quarta-feira, 29 de junho de 2011

O PROPÓSITO DISTINTO E SINGULAR DE DEUS PARA OS NOSSOS DIAS



A – A Filosofia Dominante no Mundo tanto na Sociedade quanto na Igreja

Para onde caminha nosso mundo? Qual é filosofia dominante dos dias de hoje? É importante respondermos a estas perguntas, pois como o livro de Provérbios nos ensina “como pensa no seu coração, assim é o homem – ver Provérbios 23:7.” Nossa sociedade tem sido definida de várias formas nestes últimos trinta e cinco anos. A característica comum das definições atuais é a existência do termo “pós” associado a outros termos. A impressão que temos é que algo passou, foi completado ou terminou, sobrando somente um pessimismo, beirando mesmo o desespero. Assim temos: pós-capitalista (Ralf Dahrendorf), pós-burguesa (George Lichtheim), pós-moderna (Amitai Etzioni), pós-coletivista (Sam Beer), pós-literária (Marshall McLuhan), pós-civilizada (Kenneth Boulding), pós-tradicional (S. N. Eisenstadt), pós-histórica (Roderick Seindenberg e Ken Carey), pós-industrial (Daniel Bell), pós-puritana, pós-protestante (Sidney Ahlstrom), pós-herege (Earl G. Hunt) e pós-cristã (Francis Schaeffer). De todos estes “pós” aquele que tem sobrevivido e causado ondas mais intensas é o pós-modernismo. Todavia, como é reconhecido pelos três maiores expoentes do pós-modernismo, Michael Foucault, Jacques Derrida e Richard Rorty, o Pós-Modernismo é um movimento filosófico que tem suas raízes e se desenvolve a partir do Existencialismo. Portanto, podemos concluir que, seja na sua forma original, seja nos desenvolvimentos posteriores, o Existencialismo continua sendo a filosofia dominante dos nossos dias. O Existencialismo, como filosofia popular, é uma forma de Romanticismo, que exalta o indivíduo como criador dos seus próprios valores e significado da vida. É uma forma de Humanismo que tenta descobrir e reafirmar o que significa ser humano. O Movimento se divide em duas partes: Existencialismo propriamente dito, que por sua vez se divide em Existencialismo Religioso (Søren Kierkegaard, Karl Barth, Richard e Reinhold Niebuhr e Emil Brunner por um lado e Martin Heidegger, Rudolf Bultmann, Paul Tillich e Thomas Altizer pelo outro) e Existencialismo Secular e Fenomenologia Existencial. Ambos os movimentos concordam que o que define os seres humanos não é a posse de uma alma ou alguma essência anterior ou mesmo um EGO, e sim atos livres e intencionais da consciência, por meio dos quais o mundo passa a ter significado. Jean Paul Sartre condensou o ideal existencialista ao afirmar: “existência precede a essência”. Em outras palavras ele quis dizer que aquilo que o homem é precisa ser decidido pelo próprio homem. Somente o homem pode resolver a questão da sua humanidade e mesmo assim, somente momentaneamente, à medida que ele age. Coisas como natureza humana ou moralidade estão sujeitas àquilo que o homem decide ser, como ele formula seu futuro. Quais são as características ou ênfases desta filosofia:

1. Nenhuma ênfase no passado ou no futuro.

2. Nenhuma crença em absolutos.

3. Ênfase na falta de propósito para a vida dos seres humanos.

Infelizmente, não são poucos os cristãos engolfados pela filosofia existencialista. Entre estes vamos encontrar, por um lado, aqueles que se recusam a aceitar a infalibilidade e inerrância da Bíblia, e por outro lado, os que se recusam a aceitar a necessidade absoluta da igreja. Independente da filosofia dominante, nós precisamos parar e perguntar: Qual é o plano de Deus para os nossos dias? Para que possamos responder esta pergunta, torna-se necessário estabelecermos uma fonte de informação que nos seja de inteira confiança. Vamos então, de comum acordo, aceitar ser a Bíblia, com o Antigo e Novo Testamento, verbalmente inspirada e sem erros nos autógrafos originais.

B – Qual é o Propósito de Deus Para os Nossos Dias?

Algumas respostas têm sido oferecidas. Entre elas nós vamos encontrar:

1 – A Cristianização do Mundo

Será que o plano de Deus é a cristianização do mundo? Quer Deus que todo mundo se torne cristão?

Em 2 Pedro 3:9 nós lemos: “...não querendo que nenhum se perca senão que todos cheguem ao arrependimento”. Existe uma defasagem permanente, quando comparamos o número de pessoas que se denominam cristãs com o número total de pessoas nascidas no mundo. A população da Terra chegou a 1 bilhão de habitantes em 1850. De acordo com o Atlas da enciclopédia Britânica, em 1º de Janeiro de 1995, a população da Terra era de aproximadamente 5 bilhões e 628 milhões de habitantes. O ritmo de crescimento é de 2.3% ao ano. Com este ritmo devemos dobrar a população a cada 35 anos. Por outro lado, há 200 anos, nos primórdios do movimento missionário moderno, os cristãos nominais representavam 25% da população total. Depois de 200 anos de esforços missionários tremendos e da introdução de técnicas modernas como literatura, filmes e principalmente o rádio e a Televisão, chegamos a ser 35% da população total em 1993. O Manual das Religiões do Mundo projeta que deveremos ser cerca de 36% em 2006, ou seja, 2.38Bi para uma população total de 6.67Bi.

Conhecendo o caráter e os atributos de Deus, sabemos que Ele não falha nos seus planos. Jó afirma acerca de Deus: “Bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos pode ser frustrado”. Com base nessa afirmação, nós sabemos que Deus é imutável, seu caráter nunca muda, e o que Ele tem planejado fazer, Ele fará. O que nós precisamos fazer, para não sermos confundidos, é discernir qual é exatamente o plano de Deus.

2 – A Evangelização do Mundo

Será que o plano de Deus é a evangelização do mundo? Isto se relaciona com a pregação do evangelho até aos confins da terra. Passagens geralmente dadas em apoio a uma resposta afirmativa a esta pergunta são:

a. Mateus 28:19—20 - Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

b. Marcos 16:15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.

c. Atos 1:8 - Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Se examinarmos a história da igreja, veremos que este aspecto, apesar de não se constituir em uma grande falha, também não representou um sucesso constante.

a. De 32 até 64 d.C. - Durante este período o Cristianismo se espalhou pela bacia do Mediterrâneo. Passagens como Atos 14:19-23, 2 Timóteo 4:17 e Colossenses 1:23 e 1 Tessalonicenses 1:6—8, nos mostram a estratégia utilizada por Paulo para expandir o Cristianismo.

b. De 64 até 313 d.C. - Durante este período os cristãos foram grandemente perseguidos pelos romanos. O motivo da perseguição não era o fato de os cristão crerem em Cristo e sim o fato de eles não aceitarem adorar o imperador. Isto era considerado alta traição e a pena era a morte. A execução da pena podia ser através da crucificação, do queimar a pessoa viva e de lançar os cristãos para serem devorados pelas bestas nas arenas.

c. Em 313 d.C., o imperador Constantino, através do edito de tolerância, conhecido como Edito de Milão, transformou o Cristianismo numa religião legal em todo império romano. Em 381 d.C., já sob o reinado de Teodósio I, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do império. Durante este período as pessoas foram forçadas a se tornarem cristãs, mediante o batismo. Muitos foram empurrados para dentro do mar, de rios e lago pelas pontas de espadas e lanças para receberem o “batismo cristão”. Quantos se tornaram verdadeiramente cristãos é impossível de ser determinado.

d. De 476 d.C. Esse período inicia a queda do império romano e vai até a Reforma Protestante do século XVI. Nesse longo período de pouco mais de mil anos, houve uma significativa diminuição nos esforços evangelísticos, já que existiu um grande declínio no conhecimento no mundo ocidental, pois o mesmo se concentrou dentro dos mosteiros e conventos. Somente aqueles que adentravam a vida monástica tinham acesso aos estudos.

e. De 1750 d.C. até o presente, ver item 1 (a cristianização do mundo).

Será que o plano de Deus é a evangelização do mundo? A evidência bíblica não é clara e não existe nenhuma declaração específica de Cristo dizendo ser este o plano d’Ele. Mas se os pontos 1 e 2 não representam o plano de Deus, qual é então o plano ou propósito de Deus para os nossos dias?

3 – O Plano de Deus é:

Para responder a esta pergunta, de maneira apropriada, é necessário começarmos com uma exegese – interpretação – do texto de Mateus 16:18 que diz:

κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς

Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

1 – A ênfase neste versículo está na expressão “eu te digo” que faz um perfeito paralelo com a frase anterior proferida por Jesus no verso imediatamente anterior quando Ele diz: “... não foi carne e sangue quem to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”. O paralelo é constituído entre a revelação concedida pelo Pai, e esta agora que será concedida pelo Filho. Não existe nenhum tipo de contraste que possa ser representado pelas frases “tu és o Cristo X tu és Pedro”. Note que no verso 17, Cristo chama Pedro pelo seu próprio nome que é Simão – este nome pode ser uma forma diminutiva de Simeão, que quer dizer “Deus ouviu” ou, como outros têm sugerido, o significado poderia ser “impulsivo” ou “nariz arrebitado”. Em João 1:42 nós lemos que Jesus mudou, profeticamente falando, o nome de Simão para Cefas - Κηφᾶς - Kefâs - que quer dizer “pedregulho”, e de onde se deriva a forma grega Πέτρος - Pétros – pedra. Essa expressão no grego sugere estabilidade. Em João 1:42 era uma profecia, agora, diante das revelações recebidas do Pai e do Filho e, especialmente, diante da confissão feita – Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo – ver Mateus 16:16 - a impulsividade de Simão começa a dar lugar à estabilidade de Pedro.

2 – Existe, todavia, no texto grego um evidente jogo de palavras entre Πέτρος - Pétros – pedregulho ou pequena porção da rocha e πέτρᾳ - pétra – rocha, no grego. A mesma palavra traduzida aqui por pedra é usada em Mateus 7:24 e traduzida por rocha. Os tradutores, provavelmente, optaram por pedra para manter um possível jogo de palavras também em português. Mas, e se o diálogo original se passou em aramaico? A expressão Κηφᾶς - Kefâs não implicaria no jogo de palavras.

3 - ἐκκλησία – ekklisía. Esta palavra era usada no grego em que o Novo Testamento foi escrito, conhecido como “grego koiné” ou comum, para descrever uma assembléia regular dos cidadãos de uma cidade – ver Atos 19:39 - bem como para descrever uma congregação dispersa – ver Atos 8:1—3. Mateus é o único dos quatro evangelistas a usar a palavra ἐκκλησία – ekklisía como tendo sido proferida por Cristo. Jesus usou esta palavra propositadamente. Podemos afirmar isso porque foi a palavra grega ἐκκλησία – ekklisía, que foi usada na tradução feita das escrituras hebraicas para o grego, conhecida como Septuaginta, e representada pelo símbolo “LXX” – ver Deuteronômio 31:30 e Salmo 107:32 no texto grego da LXX - para representar a congregação de Israel reunida no Antigo Testamento. E foi essa mesma palavra, ἐκκλησία – ekklisía, que também foi usada pelo Senhor Jesus para representar o novo Israel no Novo Testamento. O estudo do Salmo 89 é crucial para entendermos Mateus 16:18. O texto do Salmo 89 na Septuaginta – LXX - nos oferece as seguintes palavras, todas usadas por Jesus em Mateus 16:18. Poderíamos afirmar que Jesus havia lido e meditado no salmo 89 naquele dia, e seu coração estava cheio com essas palavras retiradas do texto do Antigo testamento:

οἰκοδομηθήσεται – oikodomithísetai - Salmo 89:4 – Para sempre estabelecerei

ἐκκλησία – ekklisía - Salmo 89:5 – Assembléia dos Santos

κατισχύσει – katischúsei - Salmo 89:21 – A minha mão será firme com ele

χριστόν – Chistón - Salmo 89:38 e 51 – teu ungido - messias

ᾅδου – ádou - Salmo 89:48 – Ou que livre sua alma das garras do sepulcro

Note que todas as palavras do versículo de Mateus 16:18 que são as mais relevantes,

κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς

podem ser encontradas no Salmo 89. Deve ficar evidente que a afirmativa de Jesus, não tem nada a ver com Pedro, como pretende a Igreja Católica Romana, já que a mesma faz referência a um Salmo que foi escrito cerca de 1000 anos antes de Pedro existir. O salmo 89 é um salmo messiânico e reflete a vitória do ungido de Deus sobre seus inimigos, incluído a morte. Somente Jesus tem estes atributos. Ele é o - ὁ Χριστὸς – o Christòs – o Messias – ou o Ungido do Senhor, aquele que vai edificar οἰκοδομήσω – oikodomíso - Sua igreja ἐκκλησία – ekklisía e as portas do inferno ᾅδου – ádou não prevalecerão κατισχύσει – katischúsei contra ela!

Não devemos ter nenhuma dúvida de que Cristo tinha em mente o Salmo 89 ao fazer a afirmação que fez para Pedro em Mateus 16:18, e que, em nenhuma hipótese ele poderia, sob nenhuma perspectiva, estar se referindo a Pedro quando disse aquelas palavras. O pensamento do Senhor, certamente, estava no Salmo 89.

4 – Edificar a Igreja

Em 1 Pedro 2:5 o apóstolo Pedro declara: “também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados - οἰκοδομεῖσθε – oikodomeîsthe - casa espiritual. Difícil escaparmos da conclusão que Pedro está fazendo uma referência direta a Mateus 16:18. Mais adiante em 1 Pedro 2:9—10 Pedro nos dá prova concludente de que está se referindo à igreja como um todo e não a algum corpo local de cristãos - ver também 1 Pedro 1:1. A Igreja é então uma GRANDE CASA ESPIRITUAL. É o Israel de Deus e não a nação judaica que está sendo descrito aqui.

Quem é a Rocha? Não é Pedro, nem primariamente, e muito menos exclusivamente. Pedro, com a resposta que deu - Tu és o Cristo - forneceu a dica para a ilustração sobre qual rocha a igreja seria edificada. Cristo é a rocha – ver 1 Pedro 2:6—8. É exatamente porque a igreja está sendo edificada sobre Cristo, que a perpetuidade da mesma está garantida.

5 – O Ades

ᾅδου – ádou - inferno é tecnicamente o mundo invisível, correspondendo ao שְׁאוֹל - sheol hebraico, à terra dos que partiram, à morte. O apóstolo Paulo usa a expressão θάνατος - thánatos – morte, na citação que faz de Oséias 13:14 em 1 Coríntios 15:55. Em Oséias 13:14, na tradução das escrituras hebraicas para o grego – versão LXX - encontramos tanto a palavra ᾅδου – ádou - inferno como a palavra θάνατος - thánatos - morte e as duas querem dizer a mesma coisa. A expressão ᾅδου – ádou - inferno é muito comum em túmulos da Ásia Menor, o que testemunha seu uso comum na religião da Grécia antiga. Os pagãos costumavam dividir o ᾅδου – ádou - inferno em duas partes: Elisium e Tártaros. Já os Judeus, nos dias de Cristo, ver Lucas 16:19—31, o dividiam em: Seio de Abraão e Inferno, propriamente dito. No Antigo Testamento o conceito representado pela expressão “portas do ades ou portas do sheol” nunca admite nenhum outro significado que não seja a morte - θάνατος - thánatos. Assim temos que: é a morte que dá acesso, funciona como porta de passagem, à região tenebrosa - ver Jó 38:17; Salmo 9:13; 107:18; Isaías 38:10.

Aqui, em Mateus 16:18 não temos o ᾅδου – ádou – inferno, atacando a Igreja e sim a proclamação do fato de que a morte - θάνατος - thánatos, que funciona como a porta do inferno, não ter qualquer possibilidade de vencer a Igreja. O Senhor Jesus venceu a morte mediante Sua ressurreição. Sua vitória é nossa maior garantia de que nós também iremos vencer. Nunca é demais nos lembrar das palavras do próprio Senhor quando disse: “Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis; porque eu vivo, vós também vivereis – João 14:19. Esse é exatamente o argumento usado pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios15.

A Igreja está edificada sobre o messianismo do seu Senhor, e a morte - θάνατος - thánatos, que é o portão do ᾅδου – ádou – inferno, não prevalecerá contra a ἐκκλησία – ekklisía – igreja, pois não conseguirá manter prisioneiro seu Senhor e Cristo, que é o Filho do Deus Vivo. Naquele momento, esta era ainda uma verdade envolta em certo mistério, mas em breve ela seria proclamada com todas suas implicações - ver Atos 2:22—32.

A Igreja permanecerá eternamente porque Cristo irá vencer os portões do ᾅδου – ádou – inferno que são representados pela θάνατος - thánatos - a morte e retornar vitorioso dentre os mortos – ver 2 Timóteo 1:8—12 que diz: “Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos, e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho, para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia”. Como Jesus vive eternamente, Ele mesmo é o garantidor da perpetuidade da Igreja, que é Seu povo.

Conclusões acerca da exegese ou interpretação de Mateus 16:18:

• Ênfase está em “Eu digo”. É o Senhor Jesus quem fala.

• Igreja: assembléia local e congregação dispersa = povo de Deus.

• Igreja Local e Universal = grande casa espiritual.

• A rocha sobre a qual a Igreja está sendo edificada é Cristo – Efésios 2:20.

• A Igreja permanecerá para sempre. Cristo é quem garante.

• A morte não tem qualquer possibilidade de vencer a Igreja.

O plano de Deus apesar de não ter começado dinamicamente ao tempo de Mateus 16:18 estava, todavia, destinado a pleno sucesso. Nas palavras de Tiago encontradas em Atos 15:14 “...Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para seu nome”, temos o propósito de Deus para os nosso dias. Com isso concordam, plenamente, as palavras de Apocalipse 21:1—8:

1 Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

2 Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3 Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.

4 E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

5 E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.

6 Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida.

7 O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.

8 Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.

Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.

Bibliografia

Black, M., Martini, C. M., Metzger, B. M., & Wikgren. The Greek New Testament - electronic edition of the 4th edition. United Bible Societies, Stuttgart, 2005.

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