O pastor e deputado federal Marco Feliciano é um desses indivíduos que mais contribuem, de forma exaustiva, para a bizarrice no meio evangélico. Aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ver os vídeos do “pastor pião” ou do “colete ortopédico” poderão fazê-lo seguindo os links abaixo. Já dá para ter uma ideia do que estamos falando:
http://www.youtube.com/watch?v=xRNWvstH5sQ
http://www.youtube.com/watch?v=P0IhWGYbl98&NR=1
Ops. Esse vídeo não está mais disponível a pedido do interessado.
Além disso, Marco Feliciano gosta de dizer que fez seminário, que tem mestrado e inúmeros cursos de especialização na área de teologia. Bem, o bispo Macedo também alega possuir o grau de “doutor em teologia”. Até aí nada demais mesmo, porque Jesus nos disse o seguinte, em –
Mateus 7:15—20
15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.
18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
Independente de todo o conhecimento teológico e treinamento que alega possuir, esse senhor declarou o seguinte: africanos descendem de um ancestral amaldiçoado por Noé e que sobre o continente africano repousa a "maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, aids (sic)". A citação original pode ser encontrada aqui:
http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=13090
Ops. Esse vídeo também não existe mais. Por que será?
Além disso, em uma nota de esclarecimento, Marco Feliciano disse o seguinte:” Após algumas horas de uma postagem na internet: AFRICANOS DESCENDEM DE ANCESTRAL AMALDIÇOADO POR NOÉ. ISSO É FATO. O MOTIVO DA MALDIÇÃO É A POLÊMICA. NÃO SEJAM IRRESPONSAVEIS TWITTERS rsss. Fui alvo de milhares de pedradas, sapatadas, raquetadas, “twittadas”, e ainda virei matéria de mídias como UOL.” O afamado pastor deveria se informar melhor, estudar mais e refletir umas 5.000 vezes antes de enxovalhar toda uma raça, que tem sido maltratada por milênios, não porque foi amaldiçoada por Deus, mas porque pessoas doentes falam sem entender o que a Bíblia diz, de fato.
Ora esse é um erro muito comum cometido por muitos pastores: atribuir uma maldição à raça negra, baseada em uma interpretação espúria daquilo que é ensinado pelas Escrituras. Foi essa interpretação que permitiu aos ingleses primeiro, e depois aos muçulmanos, caçarem os negros na África para transformá-los em escravos nas Américas e no Pacífico. Esse foi o maior genocídio da história – a matança indiscriminada dos homens e mulheres da raça negra. Historiadores estimam que o total de mortos tenha superado o número de cem milhões de pessoas. Esse autor não tem dúvidas que muitos crentes evangélicos e muitos pastores concordam com a interpretação do “mestre” Marco Feliciano. Visando ajudar nossos leitores, esse blog gostaria de submeter as seguintes informações para a consideração de todos:
Noé Amaldiçoa a Canaã, seu neto, em vez de Amaldiçoar a Cam, seu filho – ver Gênesis 9:25. Qual é o significado desse versículo?
Porque teria Noé amaldiçoado seu neto, Canaã, em vez de amaldiçoar seu filho, Cam? Todos sabem, pela narrativa bíblica, que foi Cam, seu filho, quem cometeu a transgressão – ver Gênesis 9:22. Aqui podemos acrescentar uma segunda pergunta: Qual é o significado da expressão hebraica traduzida por “maldito”, neste contexto?
Vamos começar respondendo à segunda pergunta primeiro. A palavra “maldito” que aparece na versão de Almeida Revista e Atualizada – ARA – traduz a expressão hebraica אָרוּר – arur. Neste instante precisamos notar que: apesar de Noé ter sido mencionado a primeira vez em Gênesis 5:29 e, apesar de ter vivido uma vida justa; de ter construído a arca; de ter arregimentado sua própria família como tripulação da arca; de ter enfrentado as águas do dilúvio; de ter desembarcado da arca; de ter oferecido os primeiros holocaustos mencionados na Bíblia e de ter plantado uma vinha e se embriagado com o vinho que produziu da uvas desta mesma vinha; a Bíblia não registra nenhuma palavra proferida por Noé até este momento. Suas primeiras palavras registradas nas páginas inspiradas das Sagradas Escrituras são: אָרוּר כְּנָעַן – arur kena`an – maldito Canaã.
No Antigo Testamento nós encontramos exemplos de seres humanos proferindo “maldições” – ver, por exemplo, Josué 6:26; 9:23; Jeremias 20:14—17. Como devemos entender estes tipos de afirmações? Seriam as mesmas decretos efetivos ou algo meramente optativo, como um desejo apenas? No exato momento em que Noé profere estas palavras, ele está fazendo uma oração e desejando que Canaã seja amaldiçoado ou Canaã já se encontra debaixo de uma maldição efetiva baseada nas palavras proferidas por Noé? De que maneira devemos entender a expressão אָרוּר כְּנָעַן – arur kena`an, uma vez que é uma sentença nominal na língua original? Temos diante de nós duas possibilidades. A expressão pode significar:
• Maldito seja Canaã.
ou
• Maldito é Canaã.
Entre os judeus da Antiguidade, as maldições ou bênçãos proferidas por pai ou mãe eram levadas muito a sério e em geral as pessoas tinham a expectativa de que as mesmas se cumprissem. Para um homem da era primeva receber a bênção de seu próprio Pai, sobretudo quando este estivesse em seu leito de morte, era algo crucial. Um exemplo dramático disto é o caso de Esaú como registrado em Gênesis 27:32—38. Se para aqueles homens receber a bênção era fundamental, também não era menos importante tentar evitar receber uma maldição. Naqueles dias, os pais funcionavam como sacerdotes familiares e acreditava-se que os mesmos tinham o poder de colocar em movimento coisas boas e más que afetariam não somente os filhos diretos, mas também os seus descendentes.
Antes de tentar um pensamento conclusivo acerca do dilema que temos acima, vamos fazer mais uma consideração. De acordo com o Antigo Testamento, quando Deus profere uma maldição a mesma é sempre um decreto efetivo e não algo optativo, como um desejo – ver, por exemplo, Gênesis 3:14, 17—19 e 4:11. Diante destes fatos temos que nos perguntar: Teria a expressão אָרוּר – arur – maldito, um significado quando proferida por Deus e um outro significado quando proferida por seres humanos? A gramática hebraica é bastante complexa aqui Gênesis 9:25 e parece indicar que devemos aceitar, como a melhor interpretação, a hipótese de que a maldição proferida por Noé seja algo optativo. A inclusão do nome de Deus - אֱלֹהִים – Elohim – em Gênesis 9:27 , também sinaliza que as palavras proferidas estão sujeitas a ação de Deus e que não possuem força em si mesmas, como se fossem palavras mágicas. Mais adiante veremos como foi que a maldição concentrada na expressão que encontramos no verso 25 foi concretizada, e nossa descoberta poderá ser surpreendente para a maioria dos leitores deste artigo.
A segunda questão que temos diante de nós, tem a ver com o fato de Noé não ter amaldiçoado o seu filho Cam, e sim ao seu neto Canaã. Porque ele teria feito isso?
Em primeiro lugar temos aqueles que acreditam e ensinam que o nome de Cam foi substituído pelo de Canaã por um bando de escribas judeus que tinham sentimentos muito negativos contra aquele ramo da família dos camitas representados por Canaã – ver Gênesis 10:15—19. Nesse caso, a maldição não teria nada a ver com a coloração da pele daqueles indivíduos, já que a maioria deles era branca. Existe certa evidência documental para essa hipótese em alguns manuscritos da Septuaginta – LXX – e de algumas versões das Escrituras hebraicas para o arábico, que trazem a seguinte expressão: “Cam, pai de Canaã” no lugar da expressão “Canaã” sozinha. Outras hipóteses que também estão baseadas em disputas ao redor do texto original são:
• Existiam duas versões dessa história onde, em uma, os filhos de Noé são mencionados como sendo Sem, Cam e Jafé, e outra, onde os filhos são Sem, Canaã e Jafé. Em algum tempo, um escriba desavisado, teria “misturado” estas duas tradições criando esta confusão.
• Outros acreditam que Canaã foi o verdadeiro transgressor ou que, no mínimo, teria funcionado como cúmplice dos atos de seu pai Cam.
• Por fim, alguns acreditam que nesse texto estamos diante de um perfeito caso de justiça baseada na Lei do Talião, onde Deus promete visitar a iniquidade dos pais nos filhos.
Existem ainda outras sugestões, mas as mesmas são por demais exóticas para ocupar nosso tempo com elas.
Outra explicação que parece ser a mais provável e que, se for mesmo verdadeira, significará que Noé estava realmente amaldiçoando a Cam. Essa hipótese tem a ver com o fato de que era costumeiro entre os povos da Antiguidade atribuir-se a grandeza de um filho ao seu pai, o qual era honrado por haver educado, de maneira tão destacada aquele filho. Este aspecto cultural da Antiguidade pode ser visto nas páginas da Bíblia, por exemplo, em 1 Samuel 17:55— 58, onde Saul busca honrar ao pai de Davi procurando saber de quem Davi era filho. Saul conhecia muito bem a Davi naqueles dias, mas é bem evidente que ele não sabia quem havia educado aquele moço. Sua insistente procura visando descobrir quem era o pai de Davi, indica seu desejo de honrar a Jessé segundo os costumes sociais da época. Por semelhante modo, uma mulher poderia bendizer os seios que amamentaram uma determinada criança contribuindo com isso, para que ela atingisse a honra com a qual estava sendo reconhecida – ver Lucas 11:27.
Quando um homem abençoava, na Antiguidade, a um de seus filhos, ele estava, em realidade, abençoando a si mesmo. Isso é verdadeiro, no caso de Noé, no que diz respeito à bênção proferida sobre seus filhos Sem e Jafé. Por este mesmo critério, se Noé tivesse proferido uma maldição sobre seu filho Cam, isto seria equivalente a proferir uma maldição sobre si mesmo. Desta maneira, a melhor forma de amaldiçoar a Cam, era, realmente amaldiçoando, o filho desse, Canaã, que foi exatamente o que Noé fez. Quando no futuro alguém perguntasse quem era o pai deste tal de Canaã, todos os dedos apontariam para Cam e não para Noé.
Conforme mencionamos acima, precisamos tentar entender as implicações das palavras de Noé quando disse: “Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos – Gênesis 9:25”. A primeira coisa que devemos notar é que existe uma tendência, muitas vezes doentia, de se atribuir um castigo bastante desproporcional para aquilo que não deve ser considerado como uma ofensa tão grave. É claro que as palavras de Noé não deixam nenhuma dúvida acerca da condição de humilhação e de humildade que deveria acompanhar os descendentes de Canaã – Gênesis 9:25—27. Mas não podemos esquecer que nos dias da Nova Aliança a exaltação é proporcional à humilhação – ver Marcos 10:42—45. E mais, somos recomendados a nos humilhar e nunca nos exaltar – ver Tiago 4:5 e 10.
Quando entendemos a distribuição dos povos sobre a face da terra – ver a “Tábua das Nações” em Gênesis 10 - também podemos entender melhor o papel representado por alguns dos descendentes de Cam, que são as pessoas que possuem cor em suas peles – negros, amarelos e vermelhos – concentrados em dois grupos – negroides e mongoloides. A contribuição dos descendentes de Cam, no que diz respeito ao desenvolvimento de tecnologias é insuperável, como esperamos demonstrar mais adiante. Através desse “serviço”, de desenvolvimento tecnológico, os descendentes de Cam fizeram uma contribuição única para o desenvolvimento da civilização humana. Todas as civilizações mais representativas da Antiguidade foram fundadas e desenvolvidas, do ponto de vista técnico, por povos Camitas. Existem milhares de livros que atestam que não existe, praticamente, nenhum desenvolvimento tecnológico digno de nota, que não tenha surgido primeiro entre os descendentes de Cam. A invenção da roda pelos sumérios, um povo que costumava chamar a si próprio de “homens de cabeças negras”, é considerada até hoje, a maior invenção da humanidade, é um claro exemplo do que estamos dizendo. Que o leitor não tenha nenhuma ilusão: a roda é muito mais importante que os trecos que usamos e logo abandonamos, e que foram inventados pelo falecido Steve Jobs, da Apple. Apesar da inacreditável impressão que temos em nossos dias, não existem registros históricos que indiquem que os descendentes de Sem e de Jafé, tenha feito qualquer contribuição significativa ao desenvolvimento tecnológico fundamental da nossa civilização humana.
Existe, como dissemos acima, uma interpretação realmente doentia atribuída à frase que diz que Canaã deve “ser servo dos servos a seus irmãos”. Seja por ignorância ou por puro preconceito, muitos procuram ver nestas palavras que as pessoas que possuem cor em suas peles são inferiores e devem “servir como escravos” aos outros descendentes de Noé. O autor acredita que a ignorância é o problema básico nesta questão. Quando Noé disse que Canaã deveria ser “servo dos servos” ele não queria dizer “escravo dos escravos” e sim, que Canaã deveria ser um “servo por excelência”. O sentido é o mesmo quando dizemos: “Senhor dos Senhores, Cântico dos Cânticos ou Santo dos Santos”. Mesmo incorporada no contexto de uma “maldição”, o sentido não é de degradação e sim de excelência. A história nos mostra que os descendentes de Cam acabaram por aproveitar muito pouco das grandes descobertas que fizeram para beneficiar a humanidade e, esta parece ser a verdadeira conseqüência da maldição proferida sobre eles.
A bênção proferida sobre Sem estava atrelada à relação de aliança – entre Deus e um ramo dos descendentes de Sem – como podemos perceber pelo uso da expressão יְהוָֹה אֱלֹהֵי – ETERNO - Elohim - SENHOR Deus, que é o título típico de Deus, no que diz respeito às alianças que encontramos no Antigo Testamento. É importante notarmos, entretanto, que mediante a inspiração divina, Noé foi capaz de predizer que essa relação de aliança seria interrompida um dia, e que Jafé iria assumir as responsabilidades atribuídas à Sem – ver Gênesis 9:26—27 e comparar com Mateus 21:32—46.
Os registros históricos que possuímos atualmente são compatíveis com o fato de que coube aos descendentes de Cam desbravar e tornar habitável a terra depois do dilúvio. Ao que parece, esse fato está diretamente atrelado a um ato deliberado de Deus sobre os descendentes de Cam. Para entendermos melhor como Deus agiu com relação aos descendentes de Cam é necessário recolhermos a informação contida em -
Gênesis 11:9
Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.
Neste versículo, que é parte da história da Torre de Babel, o texto nos diz que Deus פִיצָם – piytsam – dispersou os descendentes de Cam por toda a superfície da terra. Esta expressão traduzida por “dispersou” que dizer, literalmente, espalhou ou esparramou. Todo o conteúdo deste versículo faz referência direta a um ato do próprio Deus que, de maneira forçosa e até mesmo violenta, toma em Suas próprias mãos o ato de espalhar os descendentes de Cam por sobre a superfície do nosso planeta.
A tradição judaica concorda que nem Semitas nem Jafetitas estiveram envolvidos no episódio da torre de Babel. Registros históricos nos apontam para o fato de que nenhum dos povos que descenderam de Sem e de Jafé sequer possuíam, por muito tempo, uma palavra equivalente à palavra “cidade” – ver Gênesis 9:4 onde o hebraico registra o termo עִיר – ‘yir – que procede de uma expressão antiga, que transmitia a ideia de “abrir os olhos”, como deve fazer um vigia que guarda um “lugar”. Foi esse “lugar” que chegou mais adiante a ser identificado com um acampamento ou mesmo com uma cidade. Não existem registros de que Semitas e Jafetitas tenham sido esparramados ao mesmo tempo que os Camitas, nem que tivessem nenhum tipo de inclinação para construir cidades.
Séculos mais tarde e em um ritmo bem mais lento, Jafetitas foram, gradativamente, se estabelecendo nas áreas que já haviam sido desbravadas pelos descendentes de Cam. Uma vez estabelecidos nestas áreas, os descendentes de Jafé adotaram as soluções já inventadas pelos Camitas para solucionar problemas e dificuldades da vida do dia-a-dia.
Os Semitas por sua vez ficaram concentrados naquela região – de um modo geral na região do Crescente Fértil. Isto se deveu ao fato de que eles precisavam amadurecer espiritualmente até estarem em condição de serem espalhados dentre outros povos e nações levando consigo a pura fé monoteísta. Todavia, os descendentes de Sem, representados pelos hebreus, em vez de receberem o seu Messias prometido – ver João 1:11 – preferiram rejeitá-lo. A consequência direta desse desprezo representou a remoção do reino particular que lhes pertencia. Este reino foi então entregue nas mãos dos descendentes de Jafé para que fosse devidamente administrado – ver Lucas 20:9—19 onde os judeus dos dias de Jesus entenderam esse fato e bradaram: NÃO SEJA ASSIM – verso 16. Mas foi e é assim.
O engrandecimento dos Jafetitas continua até os nossos dias tendo alcançado expressivo aumento nos últimos cinco séculos. Este aumento veio a expensas dos camitas, que eram os donos originais de, praticamente, todas as terras da Ásia, das Américas, da África e da Oceania.
Os Jafetitas são aqueles que decidiram experimentar e explorar nosso planeta de uma maneira que jamais foi sequer imaginada pelos Camitas. Esta exploração descontrolada é a maior responsável pelo estado atual em que o nosso planeta se encontra. No filme estrelado por Kevin Costner, “Dança com Lobos”, temos inúmeros exemplos das diferentes abordagens, com relação à natureza, entre Camitas e Jafetitas. Entre esses exemplos existe um que o autor gostaria de destacar. Os Camitas, representados pelos índios peles-vermelhas que eram os habitantes nativos dos Estados Unidos, costumavam matar todos os anos, uma determinada quantidade de búfalos que forneciam a carne necessária para durar até o verão do ano seguinte. Os Jafetitas, representados pelos caras-pálidas – brancos – quando surgiam no horizonte, matavam tantos búfalos quantos encontrassem pela frente, apenas para lhes retirar o couro. Os animais em si eram deixados apodrecendo nos campos. Desta maneira os descendentes de Jafé destruíam os meios de subsistência dos descendentes de Cam, contribuindo com isso, em parte, para o desaparecimento desses povos bem como daquela espécie de animal. Os índios sobreviventes foram simplesmente massacrados em outro brutal genocídio. Aqui vai a minha sugestão ao povo alemão: Construam um Memorial em Bonn para honrar a memória dos milhões de índios assassinados nos Estados Unidos da América, da mesma maneira que os Estados Unidos têm multiplicado o número dos chamados “Museus do Holocausto” praticado pelos alemães. De passagem, devemos dizer que nos tais museus do holocausto nenhuma referência é feita ao genocídio da raça negra através das práticas escravagistas, nem ao genocídio dos povos nativos da América do Norte. Apenas os judeus são “dignos” de serem considerados vítimas de um genocídio. Quanta hipocrisia!
A contribuição dos camitas para o desenvolvimento da civilização humana pode ser considerada inigualável quando, lendo as obras de historiadores, arqueólogos e antropólogos nós descobrimos que surgiram do seio dos camitas as primeiras descobertas referentes aos seguintes itens – a lista não é exaustiva. Note bem, estamos falando “das primeiras descobertas” e não de invenções definitivas.
Polias, Catapultas, Engrenagens, Correntes, Pontes Suspensas, Domos e Arcos, Cobre, Bronze, Ferro, Ferro Fundido, Aço, Vernizes, Esmaltes, Borrachas, Ouro e Prata, Carvão, Carbono, Potes e Jarros, Cimento, Lentes Variadas, Colas, Preservantes, Pregos, Serrotes, Tintas e Corantes, Brocas, Prédios, Janelas, Martelos, Aquecimento Central, Fogões, Portas, Dobradiças, Lixas, Água Encanada, Gás Encanado, Linho, Algodão, Seda, Plantas e Mapas, Lã, Tapeçaria, Agulhas, Pergaminho, Construções à Prova de Tremor, Gaze, Crochê, Fios, Corantes para Fios, Métodos de Silkscreen, Giz, Lápis, Lápis de Cera, Escrita, Roupas Feitas com Penas, Decoração, Papel, Livros, Bibliotecas, Roupas Feitas com Couro, Envelopes, Correios, Tipos Móveis, Fábulas, Sistemas de Catalogação, Enciclopédias, Aloés, Peras, Feijões, Emendas Invisíveis, Cereais Cacau, Café, Chás, Gomas de Mascar, Tabaco, Abacaxi, Pimenta Chilli, Cajus, Cáscara Sagrada, Amendoins, Mandioca, Alcachofra, Batatas, Tomates, Batata Doce, Abobrinha, Milho, Morangos, Lhamas e Alpacas, Porcos, Cavalos, Cachorros, Gatos, Venenos e Intoxicantes para a Caça, Camelos, Vacas, Carneiros, Cangas, Uso de Elefantes para Arar, Rodas Solidas, Rodas c/ aro, Compasso, Esquis, Armadilhas e Redes, Rodas Vazadas, Pontes, Canais, Remos Fixos, Uso de Animais para Caçar, Balões, Planadores, Helicópteros, Embarcações Aquáticas, Pipas, Paraquedas, Espelhos, Perucas, Uso de Pássaros para Navegar, Esmaltes para Unhas, Pentes, Tesouras, Pós Cosméticos, Veículos com Rodas, Pomadas, Escovas, Jóias, Geometria, Barcos Impermeáveis, Conceito de “zero”, Logaritmos, Trigonometria, Álgebra, Propulsão à Jato, Papel Moeda, Moedas, Preços, Pesos, Previsão do Tempo, Medidas, Salários, Bancos, Empréstimos, Regulamentos Comerciais, Contabilidade, Contratos, Anestésicos, Cocaína, Gargarejos, Pílulas, Supositórios, Loções, Sabão, Ferramentas para Trepanação, Ataduras, Torniquetes, Inaladores, Inseticidas, Linhas para Pontos Cirúrgicos, Fumegadores, Soros, Cesarianas, Quinino, Drogas para Dopar Animais, Curare, Fórceps, Mumificação, Lâmpadas, Drogas Tranqüilizantes, Vacinas, Berços, Ventiladores, Brinquedos, Camas Dobráveis, Fogões à Gás, Aquecedores, Lutas, Futebol, Palcos Móveis para Teatros, Lacrosse, Xadrez, Damas, Arcos, Panelas, Chaleiras que Apitam, Bestas, Armaduras, Gases Tóxicos, Venenos, Armas Pontiagudas, Rifles, Pólvora, Mísseis, Órgãos, Torres Incendiárias, Flautas, Trompetes, Trombetas, Harpas, Artilharia Pesada, Guarda-chuva, Óculos, Calendários, Piteiras, Óculos para a Neve, Canudinhos, Telescópio (?), Relógios, Alfinetes de Segurança, Impressões digitais.
A lista acima indica que os camitas desenvolveram estas tecnologias antes que descendentes de Jafé e de Sem o tivessem feito. Fosse através de uma civilização avançada ou não, o fato é que os camitas sempre demonstraram esta imensa habilidade de explorar os recursos disponíveis na natureza ao redor
Como podemos ver, a contribuição dos camitas para a civilização humana é realmente insuperável. É óbvio que em tempos mais recentes muitos caucasianos – brancos descendentes de Jafé – têm assumido à liderança no desenvolvimento de novas tecnologias. Mas não nos esqueçamos, nem por um instante, que muito de tudo o que é moderno e que aí está recebeu profundas colaborações de japoneses, chineses, indianos e etc.
As três raças descendentes dos filhos de Noé – Sem, Cam e Jafé – representam algo que vai muito além de meras variações genéticas dentro de certos tipos “raciais”. Existem evidências de que estes três ramos da raça humana foram, de fato, divinamente apontadas e a contribuição de cada um dos ramos é necessária para que a civilização humana se desenvolva, para o benefício de todos os seres humanos, sem exceção. Assim temos:
• A contribuição de Sem é espiritual.
• A contribuição de Cam é tecnológica.
• A contribuição de Jafé é intelectual.
Quando estudamos a história da civilização humana, nós podemos ver estes três aspectos sendo implementados nesta exata ordem.
O capítulo 9 de Gênesis termina com o registro da morte de Noé aos novecentos e cinquenta anos. Noé viveu 20 anos a mais que Adão e somente 19 anos a menos que Matusalém, que foi o homem que mais viveu de acordo com o registro bíblico.
Diante desses fatos lamentamos profundamente os comentários do senhor deputado Marco Feliciano e dublê de pastor, ao exibir toda sua ignorância quanto às raças que possuem coloração em suas peles, mas especialmente contra a raça negra concentrada no continente africano.
Essa ideia de que as pessoas que possuem cor em suas peles são inferiores foi um ensinamento fundamental também da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou Igreja Mórmon. A maioria dos jovens missionários que trafegam livremente pelas nossas ruas e avenidas, aos milhares, não sabem que um dia seus antepassados ensinaram a inferioridade da raça negra apesar de tal ensinamento ainda se encontrar registrado no Livro de Mórmon e outras obras produzidas pelas primeiras lideranças dessa falsa e pretensiosa versão da fé cristã.
Portanto, meu caro leitor, cuidado com essas pessoas que ensinam mentiras e procuram nos ludibriar com o profundo racismo que escondem por debaixo de suas próprias peles.
Que Deus ajude todos a entenderem a verdade e tratarem com respeito todas as criaturas que Deus criou para servirem de elementos de bênção na vida uns dos outros.
Alexandros Meimaridis
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