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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

NOVO RELATÓRIO DA ONU DIZ QUE ISRAEL DESTRUIU O DOBRO DAS MORADIAS ANTES ESTIMADAS NA FAIXA DE GAZA EM 2014


Palestinos olham para prédio destruído por Israel

O material abaixo foi publicado pelo site Yahoo News com notícias fornecidas pela agência AFP.

ONU dobra estimativa de casas destruídas em Gaza

Jerusalém (AFP) — A ONU advertiu quinta-feira que estava ficando sem fundos para ajudar as famílias que perderam suas casas em Gaza, uma vez que a mesma dobrou a estimativa sobre o número de casas danificadas ou destruídas na guerra deste Verão (2014) com Israel.

“A menos que a situação mude com urgência, vamos ficar sem fundos, em janeiro de 2015, o que significa que não será possível fornecer subsídios de aluguel para muitas famílias afetadas, nem fornecer o apoio necessário para realizar os reparos nas casas danificadas", disse Robert Turner, diretor de operações da UNRWA agência de refugiados palestinos.

Ele disse que mais de 96 mil casas foram danificadas ou destruídas na guerra de 50 dias, mais de duas vezes estimativa inicial da ONU.

“Com base em imagens de satélite e o trabalho de campo preliminar, imediatamente após a guerra, "estimamos que cerca de 42.000 residências familiares de palestinos, na Faixa de Gaza, tinham sido afetadas pela guerra", disse ele.

"Agora sabemos que mais de 96.000 casas foram danificadas ou destruídas."

Turner disse que mais de 7.000 casas foram completamente destruídas, afetando cerca de 10.000 famílias. Um adicional de 89 mil casas foram danificadas, cerca de 10.000 delas seriamente.

UNRWA estimou que 720 milhões dólares ou 585 milhões de euros serão necessários para fornecer subsídios de aluguel para as famílias sem abrigo alternativo, e para reconstruir casas destruídas e realizar os reparos requeridos.

No entanto, apenas cerca de US$ 100 milhões foram prometidos.

“Sem recursos adicionais, dezenas de milhares de famílias de refugiados vão encontrar-se com abrigos inadequados e sem apoio durante os meses mais difíceis de inverno", disse Turner.

O conflito entre Israel e militantes de Gaza, liderado pelo Hamas, que terminou em 26 de agosto, matou cerca de 2.200 palestinos, a maioria civis, e 73 pessoas do lado israelense, a maioria soldados.

O artigo original do Yahoo poderá ser visto por meio do seguinte link:


Diante dos números logo acima não aceitamos, em nenhuma hipótese, a mentira do Estado de Israel de que é a “verdadeira” vítima nesse genocídio praticado contra o povo palestino por suas Forças de Destruição — IDF.

OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL










































Que Deus nos encha de compaixão e que como cristãos possamos nos envolver ajudando a população carente da Faixa de Gaza. Como leitura complementar recomendamos nosso artigo acerca “De quem é o meu próximo”, baseado na parábola do Samaritano que poderá ser acessado por meio desse link aqui:


Alexandros Meimaridis

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domingo, 3 de agosto de 2014

ESCUDOS HUMANOS NA FAIXA DE GAZA



O material abaixo foi publicado pelo site da Revista Carta Capital

Internacional

Opinião

O Hamas e seus 2 milhões de escudos humanos

Diante de um adversário impiedoso, o Hamas utiliza uma tática que coloca em risco toda a população da Faixa de Gaza

por José Antonio Lima 

Crianças palestinas em Gaza
Crianças palestinas voltam para casa em Shejaiya, distrito de Gaza obliterado pelas Forças Armadas israelenses. Segundo Israel, o local era usado pelo Hamas para fabricar e estocar foguetes

O elevado número de civis palestinos mortos na Operação Protective Edge (Borda Protetora) tem feito Israel, e seus defensores, baterem repetidas vezes na tecla de que o Hamas utiliza escudos humanos. O assunto é bastante controverso, mas a realidade é que, a despeito de Israel estar realizando ataques desproporcionais, a tática do Hamas de fato coloca toda a população da Faixa de Gaza em perigo.

Na quinta-feira 31, as Forças Armadas israelenses divulgaram dois vídeos importantes. O primeiro, mostra imagens aparentemente captadas por drones do que seriam 12 lançamentos de foguetes a partir de áreas civis na Faixa de Gaza.

O segundo mostra a vistoria feita por soldados em uma mesquita destruída em combate. É possível ver armas pesadas que, segundo os israelenses, estariam escondidas no templo, também usado para acobertar entradas da rede de túneis utilizada pelo Hamas.

Desde o início da operação, a Unrwa, a agência da ONU para os refugiados palestinos, encontrou foguetes em três de suas escolas, que estavam vazias. Em 29 de julho, outro vídeo divulgado pelos militares israelenses mostrou o que seriam os lançamentos de três foguetes a partir de uma escola em Gaza.

Em 25 de julho, em análise sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel e Hamas, a Anistia Internacional lembrou que, em conflitos anteriores, a ONG documentou o uso de instalações civis como depósito de armas e local de lançamento de foguetes por parte de facções palestinas contra alvos civis israelenses, o que é ilegal. Desta vez, sobre a questão do possível uso de escudos humanos, há relatos, afirma a Anistia, de que o Hamas tem pedido para a população permanecer em suas casas mesmo com os avisos de Israel, feitos por telefonemas e por panfletos, sobre ataques iminentes em áreas civis. Para a Anistia, isso não configura crime de guerra oficialmente, uma nomenclatura que exigiria ordens diretas a civis para proteger instalações e equipamentos militares. Com base nisso, repórteres da BBC e do jornal The New York Times disseram não ter visto evidências de uso de escudos humanos.

Israel não tem dúvidas sobre a tática do Hamas. Para o governo israelense, o grupo palestino usa este artifício com o objetivo de aumentar o número de vítimas civis e fazer o Hamas ganhar a “guerra da propaganda”. “Nós pedimos para a população: ‘saiam’. Nós pedimos a eles de novo e de novo. Nós ligamos para eles, mandamos mensagens de texto, damos panfletos. Nós pedimos que eles saiam, e alguns saem. O Hamas diz: ‘não saiam, nós proibimos vocês’. Então o Hamas está usando essas pessoas, esses civis, como escudos humanos”, disse Benjamin Netanyahu, o premier israelense, em entrevista à BBC em 20 de julho.

Há duas ponderações importantes sobre as acusações. A primeira é que a Faixa de Gaza é um território minúsculo, de 11 quilômetros por 40 quilômetros, onde moram 1,8 milhão de pessoas. Quase todas as áreas são densamente povoadas, o que dificultaria a separação entre áreas militares e civis mesmo que o Hamas desejasse fazer essa distinção. As considerações sobre o tamanho da Faixa de Gaza costumam irritar os israelenses, mas até a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, falou sobre isso em entrevista recente. A segunda ponderação é mais importante. Como afirmou à CNN na semana passada Hanan Ashrawi, da Organização para a Libertação da Palestina, o Hamas não é só uma guerrilha, mas também um movimento islâmico responsável por escolas, creches e hospitais. O Hamas é ainda um partido político, e também o governo da Faixa de Gaza. Inúmeras instituições civis, assim, pertencem ao grupo. Se Israel tem o Hamas como um todo como alvo, tem sob sua mira todas essas instalações.

Mesmo diante dessas observações e, da constatação de que o Hamas não está cometendo um crime de guerra no rigor da lei, é óbvio que os atos do grupo militante colocam em risco a população palestina.

Em 17 de julho, reportagem do jornal The Washington Post revelou que o subterrâneo do hospital Al-Shifa, o mais importante da cidade de Gaza, se tornou o “quartel general dos líderes do Hamas, que podem ser vistos nos corredores e escritórios”. O pouco destaque dado a essa informação na imprensa internacional indignou publicações pró-Israel, como a revista judaica Tablet, que fez uma longa reportagem detalhando como os jornalistas estrangeiros são ameaçados pelo Hamas.

Há evidências para corroborar a crítica. Na semana passada, o jornal francês Libération tirou do ar uma reportagem no qual seu colaborador Radjaa Abou Dagga descrevia como fora ameaçado por integrantes do Hamas. A alteração se deu a pedido do jornalista, que tem familiares em Gaza. O jornal Algemeiner, judaico como a Tablet, teve acesso ao relato de Dagga e conta que o jornalista foi interrogado dentro do hospital Al-Shifa. Na terça-feira 29, o repórter italiano Gabriele Barbati afirmou que os jornalistas estrangeiros em Gaza são mesmo ameaçados pelo Hamas. Pelo Twitter, Barbati confirmou que um ataque na segunda-feira 28 contra o campo de refugiados de Shati, na cidade de Gaza, que matou nove crianças, foi fruto de um erro do Hamas, e não das forças israelenses.

O fato de apenas publicações judaicas, como a Tablet e o Algemeiner, darem destaque para as ameaças feitas pelo Hamas a jornalistas fortalece a tese, vigente em círculos pró-Israel, de que o país é perseguido, e também a vitimização utilizada pelo governo israelense para ganhar apoio interno. Lamentavelmente, dá argumentos para quem busca deslegitimar o jornalismo que é feito na Faixa de Gaza e, assim, defender as ações israelenses. O ápice desta prática foi o post de David Bernstein no blog The Volokh Conspiracy, do Washington Post, com “40 perguntas para a mídia internacional“. Há pontos válidos, mas as perguntas acabam por tentar tirar a credibilidade de todo o jornalismo feito na Faixa de Gaza.

Como já dito, as hostilidades atuais só tiveram início por conta de uma atuação deliberada do governo Netanyahu. Uma vez iniciado o conflito, no entanto, sua dinâmica deixa claro que Israel e o Hamas compartilham um abominável desprezo pelas vidas de civis palestinos. O uso de tanques de guerra e artilharia naval e aérea em áreas residenciais é crime de guerra, pois viola o ponto da Convenção de Genebra que proíbe ataques intencionais contra populações civis. Isso não absolve o Hamas, entretanto. O grupo diz lutar pela liberação da Palestina e dos palestinos, mas suas ações são imorais e eticamente condenáveis, pois nada mais fazem do que colocar os habitantes da Faixa de Gaza sob risco. Essas quase 2 milhões de pessoas podem não ser escudos humanos na letra fria da lei, mas o são de fato.

O artigo original do site da Carta Capital poderá ser visto por meio desse link aqui:


OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL





























Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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