Silas Malafaia em Vídeo no qual defende a MP 668
O artigo abaixo foi publicado
pelos site “UMA ESTRANGEIRA NO MUNDO” e apresenta uma grave denúncia contra a
aprovação de uma MP que foi aprovada pelo congresso e sancionada pela
presidenta Dilma que isenta os religiosos de todas as matizes de recolherem
Imposto de Renda sobre o todo de suas rendas. Uma verdadeira imoralidade e uma enorme injustiça contra todos os outros cidadãos dos país.
Segue o artigo:
Enquanto o Brasil discute o arco-íris do Facebook, lideranças gospel se tornam cidadãos de uma casta superior
Nesse final de semana não se fala
de outra coisa. Por conta da legalização do casamento entre homossexuais nos
EUA (coisa que já foi aprovada no Brasil há uns 4 anos), o Facebook criou um
filtro que pinta as fotos dos perfis com as cores do arco-íris (símbolo da
militância gay). Assim, muitos tingiram seus perfis e começou-se uma discussão.
Os cristãos deveriam pintar seus perfis, apoiando a causa? Quem não pintou o
perfil é homofóbico? Deveria-se pintar o perfil por uma lei dos EUA, que já
vigora no Brasil há anos? Deveria-se defender causas mais importantes, como o
fim da miséria e da fome?
E não sobraram acusações de todos
os lados.
Porém, no oculto, na surdina, por
debaixo dos panos, como é próprio daqueles que fazem algo que não é lá muito
certo, foi aprovada nesta mesma semana uma Medida Provisória que transforma
alguns brasileiros mais brasileiros que os outros.
E quem são esses brasileiros? Os
líderes religiosos, com gigantesco destaque para os líderes evangélicos, principais
– e talvez os únicos – beneficiados com a MP 668.
Mas do que trata tal MP?
Segundo sua ementa, “Altera a Lei
nº 10.865, de 30 de abril de 2004, para elevar alíquotas da Contribuição para o
PIS/PASEP- Importação e da COFINS-Importação, e dá outras providências.”
Ou seja, em tese nada a ver com
os líderes evangélicos. Porém, na parte de “outras providências”, foram
inseridas medidas de outros assuntos, que na linguagem legislativa chamam de
“jabuti”. Uma dessas medidas é a isenção de impostos para o salário dos pastores.
Segundo o jornalista Luis Nassif,
“[…] a manobra de Cunha para
agradar a bancada evangélica e líderes religiosos como R.R. Soares e Silas
Malafaia pode garantir a anulação de autuações fiscais que extrapolam R$ 300
milhões.
“Esse ‘jabuti’ – nome dado a
temas estranhos inseridos em MPs – aumenta a isenção fiscal de profissionais da
fé, ao livrar da cobrança de impostos as chamadas ‘comissões’ que líderes
religiosos ganham por arrebanhar fieis ou recolher mais dízimos”, publicou a
Folha.
Na prática, funciona assim: um
líder religioso (um pastor, por exemplo) pode receber um salário mínimo
oficialmente e continuar pagando contribuição previdenciária e imposto de renda
sobre essa remuneração. À parte, por causa de seu desempenho, ele pode receber uma
comissão – “ajuda de custo” para moradia, transporte, educação – da ordem de R$
100 mil, por exemplo, sem que esse valor seja tributado.
De acordo com o jornal, muitos
dos casos de sonegação religiosa são de pastores que se enquadram nessa
situação de receber um salário modesto e receber por fora uma comissão a título
de ajuda de custo, atrelada ao seu desempenho “em angariar fieis”.
Atualmente, essas “comissões”, na
visão da Receita Fiscal, não configuram ajuda para subsistência e, por isso, os
religiosos que não prestam contas passaram a ser atuados.
“O jabuti colocado na MP amplia o
conceito de ajuda de custo ao dizer que as condições descritas na lei atual são
‘exemplificativas’ e não ‘taxativas’. Ou seja, o dinheiro não precisa ser
exclusivamente para subsistência e pode ser vinculado ao desempenho do pastor“,
explicou a Folha. “ [grifo nosso]
Ou seja, se você é vendedor de
roupas e ganhar boas comissões por conta de suas vendas, sobre elas incidirá
Imposto de Renda. Porém, se você é um vendedor de promessas bíblicas, não
incidirá IR sobre as comissões por seu desempenho na arrecadação de dízimos e
ofertas.
Ou, em outras palavras, os
líderes religiosos, a partir de agora, são cidadãos diferenciados. Basta dizer
que os milhões são comissão pelo trabalho na igreja e está tudo bem.
Intriga sobremaneira uma MP com
esse teor, que foi transformada na Lei Ordinária 13137/2015 após a aprovação da
Presidente Dilma, passe num momento como o atual, onde passamos por grave crise
econômica, com sucessivos aumentos nas contas de consumo, inflação mascarada
mas galopante, aumento do desemprego e das taxas de juros bancários, além da
ameça de terceirização ampla e irrestrita. Quando mais o governo precisa
arrecadar para equilibrar suas contas, dá-se um tiro no pé desprezando a
(grande!) arrecadação oriunda do “salário” de líderes religiosos.
Agora é possível entender – bem
na prática! – a real função das Marchas para Jesus, por exemplo. Essas marchas
tem servido, ano após ano, para demonstrar a grande quantidade de evangélicos
fiéis cegamente às suas lideranças, e isso assusta a qualquer um. As eleições
mostram que os candidatos indicados por lideranças gospel quase sempre vencem,
graças aos votos dos cegos fiéis. A própria Rede Globo sentiu o baque este ano,
quando viu sua novela das nove Babilônia ter, num dia, menos audiência que
Malhação, por conta também do boicote organizado por líderes evangélicos.
Embora estejamos num Estado
laico, o poderio e influência dos líderes evangélicos é capaz de muitas coisas.
Até de se colocarem acima dos demais trabalhadores. Deus não faz acepção de
pessoas, mas os líderes religiosos o fazem, principalmente a seu favor.
O mais triste de tudo é que
praticamente não há, até o momento, vozes contrárias a isso. E sabe por quê? Porque
tal projeto beneficia os Malafaias, os Edir Macedos, os R. R. Soares, os
Valdemiros, os Hernandes, os Terra Novas, mas também beneficia qualquer pastor
de qualquer denominação. Inclusive os que dizem pregar um Evangelho bíblico.
Assim, embora seja uma lei
imoral, antiética, é uma lei. E já que é uma lei, vamos todos nos beneficiar
dela.
Triste, muito triste, pois prova
que, quando nos interessa, todos somos sujeitos a aderir ao “jeitinho” para nos
dar bem. Porém…
Mateus 17:24-27
“E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as dracmas?
“E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as dracmas?
Disse ele: Sim. E, entrando em
casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os
reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?
Disse-lhe Pedro: Dos alheios.
Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os filhos.
Mas, para que os não
escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e
abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por mim e por ti.” –
Lucas 20:20-26
“E, observando-o, mandaram espias, que se fingissem justos, para o apanharem nalguma palavra, e o entregarem à jurisdição e poder do presidente.
“E, observando-o, mandaram espias, que se fingissem justos, para o apanharem nalguma palavra, e o entregarem à jurisdição e poder do presidente.
E perguntaram-lhe, dizendo:
Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a
aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus.
É-nos lícito dar tributo a César
ou não?
E, entendendo ele a sua astúcia,
disse-lhes: Por que me tentais?
Mostrai-me uma moeda. De quem tem
a imagem e a inscrição? E, respondendo eles, disseram: De César.
Disse-lhes então: Dai, pois, a
César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
E não puderam apanhá-lo em
palavra alguma diante do povo; e, maravilhados da sua resposta, calaram-se.” –
Voltemos ao Evangelho puro e
simples,
O $how tem que parar!
A defesa imoral do Sr. Silas
Malafaia a toda essa maracutaia poderá ser vista por meio desse link aqui,
enquanto a mesma estiver no ar. Mas caso a mesma seja retirada do ar, quem
quiser assistir à mesma poderá nos solicitar uma cópia que já que salvamos uma cópia da mesma em
nossos servidores.
NOSSO COMENTÁRIO
1. Lamentamos profundamente que
tal maracutaia tenha sido realizada como foi dito, por baixo dos panos, e sem a
devida discussão.
2. Como pastor que vivo do meu
salário recolho regularmente parte dos meus proventos aos cofres da Receita Federal
a título de Imposto de Renda, apesar de achar engraçado que a receita considere
meu pequeno salário como renda!
3. Repudio com toda a veemência
essa imoralidade feita para privilegiar uma casta que sabe bem o valor dos
imbecis que controlam. Enquanto esses patéticos, muitas vezes, passam fome,
esses falsos mestre esbanjam o dinheiro suado dos infelizes em luxos e
imoralidades.
4. Esperamos que as igrejas,
especialmente as históricas, se manifestem abertamente contra essa maracutaia e
condenem de forma clara e inequívoca esse gesto cujo único propósito é criar
mais uma casta de privilegiados dentro do país. E assim, de privilégio em
privilégio, temos certeza que a ira de Deus apenas aumenta contra esses
manipuladores sórdidos e contra esse pobre país onde temos que viver e criar
nossos filhos.
5. Que os chamados crentes de
verdade possam se mobilizar e reagir para dar fim a essa enxurrada de
privilégios que a cada dia corroem cada vez mais a fibra moral, ou seria
imoral, de todo o povo brasileiro.
Que Deus tenha misericórdia de
todos nós.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos
leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte
link:
http://www.facebook.com/pages/O-Grande-Diálogo/193483684110775
Desde já agradecemos a
todos.