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terça-feira, 11 de outubro de 2016

FANATISMO RELIGIOSO LEVA JOVEM À MORTE NA ÍNDIA


Aradhana Samdariya
Aradhana SamdariyaImage copyright UMA SUDHIR

O artigo abaixo foi publicado pelo site da BBC Brasil.

Morte de menina após jejum religioso de 68 dias provoca polêmica na Índia
Morte de Aradhana Samdariya reacendeu discussão sobre jejuns religiosos

A morte de uma garota de 13 anos que passou 68 dias sem comer reacendeu a discussão sobre a prática do jejum religioso na Índia.

Aradhana Samdariya ficou quase dois meses e meio ingerindo apenas água quente, seguindo uma tradição do Jainismo, uma das religiões mais antigas da Índia.

Ela morreu dois dias depois de terminar o jejum.

A polícia do país passou a investigar o caso após uma denúncia de uma organização que defende os direitos das crianças - eles afirmam que os pais de Aradhana teriam forçado a garota a fazer o jejum.

"Os pais dela, Laxmi Chand e Manshi Samdariya, estão sendo acusados de homicídio culposo (causar morte por negligência) e crueldade contra menores", afirmou um porta-voz das autoridades indianas.

Os pais de Aradhana são joalheiros ricos de Hyderabad, uma das maiores cidade da Índia, e negam terem forçado a filha a fazer o jejum.

"Ela pediu permissão para jejuar. Falamos para ela parar depois de 51 dias, mas ela não queria desistir. Foi voluntário, ninguém a forçou", disse o pai da jovem.

Mas ativistas argumentam que os pais queriam que a menina jejuasse porque "o guru da família disse a eles que, se a filha ficasse 68 dias sem comer, os negócios deles iriam prosperar".

"O país inteiro deveria se envergonhar de que uma prática como essa ainda exista. A garota foi forçada a beber só água o dia todo. Ela não podia pôr nem um sal ou um limão ou qualquer outra coisa na água", disse à BBC o ativista Achyut Rao.

Postagem no Twitter criticando a prática
Postagem no Twitter criticando a prática Image copyright Reprodução Image caption

Muitas pessoas usaram redes sociais para criticar jejum que levou a jovem à morte

Rao também criticou a família por ter feito uma procissão "para santificar" a menina durante o funeral.

"A coisa mais chocante é que a família está feliz (porque acredita) que ela foi uma das raras pessoas a serem levadas por Deus", afirmou.

Prática comum

Jejuar é uma prática comum nas religiões na Índia e especialmente entre os praticantes do Jainismo.

Outro costume da crença, também bastante criticado por ativistas, é o que eles chamam de santhara - quando uma pessoa deixa de comer e até de beber água com o objetivo de se preparar para a morte.

Especialistas dizem que o corpo humano consegue sobreviver sem comida por até dois meses.

O jejum, porém, não é exclusividade dessas religiões - muçulmanos, cristãos, hinduístas e judeus também adotam a prática em algumas datas. Mas nenhuma dessas doutrinas aprova jejuar até a inanição e morte.

Líderes jainistas continuam, porém, a defender que seus seguidores fiquem longos períodos sem comida.

"Mulheres grávidas ou aqueles que não estão bem não devem jejuar. Mas não há nada que impeça que uma criança jejue. O quanto elas devem ficar sem comida, porém, depende de sua capacidade individual", afirmou o monge Maharasa Ravinder Muniji ao site Firstpost.

O artigo original poderá ser visto por meio do seguinte link:


NOSSO COMENTÁRIO: Como já temos falado diversas vezes, RELIGIÃO É ESCRAVIDÃO. E como tal, é também, muitas vezes, assassina.

Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

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Os comentários não representam a opinião do Blog O Grande Diálogo; a responsabilidade é do autor da mensagem, sujeito à legislação brasileira.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

JOSÉ COMO TIPO DE CRISTO — ESTUDO 042 — JOSÉ, NO TEMPO CERTO FOI LIBERTADO DA PRISÃO PELO PRÓPRIO DEUS



Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a vida de José como um Tipo do Senhor Jesus Cristo. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: José como Tipo de Cristo.

042. José, no Tempo Certo Foi Libertado da Prisão

José foi rejeitado por seus irmãos e tratado de forma injusta e cruel por eles e também pelos egípcios. Mesmo sem ter cometido nenhum crime José foi lançado para dentro do cárcere. Mas o PLANO DE DEUS não era que José terminasse seus dias naquele lugar. Aquela situação de humilhação e vergonha seria mudada para uma situação de grande dignidade e glória. Um trono viria ocupar o lugar do calabouço. E agora que o tempo de Deus era chegado, não havia nada que fosse capaz de impedir os propósitos de Deus.

A mesma situação é verdadeira no que diz respeito ao nosso Senhor Jesus Cristo. O povo e os líderes de Israel podiam desprezá-lo e rejeitá-lo. Mãos de homens iníquos poderiam fazê-lo sofrer torturas indescritíveis, culminando com Sua crucificação. As forças do mal e os poderes das trevas podiam guerrear contra Jesus. Seu corpo sem vida e sua voz, definitivamente calada, poderiam ser retiradas da cruz e colocadas em um túmulo. O sepulcro poderia ser guardado por uma escolta de soldados romanos — quatro soldados — e ser selado com o selo do próprio governador Pôncio Pilatos, mas

Atos 2:24

Deus O ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela.
Isso mesmo, Deus o ressuscitou no terceiro dia. Ele ressuscitou triunfando sobre a morte, deixando os lençóis mortuários para trás, completamente vazios. Não podemos deixar passar despercebido que tudo isso foi tipificado, de forma maravilhosa na vida de José.

Gênesis 41:14

Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa e foi apresentar-se a Faraó.

Compare esse acontecimento da vida de José com esse outro da vida de Jesus:

João 20:6—9.

Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte. Então, entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu, e creu. Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos.

Deve ser bem evidente para todos nós que, se não fosse pela poderosa intervenção de Deus, José estaria condenado a sofrer, até o último dia de sua vida, na prisão. Mas Deus veio ao socorro de José. Foi Deus quem perturbou a noite de sono do Faraó. Foi Deus quem impediu que os sábios do Egito decifrassem o sonho do Faraó. Foi Deus quem fez o copeiro chefe do Faraó se lembrar dos acontecimentos ocorridos na prisão, tempos antes, que resultaram na morte do padeiro do Faraó e na restituição do copeiro à sua antiga função diante do Faraó.

O próprio José reconheceu a mão de Deus nisso tudo ao falar com seus irmãos tempos depois dizendo:

Gênesis 45:7—9
Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento. Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito. Apressai-vos, subi a meu pai e dizei-lhe: Assim manda dizer teu filho José: Deus me pôs por senhor em toda terra do Egito; desce a mim, não te demores.

Da mesma forma, Deus libertou a Jesus da prisão representada pelo túmulo.

Atos 2:24

Ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela.

Atos 2:32

A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.

Atos 10:40.

A este ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse manifesto.

OUTROS ESTUDOS ACERCA DE JOSÉ COMO TIPO DE CRISTO

Estudo 001 — José como Tipo De Cristo — Introdução

Estudo 002 — José como Tipo De Cristo — A Infância de José

Estudo 003 — José como Tipo De Cristo — Os Irmãos e Os Nomes de José

Estudo 004 — José como Tipo De Cristo — José Como Pastor dos Seus Irmãos

Estudo 005 — José com Tipo De Cristo — José Como o Filho Amado de Seu Pai

Estudo 006 — José com Tipo De Cristo — Jesus, o Filho e Deus Pai

Estudo 007 — José com Tipo De Cristo — José e a Túnica Talar de Distinção
Estudo 008 — José com Tipo De Cristo — O Ódio que os Irmãos de José Tinham Dele

Estudo 009 — José com Tipo De Cristo — José era Odiado por Causa de Suas Palavras

Estudo 010 — José com Tipo De Cristo — José Estava Destinado a Um Futuro Extraordinário

Estudo 011 — José com Tipo De Cristo — José Antecipa Sua Glória Futura

Estudos 012 e 013 — José como Tipo de Cristo — José Sofre nas Mãos de Seus Irmãos e Vai a Busca Deles a Pedido de Jacó

Estudos 014 e 015 — José como Tipo de Cristo — José Busca Fazer o Bem a Seus Irmãos, e É Enviado De Hebrom Para a Região de Siquém

Estudo 016 — José como Tipo de Cristo — José Vai Até a Região de Siquém

Estudos 017 e 018 — José como Tipo de Cristo — José se Torna um Viajante Errante Nos Campos e Campinas da Palestina

Estudos 019 — José como Tipo de Cristo — A Conspiração contra José

Estudos 020 — José como Tipo de Cristo — As palavras de José são Desacreditadas

Estudos 021 e 022 — José como Tipo de Cristo — José é Insultado e Humilhado e José é Lançado num Poço

Estudos 023 e 024 — José como Tipo de Cristo — José é Retirado Vivo do Poço e Os Irmãos de José Misturam Ódio com Hipocrisia

Estudos 025 e 026A — José como Tipo de Cristo — José é Vendido por Seus Irmãos e o Sangue de José é Derramado
Estudos 026B — José como Tipo de Cristo — O Futuro de Israel Profetizado em Gênesis 38

Estudos 027 e 028 — José se Torna um Servo — Jose se Torna Próspero

Estudos 029 — O Senhor de José Estava Muito Feliz com Ele

Estudos 030 — José Como Servo Foi Uma Bênção Para os Outros

Estudos 031 — José Era Uma  Pessoa Consagrada aos Outros

Estudos 032 — José Foi Duramente Tentado, Mas Resistiu à Tentação

Estudos 033 — José Foi Acusado Falsamente

Estudos 034 — José Não Tentou Se Defender das Falsas Acusações

Estudos 035 — José Sofreu nas Mãos dos Gentios

Estudo 036 e 37 — José Ganha o Reconhecimento do Carcereiro e José Foi Numerado com outros Transgressores.

Estudo 038 — José Como Instrumento de Bênção e de Condenação.

Estudo 039 — José Dá Evidências De Seu Conhecimento Quanto Ao Futuro.

Estudo 040 — As Predições de Jose se Tornam Realidades.

Estudo 041A — José Gostaria de Ser Lembrado

Estudo 041B — José Gostaria de Ser Lembrado

Estudo 042 — José Foi Libertado na Hora Certa

Estudo 043 — José Como Revelador dos Mistérios de Deus

Estudo 044 — José Faz Advertências Contra o Perigo Futuro

Estudo 045 — José Se Revela como Maravilhoso Conselheiro

Alexandros Meimaridis

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segunda-feira, 22 de junho de 2015

GÊNESIS - ESTUDO 032 - A HISTÓRIA DE NOÉ A DA ARCA


Visitantes da versão moderna da arca de Noé na Holanda
Este estudo é parte de uma Análise do Livro do Gênesis. Nosso interesse é ajudar todos os leitores a apreciarem a rica herança que temos nas páginas da História Primeva da Humanidade. No final de cada estudo o leitor encontrará direções para outras partes desse estudo. 
O Livro do Gênesis
O Princípio de Todas as Coisas

No princípio, Deus criou os céus ea terra        
        Eretz ha ve-et Hashamaim et Elohim Bará Bereshit
        Terra   a  e       céus       os   Deus     criou   princípio No
                                                                                   Gênesis 1:1
IX. A História de Noé.

A. A Bíblia nos diz que “Noé achou graça diante do SENHOR — Gênesis 6:8”. Isto quer dizer que Noé e sua família eram as únicas exceções diante de toda aquela calamitosa situação. E por esse motivo, Noé acabou por encontrar “favor ou aceitação” diante de Deus. É muito importante notarmos como Noé é caracterizado no texto de Gênesis 6:9. Esse versículo nos diz que Noé:

B. Noé era אִישׁ צַדִּיק ish tsaddik — homem justo — Essa expressão é muito rica e indica que Noé era um homem justo e correto. Tal correção e justiça podiam ser vistas na prática da administração do interesse público, na defesa da causa de qualquer pessoa e na conduta e no caráter de forma geral.

C. Noé era também תָּמִים tamiim – íntegro ou alguém que andava de forma consistente com a verdade e os fatos. Noé era um homem correto em meio a toda uma geração de pessoas de mente e práticas distorcidas. Noé tinha por princípio nunca se distanciar da verdade.

D. O resumo deste tipo de vida de correção e integridade é descrito como: אֱלֹהִים הִתְהַלֶּךְ־נֹחַ Elohim hitehalleke NoahNoé andava com Deus. Noé não era apenas justo em sua conduta. Ele era também um homem santo que mantinha comunhão constante com Deus. Esse andar com Deus praticado por Noé é do mesmo tipo daquele que encontramos referente à Enoque – ver Gênesis 5:22.

Quando Noé tinha pelo menos 500 anos ele gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé — ver Gênesis 5:32 e 6:10.

1. Deus Anuncia a Destruição dos Seres Humanos.

Gênesis 6:13

12 Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra.

13 Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra.

A maior prova de que Noé andava com Deus e que havia encontrado favor e aceitação diante de dEle, nos vem do fato de que Deus falou com Noé diretamente. Esta é uma prática reconhecida como uma verdadeira norma no Antigo Testamento —
Amós 3:7

Certamente, o SENHOR Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.

Note que Deus diz a Noé tanto o que Ele havia observado — a terra está cheia da violência dos homens — quanto o que Ele havia decidido fazer — eis que os farei perecer juntamente com a terra. Deus estava disposto a dar cabo de todas as criaturas que viviam sobre a terra. Somente os seres aquáticos seriam poupados. Note que a terra estava cheia da violência dos homens. Essa violência era caracterizada por “dano, crueldade e injustiça”. A terra ou porção seca, que havia sido chamada à existência do meio das águas que cobriam toda a superfície do planeta, e que havia permitido a criação e o estabelecimento do homem e de todas as outras criaturas terrestres, estava agora irremediavelmente condenada a ser novamente submergida para causar a destruição dos homens que afrontavam o Deus Eterno —

2 Pedro 3:5—6

5 Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus,

6 pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água.

Nossas palavras em Gênesis 6:12—13 “corrupção” — v. 12 — e “perecer” — v. 13 — são traduções de uma e mesma expressão hebraica: שָׁחָת shahat. Isto indica que a corrupção é sinônima de perecimento. Diante disso, o Deus Eterno, resolve levar a corrupção humana às últimas consequências.

2. Deus Manda Noé Construir a Arca e Promete Fazer uma Aliança com ele – Gênesis – 6:14—22.

Antes de qualquer coisa, eu preciso começar dizendo que, em muitos assuntos a narrativa bíblica é sucinta e discreta, bem distinta de outras narrativas que alguns pretendem fazer competir com a aquela que encontramos nas Escrituras. Por esse motivo, não iremos especular de forma absurda, mas, quando necessário, faremos sim algum tipo de especulação que seja razoável. Por outro lado também queremos deixar claro que existem muitas afirmações dogmáticas, feitas por pessoas que não conhecem e pior, que não entendem a narrativa bíblica. Entre essas afirmações as mais comuns são: 1) A arca é apenas uma lenda; 2) Os animais não caberiam dentro da arca. Bem, nós pretendemos mostrar que, na maioria desses casos, quem faz tal tipo de afirmação não conhece o suficiente nem da Bíblia nem de zoologia. Mas nosso propósito é ajudar a todos e esperamos que esse material possa contribuir para um debate, sempre mais amplo, especialmente também entre os próprios evangélicos que, muitas vezes, demonstram desconhecer, de forma absoluta, toda essa questão.

a. A Arca de Noé — Detalhes Técnicos contidos na Bíblia Gênesis 6:14—22

14 Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora.

15 Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinquenta, a largura; e a altura, de trinta.

16 Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro.

17 Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá.

18 Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos.

19 De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo.

20 Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida.

21 Leva contigo de tudo o que se come, ajunta-o contigo; ser-te-á para alimento, a ti e a eles.

22 Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara.

b. A arca foi uma embarcação construída sob a orientação de Deus, e que foi destinada a salvar Noé e sua família da destruição que iria se abater sobre a raça humana, por meio das águas do dilúvio. As mesmas águas que iriam dar um fim à toda aquela situação, de absoluta corrupção em que se encontravam os seres humanos naqueles dias, seriam o meio pelo qual, mediante a arca, Noé e os seus seriam salvos —

1 Pedro 3:20

Os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água.

c. O que representava a perdição de uns, representava a salvação para outros. A arca nos revela tanto a misericórdia — bondade — quanto o julgamento — a severidade — de Deus —

Romanos 11:22

Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado.

d. O julgamento de Deus pode ser visto na destruição dos perversos, ao passo que Sua misericórdia pode ser vista na preservação de Noé e, por meio dele, na preservação da raça humana e dos animais criados. O mesmo é verdadeiro com respeito à palavra acerca da cruz do Senhor Jesus que é, para nós, prova do poder de Deus, mas para os que se perdem não passa de loucura —

1 Coríntios 1:18—29

18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.

19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos.

20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?

21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação.

22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria;

23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;

24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.

25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.

26 Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento;

27 pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;

28 e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;

29 a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.

e. Também podemos notar, no texto de Gênesis, que Noé não era nem um dos נְּפִלִיםnefiliym gigantes, nem pertencia à classe dos גִּבֹּרִים guibboriym valentes. Mas foi exatamente esse homem, Noé, que Deus escolheu para humilhar os grandes e os poderosos. Juntamente com Noé e toda sua família, Deus também salvou os animais por meio das águas do dilúvio.

f. A arca, segundo as instruções fornecidas por Deus a Noé, media 150 metros de cumprimento por 25 metros de largura e 15 metros de altura aproximadamente, se utilizarmos um côvado[1] médio de 50 cm —

Gênesis 6:15

Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinquenta, a largura; e a altura, de trinta.

g. Em termos modernos, calcula-se que a arca possuía uma capacidade de deslocamento da ordem de 43.500 toneladas. Assim construída, a arca era um barco extremamente estável e perfeitamente habilitado para flutuar. Não havia necessidade de transportá-la para colocá-la na água, porque as águas viriam até onde ela estava. A madeira que Deus ordenou Noé utilizar para construir a arca é chamada, no original, de גֹפֶר gofer — e é traduzida por “cipreste”. Todavia devemos deixar bem claro que esta a palavra גֹפֶר gofer, no hebraico, representa um tipo de madeira desconhecida, porque o sentido desta expressão é desconhecido. O material usado para calafetar a arca foi o betume, que foi aplicado tanto por dentro quanto por fora —

Gênesis 6:14

Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora.

h. A iluminação e a ventilação interna estavam garantidas pela construção — aparentemente no alto — de uma estrutura vazada que circundava todo o perímetro da arca —

Gênesis 6:16

Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro.
i. Essa estrutura vazada tinha a largura de 1 Côvado ou 50 cm aproximadamente. A arca possuía apenas uma porta lateral e tinha três andares — ver Gênesis 6:16 acima. Certamente para construí-la era necessária enorme habilidade de carpintaria. Mas, como acontece com todos os mandamentos de Deus, juntamente com os mandamentos, o Senhor sempre supre a capacidade para que possamos obedecê-los.

j. A maioria das pessoas não sabe o que é um navio capaz de deslocar 43.500 toneladas. Assim, para ajudar todos a entender a Arca que Noé construiu e como ela era bem diferente de outras narrativas antigas, que descrevem uma arca e também o próprio dilúvio oferecemos algumas fotos de uma reconstrução moderna da Arca e uma imagem de uma arca “concorrente” citada no Épico de Gilgamesh da Babilônia:

2. A arca de Noé numa réplica moderna seguindo os parâmetros fornecidos pela Bíblia:

Ver fotos no seguinte artigo:


Modelo da Arca do Épico de Gilgamesh — Um cubo de 72 metros, algo que, convenhamos, era muito instável e impróprio para a navegação.  Ver desenho no mesmo artigo acima:

OUTROS ARTIGOS ACERCA DO LIVRO DE GÊNESIS

001 — Introdução e Esboço

002 — Introdução ao Gênesis — Parte 2 — Teorias Acerca da Criação

003 — Introdução ao Gênesis — Parte 3 — A História Primeva e Sua Natureza

004 — Introdução ao Gênesis — Parte 4 — A Preparação para a Vida Na Terra

005 — Introdução ao Gênesis — Parte 5 — A Criação da Vida

006 — Introdução ao Gênesis — Parte 6 — O DEUS CRIADOR

007 — Introdução ao Gênesis — Parte 7 — OS NOMES DO DEUS CRIADOR, OS CÉUS E A TERRA

008 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 1 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 1

009 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 8A – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 2

010 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus - Parte 9 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Segundo e o Terceiro Dia

011 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 10 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quarto Dia

012 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 11 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quinto Dia

013 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 1

013A — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12A — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 2

014 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 13 — Teorias Evolutivas

015 — Estudo de Gênesis — Gênesis 2 — Parte 14 — GÊNESIS 2A

016 — Estudo de Gênesis — Gênesis 2 — Parte 15 — GÊNESIS 2B

017 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 16 — GÊNESIS 3A

018 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 17 — GÊNESIS 3B

019 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 18 — GÊNESIS 3C

020 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — O Livre Arbítrio — Parte 19

021 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — O Dois Adãos — Parte 20

022 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — A Era Pré-Patriarcal e a Mulher de Caim — Parte 21

023 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, O Primeiro Construtor de Uma Cidade — Parte 22

024 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, Como Assassino e Fugitivo da Presença de Deus — Parte 23

025 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, Como Primeiro Construtor de uma Cidade e Pseudo-Salvador da Humanidade — Parte 24

026 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — A Conclusão Acerca de Caim — Parte 25

027 — Estudo de Gênesis — Gênesis 5 — Sete e outros Patriarcas Antediluvianos — Parte 26

028 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Perversidade Humana, Os Filhos de Deus e as Filhas dos Homens— Parte 27A

029 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — OS Nefilim e os Guiborim — Os Gigantes e os Valentes — Parte 27B

030 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Maldade do Coração Humano— Parte 27C.

031 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Corrupção Humana Sobre a Face da Terra e Deus Pode se Arrepender? — Parte 27D.

032 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 28A.

033 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 28B.

034 — Estudo de Gênesis — Gênesis 7 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 29 — O Dilúvio Foi Global Ou Local?

035 — Estudo de Gênesis — Gênesis 8 — A promessa que Deus Fez a Noé e seus descendentes — Parte 30 — Nunca Mais Destruirei a Terra Pela Água

036 — Estudo de Gênesis —  O Valor Perene do Dilúvio para todas as Gerações — PARTE 001

037 — Estudo de Gênesis — O Valor Perene do Dilúvio para todas as Gerações — PARTE 002

038 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 001

039 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 002

040 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 003

041 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 004 — A NATUREZA DA ALIANÇA ENTRE DEUS E NOÉ

042 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 005 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 001

043 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 006 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 002 — OS NEGROS SÃO AMALDIÇOADOS?

044 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 007 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 003 — A CONTRIBUIÇÃO DOS FILHOS DE NOÉ PARA A HUMANIDADE

045 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 001 — OS DESCENDENTES DE JAFÉ
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/genesis-estudo-045-tabua-das-nacoes.html
Alexandros Meimaridis

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[1] Côvado era uma medida da Antiguidade que estava baseada na distância que vai do cotovelo até a ponta do dedo médio de uma pessoa e que variava entre 45cm a 55cm por côvado.