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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 016 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DO CRENTE — PARTE 004



ESSA É UMA SÉRIE DE ESTUDOS QUE VISA ABORDAR DA MANEIRA COMO CONSIDERAMOS APROPRIADA A IMPORTANTE QUESTÃO RELATIVA À RESSURREIÇÃO DE CRISTO. TOMANDO COMO BASE AS OBRAS DE GEERHARDUS VOS E HERMAN RIDDERBOS. NOSSA INTENÇÃO É MOSTRAR A CENTRALIDADE DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO NA TEOLOGIA PAULINA.

A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DO CRENTE

Os versículos que vimos na parte anterior enfatizavam a conexão orgânica entre a ressurreição de Jesus e a ressurreição futura, corporal, dos crentes. Mas concluir que o significado salvífico se resume à ressurreição futura dos crentes, é apreciar apenas parte da verdade ensinada pelo Novo Testamento. Para resolver isso, é necessário apreciarmos as referências, nas quais o apóstolo Paulo menciona o fato que os crentes já foram ressuscitados com Cristo, agora no tempo presente. Essa verdade é apresentada de forma mais incisiva nas seguintes passagens:

Romanos 6:3—5

3  Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte?

4  Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

5  Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,

O final do verso 4 de Romanos 6 acima nos apresenta, pela primeira vez, uma importante implicação positiva da premissa fundamental de Paulo quanto à ressurreição passada do crente. Falar apenas que morremos e que fomos sepultados com Cristo não reflete, de modo apropriado, tudo o que Jesus fez a nosso favor. Como cristãos estamos unidos a Cristo e, como tais, devemos entender que a ressurreição de Jesus também representa que nós mesmos fomos ressuscitados para uma nova vida, na qual devemos andar de agora em diante.

Podemos então resumir o argumento de Paulo da seguinte maneira:

1. Como Cristo morreu para o pecado, então nós os crentes pela força da nossa vinculação com Ele, também estamos mortos para o pecado.

2. Por outro lado, como Cristo também ressuscitou dentre os mortos, assim também os crente pela virtude da união que têm com Cristo também foram ressuscitados dentre os mortos.

3. Os crentes então, tendo sido ressuscitados juntamente com Cristo devem viver em plena novidade de vida: mortos para o pecado, mas vivos para Deus. Vamos falar mais acerca disso agora.

Viver em novidade de vida se opõe diretamente ao ato de permanecer no pecado mencionado no verso 1. Também expressa de maneira mais objetiva o significado de termos sido ressuscitados com Cristo. Andar em novidade de vida faz parte do chamado original do próprio Cristo para adotarmos uma reforma radical nos costumes em nossas vidas. Estar ressuscitado com Cristo implica estar completamente libertado tanto da escravidão quanto da prática do pecado. Andar em novidade de vida não é apenas um conceito teológico sem valor prático. Pelo contrário, é um conceito prático de vida com valor teológico.

Quando Paulo fala de vida, ele está usando esse termo em seu sentido soteriológico — relacionado à salvação — absoluto. E a salvação não é algo etéreo ou vazio, mas algo concreto e experimental. Essa é exatamente a vida que Jesus vive agora diante de Deus conforme —

Romanos 6:9—10

9 Sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele.

10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

O verso 5 de Romanos 6 explica o vínculo que existe entre a ressurreição de Cristo e o andar em novidade de vida dos crentes. O verso afirma o seguinte:

Romanos 6:5

Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,

Estar unido a Cristo é o mesmo que estar unido na semelhança da Sua morte. Se tal união nos identifica com Cristo em sua morte, então, certamente, ela irá também nos identificar com Cristo em Sua ressurreição.

Nossa união com Cristo é o elemento básico e estruturante de todas essas verdades. Ainda que a linguagem em Romanos seja diferente daquela usada em Efésios 2:6 e Colossenses 2:12, a verdade básica permanece em todas elas: o crente foi ressuscitado com Cristo:

Efésios 2:6

E, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.

Colossenses 2:12

Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.

Termos sido ressuscitado à semelhança de Cristo é algo que tem suas próprias implicação. Vejamos:

1. Os crentes estão mortos para o pecado e isso deve ser parte da experiência vital dos mesmos:

Romanos 6:2

Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

2. Nessa mesma linha de pensamento a ressurreição dos crentes anda junta com a morte deles em Cristo, algo que também é experimental e vital em suas vidas:

Romanos 6:4

Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

3. Mas essas realidades não podem ser confundidas com uma paridade de 100% entre Cristo e os cristãos. Existem diferenças e, por esse motivo, chama nossa identificação com Cristo como sendo em semelhança:

Romanos 6:5

Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,

Mas mesmo sendo em semelhança toda essa realidade é experimental e vital para os crentes.
CONTINUA...

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A RESSURREIÇÃO DE CRISTO DENTRE OS MORTOS NA TEOLOGIA DE PAULO — PARTE 016 — A RESSURREIÇÃO DE CRISTO E A RESSURREIÇÃO PASSADA DOS CRENTES — PARTE 004
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/09/a-ressurreicao-de-cristo-dentre-os.html

Que Deus Abençoe a Todos.

Alexandros Meimaridis

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quinta-feira, 27 de julho de 2017

A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO E NO PLANO ETERNO DE DEUS – ESTUDO 024 — A PREDESTINAÇÃO DIVINA


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NESSA SÉRIE NÓS ESTAMOS TRATANDO DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA: 1) A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS. CONVIDAMOS TODOS OS NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM A MESMA COM TODOS OS SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODERÃO SER ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CADA ESTUDO.
CONTINUAÇÃO

Efésios 1:4—5 — Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor.
e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.


1. A pré-ordenação da parte de Deus. Dessa maneira nosso chamamento é sempre um chamamento válido e garantido, pois somos convidados ou chamados ou eleitos de acordo com a pré-ordenação de Deus que decidiu derramar suas benções sobre quaisquer pessoas, movido exclusivamente por Sua própria vontade —

1 Pedro 1:1—2

1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,

2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.

Isto tudo, deve deixar bem claro, o fato de que o chamamento dos gentios, para pertencer à igreja, que é o corpo do Senhor Jesus, não é algo acidental ou secundário. Muito pelo contrário. O chamamento dos gentios para pertencerem ao povo de Deus é algo que foi decidido quando Deus estava, na eternidade passada, elaborando todo o esquema da salvação através do Senhor Jesus. É assim que nosso chamamento está conectado com a pré-ordenação de Deus a nosso respeito.

2. Nossa conformação à imagem do Seu filho, o Senhor Jesus Cristo. Quando somos alcançados pelo Evangelho, nós somos convidados a compartilhar a mesma glória experimentada pelo Senhor Jesus —

2 Tessalonicenses 2:13—14

13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,

14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

Supondo exatamente o que está sendo suposto pelo apóstolo Paulo, que é o fato de que amamos a Deus, então podemos estar certos de que nosso chamamento certamente resultará na nossa glorificação como filhos de Deus à semelhança do Senhor Jesus. É por esse motivo que o nosso chamamento prova o ponto que diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, mesmo no tempo presente. Todas essas coisas provam que estamos verdadeiramente destinados à glória futura. O conhecimento, a predestinação, o chamamento e a justificação só fazem sentido se o objetivo final for alcançado. E este objetivo final é a glorificação. Mas essa glorificação se concretiza em sermos conformados à imagem do Seu Filho Jesus!!

Jesus é o primogênito da nova criação entre muitos irmãos. Assim, Ele é chamado de cabeça do corpo que é a igreja! Ele é a cabeça do corpo composto por todos os redimidos. Jesus foi o primeiro ser humano a experimentar a ressurreição, algo que representa o surgir para uma nova e definitiva vida, distinta e, em certa medida, oposta à existência terrestre. As pessoas que foram ressuscitadas por Jesus não experimentaram a ressurreição como Jesus. Todas as pessoas que Jesus ressuscitou tornaram a morrer. Jesus, ao contrário, ao experimentar a ressurreição, venceu a morte e foi levantado para experimentar um estado de glória eterna. É neste mesmo propósito que o Senhor nos promete:

João 14:19

Porque eu vivo, vós também vivereis.

Para a adoção de filhos por meio de Jesus Cristo — A adoção de filhos, que recebemos da parte de Deus, não se trata apenas de dizer a mesma coisa com outras palavras como alguns querem fazer parecer, quando ensinam que as doutrinas da eleição, da predestinação e da adoção são “tudo a mesma coisa”. Não é esse o caso. Como vimos eleição e predestinação são doutrinas bastante distintas e o mesmo sucede com a nossa adoção como filhos de Deus.

A palavra grega υἱοθεσίαν uiothesían que é traduzida por “adoção” nunca é usada em referência ao Senhor Jesus, pois Ele é o “Filho Unigênito” — único filho gerado — de Deus. No nosso caso, pela graça de Deus, somos adotados na família de Deus quando Deus nos concede Seu Espírito Santo —

Romanos 8:15

Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.

No Evangelho de João nós encontramos um excelente comentário acerca da nossa adoção para nos tornarmos membros da família de Deus. Estamos nos referindo a —

João 1:12

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.

Vamos analisar esse versículo para entendermos melhor o que significa sermos adotados na família de Deus mediante a concessão do Seu Espírito Santo.

Mas, a todos quantos o receberam — Temos sempre que nos lembrar que João escreveu seu Evangelho por volta do ano 90 da Era Cristã. Isso quer dizer que ele escreveu o Evangelho que leva seu nome cerca de 60 anos depois dos eventos terem transcorrido. Quase podemos ver o apóstolo João constatar a triste realidade acerca de que, mesmo depois de sessenta anos, a vasta maioria das pessoas, incluindo judeus, havia preferido ignorar o Senhor Jesus e Sua obra de salvação —

João 1:10—11

10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.

11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

A grande massa das pessoas em geral e os escribas[1] e fariseus[2] e as castas sacerdotais, concentradas entre os saduceus[3] em particular, haviam frontalmente rejeitado o Senhor Jesus. Independente dessa constatação, João também declara que outras pessoas, poucas é verdade, receberam ou aceitaram o Senhor Jesus. Receber a Jesus significa simplesmente crer em Jesus como fica claramente demonstrado pela parte final de João 1:12. Crer em alguém ou no nome de alguém, neste contexto, significa que confiamos naquela pessoa e no nome que a representa. O nome de alguém expressa a totalidade do ser a quem esse mesmo nome está atribuído. Quando falamos em “crer em Jesus” estamos fazendo uma referência direta à crer em Sua pessoa e na obra de salvação realizada por Ele. A estes que creram em Jesus o próprio Jesus... 

Deu-lhes o poder — Isso quer dizer que recebemos, da parte do Senhor Jesus, o direito ou privilégio de, pela manifestação do Seu poder em nossas vidas, nos tornarmos em algo que não éramos naturalmente. Como o apóstolo Paulo afirma “éramos por natureza filhos da ira como também os demais” — ver Efésios 2:3 —, mas agora fomos feitos, via adoção, em filhos de Deus!

De serem feitos filhos de Deus — Somos chamados de “filhos de Deus” por que:

1. O Pai nos adotou — ver 1 João 3:1.

2. Somos semelhantes ao Senhor Jesus, pois temos o mesmo Espírito Santo habitando em nós – Romanos 8:15.

3. Estamos intimamente relacionados ao Senhor Jesus como verdadeiros irmãos — ver Mateus 25:40 — ao ponto de que a maneira como o mundo nos trata equivaler, realmente, à forma como o mundo trata o Senhor Jesus! Dessa maneira, somos verdadeiramente “filhos do Deus Todo-Poderoso”. 

A saber, aos que creem no seu nome — Crer no nome de Jesus é o mesmo que crer em Sua pessoa —

João 2:23

Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome.

João 3:18

Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

1 João 5:13

Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.

Esse verso de João 1:12 nos ensina que:

1. Ser um filho de Deus é um grande privilégio que vai muito além de qualquer paternidade humana. Ser filho de Deus distingue o cristão com uma honra que é a mais elevada entre todas as possíveis.

2. É Deus mesmo quem nos concede esse privilégio. Não é fruto de qualquer mérito da nossa parte. É fruto da decisão de Deus derramar esta bênção sobre nós —

Efésios 2:8—9

8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;

9 não de obras, para que ninguém se glorie.

João 15:16

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
3. Esta bênção é concedida somente àqueles que “creem no Seu nome”. Todos os outros são filhos do Diabo — por assemelhação — e ninguém que não possui exclusiva confiança em Deus concernente a questões do espírito e da vida comum sobre a terra pode ser considerado genuíno filho de Deus. As pessoas sem Deus gostam de se considerar “filhos de Deus”, mas o fato é que Deus não reconhece como filhos aqueles que de forma sistemática e desafiadora não confiam em Deus, aqueles que duvidam e negam o que Deus tem falado bem como aqueles que desprezam o caráter santo de Deus e insistem em ignorar o Senhor Jesus e Sua obra salvadora.

A nossa adoção como filhos de Deus é então a maior demonstração de amor que o Pai pode nos dar. Capítulos inteiros do Novo Testamento, tais como Romanos 8 e Gálatas 4 são dedicados a esse tema — ver especialmente Romanos 8:12—17 e Gálatas 4:6—7. Para o apóstolo João não existe nada mais elevado — ver 1 João 3:1. No mundo em que vivemos as pessoas estão buscando honra e glória e temos um interesse apaixonado por “grandes” homens e mulheres. Mas a grandeza e elevação neste mundo é sempre decadente e transitória. O Senhor Jesus comparou aqueles que são admirados e aplaudidos neste mundo como pessoas que já receberam seu galardão — ver Mateus 6:5. A história do rico e Lázaro e a parábola do homem rico e imprudente com relação a Deus, contadas por Jesus, desnudam de maneira abrupta a realidade que espera aqueles que entesouram para si mesmos e não são ricos para com Deus — ver Lucas 16:19—31 e 12:20— 21. Note que o rico tinha tudo nessa vida — comida, bebida, roupas finas, posição e honra. Lázaro por sua vez era mendigo, estava cheio de chagas e tinha que disputar com os cachorros as sobras dos banquetes que o homem rico dava diariamente. Jesus nos diz que os dois homens partiram desta vida e aquele que era rico, nesta vida, viu-se em um lugar de tormento sem possibilidade de ser consolado. Lázaro, por sua vez, se encontrava plenamente consolado. O mundo em que vivemos não sabe absolutamente nada acerca de verdadeira honra e da verdadeira riqueza! Não entende e não demonstra nenhuma apreciação por essas realidades. Se dissermos a uma pessoa desse mundo que ele pode se tornar em um verdadeiro filho de Deus isto nada significará para ele. Corremos o risco de sermos zombados por acreditarmos em tais “bobagens”. O próprio Filho de Deus, o Senhor Jesus, não foi reconhecido como tal. As pessoas dos Seus dias não viam absolutamente nada de extraordinário em Jesus. Viam somente o filho do carpinteiro. Mas a reação dos discípulos foi bem diferente —

João 1:14

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

E nós estamos destinados a compartilhar dessa mesma glória mediante a adoção que recebemos como filhos de Deus!

Note a expressão “para ele” em Efésios 1:5. Paulo diz que Deus nos adota como filhos “para Ele mesmo”, indicando quão exclusivo e amoroso é este nosso relacionamento com o Pai!

Segundo o beneplácito de sua vontade — A palavra grega εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, traduz a idéia de alguém que está bastante satisfeito. A mesma expressão é usada para indicar “boa vontade, boa mente ou agrado” conforme pode ser visto em Lucas 2:14; Filipenses 2:13 e Lucas 12:32. Desses contextos podemos derivar a idéia de que essa palavra denota propósito ou vontade somados a benevolência. Alguns tradutores preferem representar o original grego como: “de acordo com o Seu mais benigno decreto”. Mas independentemente do significado do termo εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, o que nos chama a atenção nesta parte final de Efésios 1:5 é o propósito do apóstolo Paulo de estabelecer o porquê Deus escolheu as pessoas para herdarem a salvação. De acordo com o termo escolhido pelo apóstolo Paulo, essa escolha foi feita por Deus baseada no que Lhe parecia melhor dadas às circunstâncias do caso. Nenhum ser humano detinha nenhum tipo de controle ou influência sobre a pessoa de Deus naquele momento. Nenhum ser humano foi consultado nesse processo. E essa decisão de Deus não foi baseada em qualquer boa obra humana, real ou prevista por Deus. De fato, temos que reafirmar que o mundo nem sequer estava criado quando Deus escolheu aquelas pessoas que iriam herdar a vida eterna. A escolha de Deus não foi uma escolha aleatória baseada na sorte ou numa enorme roleta celestial. O termo εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, indica que foi uma escolha proposital.

Devido o pecado de nossos primeiros pais todos nós somos culpados e estamos condenados diante de Deus. Por sábias razões, as quais Deus preferiu não nos comunicar, Ele determinou trazer, pelo menos, uma porção de seres humanos à salvação. Para alcançar esse objetivo Deus decidiu não deixá-lo ao acaso. Deus sabia que se dependesse de nós mesmos, todos sem exceção, rejeitaríamos Sua oferta de Salvação e, a menos que um método eficiente fosse utilizado o sangue redentor seria derramado em vão.

Deus, todavia, não revelou às pessoas quais eram aquelas que Ele iria salvar nem a razão porque dentre todos os seres humanos alguns seriam particularmente levados ao céu. Ao mesmo tempo Deus decidiu tornar a oferta de salvação universal; decidiu também tornar os termos da salvação tão simples quanto possível, removendo assim quaisquer motivos justificados de reclamação. Se as pessoas não aceitam o perdão oferecido; se elas preferem buscar satisfação em seus próprios pecados; se não existe nada que possa induzi-las a aceitarem a salvação, então por que reclamam? Se as portas da prisão estão abertas e escancaradas, as correntes que prendem os prisioneiros estão soltas pelo chão e os guardas não estão mais nos seus postos e ainda assim os prisioneiros se recusam a abandonar a prisão em que se encontram, eles realmente não possuem nenhum motivo justificável para reclamar. Temos que nos lembrar sempre que os propósitos de Deus correspondem aos fatos exatamente como eles acontecem —
Efésios 1:11

Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,

Assim temos que a εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito de Deus é o que rege todas as ações de Deus, todos Seus atos graciosos e toda Sua bondade para conosco. E esses atos aparecem na nossa predestinação pela graça, para partilharmos da glória de Deus, juntamente com Jesus e excluem por completo a fé, a santidade e boas obras como motivos para tais atos da parte de Deus. Como disse o profeta Jonas: “ao SENHOR pertence a salvação”! – Jonas 2:10. Jonas estava no ventre do peixe nas profundezas do mar. O que em sã conciência ele poderia fazer para salvar-se a si mesmo?

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Que Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis


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[1] Escribas - na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado bem como sua extensão, e faziam isto em detrimento da verdadeira religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados no Novo Testamento tanto em conexão com os Fariseus como com os sacerdotes e anciãos do povo.

[2] Fariseus - Seita que parece ter iniciado depois do exílio babilônico, entre os chamados “Hassidim”, que foram os homens piedosos que se aliaram a Judas Macabeu, para combater os invasores helenistas representados pela dinastia Selêucida, da Síria. Além dos livros do Antigo Testamento, os Fariseus reconheciam na tradição oral, um padrão de fé e vida que deveria ser seguido por todos os judeus. Os Fariseus procuravam alcançar reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tais como: lavagens cerimoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente, os Fariseus eram negligentes da genuína piedade que consistia em: justiça, misericórdia, fé e amor de Deus — ver Mateus 6:1—7 e 16—18; ver também Mateus 23:23 e Lucas 11:42 e, orgulhavam-se em suas boas obras.  Eles mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade, no Hades, seriam novamente chamados à vida pelo Messias, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família de Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência sobre o povo comum. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; e foram, por outro lado, duramente repreendidos por Jesus por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.

[3] Saduceus – Partido religioso judaico que existia nos dias de Cristo e que deriva seu nome da expressão hebraica צדוק — zadok — justo. Os saduceus não aceitavam, como os Fariseus, que a lei ou a tradição oral fosse parte da revelação divina ao povo de Israel. Eles criam que somente a lei escrita, outorgada por Moisés, era obrigatória para a nação israelita. Os Saduceus tinham posições teológicas bem distintas e negavam, entre outras coisas, a crença na: 1) ressurreição do corpo; 2) imortalidade da alma; 3) existência de espíritos e anjos; e 4) predestinação divina, pois afirmavam o livre arbítrio. 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

O DISCIPULADO CRISTÃO - SERMÃO 002 – UMA PROPOSTA DE VIDA


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Nossa série acerca do Discipulado Cristão irá apresentar os elementos fundamentais para uma vida cristã que agrada a Deus e que realmente vale a pena ser vivida. Infelizmente, o discipulado cristão tem sido esquecido e completamente abandonado pela vasta maioria do povo chamado cristão, que prefere trocar o seguir a Cristo por frequentar cultos de cura, de libertação e de prosperidade e também cultos que não passam de verdadeiro entretenimento puro e simples. Precisamos retornar, com urgência, ao verdadeiro chamado do que significa ser um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo. Que Deus abençoe a todos à medida que acompanham e compartilham esses estudos uns com os outros.


VIVENDO A VIDA COMUM DOS SANTOS DE DEUS

Texto: Apocalipse 1:4—9 e Outros
Introdução.

A. Na mensagem anterior nós falamos acerca da importância de nos transformarmos de seguidores ocasionais em verdadeiros discípulos de Jesus Cristo.
B. Vimos que para isto começar a se tornar uma realidade é necessário dar ouvidos às palavras de Jesus como registradas em Marcos 8:34—38 e que dizem:
34 Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
35 Quem quiser, pois, salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á.
36 Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
37 Que daria um homem em troca de sua alma?
38 Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.
C. Temos, portanto, que tomar uma decisão. Queremos de fato nos tornar em verdadeiros discípulos de Jesus? Se sim, então temos que tomar a decisão de:
1. Negar a nós mesmos — isto inclui negar nossos planos, nossos projetos, nossos sonhos, nossas vontades etc. E isto tudo para nos concentrarmos em uma e, uma coisa apenas: fazer a vontade do Senhor.
2. Tomar a Cruz — Isto representa o firme desejo de nossa parte de ter nossa vida “terminada” para podermos...
3. Seguir após o Mestre. E que mestre que nós possuímos! O apóstolo João disse em Apocalipse que:
Apocalipse 1:5
Jesus nos amou e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados.
D. Se temos um Mestre tão amoroso e tão dedicado, deve ser apenas natural, segui-lo. O caminho, certamente, não é fácil, pois o mesmo apóstolo nos diz que ele era nosso —
Apocalipse 1:9
Irmão e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus.
E. Nessas palavras do apóstolo João nós temos...

UMA VERDADEIRA PROPOSTA DE VIDA

Introdução.
A. O convite que Jesus nos faz, e é sempre um convite, pois ninguém é obrigado nem forçado a seguir a Jesus, está como tudo nesta vida, cercado de privilégios e de responsabilidades, e está sujeito a muitas dificuldades e tribulações.
B. Não devemos nunca falsear a verdade de que a vida Cristã NÃO é um mar de rosas.
C. Seguir a Jesus implica em assumir grandes responsabilidades e em grande e graves renúncias e sacrifícios.
D. Mas, seguir a Jesus também implica em grandes privilégios.
E. Vamos considerar hoje, por um pouco, alguns destes privilégios. As responsabilidades, nós trataremos mais adiante.

I. Os Privilégios
A. Não estamos sozinhos nesta caminhada.
1. Jesus está Conosco a cada Passo.
Jesus Cristo ao se despedir dos discípulos, imediatamente antes de subir aos céus disse a eles as seguintes palavras:
Mateus 28:18—20
18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.
19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.
2. E Jesus é fiel em todas as suas palavras. Veja alguns exemplos retirados do livro dos Atos dos Apóstolos:
Atos 2:46—47
46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração,
47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.
Atos 3:12—13
12 À vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, por que vos maravilhais disto ou por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?
13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo.
Atos 4:1—4
1 Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus,
2 ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos;
3 e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde.
4 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil.
Atos 4:8—10
8 Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos,
9 visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado,
10 tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós.
Atos 4:18—20
18 Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus.
19 Mas Pedro e João lhes responderam: Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus;
20 pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.
Atos 5:14 e 42
14 E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor.
42 E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.
Atos 7:59—60
59 E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!
60 Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.
Atos 8:1—3
1 E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria.
2 Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele.
3 Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.
Atos 9:3—5
3 Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor,
4 e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
5 Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues.
2. Não estamos sozinhos, porque o próprio Senhor Jesus está conosco todos os dias.
B. Deus, em Sua Graça nos Concede muitos Irmãos e Irmãs na Fé.
1. Temos que admitir que nos últimos tempos muitos daqueles que se chamam irmãos e irmãs têm sido mais motivo de tropeço do que de esperança na nossa caminhada cristã.
2. Talvez você e eu também estejamos nessa categoria. Temos que encarar essa pergunta: Eu sou motivo de ânimo, de entusiasmo, de esperança, de força e etc., para os meus irmãos na fé? Nessa questão nossa responsabilidade é individual.
3. Mas o Senhor em Sua sabedoria e bondade, nos colocou juntos aqui nesta comunhão com um propósito. Qual é esse propósito? Que cada um faça a sua parte para o progresso do Evangelho, tanto no que diz respeito ao evangelismo dos perdidos quanto para a edificação dos Santos —
Efésios 4:15—16
15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.
C. Somos Todos companheiros na tribulação, no reino e na perseverança.
1. Independente do que nos digam os falsos pregadores acerca da “vida de saúde e prosperidade” alguns fatos permanecem:
a. O mundo nos odeia:
1 João 3:13
Irmãos, não vos maravilheis se o mundo vos odeia.
João 15:18—19
Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.
2. Enquanto estivermos neste mundo sofreremos tribulações – adversidades, contrariedades, aflições etc. Mas podemos encontrar plena consolação nas palavras de Jesus quando disse:
João 16:33
Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
3. O apóstolo Paulo quando fortalecia as igrejas do primeiro século não procurava enganar as pessoas prometendo um evangelho de saúde e prosperidade. Pelo contrário, de acordo com —

Atos 14:21 – 22
E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade — Derbe — e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.
4. Por esses motivos tomar a cruz e seguir a Jesus é uma caminhada que exige muita perseverança. O autor de Hebreus nos incentiva dizendo:
Hebreus 12:1—4
1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,
2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.
3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.
4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue.

Conclusão.
A. O autor de Hebreus nos lembra que:
Hebreus 13:8
Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre.
B. Além do mais, Jesus nos prometeu o seguinte em —
João 14:15—18
15 Se me amais, guardareis os meus mandamentos.
16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco,
17 o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.
18 Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros.

OUTROS ESTUDOS ACERCA DA SÉRIE “O DISCIPULADO CRISTÃO”

ESTUDO 001 — O CUSTO DO DISCIPULADO

ESTUDO 002 — UMA PROPOSTA DE VIDA
Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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