sexta-feira, 29 de abril de 2016

A GLÓRIA DE DEUS - ESTUDO 10 - AS ADVERTÊNCIAS BÍBLICAS ACERCA DA GLÓRIA DE DEUS — PARTE 001


Essa é uma série de estudos baseada no tema geral da: “GLÓRIA DE DEUS”. É um estudo bastante aprofundado do tema em si e de todas as suas implicações. É bastante conveniente que o leitor prossiga nesses estudos até o final para poder usufruir melhor do conteúdo dos mesmos. No final de cada estudo o leitor encontrará links para os outros estudos.

Introdução

A. Nessa série de estudos nós temos sido lembrados de que Deus é digno de toda a glória que nós podemos dar a Ele.

B. Nós aprendemos que Deus nos criou e nos redimiu para que pudéssemos viver para Ele e para que trouxéssemos glória ao Seu nome.

C. Vimos que é necessário fazer o que é certo — praticar a verdade: praticar a verdade em amor, fé e esperança e fazer tudo isto para a glória de Deus.

D. Neste último estudo vamos considerar algumas advertências bíblicas que estão relacionadas com a Glória de Deus.

I. O Princípio por trás das advertências: Deus é digno de toda a glória e toda a glória pertence somente a Deus.


A. Nós somos exortados a glorificar a Deus

1 Crônicas 16:23—29

Cantai ao SENHOR, todas as terras; proclamai a sua salvação, dia após dia. Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas, porque grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado, temível mais do que todos os deuses. Porque todos os deuses dos povos são ídolos; o SENHOR, porém, fez os céus. Glória e majestade estão diante dele, força e formosura, no seu santuário. Tributai ao SENHOR, ó famílias dos povos, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios; adorai o SENHOR na beleza da sua santidade.

Comentário:

1. Esses versículos explicam porque Deus deve ser glorificado. Deus deve ser glorificado por causa da Sua grandeza e das obras magníficas que Ele tem feito.

2. Quando consideramos a excelência moral de Deus, Sua perfeição infinita, a grandiosidade de Suas obras, o amor que Ele manifesta de forma prática e a extensão da Sua provisão a nosso favor devemos ser conduzidos a tributar honra, louvor, glória e majestade a Sua pessoa.

3. Nós precisamos dar ouvidos a esta exortação divina e nos dedicar à tarefa de glorificar a Deus. Ele é digno.


B. Nós somos lembrados de que toda a Glória pertence somente a Deus

Isaías 42:8.

Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.

Comentário:

1. Esse versículo nos ensina que Deus é digno de ser louvado e glorificado por causa daquilo que Ele é. Este é o significado da expressão “meu nome”. O nome de Deus, nas Escrituras, resume Seus atributos, Sua provisão amorosa, Suas promessas graciosas, Sua obra criativa bem como Sua soberana intervenção a favor do Seu povo.

2. Deus não irá permitir que a glória devida ao Seu nome seja dada a outrem. Todas as vezes que alguém dá glória a algum ídolo, essa pessoa entra em uma relação de juízo com o Deus verdadeiro.

3. Esse princípio serve como uma severa advertência a todos nós. O que é certo para nós — a verdade — é que devemos glorificar somente a Deus. Quando não fazemos isto nós estamos agradando a nós mesmos.


II. Ilustração bíblicas de falhas em se glorificar a Deus.


A. Israel falhou em adorar a Deus voltando-se para os Ídolos

Jeremias 2:11—13

Houve alguma nação que trocasse os seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia, o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o SENHOR. Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas.

Comentário:

1. Deus Se descreve a Si mesmo, nestes versículos, como a Glória de Israel. Ao escolher e abençoar o povo de Israel Deus havia feito com que eles se tornassem no que eram como nação.

2. Quando Israel se voltou para os ídolos abandonou a fonte de toda a vida e luz por aquilo que era caracterizado por morte e trevas.

3. Por causa da nossa natureza pecaminosa nós somos poderosamente atraídos àquilo que para nada nos aproveita. Nós somos grandemente atraídos por aquelas coisas que podem nos trazer gratificação instantânea.


B. Israel falhou em glorificar a Deus por negligência

Jeremias 13:11

Porque, como o cinto se apega aos lombos do homem, assim eu fiz apegar-se a mim toda a casa de Israel e toda a casa de Judá, diz o SENHOR, para me serem por povo, e nome, e louvor, e glória; mas não deram ouvidos.

Comentário:

1. Esse verso é bastante claro. Deus desejava abençoar Seu povo de tal maneira que Sua glória fosse manifestada através deles. A eles foi concedido o grande privilégio de cooperarem com Deus na consecução do Seu plano perfeito. 

2. A atitude teimosa deles fez com que perdessem o melhor daquilo que Deus tinha em mente para eles. Em vez de viverem na terra prometida gozando as bênçãos de SENHOR, eles foram deportados para a Babilônia onde viveram como escravos.

3. Essa trágica ilustração nos é apresentada como uma advertência —

Jeremias 4:22

Deveras, o meu povo está louco, já não me conhece; são filhos néscios e não inteligentes; são sábios para o mal e não sabem fazer o bem.

Nós não podemos negligenciar nosso andar com Deus, duvidar de Suas promessas e fracassar em obedecer a Seus mandamentos. Quando fazemos estas coisas nós perdemos a bênção de Deus e não conseguimos glorificar Seu nome.

C. Os Sacerdotes de Israel não viveram para a glória de Deus

Malaquias 2:1—2

Agora, ó sacerdotes, para vós outros é este mandamento. Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.

Comentário:

1. Esta terrível advertência e avaliação foi dada para aqueles de quem se esperava soubessem viver para glória de Deus.

2. No capítulo 1 do livro de Malaquias os motivos do fracasso dos sacerdotes são declarados de forma em clara.

Eles haviam desprezado o nome de Deus pela falta de reverência e de obediência a Deus — verso 6.

Eles ofereciam sacrifícios defeituosos a Deus — versos 7—8.

Eles consideravam o trabalho para Deus como canseira — verso 13.

Eles permitiam que o povo transgredisse sem confrontá-lo — verso 14.

3. Essas evidências de como não de deve viver para Deus, nos vem como uma advertência. O que será que Deus diria de nós?


D. Os crentes em Corinto falharam em glorificar a Deus

1 Coríntios 1:26—31

Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.


Comentário:

1. Os crentes em Corinto só estavam preocupados com eles mesmos. Eles haviam se dividido em várias “panelas” e cada uma queria mostrar que era mais espiritual que o outro.

2. Aqueles crentes em Corinto, como muitos de nós, haviam se esquecido de que Deus lhes havia dado tudo que eles tinham —

1 Coríntios 4:7

Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?

3. Enquanto aqueles crentes estavam olhando somente para eles mesmos, seus dons, seu testemunho, seu serviço, suas conquistas, Deus não estava sendo glorificado.

4. Esta atitude de espiritualidade autocentrada está em completa contradição com o plano e propósito de Deus. Deus deve ser glorificado e não o homem. Deus tem determinado que ninguém seja exaltado em Sua presença.

5. Nesses versículos nós temos o motivo principal que explica o porquê de tantos problemas na igreja de Corinto.

CONTINUA...

OUTROS ESTUDOS ACERCA DA GLÓRIA DE DEUS

Estudo 001 — A Glória de Deus — O Significado da Glória de Deus — Parte 1 

Estudo 001 — A Glória de Deus — O Significado da Glória de Deus — Parte 2 

Estudo 002 — A Glória de Deus — A Importância de Se Viver Para a Glória de Deus — Parte 1

Estudo 002 — A Glória de Deus — A Importância de Se Viver Para a Glória de Deus — Parte 2

Estudo 003 — A Glória de Deus — O Senhor Jesus e  a Glória de Deus — Parte 1 

Estudo 003 — A Glória de Deus — O Senhor Jesus e a Glória de Deus — Parte 2 

Estudo 004 — A Glória de Deus — A Provisão Divina Relacionada com a Glória de Deus — Parte 1

Estudo 004 — A Glória de Deus — A Provisão Divina Relacionada com a Glória de Deus — Parte 2

Estudo 005 — A Glória de Deus — As Prioridades dos Crentes a Glória de Deus — Parte 1 

Estudo 005 — A Glória de Deus — As Prioridades dos Crentes a Glória de Deus — Parte 2 

Estudo 006 — A Glória de Deus — A Vida Diária dos Crentes a Glória de Deus — Parte 1 

Estudo 006 — A Glória de Deus — A Vida Diária dos Crentes a Glória de Deus — Parte 2 

Estudo 007 — A Glória de Deus — Os Empecilhos Para Se Viver Para a Glória de Deus — Parte 1

Estudo 007 — A Glória de Deus — Os Empecilhos Para Se Viver Para a Glória de Deus — Parte 2

Estudo 008 — A Glória de Deus — A Relação entre a Glória de Deus e o Louvor — Parte 1 

Estudo 008 — A Glória de Deus — A Relação entre a Glória de Deus e o Louvor — Parte 2 

Estudo 009 — A Glória de Deus — A Relação entre Ações de Graças e a Glória de Deus — Parte 1

Estudo 009 — A Glória de Deus — A Relação entre Ações de Graças e a Glória de Deus — Parte 2

Estudo 010 — A Glória de Deus — As Advertências Bíblicas Acerca da Glória de Deus — Parte 1
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/04/a-gloria-de-deus-estudo-10-as.html

Estudo 010 — A Glória de Deus — As Advertências Bíblicas Acerca da Glória de Deus — Parte 2
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/07/a-gloria-de-deus-estudo-010-as.html

Que Deus abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis 

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quinta-feira, 28 de abril de 2016

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 010 — MATEUS — PARTE 005 - PROPÓSITO, DESTINATÁRIOS E ORIGEM - PARTE 001



Essa série pretende disponibilizar as informações mais importantes acerca de cada um dos 27 livros que compõem o Novo Testamento. Desde que lançamos nossa série de Introdução ao Antigo Testamento, muitos leitores têm nos questionando acerca de algum material semelhante com respeito ao Novo Testamento. Então, aproveitando que iniciamos uma série de estudos acerca dos manuscritos do Novo Testamento — tecnicamente chamada de “baixa crítica” — estamos usando essa oportunidade para lançar uma série que trate também do texto do Novo Testamento em si, e da interpretação geral do mesmo — “alta crítica”.

I. O EVANGELHO DE MATEUS

F. O Propósito, os Destinatários e o Lugar de Origem

1. O propósito — Quanto ao propósito do Evangelho de Mateus, nós precisamos destacar que em nenhum lugar do Evangelho nós encontramos uma afirmação inequívoca acerca do seu propósito. Caso o leitor já tenha ouvido que o propósito desse Evangelho é do tipo A ou do Tipo B e etc., precisa ser lembrado que essas afirmações são produzidas por meio da comparação de como Mateus e os outros evangelhos sinóticos tratam temas semelhantes. Os temas que encontramos em Mateus são diversos, complexos e, muitas vezes, contestados sem grandes dificuldades. Por esses motivos todas as tentativas de determinar o propósito do livro estão fadadas ao fracasso.
Isto posto, existem certas características bem marcantes em Mateus, quando comparado como os outros dois sinóticos, que devemos alistar para o conhecimento de todos:
1. Mateus não tem nenhuma preocupação em explicar usos e costumes, preceitos e termos judaicos. Exemplos disso podem ser encontrados nas seguintes passagens:

Mateus 15:2 — ver Marcos 7:1—13

Por que transgridem os teus discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando comem.

Mateus 23:5

Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas.

Mateus 23:24

Guias cegos, que coais o mosquito e engolis o camelo!

Mateus 23:27

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia!

Mateus 5:22 na Almeida Revista e Corrigida — ARC

Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.

Mateus 27:6

E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.

2. Mateus tem a tendência de adotar formulações argumentativas tipicamente rabínicas em vez de adotar formas mais diretas como encontramos no Evangelho de Marcos.

Mateus 19:3

Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar a sua mulher por qualquer motivo?

Marcos 10:2

E, aproximando-se alguns fariseus, o experimentaram, perguntando-lhe: É lícito ao marido repudiar sua mulher?

Mateus 19:9

Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério.

Marcos 10:11

E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela.

3. Mateus também apresenta uma série de afirmações que parecem apoiar a ideia da permanência e continuidade da Lei de Moisés.

Mateus 5:19

Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.

Mateus 23:3

Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem.

4. Mateus favorece as palavras de Jesus que circunscrevem suas atividades ao povo de Israel, mas não sempre.

Mateus 10:5—6

5 A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos;

6 mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel;

Mateus 15:24 — esse verso está ausente na narrativa de Marcos

Mas Jesus respondeu: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.

5. Mateus prefere usar a expressão Reino dos Céus — 30 vezes — contra Reino de Deus — apenas 4 vezes. A expressão Reino de Deus nunca aparece nos Evangelhos de Marcos e Lucas.

6. Mateus também está carregado de citações do Antigo Testamento quando coparado com os outros sinóticos.

Essas características de Mateus têm levado muitos ao conceito que Mateus escreveu seu evangelho, prioritariamente, para os judeus. Mas cremos que tal convicção se sustenta apenas se fizermos uma enorme violência aos contextos onde os textos mencionados acima aparecem, isso para não falar no contexto maior do próprio Evangelhos de Mateus que tem seu ponto central na afirmação de —

Mateus 21:43

Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado — dos judeus — e será entregue a um povo — os gentios — que lhe produza os respectivos frutos.

E cujo final é completamente universalista em seu tom —

Mateus 28:19—20

19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

Muitos outros intérpretes de Mateus preferem ver esse Evangelho como tendo o propósito específico de apresentar uma defesa da pessoa e da obra de Jesus Cristo. Certamente s narrativas da infância de Jesus tinham esse propósito contra as falsas acusações da parte de judeus despeitados. O mesmo pode ser dito acerca de certos aspectos da narrativa da ressurreição de Jesus que podem ser encontrados apenas em Mateus. Mas esses são pequenos aspectos dentro do quadro maior representado pelo Evangelho.

Para concluir podemos adotar dois comedimentos sugeridos por D. A. Carson em seu comentário acerca do Evangelho de Mateus. Ele diz:

1. Não é sábio especificar com muita precisão um motivação e propósito , pois aumenta a probabilidade de erro e de direção quando deixamos de lado evidências concretas para adotar suposições.

2. Não é sábio especificar apenas um propósito; o reducionismo não faz justiça à diversidade de temas em Mateus.[1]

CONTINUA...

OUTROS ESTUDOS ACERCA DA INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — PARTE 001 — INTRODUÇÃO GERAL AOS EVANGELHOS — ESTUDO 001

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — PARTE 002 — A FORMA LITARÁRIA DOS EVANGELHOS

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — PARTE 003 — MOTIVOS PORQUE OS EVANGELHOS FORAM ESCRITOS

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — PARTE 004 — O LUGAR OCUPADO PELOS QUATRO EVANGELHOS NO NOVO TESTAMENTO

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — PARTE 005 —  A MELHOR FORMA DE ABORDAR OS QUATRO EVANGELHOS

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 006 – INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 001

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 007 – INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 002

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 008 – INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 003

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 009 – INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 004

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 010 – INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 005

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 011 – INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 006

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 012 – INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 007

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 013 — INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 008

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 014 — INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE MATEUS — PARTE 009

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 015 — INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — MATEUS — PARTE 010 — AUTOR — PARTE 002

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 016 — INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — MATEUS — PARTE 011 — DATA DA COMPOSIÇÃO
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/introducao-ao-novo-testamento-estudo_3.html

INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 017 — INTRODUÇÃO AOS EVANGELHOS — MATEUS — PARTE 012 — IDIOMA ORIGINAL

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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[1] Carson, D. A. O Comentário de Mateus. Shedd Publicações, São Paulo, 2010.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

ENCONTROS DE PODER — 039 — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 007



Atenção esse artigo é parte de uma série onde pretendemos tratar dos alegados encontros de poder e de curas maravilhosas que nos são apresentadas todos os dias pelos pastores midiáticos. No final de cada estudo você encontrará links para outros estudos.

Continuação...

Aparentemente existia um grupo de evangelistas judeu-cristãos trabalhando na área de Colossos cuja mensagem era caracterizada por uma ênfase filosófica pouco comum e que também eram bastante competentes na arte da retórica. Ao que parece a cristandade alexandrina estava penetrando aquela região e Apolo era seu maior expoente — ver Atos 18:24 — 19:7. É possível que a pregação de Paulo, que visava resguardar os colossenses, estivesse relacionada com o tipo de especulação filosófica comum em Alexandria, que se encontrava imersa num tipo peculiarmente místico e ascético de cristandade.

Naquele contexto, como a expressão στοιχεῖαstoicheîa — rudimentos, era utilizada? Vejamos

Colossenses 2:8

Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo.

Nesse verso temos a impressão que a busca filosófica mencionada por Paulo se refere à busca do primeiro elemento ou princípio fundamental do universo físico. Os termos στοιχεῖαstoicheîa rudimentos e ἀρχῆ arché — principado haviam, nessa época, se tornado sinônimos no sentido de  princípio fundamental ou causa primeira da criação do universo. De acordo com Platão e os filósofos estoicos os elementos básicos da criação do universo eram: água, terra, ar e fogo. Já para Aristóteles o que existia eram duas bipolaridades representadas por: quente e frio, e secura e umidade. Já Demócrito foi o primeiro a reduzir tudo a átomos. Essas ideias, não eram, necessariamente, ofensivas a Paulo em si mesmas, mas tornavam-se um sério obstáculo para a fé cristã quando eram idolatradas com a solução verdadeira acerca do princípio fundamental da criação do universo, que Paulo sabia muito bem se encontrava em outro lugar. Paulo deixa sua posição bem clara ao afirmar que Cristo é anterior a qualquer principado e não apenas isso, mas é o próprio primogênito de toda a criação — ou seja, nada do que foi feito se fez senão por meio do Senhor Jesus Cristo —

Colossenses 1:15—16
15 Este é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
16 pois, nele, foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele.

João 1:3
Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.

Todos os principados existem em Cristo, por meio dEle e para Ele. Jesus existia antes de tudo o que foi criado — já que Ele é Eterno — e Ele é o Cabeça do corpo que é a igreja, o primogênito dos mortos — isto é, o primeiro ser humano a ressuscitar de modo que não pode mais morrer — e, nele reside toda a plenitude —

Colossenses 1:18
18 Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos, para em todas as coisas ter a primazia,
19 porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude

Em resumo, nós podemos afirmar, categoricamente, que Jesus é o ἄρχων — árchon — alguém que ocupa uma posição de autoridade, sobre o todo da Criação. Contra todos que desejam colocar Cristo ao lado de outros principados como apenas mais um elemento fundamental da criação do Universo, o apóstolo Paulo não poderia ser mais contundente —

Colossenses 2:10
Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade.
Cristo não é apenas o cabeça da Igreja. Ele é também o cabeça de todo principado e potestade. Cristo sozinho é o princípio criador de tudo o que existe no Universo — do próprio Universo em si.

Diante de tudo o que acabamos de falar, nós podemos concluir que o uso da expressão στοιχεῖαstoicheîa rudimentos em Colossenses 2:8 era o argumento utilizado por alguns com o objetivo de eliminar a toda suficiência de Cristo.

CONTINUA...

LISTAS DOS ESTUDOS DE ENCONTROS DE PODER

001 — Introdução =

002 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = Expressões Diversas

003 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀρχῆ — arché e ἄρχων — árchon.

004 – A linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἐξουσίαις – exousías – potestades, autoridades.

005 – A linguagem de “Poder” no Novo Testamento = δυνάμεις — dunámeis — poderes.

006 – A linguagem de “Poder” no Novo Testamento = Θρόνοι— thrónoi — tronos.

007 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = κυριοτῆς — kuriotês — domínio.

008 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ὀνόματι — onómati — nome.

009 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἄγγελοs — ággelos — anjo.

010 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = δαιμονίον — daimoníon — demônioπνεῦμα τὸ πονηρὸν — pneûma tò poniròn — espírito malignoἀγγέλους τε τοὺς μὴ τηρήσαντας τὴν ἑαυτῶν ἀρχὴν— angélous te toùs me terèsantas tèn eautôn archèn — anjos, os que não guardaram o seu estado original ou anjos caídos.

011 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀγγέλους  τῶν ἐθνῶν — angélous tôn ethnôn — anjos das nações.

012 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀγγέλους  τῶν ἐθνῶν — angélous tôn ethnôn — anjos das nações — Parte 2.

013 — A Linguagem de “Poder” no Novo Testamento = ἀγγέλους  τῶν ἐθνῶν — angélous tôn ethnôn — anjos das nações — Parte 3 — Final.

014 — A Evidência do Novo Testamento – Parte 1 — Introdução

015 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 2 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 2:6—8 — Parte 1

016 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 3 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 2:6—8 — Parte 2

017 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 3 — As Passagens Disputadas — Romanos 13:1—3

018 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 4 — As Passagens Disputadas — Romanos 8:31—39

019 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 5 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 15:24—27a — PARTE 1

020 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 6 — As Passagens Disputadas — 1 Coríntios 15:24—27a — PARTE 2

021 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 7 — As Passagens Disputadas — Colossenses 3:13—15 — PARTE 1

022 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 8 — As Passagens Disputadas — Colossenses 3:13—15 — PARTE 2

023 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 9 — As Passagens Disputadas — Efésios 1:20—23 — AS REGIÕES CELESTIAIS — PARTE 1

024 — A Evidência do Novo Testamento — Parte 10 — As Passagens Disputadas — Efésios 1:20—23 — AS REGIÕES CELESTIAIS — PARTE 2

025 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 11 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 3

026 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 12 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 4

027 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 13 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 5

028 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 14 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 6

029 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 15 — As Passagens Disputadas — EFÉSIOS 1:20—23 — PARTE 7 — A DESTRUIÇÃO DA MORTE E DE SEUS ALIADOS

030 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 16 — As Passagens Disputadas — COLOSSENSES 1:16 — A CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS POR MEIO DE E PARA O PRÓPRIO CRISTO

031 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 16 — As Passagens Disputadas — COLOSSENSES 1:16 — TENTANDO DEFINIR OS PODERES

032 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 16 — As Passagens Disputadas — COLOSSENSES 1:16 — TENTANDO DEFINIR OS PODERES —PARTE 002

033 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 17 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 001

034 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 18 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 002

035 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 19 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 003

036 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 20 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 004

037 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 21 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 005

038 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 22 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 006

039 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 23 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 007

040 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 24 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 008

041 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 25 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 009

042 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 26 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 010

043 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 27 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 011 — O PRÍNCIPE DA POTESTADE DO AR
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/encontros-de-poder-043-evidencia-do.html



044 — A Evidência do Novo Testamento — PARTE 28 — As Passagens Disputadas — OS ELEMENTOS DO UNIVERSO — PARTE 012 — AS FORÇAS ESPIRITUAIS DO MAL — PARTE 001

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis.

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Desde já agradecemos a todos.