Mostrando postagens com marcador Benjamin Netanyahu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Benjamin Netanyahu. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

EDIR MACEDO É RECEBIDO POR BENJAMIN NETANYAHU


Bispo Edir Macedo cumprimenta o premiê israelense, Netanyahu/Amos Ben Gershom/GPO

O arquivo abaixo foi publicado pelo site r7.

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, recebe o líder da Igreja Universal, Edir Macedo
Premiê israelense ressaltou a obra da Igreja Universal e prometeu visitar o Templo de Salomão

O proprietário da Rede Record e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, foi recebido na manhã desta quinta-feira (17), em Jerusalém, pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O encontro entre os dois foi reservado e sem a presença da imprensa. Eles trataram de assuntos como a relação da Igreja Universal com o povo judeu e o Estado de Israel.

Netanyahu destacou a importância do trabalho realizado pela Universal no Brasil e no mundo e afirmou que é fundamental aprimorar as relações entre Brasil e Israel.

O líder israelense ainda cumprimentou Edir Macedo pela construção do Templo de Salomão em São Paulo.

Netanyahu, que é arquiteto de formação, disse que a obra é única e o projeto, magnífico. Ele prometeu em breve visitar o Brasil para conhecer a obra.


Para Shaul Ravid, vice-presidente do fundo de ajuda a Israel, que participou da reunião, mesmo antes do Templo de Salomão, a Igreja Universal já era conhecida pelos laços com Israel. Ele garantiu que as relações entre a igreja e o país serão intensificadas.

— O primeiro-ministro destacou a importância de todo o trabalho feito pela Igreja Universal e, sobretudo, pelo bispo Macedo no Brasil, em particular, e para todo o Estado de Israel, em geral.

Ravid destacou também que o primeiro-ministro agradeceu o trabalho do bispo Macedo pelo esclarecimento e causa israelense.
— Sou muito otimista que, em um futuro próximo, possamos fazer vários tipos de projetos em parceria.

Encontro aconteceu na manhã desta quinta-feira (17) Amos Ben Gershom/GPO

Templo de Salomão

O templo foi inaugurado em julho de 2014 com a presença de diversas autoridades brasileiras e israelenses. Num dos momentos mais importantes da cerimônia, o hino israelense foi executado.

Passado um ano e meio, ele se tornou um dos principais pontos turísticos do Brasil. 

O artigo original poderá ser visto por meio do link abaixo:


NOSSO COMENTÁRIO

À! As tolices humanas. Edir Macedo acha o máximo cumprimentar o primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, um notório genocida do povo palestino.

O equívoco cometido por Edir Macedo de confundir o Israel da Bíblia com o atual Estado moderno de Israel o faz tomar partido ao lado do tirano, do dominador e do destruidor Estado de Israel, contra o povo palestino. Por favor, não queiram confundir as coisas. Desde o início da última intifada, há alguns meses, 120 palestinos foram assassinados por israelenses enquanto o numero de israelense assassinado chegou a 20. Ou seja, 1 israelense para cada 20 palestinos. Quem é a verdadeira vítima nessa gigantesca trapaça? Faça as contas você mesmo.

Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos. 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

PRIMEIRO MINISTRO DE ISRAEL ISENTA HITLER DE PARTE DA CULPA PELO GENOCÍDIO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Merkel-e-Bibi
Ao lado de Bibi, Angela Merkel põe os pingos nos is — AFP

O artigo abaixo foi publicado pelo site da revista Carta Capital.

Netanyahu, o romancista

Enquanto a 3ª Intifada dá seus primeiros passos, Bibi inventa um enredo impossível a respeito do Holocausto
por Gianni Carta —

O premier israelense Benjamin Netanyahu porta-se, aparentemente, como um vencedor: reescreve a história a seu favor. No entanto, usa a retórica distorcida de um líder desesperado diante de mais um conflito nascente: a terceira Intifada, a ameaçar a própria existência de Israel. Até quarta-feira 21, dez israelenses haviam sido mortos por palestinos, a maioria deles esfaqueada.

Por sua vez, 46 palestinos foram abatidos por armas de vigilantes israelenses e de soldados das Forças da Defesa Israelense (IDF). Vinte e cinco dos palestinos tombados teriam atacado um israelense, o resto morreu em conflitos contra o Exército, segundo a versão israelense.

Nunca o comércio de armas esteve tão próspero em Israel, informa a rede de televisão France 24. Por sua vez, em entrevista telefônica a CartaCapital, o professor de Ciências Políticas Magid Shihade, da Universidade da Califórnia, diz: “Essa é a primeira Intifada espontânea, isto é, não ligada a partidos ou a movimentos políticos”.

Mais: “Todos os palestinos estão, pela primeira vez, unidos: aqueles da Cisjordânia, de Gaza, de Jerusalém Leste e da Galileia (palestinos com passaporte israelense desde a formação de Israel, em 1948)”. Em suma, por não ser liderado por uma legenda, o protesto palestino, espontâneo, representa uma ameaça maior: os jovens não querem negociar. “Estão cansados de agressões e expansões territoriais” por parte de Israel em território palestino. As duas anteriores Intifadas aconteceram entre 1987-1993 e 2000-2005.

Na quinta-feira 22, John Kerry, o secretário de Estado americano, voava para Berlim, onde conversaria com Netanyahu sobre como “acabar com a recente onda de violência”. Mais: os EUA ofereceriam apoio “para restaurar a calma o mais rapidamente possível”. Kerry certamente bem representa os EUA e Obama, eleito com a ajuda do lobby judeu, e, antes ainda de viajar para Berlim, deu um puxão de orelhas no presidente palestino Mahmoud Abbas.


Hitler
Hitler
Até apologistas do Holocausto têm dificuldade em aderir à tese de Bibi / Tobias Schwarz/AFPW

Em conversa telefônica, aconselhou Abbas a evitar o uso de “retórica inflamatória”. Só poderia incitar ainda mais violência. De fato, no dia anterior, em encontro na capital alemã com Angela Merkel, Bibi, como é conhecido Netanyahu, havia repetido: Abbas incita a violência de jovens palestinos armados com facas.

O quadro é mais complexo do que aquele pintado pelo premier israelense. A começar pela reconstrução da história do Holocausto. Dias antes do encontro com Merkel, na terça-feira 20, Netanyahu defendeu a seguinte tese no Congresso Mundial Sionista, em Jerusalém: Adolf Hitler foi convencido a respeito da “Solução Final” pelo mufti de Jerusalém, o haj Mohamad Amin al-Husseini. Hitler e Al-Husseini se encontraram, de fato, em novembro de 1941.

Conforme versão romanesca de Bibi, “Hitler não queria exterminar os judeus, queria expeli-los”. Al-Husseini teria então dito a Hitler: “Mas, se você os expelir, eles virão para a Palestina”. A vocação de Bibi é mesmo a ficção e seu talento imaginário alcança o clímax quando conta que o ditador nazista pergunta ao mufti: “O que devo fazer?” Al-Husseini: “Queime-os”. O defensor da raça ariana deu ouvidos ao árabe, Bibi garante, impassível.

Até apologistas do Holocausto têm dificuldade em aderir à tese de Bibi. De saída, a chamada “Solução Final” já havia começado na Lituânia, em julho de 1941. Dois meses mais tarde, 33 mil judeus foram mortos, em 48 horas, pelos nazistas. A carnificina na Ucrânia deu-se nos subúrbios de Kiev. O encontro entre Hitler e Al-Husseini não teve impacto algum no Holocausto. Sim, o mufti era antissemita e não queria perder seu território. Mas a “Solução Final” foi uma estratégia pensada e implementada por Hitler.

A ficção de Netanyahu não convenceu sequer importantes figuras de Israel. O presidente Reuven Rivlin foi categórico: “Foi Hitler quem causou um sofrimento infinito em nossa nação”. Já o líder da oposição, Isaac Herzog, escreveu na sua página do Facebook: “Esta é uma distorção histórica perigosa, e exijo de Netanyahu que a corrija imediatamente, pois minimiza o Holocausto, o nazismo, e o papel de Hitler no terrível desastre de nosso povo”.

Ademais, acrescentou, Netanyahu, filho de historiador, não pode derrapar de tal forma. Mas Herzog não explicitou os dois objetivos de Bibi. Primeiro: criar novos amigos, os alemães, aliviados, nos sonhos do premier, por não terem sido os únicos responsáveis pelo Holocausto. Segundo objetivo: fomentar a islamofobia na Europa.

Netanyahu perde sua destreza política. Em uma coletiva à imprensa ao lado de Bibi, Merkel disse em Berlim, na terça: “Somos responsáveis pelo Holocausto”. O porta-voz de Merkel havia dito antes, em outra coletiva: “Falo em nome do governo alemão, e posso dizer que todos nós, alemães, conhecemos precisamente a história do fanatismo racista e assassino dos nacional-socialistas, que levou à ruptura com a civilização e à Shoah”.

Seria o caso de especular se os israelenses não estariam em busca de uma narrativa islamofóbica, como aquela antijudaica na Segunda Guerra Mundial. Faria sentido após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Reuven-Rivlin
O próprio presidente de Israel diz: o vilão monstruoso é mesmo Hitler / Michal Cizek/AFP

A guerra entre Israel e a Palestina desenrola-se também nas redes sociais. O ministério israelense do Exterior postou um vídeo de 24 segundos intitulado: “O que o Terror Palestino e o Estado Islâmico têm em comum?” No vídeo, exibem-se somente as atrocidades cometidas pelos palestinos.
Magid Shihade retruca: “A propaganda israelense quer enquadrar a questão palestina em um conflito religioso, e não como o resultado de um regime baseado em um colonialismo político que não permite a coexistência igualitária entre árabes e israelenses”. 
Em uma coluna do diário israelense Haaretz, Amira Hass concorda com Shihade. A mídia e as redes sociais criaram, em Israel, um inimigo: o “terrorista árabe”. Todos terroristas. A repórter da France 24 diz: “Israelenses não confiam em árabes, e vice-versa”.
Vigilantes israelenses armados com armas de fogo contra palestinos com facas. Os palestinos precisam ser “neutralizados”. Mas quais são as provas de que o palestino morto era um terrorista? E como comparar um “terrorista palestino” a um 
jihadista do Estado Islâmico?
O professor Shihade explica: “Na verdade, quem apoia o EI é Israel”. O motivo? Entre outros, o EI luta contra o Hezbollah, o movimento libanês xiita a apoiar o presidente sírio Bashar el-Assad (com o apoio do Irã).
Sem contar outros movimentos radicais perigosos para Tel-Aviv. Viva a hipocrisia, diz Shihade: “O título do vídeo do ministério israelence deveria ser: ‘O que o EI e Israel têm em comum?” Shihade conclui: “A terceira Intifada já começou”. 

O artigo original poderá ser lido por meio desse link aqui:

http://www.cartacapital.com.br/revista/873/netanyahu-o-romancista-1840.html

OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL















































Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.      

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

ISRAEL A CAMINHO DA AUTODESTRUIÇÃO


 Benjamin Netanyahu
Benjamin Netanyahu durante entrevista coletiva em 1º de dezembro: ele faz mais um aceno para os extremistas. Baz Ratner / AFP

ISRAEL A CAMINHO DA AUTODESTRUIÇÃO

As recentes decisões adotadas pelo liderança de direita e de extrema direita em Israel não devem surpreender a ninguém. Elas são parte de um gigantesco arsenal que os nazistas instalados no poder daquele PIS têm dentro de muitas gavetas, esperando apenas a hora e a motivação certa para serem implementadas. Essas últimas às quais nos referimos foram colocadas em prática logo depois do lamentável assassinato de alguns israelenses em uma sinagoga por um Palestino.

Para entender melhor o que tais mudanças significam estamos publicando abaixo o artigo escrito pelo jornalista Antônio Luis M. C. da Costa para a Revista Carta Capital.

Israel, rumo ao apartheid

Para agradar à ultradireita, projeto do governo coloca o judaísmo de Estado acima da democracia e dos direitos humanos
por Antonio Luiz M. C. Costa

Dizer que Israel é um “Estado Judeu” pode soar trivial, mas não é. A expressão consta da Declaração de Independência, mas sem uma definição clara. O conceito de “judeu” é problemático e seus primeiros líderes se queriam modernos e laicos, mesmo se não se importavam se isso soava às minorias tão ofensivo quanto seria os Estados Unidos se proclamarem “Estado Anglo-Saxão Protestante” ou o Brasil “Estado Eurodescendente Católico”.

Na prática, isso não impediu Tel-Aviv de tratar como cidadãos de segunda classe os não judeus, principalmente os árabes que não conseguiu expulsar em 1948. Os cidadãos são oficialmente classificados por “le’om”, “etnia”: “judeu” para os cidadãos de primeira classe, “russo”, “francês” e assim por diante para filhos de judeus laicos casados com não judias e não convertidos por rabinos ortodoxos, “árabe”, “druso” ou “beduíno” para os nativos, um quarto da população. Esse item deixou de ser exigido nas carteiras de identidade em 2005, mas permanece no registro civil e, para deixar clara a distinção, só os judeus têm na carteira a data de nascimento pelo calendário judaico. Não há casamento civil, o que torna impossível o casamento misto se um dos noivos não se converter. Vários direitos sociais exigem o cumprimento do serviço militar, permitido aos “drusos”, mas não aos “árabes” israelenses. Vale notar ainda a invenção em 2014 da etnia “arameu” para cristãos que não querem ser identificados como árabes e se dispõem a servir no Exército para desfrutar de mais direitos.

A Organização para a Libertação da Palestina reconheceu Israel em 1993, porém desde 2006 Tel-Aviv faz de seu não reconhecimento como “Estado Judeu” um novo pretexto para não avançar nas negociações de paz. O significado disso não era claro, mas a Palestina resistiu por entender que aceitar a exigência implicava a renúncia incondicional ao direito dos seus compatriotas expulsos em 1948 de retornar ou serem adequadamente indenizados.

Agora, Benjamin Netanyahu aprovou e submeterá ao Parlamento uma proposta explícita de proclamar um “Estado Judeu”. Foi rejeitada por 6 dos 20 ministros, inclusive a titular da Justiça, Tzipi Livni, e o da Fazenda, Yair Lapid, líderes dos respectivos partidos, e criticada pelo presidente Reuven Rivlin, do mesmo partido Likud do primeiro-ministro. Este, mesmo assim, exige o reconhecimento do país nesses termos como base para negociar a paz. Para ele, trata-se de galvanizar a direita radical em torno de seu projeto e convocar novas eleições que lhe permitam dispensar os centristas.

Segundo as três propostas da bancada governista a serem unificadas por Netanyahu, “o direito à autodeterminação no Estado de Israel pertence apenas ao povo judeu” e o país é definido como “fundado de acordo com a visão dos profetas de Israel”. O Estado deve impor o ensino da história, cultura e costumes judeus nas escolas judias, estabelecer o Sabbath como dia de repouso, fortalecer os laços com a Diáspora judia e “proteger e resgatar” judeus em perigo por todo o mundo. Deve ainda “manter os direitos individuais de todos os cidadãos de acordo com a lei”, mas o país não tem uma Constituição para garantir a igualdade dos direitos individuais, muito menos dos coletivos. A proposta autoriza os não judeus a preservar sua religião e cultura em caráter pessoal, embora sem nenhum apoio oficial.

Duas das propostas acrescentam que “a lei judia deve guiar os legisladores e juízes”, uma contrapartida exata da exigência dos movimentos fundamentalistas islâmicos de impor a sharia como lei civil em seus países. Uma delas abole explicitamente o uso oficial do árabe e explicita que o Estado pode criar cidades e bairros reservados a judeus.

O objetivo explícito da lei é enquadrar o Judiciário, que tem dado prioridade aos direitos humanos ao obrigar o Estado a respeitar a unificação de famílias e dar cidadania a palestinos casados com árabes israelenses, recentemente exigiu o fim do campo de concentração para imigrantes africanos sem documentos, ordem desacatada pelo Executivo, e cobrou do governo que providencie sinalização bilíngue em cidades de população mista e ajude a manter instituições muçulmanas. Menos explicitamente, está na mira da lei a possibilidade de cassar a cidadania de não judeus acusados de “deslealdade” (por protestar, por exemplo) e banir os partidos árabes e seus deputados. Paralelamente, foi apresentado um projeto que permite cassar os mandatos daqueles que apoiarem a “resistência armada”.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, criticou: “Israel é um Estado judeu e democrático e todos os seus cidadãos devem gozar direitos iguais. Esperamos que Israel se apegue a seus princípios democráticos”. Ze’ev Elkin, deputado do Likud, líder da bancada governista e autor da versão mais radical do projeto, bravateou: “Podemos manter as fundações da democracia mesmo sem ajuda do parceiro do outro lado do oceano”. O ministro da Economia, Naftali Bennett, do partido Lar Judeu, respondeu nos mesmos termos: “Digo aos americanos que nós mesmos administramos os assuntos do Estado de Israel”. Segundo ele, os direitos individuais foram, até agora, indevidamente sobrepostos ao caráter judeu do Estado.

Eufemismos à parte, anuncia-se o fim de Israel como Estado democrático e humanista e sua transformação em Estado confessional, racial ou ambos. Não é novidade na região, nem implica a perda do apoio de Washington, haja vista a Arábia Saudita, mas fortalece as campanhas de boicote e desinvestimento no Ocidente, bem como o fundamentalismo islâmico. Ante um Estado Judeu explícito, fica mais difícil argumentar contra o Estado Islâmico.

O artigo original da Carta Capital poderá ser visto por meio desse link aqui:


À TEMPO

Diante da oposição recebido ao projeto o primeiro Ministro Netanyahu demitiu do seu gabinete os conservadores Yair Lapid and Tzipi Livni. Netanyahu também está convocando eleições gerais na tentativa de formar um novo governo que apoie as decisçoes racistas recentemente adotadas. De acordo com Tzipi Livni as eleições deverão indicar se o Israel será apenas um país sionista, ou seja, racista ou se será um estado extremista. Os leitores poderão ler essa notícia completa por meio desse link aqui:


OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL









































Que Deus tenha muita misericórdia de todos naquele pequeno país.

Alexandros Meimaridis.

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


http://www.facebook.com/pages/O-Grande-Diálogo/193483684110775


Desde já agradecemos a todos.

sábado, 23 de agosto de 2014

ISRAEL, O HAMAS E A SITUAÇÃO DO POVO PALESTINO



Bandeiras com as palavras "Paz"

O artigo abaixo foi publicado pela Revista Carta Capital e é de autoria do jornalista Vladimir Safatle.

Política

Análise / Vladimir Safatle

Israel e o Hamas

Condenar os ataques a Gaza não significa defender os propósitos do grupo palestino
por Vladimir Safatle

Israel-Palestina
A melhor defesa de Israel é dar aos palestinos aquilo que lhes é de direito. Mas ele não pode fazê-lo, pois significaria entrar em rota de colisão com o núcleo religioso-nacionalista de sua sociedade, entre outras, um Estado israelense até as margens do Rio Jordão.

Gostaria de voltar ao tema do conflito Israel-Palestina. Compartilho com o leitor de Carta Capital um fato pessoal que creio contribuir para a discussão. Há poucos dias escrevi um artigo no qual classifico de patética a recusa do governo israelense em dialogar com um governo palestino que inclua o Hamas. Desqualificar o Hamas como grupo “terrorista” (usei o termo sempre entre aspas, mas alguns, creio, não sabem o significado de duas aspas a envolver uma palavra) era cômico, vindo de um país que teve até um primeiro-ministro (Menachem Begin) chamado de “terrorista” por intelectuais judeus, entre eles Hannah Arendt e Albert Einstein, por sua participação em atentados e massacres sob a bandeira do Irgun. Escrevi ainda que os palestinos negociam com grupos que não reconhecem o direito de existência de um Estado palestino (como o partido Likud, de Benjamin Netanyahu, cuja carta-programa não reconhece a existência da Palestina), então não havia razão para Israel se recusar a negociar com o Hamas.

Poderia lembrar ainda não ser possível a Israel aplicar o argumento de direito à segurança quando fala de foguetes enviados de território ocupado ilegalmente. Melhor seria evocar o direito de resistência de povos oprimidos contra situações de exceção. A melhor defesa de Israel é dar aos palestinos aquilo que lhes é de direito. Mas ele não pode fazê-lo, pois significaria entrar em rota de colisão com o núcleo religioso-nacionalista de sua sociedade que defende, entre outras, um Estado israelense até as margens do Rio Jordão.

A última vez que se tentou algo nesse sentido, um primeiro-ministro israelense (Yitzhak Rabin) foi assassinado... por um colono judeu. O que aconteceria se o governo de Israel quisesse desalojar os 520 mil colonos trancados na Cisjordânia em verdadeiras fortalezas, como Ariel, com metralhadoras Uzi a tiracolo? Avançar em direção à criação de um Estado palestino cioso das fronteiras de 1967 é, para o governo de Israel, quase um convite à guerra civil. A meu ver, isso explica o fato de Israel estar pronto para fazer de tudo para continuar a fazer nada. Seu governo não é capaz de confrontar o núcleo religioso que coloniza sua própria sociedade. Nesse sentido, como disse anteriormente, o melhor sócio do governo israelense é o Hamas, pois ele fornece a justificativa perfeita para sua política.

Sou daqueles que acreditam que o governo brasileiro agiu de maneira exemplar ao criticar as incursões militares em Gaza, sem citar o Hamas. Citá-lo seria, de certa forma, desculpar o governo de Israel por seus atos, na linha: “É triste todas essas mortes palestinas, mas o Hamas também provoca”. Tudo indica, porém, não ser do Hamas a responsabilidade pelo assassinato dos três colonos judeus, crime motivador do conflito atual. Mesmo se fosse, não se justificaria a punição coletiva cega e, acima de tudo, a ocupação ilegal, colonial e com práticas que lembram o apartheid sul-africano, como disse Andrew Felstein, antigo parlamentar judeu do Congresso sul-africano, do território palestino.

Fiz questão de lembrar que nada poderia servir para esquecer que o Hamas não é um aliado. Ao contrário, trata-se de um grupo que procura impor um modelo de sociedade religiosa demente e autoritária. O Hamas age para a libertação da Palestina e para sua transformação em Estado islâmico. Que os palestinos queiram ter uma só voz e se unir em uma situação de calamidade, deixando de lado a diferença entre seus projetos futuros de sociedade a fim de se defender do puro e simples desaparecimento, nada mais compreensível, racional e louvável. Agora, setores de esquerda acharem que podem, dessa forma, economizar críticas ao Hamas e esquecer que sua existência é um dos motivos do atraso político do mundo árabe, é ao meu ver imperdoável.

Por ter chamado de “gato” um gato, fui acusado de ser “pró-israelense”. Quem acompanha o que escrevo sobre o assunto na mídia nos últimos 15 anos só pode achar graça. Isso apenas demonstra o nível canino de um debate no qual, como se costuma dizer, o inimigo do meu inimigo aparece como meu amigo. Foi assim que certa esquerda continuou, até ontem, a acreditar que Kaddafi e Assad mereciam defesa.

A Primavera Árabe mostrou como povos da região não querem ser governados por grupos religiosos, vide o destino da Irmandade Muçulmana e do tunisiano Nahda. Os dois estão atualmente fora do governo. Cabe à esquerda fazer a crítica implacável a esses grupos. Vale a pena lembrar que boa parte do fracasso atual da revolta egípcia deve ser creditada na conta da Irmandade Muçulmana, que conseguiu pavimentar o retorno dos militares ao poder.

O artigo original da Carta Capital poderá ser visto por meio desse link aqui:


NOSSO COMENTÁRIO

Queremos agradecer o equilibrio demonstrado pelo jornalista Vladimir Safatle e à Carta Capital na pessoa do seu Editor Chefe, Mino Carta, pela coragem de confrontar todos os que se escondem atrás das mais variadas máscaras — como se estivéssemos num carnaval em plena Veneza — o que torna a leitura semanal da Carta Capital motivo de prazer e reflexão.

OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL



































Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

domingo, 3 de agosto de 2014

ESCUDOS HUMANOS NA FAIXA DE GAZA



O material abaixo foi publicado pelo site da Revista Carta Capital

Internacional

Opinião

O Hamas e seus 2 milhões de escudos humanos

Diante de um adversário impiedoso, o Hamas utiliza uma tática que coloca em risco toda a população da Faixa de Gaza

por José Antonio Lima 

Crianças palestinas em Gaza
Crianças palestinas voltam para casa em Shejaiya, distrito de Gaza obliterado pelas Forças Armadas israelenses. Segundo Israel, o local era usado pelo Hamas para fabricar e estocar foguetes

O elevado número de civis palestinos mortos na Operação Protective Edge (Borda Protetora) tem feito Israel, e seus defensores, baterem repetidas vezes na tecla de que o Hamas utiliza escudos humanos. O assunto é bastante controverso, mas a realidade é que, a despeito de Israel estar realizando ataques desproporcionais, a tática do Hamas de fato coloca toda a população da Faixa de Gaza em perigo.

Na quinta-feira 31, as Forças Armadas israelenses divulgaram dois vídeos importantes. O primeiro, mostra imagens aparentemente captadas por drones do que seriam 12 lançamentos de foguetes a partir de áreas civis na Faixa de Gaza.

O segundo mostra a vistoria feita por soldados em uma mesquita destruída em combate. É possível ver armas pesadas que, segundo os israelenses, estariam escondidas no templo, também usado para acobertar entradas da rede de túneis utilizada pelo Hamas.

Desde o início da operação, a Unrwa, a agência da ONU para os refugiados palestinos, encontrou foguetes em três de suas escolas, que estavam vazias. Em 29 de julho, outro vídeo divulgado pelos militares israelenses mostrou o que seriam os lançamentos de três foguetes a partir de uma escola em Gaza.

Em 25 de julho, em análise sobre possíveis crimes de guerra cometidos por Israel e Hamas, a Anistia Internacional lembrou que, em conflitos anteriores, a ONG documentou o uso de instalações civis como depósito de armas e local de lançamento de foguetes por parte de facções palestinas contra alvos civis israelenses, o que é ilegal. Desta vez, sobre a questão do possível uso de escudos humanos, há relatos, afirma a Anistia, de que o Hamas tem pedido para a população permanecer em suas casas mesmo com os avisos de Israel, feitos por telefonemas e por panfletos, sobre ataques iminentes em áreas civis. Para a Anistia, isso não configura crime de guerra oficialmente, uma nomenclatura que exigiria ordens diretas a civis para proteger instalações e equipamentos militares. Com base nisso, repórteres da BBC e do jornal The New York Times disseram não ter visto evidências de uso de escudos humanos.

Israel não tem dúvidas sobre a tática do Hamas. Para o governo israelense, o grupo palestino usa este artifício com o objetivo de aumentar o número de vítimas civis e fazer o Hamas ganhar a “guerra da propaganda”. “Nós pedimos para a população: ‘saiam’. Nós pedimos a eles de novo e de novo. Nós ligamos para eles, mandamos mensagens de texto, damos panfletos. Nós pedimos que eles saiam, e alguns saem. O Hamas diz: ‘não saiam, nós proibimos vocês’. Então o Hamas está usando essas pessoas, esses civis, como escudos humanos”, disse Benjamin Netanyahu, o premier israelense, em entrevista à BBC em 20 de julho.

Há duas ponderações importantes sobre as acusações. A primeira é que a Faixa de Gaza é um território minúsculo, de 11 quilômetros por 40 quilômetros, onde moram 1,8 milhão de pessoas. Quase todas as áreas são densamente povoadas, o que dificultaria a separação entre áreas militares e civis mesmo que o Hamas desejasse fazer essa distinção. As considerações sobre o tamanho da Faixa de Gaza costumam irritar os israelenses, mas até a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, falou sobre isso em entrevista recente. A segunda ponderação é mais importante. Como afirmou à CNN na semana passada Hanan Ashrawi, da Organização para a Libertação da Palestina, o Hamas não é só uma guerrilha, mas também um movimento islâmico responsável por escolas, creches e hospitais. O Hamas é ainda um partido político, e também o governo da Faixa de Gaza. Inúmeras instituições civis, assim, pertencem ao grupo. Se Israel tem o Hamas como um todo como alvo, tem sob sua mira todas essas instalações.

Mesmo diante dessas observações e, da constatação de que o Hamas não está cometendo um crime de guerra no rigor da lei, é óbvio que os atos do grupo militante colocam em risco a população palestina.

Em 17 de julho, reportagem do jornal The Washington Post revelou que o subterrâneo do hospital Al-Shifa, o mais importante da cidade de Gaza, se tornou o “quartel general dos líderes do Hamas, que podem ser vistos nos corredores e escritórios”. O pouco destaque dado a essa informação na imprensa internacional indignou publicações pró-Israel, como a revista judaica Tablet, que fez uma longa reportagem detalhando como os jornalistas estrangeiros são ameaçados pelo Hamas.

Há evidências para corroborar a crítica. Na semana passada, o jornal francês Libération tirou do ar uma reportagem no qual seu colaborador Radjaa Abou Dagga descrevia como fora ameaçado por integrantes do Hamas. A alteração se deu a pedido do jornalista, que tem familiares em Gaza. O jornal Algemeiner, judaico como a Tablet, teve acesso ao relato de Dagga e conta que o jornalista foi interrogado dentro do hospital Al-Shifa. Na terça-feira 29, o repórter italiano Gabriele Barbati afirmou que os jornalistas estrangeiros em Gaza são mesmo ameaçados pelo Hamas. Pelo Twitter, Barbati confirmou que um ataque na segunda-feira 28 contra o campo de refugiados de Shati, na cidade de Gaza, que matou nove crianças, foi fruto de um erro do Hamas, e não das forças israelenses.

O fato de apenas publicações judaicas, como a Tablet e o Algemeiner, darem destaque para as ameaças feitas pelo Hamas a jornalistas fortalece a tese, vigente em círculos pró-Israel, de que o país é perseguido, e também a vitimização utilizada pelo governo israelense para ganhar apoio interno. Lamentavelmente, dá argumentos para quem busca deslegitimar o jornalismo que é feito na Faixa de Gaza e, assim, defender as ações israelenses. O ápice desta prática foi o post de David Bernstein no blog The Volokh Conspiracy, do Washington Post, com “40 perguntas para a mídia internacional“. Há pontos válidos, mas as perguntas acabam por tentar tirar a credibilidade de todo o jornalismo feito na Faixa de Gaza.

Como já dito, as hostilidades atuais só tiveram início por conta de uma atuação deliberada do governo Netanyahu. Uma vez iniciado o conflito, no entanto, sua dinâmica deixa claro que Israel e o Hamas compartilham um abominável desprezo pelas vidas de civis palestinos. O uso de tanques de guerra e artilharia naval e aérea em áreas residenciais é crime de guerra, pois viola o ponto da Convenção de Genebra que proíbe ataques intencionais contra populações civis. Isso não absolve o Hamas, entretanto. O grupo diz lutar pela liberação da Palestina e dos palestinos, mas suas ações são imorais e eticamente condenáveis, pois nada mais fazem do que colocar os habitantes da Faixa de Gaza sob risco. Essas quase 2 milhões de pessoas podem não ser escudos humanos na letra fria da lei, mas o são de fato.

O artigo original do site da Carta Capital poderá ser visto por meio desse link aqui:


OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL





























Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.