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quarta-feira, 26 de abril de 2017

ATOS DOS APÓSTOLOS - SERMÃO 030 – A DEFESA DE ESTEVÃO – Parte 4 - TRÊS ACUSAÇÕES DEVASTADORAS


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Esse material é parte de uma série de mensagens pregadas no Livro dos Atos dos Apóstolos. As mensagens cobrem todos os 28 capítulos do Livro de Atos e no final de cada mensagem, você poderá encontrar links para outras mensagens.

Texto: Atos 7:44—53
Introdução

A. Quando começamos a nos familiarizar com o discurso de Estevão, após algumas leituras repetidas do mesmo, não é difícil percebermos aquilo que ele quer enfatizar.

B. Sua ênfase maior é que o Deus de Israel é um Deus peregrino que não está restrito a lugar nenhum.  

C. Acima de tudo Deus está, onde seu povo está:

1. Assim ele estava com Abrão na Babilônia, em Ur dos Caldeus.

2. Estava com os patriarcas quando esses peregrinavam por Canaã.

3. Estava com José quando esse foi vendido como escravo para o Egito.

4. Estava com Moisés no deserto de Midiã e no Monte Sinai.

D. Mesmo depois de libertar o povo de Israel do jugo da escravidão no Egito, o Deus da glória peregrinou com seu povo pelos desertos da península do Sinai durante 40 anos.

E. As Escrituras do Antigo Testamento deixam bem claro que a presença de Deus não pode ser localizada e nenhum prédio ou construção pode confinar ou inibir suas atividades.

F. Se Deus habita em algum lugar sobre a terra Ele o faz com o povo entre o qual vive —

1 Cor 3:16—17

16 Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?

17 Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.

G. Estevão entendia as inúmeras passagens do Antigo Testamento onde Deus faz uma aliança com seu povo e se compromete a viver no meio deles, onde quer que eles estejam de hoje até a eternidade — ver Apocalipse 21:1—8.

H. Hoje chegamos na parte central da sua defesa, que trata diretamente das questões pertinentes ao Templo em Jerusalém e da Lei dada através de Moisés. Estevão continua a lançar as

 BASES SOBRE AS QUAIS ESTÁ FUNDAMENTADA A IGREJA DO NOVO TESTAMENTO – PARTE 4

I. Davi e Salomão e o Templo em Jerusalém

A. Quando Estevão fala do Tabernáculo do Deserto e do Templo em Jerusalém, ele atrela esses edifícios a nomes bem conhecidos como os de Moisés, Josué, Davi e Salomão.

B. Primeiro temos o Tabernáculo do Deserto sob Moisés — Atos 7:44 — e depois sob Josué e os outros pais da nação — Atos 7.45a. Essa situação durou até os dias de Davi inclusive — Atos 7:45b.

C. Davi desejava muito construir uma “morada” que fosse mais permanente do que o Tabernáculo e conseguiu do Senhor a autorização para construir o Templo. Mas como era homem que havia derramado muito sangue — 1 Crônicas 22:8 — Deus permitiu que fizesse os preparativos para a construção, mas quem, de fato, construiu o Templo foi seu filho, Salomão — Atos 7:46—47.

D. Duas verdades precisam ser destacadas nesse momento:

1. Tanto o Tabernáculo no deserto quanto o Templo em Jerusalém foram construídos com a orientação e a bênção de Deus.

2. Mas nem o Tabernáculo no deserto, nem o Templo em Jerusalém deveriam ser considerados, em nenhuma hipótese, como moradias literais para o Deus da glória — Atos 7:48 e 17:24

3. Mesmo que esse sentimento não estivesse claramente presente no Antigo Testamento, ainda assim temos o testemunho do próprio Salomão — o construtor do Templo em Jerusalém — questionando o equívoco de se pensar que Deus poderia habitar em uma casa feita por mãos humanas, i. e., em um Templo — ver

1 Reis 8:27

Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.

2 Crônicas 6:18

Mas, de fato, habitaria Deus com os homens na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei.

E. É tudo uma questão de lógica apenas. O Deus criador não precisa de absolutamente nada de suas criaturas — Atos 7:49—50.

II. Moisés, e a Lei de Deus.

A. Uma das acusações contra Estevão é que ele falava mal contra a Lei de Deus — ver Atos 6:13.

B. A primeira coisa que temos que notar é que o Antigo Testamento coloca muito mais ênfase em obedecer a Lei de Deus do que qualquer outra coisa que possa estar relacionada como o Templo em Jerusalém.

C. Mas para os israelitas daqueles dias, enfatizar a obediência à Lei de Deus não gerava entradas financeiras como as que eram produzidas pelas práticas correntes no templo. Foi por isso que Jesus acusou os líderes religiosos de terem transformado o Templo de Deus em um covil de ladrões e salteadores — ver Lucas 19:46 — em vez de um pólo de irradiação da luz divina que procede da Palavra de Deus quando ensinada —

Salmos 119:105

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.

D. Já mencionamos que eles não tinham verdadeira consideração pela Lei. Como poderiam quando estavam acusando Estevão falsamente de modo contrário ao que ensinava a própria Lei? —,

Êxodo 20:16

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

E. Tamanho desrespeito pela palavra de Deus levou Estevão a acusar seus acusadores de uma forma devastadora.

 III. Três Acusações Devastadoras – Atos 7:51—53

A. Homens de dura cerviz —

Êxodo 32:9

Disse mais o SENHOR a Moisés: Tenho visto este povo, e eis que é povo de dura cerviz.

Êxodo 33:3, 5

3 Sobe para uma terra que mana leite e mel; eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho.

4 Ouvindo o povo estas más notícias, pôs-se a prantear, e nenhum deles vestiu seus atavios.

5 Porquanto o SENHOR tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um momento eu subir no meio de ti, te consumirei; tira, pois, de ti os atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer.

Êxodo 34:9

E disse: Senhor, se, agora, achei graça aos teus olhos, segue em nosso meio conosco; porque este povo é de dura cerviz. Perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado e toma-nos por tua herança.


Deuteronômio 9:6, 13

6 Sabe, pois, que não é por causa da tua justiça que o SENHOR, teu Deus, te dá esta boa terra para possuí-la, pois tu és povo de dura cerviz.

13 Falou-me ainda o SENHOR, dizendo: Atentei para este povo, e eis que ele é povo de dura cerviz.

Deuteronômio10:16

Circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz.

Deuteronômio 31.27

Porque conheço a tua rebeldia e a tua dura cerviz. Pois, se, vivendo eu, ainda hoje, convosco, sois rebeldes contra o SENHOR, quanto mais depois da minha morte?

2 Crônicas 30:8

Não endureçais, agora, a vossa cerviz, como vossos pais; confiai-vos ao SENHOR, e vinde ao seu santuário que ele santificou para sempre, e servi ao SENHOR, vosso Deus, para que o ardor da sua ira se desvie de vós.

Jeremias 17:23

Mas não atenderam, não inclinaram os ouvidos; antes, endureceram a cerviz, para não me ouvirem, para não receberem disciplina.

B. Incircuncisos de coração e de ouvidos —

Levítico 26:40—42

40 Mas, se confessarem a sua iniquidade e a iniquidade de seus pais, na infidelidade que cometeram contra mim, como também confessarem que andaram contrariamente para comigo,

41 pelo que também fui contrário a eles e os fiz entrar na terra dos seus inimigos; se o seu coração incircunciso se humilhar, e tomarem eles por bem o castigo da sua iniquidade,

42 então, me lembrarei da minha aliança com Jacó, e também da minha aliança com Isaque, e também da minha aliança com Abraão, e da terra me lembrarei.


Deuteronômio 10:16 — Ver acima.

Deuteronômio 30:6

O SENHOR, teu Deus, circuncidará o teu coração e o coração de tua descendência, para amares o SENHOR, teu Deus, de todo o coração e de toda a tua alma, para que vivas.

Jeremias 6:10

A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir; eis que a palavra do SENHOR é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela.

Jeremias 9:26

Ao Egito, e a Judá, e a Edom, e aos filhos de Amom, e a Moabe, e a todos os que cortam os cabelos nas têmporas e habitam no deserto; porque todas as nações são incircuncisas, e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.

Ezequiel 44:7

Porquanto introduzistes estrangeiros, incircuncisos de coração e incircuncisos de carne, para estarem no meu santuário, para o profanarem em minha casa, quando ofereceis o meu pão, a gordura e o sangue; violastes a minha aliança com todas as vossas abominações.

C. Pessoas que resistem ao Espírito Santo. Como?

1. Perseguindo e matando os profetas de Deus.

2. Não obedecendo a Lei de Deus.

3. Assassinando o próprio Senhor Jesus, o Salvador, o Justo enviado por Deus.

Conclusão

A. Como seres humanos somos facilmente enganados quando nos deixamos levar por pensamentos e idéias na seguinte linha:

1. Deus precisa de mim:

a. Deus precisa dos meus talentos.

b. Deus precisa da minha contribuição financeira.

c. Deus precisa das coisas que eu posso fazer ou construir, sob a desculpa que estou fazendo para o próprio Deus.

B. Deus não precisa de nada que venha das nossas mãos, afinal ele é o criador de todas as coisas!

C. O que Deus espera de cada um de nós é uma coração contrito e um espírito disposto a obedecer a seus mandamentos.

D. Devemos ter a coragem de no levantar em defesa da verdade e combater todas as idéias erradas que procuram desviar os esforços e o dinheiro do povo de Deus, para projetos fúteis, como a construção de prédios megalomaníacos.

E. Acima de tudo, devemos guardar nossas vidas:

1. De uma cerviz inflexível, porque Deus pode nos quebrar.

2. De corações e ouvidos incircuncisos, porque Deus pode nos abandonar à nossa própria sorte.

3. De sermos pessoas que resistem ao Espírito Santo.

Que Deus nos ajude a manter um relacionamento saudável com Ele.

OUTRAS MENSAGENS DO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS

SERMÃO 001 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS — Lucas 1:1—4 e Atos 1:1—2

SERMÃO 002 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS — PARTE 2 — Lucas 1:1—4 e Atos 1:1—2

SERMÃO 003 — A TRANSIÇÃO DO VOLUME ANTERIOR — Atos 1:1—5

SERMÃO 004 — A NOVA DIREÇÃO EXPLICADA — Atos 1:6—8

SERMÃO 005 — A ASCENSÃO DE JESUS — Atos 1:9—11

SERMÃO 006 — PERSEVERANDO UNÂNIMES — Atos 1:12—26

SERMÃO 007 — O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 001 — Atos 2:1—4

SERMÃO 008 — O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 002 — Atos 2:5—15

SERMÃO 009 — A PROFECIA DE JOEL — Atos 2:14—21

SERMÃO 010 — O PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 001 — Atos 2:22—36

SERMÃO 011 — O PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 002 — Atos 2:37—41

SERMÃO 012 — A VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47

SERMÃO 013 — A VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47 — PARTE 002

SERMÃO 014 — A CURA DE UM PARALÍTICO DE NASCENÇA — Atos 3:1—10

SERMÃO 015 — A EXALTAÇÃO DE JESUS E A CONDENAÇÃO DOS HOMENS — Atos 3:11—21

SERMÃO 016 — SALVAÇÃO E REFRIGÉRIO: BÊNÇÃOS DAS DUAS VINDAS DE JESUS— Atos 3:17—21

SERMÃO 017 — JESUS CUMPRE AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO — Atos 3:22—26

SERMÃO 018 — INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES — Atos 4:1—22

SERMÃO 019 — A IGREJA ORA EM COMUNHÃO — Atos 4:23—31

SERMÃO 020 — A IGREJA VIVE EM COMUNHÃO — Atos 4:32—37

SERMÃO 021 — ANANIAS E SAFIRA — Atos 5:1—11

SERMÃO 022 — A COMUNIDADE DOS CRENTES — Atos 5:12—16

SERMÃO 023 — PRISÃO, JULGAMENTO, AÇOITES = ALEGRIA E O PARECER DE GAMALIEL — Atos 5:17—42

SERMÃO 024 — DIVERSIDADE DE DONS = CRESCIMENTO DA IGREJA — Atos 6:1—7

SERMÃO 025 — UM HOMEM CHAMADO ESTÊVÃO — Atos 6:8—12

SERMÃO 026 — ACUSAÇÕES CONTRA UM HOMEM HONESTO — Atos 6:13—15

SERMÃO 027 — A DEFESA DE ESTÊVÃO E O DEUS DA GLÓRIA — Atos 7:1—8
SERMÃO 028 — A DEFESA DE ESTÊVÃO E A MOBILIDADE DE DEUS — Atos 7:9—16

SERMÃO 029 — A DEFESA DE ESTEVÃO — A Importância da Obediência — Parte 3 — Atos 7:17—43

SERMÃO 030 — A DEFESA DE ESTEVÃO — Três Acusações Devastadoras — Parte 4 — Atos 7:44—53
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/04/atos-dos-apostolos-sermao-030-defesa-de.html

SERMÃO 031 — A DEFESA DE ESTEVÃO — Perseguição e Morte — Parte 5 — Atos 7:54—60
Alexandros Meimaridis

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

SALMOS 130 - SERMÃO 001 – O CLAMOR DO SALMISTA


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O Salmo 130 é bem conhecido pelas suas primeiras palavras em latim: De profundis ou Das profundezas. O salmo é um clamor profundo que brota do coração de um ser humano tomado pela mais intensa perturbação por causa da inquietude causada pelo pecado pessoal. Em meio à sua dor, o Salmista manifesta sua plena confiança em ser perdoado pelo Deus ETERNO.

“DE PROFUNDIS”

Uma Exposição Bíblica e Teológica do Salmo 130

Introdução

A. O Salmo 130 é um dos 15 Salmos — do Salmo 120 até 134 — que são conhecidos como “Cânticos de Romagem”.

B. Eram Salmos cantados pelo povo de Israel durante a viagem que tinham que fazer três vezes por ano, até o local apontado por Deus para adoração.

C. A autoria desses Salmos é como segue:

1. Davi escreveu os Salmos 122, 124, 131 e 133.

2. O Salmo 127 é de autoria de Salomão.

3. Os 10 Salmos restantes são anônimos.

D. De acordo com as instruções que o povo de Deus havia recebido de Moisés em Deuteronômio 16:1—17, todo israelita devia comparecer diante do SENHOR — primeiro no Tabernáculo e depois no Templo — três vezes por ano para celebrar as seguintes festas:

1. פֶּסַח PesachFesta da Páscoa — Libertação do Cativeiro Egípcio.

2. שָׁבֻעֹת Shabu`otFesta das Semanas ou Pentecostes, no início da colheita dos primeiros frutos.

3. סֻּכּוֹת SucotFesta dos Tabernáculos no final da colheita.

E. Como todos os judeus estavam obrigados a frequentar essas três festas, ninguém podia ficar para trás. Por esse motivo, Deus fez uma das mais poderosas e generosas promessas que podemos encontrar em toda Bíblia. A promessa garantia aos judeus, que eles poderiam ir tranquilos para as três festas, porque o próprio Deus guardaria todas as propriedades através do país:

Êxodo 34:24

Porque lançarei fora as nações de diante de ti e alargarei o teu território; ninguém cobiçará a tua terra quando subires para comparecer na presença do SENHOR, teu Deus, três vezes no ano.

F. Com essa garantia os judeus, então, se juntavam em grupos e seguiam para celebrar as três grandes festas do Senhor. Enquanto viajavam, eles tinham por costume seguirem cantando os louvores do Senhor. Com o tempo, uma série de cânticos específicos foi criada, especialmente, com esse propósito. Esses são os 15 Salmos que mencionamos acima os quais recebem um sub título de “Cântico de Romagem” na ARA ou de “Canção de Peregrinos” na NTLH.

G. Depois que o templo já estava construído em Jerusalém, havia uma escadaria com 15 degraus do lado sul do mesmo, por onde os peregrinos entravam na área do templo através das chamadas “portas da profetisa Hulda”. Para alcançarem essas portas os peregrinos precisavam galgar os 15 degraus e costumavam cantar um dos salmos de romagem para cada degrau, à medida que ascendiam. Por esse motivo, esses salmos também são chamados de “Salmos dos degraus” ou “cânticos dos degraus”.

H. Nesse último sentido — o de subir — o Salmo 130 se eleva, rapidamente, do mais profundo abismo até as maiores alturas da certeza do cuidado permanente de Deus.

I. Durante a celebração das festas em Jerusalém era comum o povo entoar os Salmos 113 a 118 que são chamados de Salmos de Hilel.

J. O Salmo 130 forma um par perfeito com o Salmo 129.

1. O Salmo 129 fala das dificuldades que enfrentamos com outros seres humanos, que muitas vezes são ríspidos, ingratos e até mesmo cruéis.

2. Mas depois que vencemos nossos embates com outros seres humanos nós estamos melhor preparados para enfrentarmos as dificuldades que existem em nosso relacionamento com Deus, que é o tema central do Salmo 130.

K. Todos os que enfrentaram as dores causadas por outros seres humanos, estão treinados na paciência necessária para lidar com o Deus Santo e Todo Poderoso.

L. Por causa do início do Salmo 130 na tradução latina — Vulgata — o mesmo é conhecido mundialmente como “De Profundis”. E é dessas profundezas que nós, muitas vezes:

1. Clamamos a Deus.

2. Aguardamos em Deus.

3. Vigiamos esperando a ação de Deus

4. Esperamos, totalmente, em Deus.

M. É nesse Salmo que encontramos a pérola de grande valor que chamamos de REDENÇÃO — ver Salmos 130:7—8. Mas para que isso aconteça é necessário, muitas vezes, que o Senhor permita sermos arrastados para regiões abissais.

N. Segundo os especialistas, as melhores pérolas naturais se encontram nas maiores profundidades.

O. Com certeza podemos afirmar que o Salmista jamais teria descoberto tal pérola, não tivesse sido lançado em águas tão profundas.

P. O Salmo 130 pode então, ser dividido assim:

1. Versos 1—2 nos apresentam o intenso clamor e desejo do salmista.

2. Versos 3—4 nos falam de humildade, que acompanha um “profundo” arrependimento, e fé verdadeira no Senhor.

3. Versos 5—6 o Salmista decide firmemente aguardar e vigiar até ver o Senhor agir.

4. Versos 7—8 o Salmista manifesta uma alegre expectativa que é capaz de alegrar não apenas seu próprio coração, mas de todo o povo de Deus.  

Q. Feita essa introdução, estamos prontos para estudar com “profundidade” esse Salmo, começando pelo verso 1:

DAS PROFUNDEZAS OU DE PROFUNDIS

I. O Clamor Vindo das Profundezas.

A. A primeira afirmação do Salmista é realmente surpreendente. Mesmo se encontrando no estado de maior humilhação, ele jamais deixou de buscar o Senhor.

B. As profundezas têm essa característica: silenciar todas as vozes. Mas elas não foram capazes de fazer calar a voz do servo do Senhor. Pelo contrário, é das maiores profundezas que o Salmista levanta sua voz pedindo socorro a Deus!

C. Por baixo dos vagalhões dos tsunamis da vida, a oração de fé continuava viva e perseverante. Quantas lições podemos aprender aqui? Muitas!

1. Em primeiro lugar somos ensinados que pouca importa a situação que estamos enfrentando se podemos orar!

2. Não é verdade que nossa vida de oração se transforma por completo quando enfrentamos problemas, grandes problemas?

3. Note como quanto maior a profundidade em que nos encontramos maior é nossa devoção ao Senhor. A Intensidade da nossa devoção é motivada pela profundidade em que nos encontramos.

D. Quando oramos das profundezas nós produzimos a mais elevada — excelsa — glória de Deus.

II. O Clamor Vindo das Profundezas é Dirigido para Deus.

A. Mas toda nossa devoção e intensidade de oração só fazem sentido se forem dirigidas, exclusivamente, para o Deus Todo Poderoso.

B. Em nosso mais profundo desespero devemos buscar Deus, e Deus somente.

C. Nessas horas Deus deve ser o objeto central de toda nossa atenção como faz o Salmista aqui no verso 1. O Deus Único e Verdadeiro!

D. Como deve ser terrível olhar para trás, para os momentos terríveis de angústia e percebemos que fizemos de tudo, menos clamarmos a Deus de todo nosso coração, com todas as nossas forças, com todo nosso entendimento e com toda a força de nossas mentes!

E. Por outro lado, como deve ser animador se, ao olharmos para aquelas situações, nos lembrarmos de como buscamos o Senhor e de como Ele veio ao nosso socorro. Deus seja louvado. ALELUIA.

Conclusão

A. Muitas vezes em nossas vidas nós somos como o profeta Jonas, que precisou ser arrastado para as profundezas do mar, dentro do ventre de um grande peixe. Foi ali no ventre do peixe que Jonas reconheceu uma grande verdade que ele registrou com as seguintes palavras:

Jonas 2:9

Ao SENHOR pertence a salvação!

Você sabia que esse é o único versículo em toda a Bíblia que afirma essa verdade usando essas palavras?

B. Jesus mesmo nos disse que temos o “dever de orar sempre e nunca esmorecer”. Para ilustrar o que ele queria dizer, ele contou uma parábola para os seus discípulos —

Lucas 18:1

Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer.

A parábola poderá ser encontrada em Lucas 18:2—8 e nela temos essa promessa poderosa de Deus acompanhada de uma grave advertência do Senhor Jesus:

Lucas 18:7—8

Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?

C. Sabe por que muitas vezes sua vida te dá a impressão de que você está direto nas profundezas? É porque, na maioria das vezes, essa é a única linguagem que entendemos para nos fazer depender, o tempo todo de Deus. Quando Deus facilita nossas vidas, nós rapidamente nos esquecemos do Senhor, da importância da leitura da Bíblia, da oração perseverante e da comunhão com os irmãos. Então o Senhor, em sua bondade nos humilha nos mantendo nas profundezas. Ele faz isso por que Ele nos ama de verdade.

D. Aquele que clama a Deus das profundezas, logo estará cantando nas maiores alturas.

OUTRAS MENSAGENS DA SÉRIE DO SALMO 130

SERMÃO 001 — O CLAMOR DO SALMISTA

SERMÃO 002 — OS OUVIDOS DE DEUS ESTÃO ATENTOS AO NOSSO CLAMOR

SERMÃO 003 — NOSSA DESESPERADA CONDIÇÃO




Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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