com respeito ao Senhor Jesus para quem somos exortados a olhar firmemente, pois Ele é tanto o autor como o consumador da nossa fé —

Hebreus 12:1—3

1  Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,

2  olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

3  Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.

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053 — Estudo de Gênesis — A TORRE DE BABEL — PARTE 005
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054 — Estudo de Gênesis — A GENEALOGIA DOS SEMITAS
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Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

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domingo, 16 de agosto de 2015

A ORAÇÃO DO PAI NOSSO - SERMÃO 001 - MATEUS 6:9-13 - Uma Exposição Bíblica, Histórica Literária e Teológica — Introdução


Essa série tem por objetivo expor de maneira ampla, bíblica, literária, histórica e teologicamente, a oração que chamamos de “Oração do Pai Nosso”. Nosso desejo é enriquecer a vida de todos por meio desses esboços de mensagens que também estão disponíveis em áudio. Na parte final desse artigo o leitor encontrará os links para os outros esboços e para os áudios à medida que forem sendo publicados 

 Mateus 6:9—13

Introdução:


A. A chamada “Oração do Pai Nosso” é, juntamente com o Salmo 23 — o Salmo do Bom Pastor — e 1 Coríntios 13 — o capítulo do Amor — uma das três passagens mais conhecidas de toda a Bíblia. 


B. Todavia, devemos afirmar, sem medo de errar, que nenhuma dessas passagens é tão bem conhecida e recitada, como a chamada “Oração do Pai Nosso”. 


C. Como as outras duas passagens, a “Oração do Pai Nosso” é como um ponto radiante de luz. A mesma é apresentada em duas versões. Uma está em Mateus 6:9—13 e a outra em Lucas 11:2—4. As duas versões, longe de representarem qualquer tipo de contradição como desejam muitos críticos, as duas versões apenas indicam que Jesus costumava repetir seus ensinos em ocasiões diferentes. Nossa exposição estará baseada na versão mais longa, como apresentada no Evangelho de Mateus. 

D. Antes, porém, de começarmos nossa apreciação dessas preciosas palavras ensinadas pelo próprio Senhor, devemos olhar ao redor, para o contexto das mesmas, porque ali também Jesus nos ensinou várias verdades.


E. Bem, vamos então começar a analisar o contexto de Mateus 6:9—13 nessa nossa mensagem de...

INTRODUÇÃO À ORAÇÃO DO PAI NOSSO


I. A Quem Devemos dirigir Nossas Orações?


Nossas orações devem ser dirigidas exclusivamente a Deus — o Pai — conforme instruções do próprio Senhor Jesus em Mateus 6:6, 9. 

II. Frases Vazias


A. Antes de ensinar seus discípulos a oração do Pai Nosso, Jesus os advertiu com as seguintes palavras:


Mateus 6:7

E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. 

B. Essas palavras de Jesus são, no mínimo, muito intrigantes: 

C. Primeiro porque as orações de Jesus registradas nos Evangelhos são todas muito breves. A própria Oração do Pai Nosso tem somente 62 palavras no original grego, 74 na versão Revista e Atualizada e 79 na versão da Nova Tradução na Linguagem de hoje. 

D. Por outro lado algumas passagens nos dizem que:

Marcos 1:35

Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava. 

Lucas 6:12

Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.

E. O que esses versículos realmente querem nos ensinar? Eu creio que os mesmos são indicativos que Jesus passava longos períodos cheio do Espírito de Deus em silenciosa comunhão com o Deus, comunhão essa que dispensava o uso de palavras.


F. Muitas vezes nós somos levados a acreditar numa mentira que diz que: “oração comprida é igual a uma oração boa e oração curta é prova de imaturidade na vida de oração”. Mas como dissemos essa afirmação não é verdadeira.


G. De fato o Evangelho contradiz tal afirmação, pois Jesus diz em —

Mateus 6:7—8

E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.


H. Isso era uma prática comum entre os pagãos que costumavam usar longas saudações às suas divindades. Eles queriam ter certeza que todos os títulos apropriados para a divindade para a qual estavam orando eram, de fato, pronunciados. Isso era mais verdadeiro ainda quando a “divindade” em questão era o imperador romano César.


I. Um exemplo do que estamos dizendo pode ser visto na saudação de uma oração feita em homenagem ao imperador Galério — Gaius Galerius Valerius Maximianus que viveu entre 260—311 d.C., e governou de 305—311 d.C. Ela começa assim:


“O imperador César, Galerius, Valerius, Maaximanus, Invictus, Augustus, Pontifex Maximus, Germânico Maximus, Egypticus Maximus, Phoebicos Maximus, Sarmenticus Maximus —  repetida cinco vezes — Persecus Maximus — repetidas duas vezes — Carpicus Maximus — repetida seis vezes — Armenicus Maximus, Medicus Maximus, Abendicus Maximus, Detentor de Autoridade de Tribunop vela vigésima vez, emperador pelo décimo-nono ano, Consul pelo oitavo ano, Pater Patriae Pro Consul...” 

J. Entre os judeus também havia esse entendimento errado que quanto mais comprida a oração melhor era a mesma. 

K. Jesus nos afirma que Deus não precisa nem deseja nada que seja parecido com isso. 

L. Já no Antigo Testamento, o autor do livro do Eclesiastes advertiu seus leitores dizendo:

Eclesiastes 5:2

Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras.


III Nossa Situação Presente


A. Hoje vivemos uma explosão de palavras. Estamos, literalmente, sendo afogados pelas mesmas. Todos os dias somos bombardeados por milhares de outdoors, propagandas, cartas, revistas, jornais, comerciais em todas as formas conhecidas de meios de comunicação, rádio, televisão, spams, catálogos, correspondências que vão direto para o lixo — junk mail — chamadas telefônicas, mensagens de texto ou torpedos, faxes, whatsapp e e-mails sem fim. 

B. Jesus nos convida para um lugar onde as palavras são poucas, mas poderosas. 

C. Para terminarmos essa breve introdução quero chamar sua atenção para a linguagem e o estilo da oração, como Jesus deseja que oremos.


IV. O Estilo e a Linguagem da Oração 

A. Os judeus sabiam como orar e, judeus piedosos como o profeta Daniel, oravam três vezes por dias:

Daniel 6:10

Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer.

B. As orações de Daniel eram feitas pela manhã — ao nascer do sol — às três horas da tarde e a última junto com o pôr do sol.


C. Agora note que apesar dessa prática ser comum nos dias de Jesus, em nenhum momento o Senhor nos ensina que existe hora certa para orar. Não existe! Nós podemos nos aproximar de Deus em oração a qualquer instante e não em horas pré-determinadas. 

D. A ausência de tal ensinamento da parte de Jesus é a primeira grande mudança que devemos notar no padrão de oração ensinado pelo Senhor. 

V. Como os Judeus Costumavam Orar nos Dias de Jesus.

A. As orações diárias dos judeus tinham e têm início com a recitação do שְׁמַעshemá` — de

Deuteronômio 4:6

Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR. 

Além desse versos outros podem ser adicionados de 

Deuteronômio 6:5—9

5 Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.

6 Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração;

7 tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.

8 Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos.

9 E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas.


Deuteronômio 11:13—21

21 Para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o SENHOR, sob juramento, prometeu dar a vossos pais, e sejam tão numerosos como os dias do céu acima da terra.

22 Porque, se diligentemente guardardes todos estes mandamentos que vos ordeno para os guardardes, amando o SENHOR, vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e a ele vos achegardes,

23 o SENHOR desapossará todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós.

24 Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, desde o deserto, desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental, será vosso.

25 Ninguém vos poderá resistir; o SENHOR, vosso Deus, porá sobre toda terra que pisardes o vosso terror e o vosso temor, como já vos tem dito.

26 Eis que, hoje, eu ponho diante de vós a bênção e a maldição:

27 a bênção, quando cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, que hoje vos ordeno;

28 a maldição, se não cumprirdes os mandamentos do SENHOR, vosso Deus, mas vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes.

29 Quando, porém, o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a que vais para possuí-la, então, pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal.

30 Porventura, não estão eles além do Jordão, na direção do pôr-do-sol, na terra dos cananeus, que habitam na Arabá, defronte de Gilgal, junto aos carvalhais de Moré?

31 Pois ides passar o Jordão para entrardes e possuirdes a terra que vos dá o SENHOR, vosso Deus; possuí-la-eis e nela habitareis.


Números 15:37—41

37 Disse o SENHOR a Moisés:

38 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes que nos cantos das suas vestes façam borlas pelas suas gerações; e as borlas em cada canto, presas por um cordão azul.

39 E as borlas estarão ali para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos do SENHOR e os cumprais; não seguireis os desejos do vosso coração, nem os dos vossos olhos, após os quais andais adulterando,

40 para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os cumprais, e santos sereis a vosso Deus.

41 Eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos ser por Deus. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.


B. Em seguida vem uma série de 18 orações chamadas de “Amidah” — em pé — porque as mesmas devem ser proferidas pelo judeu em pé. Essas orações são também chamadas, de forma simples, de “tefillah” — orações — e algumas estavam em uso nos dias de Jesus. As mesmas permanecem em uso nas sinagogas modernas. Alguns autores se referem a essas orações como sendo as “18 Bênçãos”.
  
C. Nos dias do Novo Testamento o número dessas orações ou bênçãos foi aumentado pelo acréscimo de uma “oração contra os hereges” que recebeu o número 11. Todavia, para que o número total de 18 não fosse alterado as bênçãos ou orações de números 14 e 15 foram unidas em uma só.  

D. Existem pontos de convergência e de diferenças entre essas orações judaicas e a Oração do Pai Nosso. 

1. O pedido pelo sustento diário. 

2. Algumas das frases introdutórias também são semelhantes. 

3. Elas fazem menção ao tempo presente. 

4. Também mencionam a expectativa do surgimento do Reino de Deus. 

5. A Doxologia é idêntica nas duas orações — é uma citação de — 

1 Crônicas 29:11

Teu, SENHOR, é o poder, a grandeza, a honra, a vitória e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu, SENHOR, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos. 

6. Todas são voltadas para serem usadas tanto por indivíduos quanto pela comunidade. 

E. Falaremos das diferenças à medida que avançarmos em nossa exposição. São elas que irão nos ensinar quão distinto era o padrão de oração de Jesus quando comparado ao padrão adotado pelos judeus. 

Conclusão

A. A primeira coisa que Jesus deseja nos ensinar nessa oração é que não apenas essa, mas todas as nossas orações devem ser dirigidas ao nosso Pai – ver Mateus 6:6, 9. 

B. Existe uma hora certa para orar? Não, nós podemos orar sempre que assim desejarmos fazer. Existe um lugar apropriado para orarmos? Não, nós podemos e devemos orar em qualquer e todo lugar. Quando oramos, precisamos nos voltar para alguma direção pré-determinada? Não! Deus é Espírito e está em todos os lugares! 

C. Como devem ser nossas orações? 

1. Breves e objetivas. 

2. Simples e sinceras. 

3. Sem repetições desnecessárias, mas devemos confessar nossos pecados. 

4. Reverentes e submissas. 

5. Com intensidade e com integridade 

D. Devemos sempre manter uma atitude de dependência a Deus em oração, todo o tempo, através da comunhão que o Espírito Santo no concede com o Pai e com o Filho. 

E. Como podemos aprender a orar? Aprendemos a orar orando com gente que sabe orar. Gente que sabe orar, porque aprendeu a orar no relacionamento íntimo com o Pai e com os ensinamentos da Palavra viva — Jesus — e escrita — a Bíblia — de Deus. 

F. Devemos sempre nos lembrar que antes de falarmos com Deus, Deus falou conosco através de Jesus Cristo e isso muda tudo na nossa abordagem de oração. 

G. Jesus mudou o padrão de oração estabelecido e nós como seu povo devemos aproveitar essa mudança e orar sempre quando acharmos apropriado. Não precisamos fazer longas orações, mas orações simples e objetivas. Orações como as muitas que encontramos no Salmo 119: 

Salmos 119:5

Tomara sejam firmes os meus passos, para que eu observe os teus preceitos.


Salmos 119:12

Bendito és tu, SENHOR; ensina-me os teus preceitos.


Salmos 119:18

Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei.

OUTRAS MENSAGENS DA SÉRIE DO PAI NOSSO

001 — INTRODUÇÃO A MATEUS 6:9—15

002 — O PAI NOSSO — PARTE 001 — MATEUS 6:9

003 — O PAI NOSSO — PARTE 002 — MATEUS 6:9

004 — O PAI NOSSO — PARTE 003 — MATEUS 6:9

005 — O PAI NOSSO — PARTE 004 — MATEUS 6:9a — PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS

006 — O PAI NOSSO — PARTE 005 — INTRODUÇÃO À ESTRUTURA DO PAI NOSSO —
Mateus 6:9—13

007 — O PAI NOSSO — PARTE 006 — SANTIFICADO SEJA TEU NOME — Mateus 6:9

008 — O PAI NOSSO — PARTE 007 — A RELAÇÃO DA SANTIDADE DE DEUS COM
A JUSTIÇA E O AMOR — Mateus 6:9

009 — O PAI NOSSO — PARTE 008 — O REINO DE DEUS — PARTE 001 — Mateus 6:10

010 — O PAI NOSSO — PARTE 009 — O REINO DE DEUS — PARTE 002 — Mateus 6:10
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-oracao-do-pai-nosso-sermao-010-o.html
011 — O PAI NOSSO — PARTE 010 — A VONTADE DE DEUS




Alexandros Meimaridis
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