quarta-feira, 27 de setembro de 2017

PARÁBOLAS DE JESUS — SERMÃO 038A —— A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA LUCAS 15:8—10 —— PARTE 001


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Esse artigo é parte da série "Parábolas de Jesus" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará links para os outros artigos dessa série.

A Parábola da Dracma perdida

Lucas 15:8—10

8 Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?

9 E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.

10 Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

Essa breve parábola de Jesus é geralmente preterida ou até mesmo ignorada por causa de suas similaridades com a versão bem mais longa e preferida da Parábola da Ovelha perdida, que pode ser vista por meio do link abaixo:


Isso é perfeitamente entendível e como existem de fato muitas coisas duplicadas nessas parábolas não é necessário nos estendermos demais em nossa análise dessa parábola acerca da dracma perdida. Por outro lado, mesmo sendo semelhantes as mesmas não são idênticas e cada uma delas tem sua própria mensagem. A Parábola da Dracma Perdida nos apresenta informações vitais acerca do caráter de Deus. Vejamos:

I. O Tipo da Parábola

Como aconteceu com a Parábola da Ovelha Perdida essa também é uma parábola interrogativa que funciona como uma verdadeira símile[1]. A pergunta levantada é seguida por uma afirmação que descreve as consequências

II. Questões Importantes que Chamam Nossa Atenção

Existem duas questões primordiais que requerem nossa atenção nessa parábola. Elas são:

1. Qual é o significado do personagem principal da parábola ser uma mulher? A mulher funciona como sendo uma imagem de Deus? Existe qualquer implicação na parábola que tem alguma implicação para o papel da mulher em nossos dias?

2. Qual é o ensinamento da parábola? De modo especial, quanta teolgia pode ser encontrada na mesma?

III. Características Textuais da Parábola da Dracma Perdida

1. Com frequência Lucas produz narrativas envolvendo tanto homens quanto mulheres. Kenneth Bailey em sua abordagem a Lucas 15 chega a mencionar 27 exemplos[2]

2. Apesar de muitos estudiosos desconsiderarem esse fato, a verdade é que o mesmo é parte da estratégia de Lucas para sublinhar a importância das mulheres e o relacionamento de Jesus com as mesmas.

3. As perguntas que encontramos em Lucas 15:4 e 8, parecem estar sendo dirigidas a homens. Todavia, o texto nos diz, no verso 1, que publicanos, pecadores, escribas e fariseus, se aproximaram de Jesus para ouvi-lo. É óbvio que a expressão pecadores, que nesse contexto indica apenas pessoas desinteressadas na lei de Moisés, certamente deveria incluir mulheres.

4. A pergunta de Lucas 15:8 requer uma resposta afirmativa. Qualquer mulher procuraria uma moeda perdida fosse pelo seu valor intrínseco ou pelo valor sentimental. A lógica utilizada por Jesus nessa parábola se move do menor para o maior. Se a mulher de alegra em encontrar a moeda perdida, quanto mais não se alegrará Deus por um único pecador arrependido?

5. Ao encontrar a moeda a mulher chama suas amigas para celebrarem junto com ela. O mesmo deve ter sido verdade com o pastor ao encontrar a ovelha pedida. Apenas pastores poderiam avaliar na justa medida a angústia experimentada pelo pastor cuja ovelha tinha se desgarrado.

6. Como já tivemos a oportunidade de mencionar, apesar dessa parábola estar relacionada de forma muito próxima com a da ovelha perdida, ainda assim as duas não são sinônimas, e muito menos idênticas.

6. A autenticidade da Parábola da Dracma Perdida não é questionada, mas alguns estudiosos insistem em afirmar que o verso 10 é uma adição feita por Lucas. Mesmo admitindo que o versículo foi grafado por Lucas, ainda assim a passagem exige uma finalização apropriada sob o risco de não entendermos exatamente qual direção Jesus deseja indicar.

7. A diferença fundamental entre a Parábola da Ovelha Perdida e da Dracma Perdida, encontra-se na diligência demonstrada pela mulher em: ascender uma lâmpada, varrer o chão, procurar diligentemente. Enquanto isso as diferenças são óbvias: abandonar as noventa e nove ovelhas, a necessidade de carregar a ovelha perdida, a alegria experimentada por encontrar a ovelha perdida ser muito maior do que àquela relativa às outras noventa e nove. Essas diferenças cumprem um duplo propósito:

a. Elas são usada em parte para descrever o que é apropriado para a imagem que Jesus deseja transmitir.

b. Por outro lado, elas são usada para enfatizar a enorme diligência aplicada pela mulher na busca pela moeda perdida.

CONTINUA...


Outras Parábolas de Jesus Podem ser encontradas nos Links abaixo:

001 – O Sal 

002 – Os Dois Fundamentos 

003 – O Semeador

004 – O Joio e o Trigo =

005 – O Credor Incompassivo

006 — O Grão de Mostarda e o Fermento

007 — Os Meninos Brincando na Praça
008 — A Semente Germinando Secretamente

009 e 010 — O Tesouro Escondido e a Pérola de Grande Valor

011 — A Eterna Fornalha de Fogo

012 — A Parábola dos Trabalhadores na Vinha

013 — A Parábola dos Dois Irmãos

014 — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 1

014A — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 2

015 — A Parábola das Bodas —

016 — A Parábola da Figueira

017 — A Parábola do Servo Vigilante

018 — A Parábola do Ladrão

019 — A Parábola do Servo Fiel e Prudente

020 — A Parábola das Dez Virgens

021 — A Parábola dos Talentos

022 — A Parábola das Ovelhas e dos Cabritos

023 — A Parábola dos Dois Devedores

024 — A Parábola dos Pássaros e da Raposa

025 — A Parábola do Discípulo que Desejava Sepultar Seu Pai

026 — A Parábola da Mão no Arado

027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1

027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote

027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita

027D — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano

027E — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro

027F — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria

027G — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 7 — O pagamento final

027H — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor da Lei

028 — A Parábola do Rico Tolo —

029 — A Parábola do Amigo Importuno —

030 — A Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé

031 — A Parábola da Figueira Estéril

032 — A Parábola Acerca dos Primeiros Lugares

033 — A Parábola do Grande Banquete

034 — A Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro

035 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 001

036 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002

037 — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Completa
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/06/parabolas-de-jesus-sermao-037-parabola.html

038A — PARÁBOLAS DE JESUS — A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA — LUCAS 15:8—10 —— PARTE 001
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/09/parabolas-de-jesus-sermao-038a-parabola.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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[1] Símile: Comparação; figura de linguagem através da qual alguma coisa é equiparada a outra, através de termos diferentes que se unem pela palavra "como" ou por outra semelhante. Dicionário Eletrônico Dcio.

[2] Bailey, Kenneth.  Finding the Lost. Cultural Keys to Luke 15.  Concordia Scholarship Today. Concordia Publishing, St. Louis, 1992.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS — ESTUDO 016


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Codex Boemerianus do século XII com anotações entre as linhas e na margem

Essa é uma série estritamente acadêmica, mas não existe na mesma absolutamente nada que impeça a leitura por todas as pessoas. De fato, queremos incentivar que todos possam ler esses artigos e compartilhar os mesmos com todos os seus contatos, parentes e conhecidos.

ESTUDO 016 — ESCRIBAS E OS MANUSCRITOS QUE PRODUZIRAM — PARTE 008

CONTINUAÇÃO...

II. AUXÍLIOS PRA OS LEITORES DO NOVO TESTAMENTO

G. GLOSAS

Glosas são breves explicações que visam esclarecer palavras ou frases de difícil interpretação. Esse material era colocado nas margens dos manuscritos, mas algumas vezes era inserido entre as linhas do mesmo. Com isso não é difícil entendermos a facilidade com que algumas dessas glosas acabaram sendo incorporadas ao próprio texto em si.

F. ESCÓLIOS OU SCHOLIA E COMENTÁRIOS

Os escólios são anotações explicativas que tem como base o entendimento interpretativo de algum mestre. Quando uma scholia se estende para além de uma expressão ou alguma palavra, a mesma recebe então o nome de comentário. Escólios e comentários, como acontece com as glosas, encontra-se espalhados pelas margens dos textos ou entre as linhas do mesmo. Em manuscritos grafados com letras maiúsculas os escólios e os comentários são geralmente escritos em letras minúsculas. Uma única exceção é o manuscrito Zacynthius cujo texto e os escólios e comentários estão todos grafados em maiúsculas. Por outro lado, quando o texto está grafado em minúsculas, ocasionalmente, os escólios e comentários estão escritos em maiúsculas reduzidas.

G. CATENAE OU CADEIA

As catenae eram, literalmente, cadeias de comentários extraídas de outros autores eclesiásticos. A identidade ou origem do autor original era apresentada por meio de uma abreviatura no início da citação. Todavia, por falta de atenção, muitas vezes, essas marcas estão ausentes nos materiais que temos disponíveis.

H. ONOMÁSTICA

Os nomes eram considerados muito importantes especialmente no Oriente. Até hoje é uma forte tradição no meio da Igreja Ortodoxa a celebração dos aniversários onomásticos. Em certas ocasiões tais celebrações são até mais importantes do que a celebração do próprio aniversário da pessoa.

Desse modo, a onomástica é um auxílio cujo objetivo é fornecer o significado e a etimologia dos nomes próprios. Todavia, devemos deixar claro que tais interpretações são, em sua maioria, mitológicas e até mesmo fantasiosas.

I. COLOMETRIA

Chama-se de colometria à organização de qualquer manuscrito em linhas e frase correspondentes ao direcionamento do texto. A colometria foi introduzida na metrificação dos livros poéticos do Antigo Testamento, mas não demorou muito para que o uso da mesma fosse estendido para os textos com o objetivo de delimitar as frases tendo com isso, o alvo de alcançar  uma melhor compreensão do texto. Esse tipo de manuscritos foram todos produzidos depois do século IV e estão relacionados a um personagem obscuro chamado Eutalião. Ele lançou mão da forma comum utilizada nas regras adotadas pelas escolas gregas de retórica.

CONTINUA...

OUTROS ARTIGOS DE COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 001 – MATERIAL DE ESCRITA ANTIGO

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 002 – MATERIAL DE ESCRITA ANTIGO — O PAPIRO

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 003 – MATERIAL DE ESCRITA ANTIGO — O PAPIRO — FINAL

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 004 – MATERIAL DE ESCRITA ANTIGO — OS PERGAMINHOS

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 005 – MATERIAL DE ESCRITA ANTIGO — PAPEL E BARRO

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 006 – arquétipos e autógrafos — parte 001
COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 007 – ARQUÉTIPOS E AUTÓGRAFOS — PARTE 002

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 008 – ARQUÉTIPOS E AUTÓGRAFOS — PARTE 003 – FINAL

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 009 – OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 001

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 010 – OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 002

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 011 – OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 003

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 012 – OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 004

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS – PARTE 013 – OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 005

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS — PARTE 014 — OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 006

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS — PARTE 015 — OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 007

COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS — PARTE 016 — OS ESCRIBAS E OS COPISTAS E OS MANUSCRITOS QUE ELES PRODUZIRAM — PARTE 008
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Alexandros Meimaridis

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quarta-feira, 20 de setembro de 2017

APOCALIPSE — INTRODUÇÃO E AS CARTAS ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA SERMÃO - 031 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM LAODICEIA — PARTE 003


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O objetivo dessa série é apresentar os três primeiros capítulos do Livro do Apocalipse. Neles vamos encontrar uma REVELAÇÃO muito especial da pessoa de Jesus Cristo. Cremos que é disso que a Igreja dos nossos Dias precisa: Um encontro pessoal e profundo com o Senhor que diz de si mesmo: Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso. No Final de cada estudo o leitor encontrará os links para os estudos seguintes:
LIVRO DO 
Texto: Apocalipse 3:14—22
Introdução.

A. Estamos expondo a última das sete cartas que o Senhor Jesus mandou o apóstolo João escrever e encaminhar para sete igrejas localizadas na Ásia Menor. 
B. Essa última carta foi dirigida para a igreja em Laodiceia.
C. A igreja em Laodiceia se parecia e muito com a qualidade da água disponível para todas as necessidades. Tal água era morna e cheia de detritos de carbonato de cálcio o que fazia da mesma desagradável de beber, além de causar vômitos. Dessa forma era uma água imprestável.
D. De modo semelhante a igreja em Laodiceia é chamada por Jesus de uma igreja morna. A partir dessa comparação entre a água e a igreja podemos deduzir que:
1. As obras da igreja eram inúteis como também era a água da cidade.
2. O comportamento do povo em Laodiceia estava fazendo o Senhor Jesus ficar nauseado como a água morna da cidade também era capaz de fazer.
3. Em resumo, era uma igreja inútil a qual Jesus estava pronto para julgar a mesma.
E. Hoje queremos descobrir quais eram as obras dessa igreja que tanto mal causavam ao Senhor da Igreja.
F. Vejamos então o que Jesus fala acerca dessa igreja e suas obras desagradáveis.

AS OBRAS DESAGRADÁVEIS DA IGREJA EM LAODICEIA
I. AS OBRAS DESAGRADÁVEIS ERAM UM PROBLEMA — APOCALIPSE 3:17
A. Toda igreja, até mesmo nossa própria igreja tem coisas que desagradam ao Senhor. Mas o caso de Laodiceia é singular porque a mesma tinha apenas coisas que desagradavam o Senhor Jesus.
B. Vamos, então analisar cada um dos itens mencionados por Jesus no verso de Apocalipse 3:17, porque é por causa dessas coisas que a igreja era completamente inútil para o Senhor.
C. O motivo principal que fazia aquela igreja tão ofensiva para o Senhor, apesar de não ser mencionado, diretamente, era o orgulho. Ele transparece de forma clara mesmo numa leitura superficial de Apocalipse 3:17.
1. O orgulho é o primeiro entre os chamados de sete pecados capitais que são: Orgulho, Inveja, Raiva, Preguiça, Avareza, Glutonaria e Libertinagem
2. No nosso mundo contemporâneo o orgulho deixou de ser algo negativo e foi substituído por algo mais palatável como autoestima. Afinal de contas, não ter orgulho de si mesmo pode ser muito prejudicial para sua autoestima. E assim, impugnando a motivação do orgulho transformamos o vício numa virtude.
3. Mas os dicionários não nos deixam enganar de forma tão fácil, pois eles insistem em definir o orgulho como sendo:
a. O orgulho é uma presunção irracional de superioridade.
b. Uma opinião arrogante acerca da qualidade de si mesmo.
c. Entre os sinônimos de orgulho, nós podemos encontrar: presunção, arrogância, insolência, egoísmo, vaidade, altivez, soberba, jactância, obstinação, satisfação própria e egocentrismo.
4. Essa era a atitude básica do povo em Laodiceia. Como podemos ver tal atitude era mesmo muito desagradável. A mesma se manifestava de algumas formas específicas para as quais pretendemos olhar de maneira mais atenta, a seguir. 
II. O ORGULHO DOS LAODICENSES SE MANIFESTAVA EM:
A. Riqueza material ou prosperidade financeira. Eles diziam: SOU RICO! O orgulho da igreja em Laodiceia nesse contexto fazia com que os membros da Igreja pensassem que: porque eram ricos financeiramente também eram ricos espiritualmente. Essa ideia predomina também no meio da popular Teologia da Prosperidade dos nossos dias onde prosperidade financeira é confundida com prosperidade espiritual.
B. A riqueza de Laodicéia era bem conhecida. A cidade mandava cunhar suas próprias moedas. Naqueles dias, quando se falava de riqueza e da influência que a riqueza produz, logo se falava de Laodiceia. Não era incomum pessoas falecidas deixarem heranças milionárias para seus descendentes. Algumas pessoas em Laodiceia eram tão ricas ou, até mais ricas, do que até mesmo reis.
C. Mas o verdadeiro problema de Laodiceia não era a riqueza em si e sim a autossatisfação convencida que a mesma produzia. Jesus nos adverte contra essa autossatisfação baseada nas riquezas:
Lucas 12:15
Então, lhes recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.
D. Era esse convencimento que levava os crentes em Laodiceia a afirmarem: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma.
E. No ano 60 A.C um terremoto destruiu completamente a cidade. Uma nova e ainda mais esplêndida Laodiceia foi construída sem nenhuma ajuda de Roma.
F. Como a cidade foi reconstruída sem nenhuma ajuda do império, assim também os membros da Igreja em Laodiceia achavam que também não precisavam de Deus para nada.
G. A frase “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma”, revela o gigantesco orgulho que afetava a igreja em Laodiceia e faziam com seus membros ficassem completamente cegos para sua verdadeira condição.
H. A falta de conhecimento e, de intimidade com o Senhor os levou a não perceberem que não tinham nenhuma riqueza espiritual. Sem sofrerem perseguições externas como em Sardes, Esmirna e Filadélfia, e sem serem ameaçados internamente por falsos mestres e falsas doutrinas como em Éfeso, Pérgamo e Tiatira, a Igreja em Laodiceia naufragou ao estilo de vida rico e poderoso da cidade como um todo.
Na próxima mensagem iremos ver com mais detalhes a verdadeira condição espiritual em que a Igreja em Laodiceia se encontrava.  
Conclusão:

A. Entre os chamados sete pecados capitais nós vamos encontrar dois que são especialmente perigosos por causa de sua sutileza: trata-se do orgulho e da avareza.

B. O orgulho foi renomeado de autoestima e a avareza é vista como prosperidade.

C. Dessa maneira dois vícios terríveis assumiram uma nova identidade e passaram a ser vistos como desejáveis.

D. Não podemos negar que certa prosperidade é capaz de abalar até mesmo uma congregação pequena e humilde como a nossa.

1. Não é difícil começarmos a ver nossa prosperidade como verdadeira bênção de Deus. Se isso tem acontecido na sua vida, lembre-se que a bênção de Deus não deve ser esbanjada em nossos próprios prazeres, mas ser utilizada de modo sábio para socorrer os necessitados.

Tiago 4:3

Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.

2. Facilmente nos esquecemos de que Deus deseja nossos corações acima de qualquer outra coisa. Quando entregamos nossos corações — vida — a Deus então todo o resto segue.

3. É mesmo uma vergonha que pastores e outros ídolos evangélicos e católicos consigam enriquecer no “negócio de pregar o evangelho”.

E. Quando enriquecemos é muito difícil colocar Deus em primeiro lugar em nossas vidas. Mas Jesus nos adverte com as seguintes palavras:

Mateus 19:23—24

23 Então, disse Jesus a seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus.

24 E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.

Mateus 6:24

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.

F. Que essas palavras nos ajudem a corrigir qualquer desvio de rota em que porventura nos encontremos, e que o Senhor Jesus Cristo possa ocupar o lugar central em nossas vidas e em tudo o que fazemos. Que seja tudo feito para a Glória de Deus.

OUTRAS MENSAGENS ACERCA DO APOCALIPSE: INTRODUÇÃO E CARTAS ÀS SETE IGREJAS
APOCALIPSE 1:1—20 — SERMÃO 001 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DO APOCALIPSE

APOCALIPSE 1:1—20 — SERMÃO 002 — UMA VISÃO DE JESUS CRISTO — PARTE 001

APOCALIPSE 1:1—20 — SERMÃO 003 — UMA VISÃO DE JESUS CRISTO — PARTE 002

APOCALIPSE 2:1—7 — SERMÃO 004 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ÉFESO — PARTE 001

APOCALIPSE 2:1—7 — SERMÃO 005 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ÉFESO — PARTE 002

APOCALIPSE 2:8—11 — SERMÃO 006 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ESMIRNA — PARTE 001

APOCALIPSE 2:8—11 — SERMÃO 007 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ESMIRNA — PARTE 002

APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 008 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 001

APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 009 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 002

APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 010 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 003

APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 011 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 004

APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 012 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 005 FINAL

APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 013 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 001

APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 014 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 002

APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 015 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 003

APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 016 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 004

APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 017 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 005

APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 018A/B — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 006A/B

APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 019 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 001

APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 020 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 002

APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 021 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 003

APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 022 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 004

APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 023 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 005 — FINAL

Apocalipse 3:7—13 — SERMÃO 024 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 001

Apocalipse 3:7—13 — SERMÃO 025 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 002

Apocalipse 3:7—13 — SERMÃO 026 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 003

Apocalipse 3:7—13 — SERMÃO 027 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 004

Apocalipse 3:7—13 — SERMÃO 028 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 005

Apocalipse 3:14—22 — SERMÃO 029 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM LAODICEIA — PARTE 001

Apocalipse 3:14—22 — SERMÃO 030 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM LAODICEIA — PARTE 002

Apocalipse 3:14—22 — SERMÃO 031 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM LAODICEIA — PARTE 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/09/apocalipse-introducao-e-as-cartas-as.html

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Alexandros Meimaridis

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