Este
estudo é parte de uma série de palestras que estamos ministrando nas reuniões
de casais da nossa igreja. O link para o estudo seguinte poder ser encontrado no final desse estudo:
I – O Fundamento Necessário
A – Dois Pressupostos Básicos:
1 – Tanto o homem, criado primeiro, como a mulher, criada depois, foram feitos à imagem e semelhança de Deus. Eles não são idênticos, mas eles são iguais diante de Deus – ver Gênesis 1:26.
2 – A união entre o homem e a mulher deve refletir a própria unidade de Deus – ver Deuteronômio 6:4. Como Deus é um, assim um homem e sua mulher devem se unir de tal forma que, mesmo sendo dois, constituam uma unidade. É por este motivo que Deus condena a fornicação - relação sexual entre pessoas não casadas - o adultério - relação de uma pessoa casada com outra qualquer que não seja o cônjuge - e o divórcio - a dissolução do casamento.
B – A Monogamia Satisfaz o Intuito de Deus.
Deixando o pai e a mãe, o que se aplica tanto ao homem como à mulher, a união conjugal é mostrada como uma unidade espiritual, uma comunhão vital de corações, bem como dos corpos, nos quais a mesma encontrará sua consumação.
II – O Casamento Hoje
A – Continua sendo o plano de Deus
1 – Ameaças ao casamento hoje:
• Pornografia - filmes, livros, revistas, novelas, Internet, etc.
• Fornicação
• Adultério
• Homossexualismo
• Aborto
• Esterilização
•Revolução Sexual
2 – Mesmo casamentos que se mantêm são caracterizados por:
• Infidelidade/Adultério
• Mentiras/Engano
• Perda de Respeito
• Orgulho
• Perda de Confiança
• Egocentrismo
• Materialismo
• Preguiça
•Solidão
B – O Que Fazer?
1 – Duas Verdades Básicas
• Você precisa ser cristão – Foi Deus quem criou o homem, a mulher e os uniu para expressarem a mesma unidade que existe em Deus. Foi Deus também que nos deu o livro onde nos ensina como o casamento deve funcionar – a Bíblia.
• Você precisa andar em sintonia com Deus i.e. em submissão a Deus. Ver Gálatas 5:25 e Efésios 5:18—20.
• Todo cristão que anda em desacordo com a vontade de Deus vai, certamente, enfrentar problemas no casamento e nas relações familiares.
III – Os Elementos chaves para cumprir o propósito que Deus tem para o Casamento.
• Efésios 5:21 – Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo. Vale para a mulher com relação ao homem e vice versa.
• Tiago 4:1 – Porque os conflitos existem? Egoísmo.
• Marcos 10:43—45 – O mandamento de Deus. Estamos aqui para servir nosso cônjuge e filhos.
A – Sujeição – submissão – explanada:
No grego a expressão é: HUPOTASSO = HUPO = sob + TASSO = alinhar-se.
• O todo da vida cristã, à medida que nos relacionamos com outros deve ser caracterizado por humildade e atitude de serviço.
B – Sujeição exemplificada na Vida do Próprio Senhor Jesus Cristo.
• Filipenses 2:4—8
C – Sujeição examinada
• Efésios 5:22—6:9
• O alvo do apóstolo Paulo é enfatizar a submissão mútua. E ele ilustra seu propósito usando vários tipos de relacionamentos:
Marido e Mulher – Efésios 5:22—25.
Pais e Filhos – Efésios 6:1—4.
Senhores e Servos – Efésios 6:5—9.
IV – A Sujeição como Princípio: Como se Aplica.
A – Na TRINDADE
• I Coríntios 11:3 – A liderança de Deus – o Pai - sobre Cristo - o Filho - não é uma questão de essência e sim de função.
• Cristo é Deus: João 10:30 e João 14:9.
• João 4:34 – Em essência e natureza Cristo e Deus são um e o mesmo. Mas pelo propósito do Deus triuno houve a necessidade do Filho se submeter ao Pai. Cristo estabelece o exemplo para nós. A resistência tanto dos homens como das mulheres dos nossos dias, de se sujeitarem uns aos outros, chega a ser ridícula!
B – No Casamento
O casamento do ponto de vista dos povos da Bíblia:
1 – Os Judeus:
• Os casamentos eram arranjados pelas famílias.
• A família do noivo normalmente pagava um preço pela noiva, em dinheiro, roupas ou outros itens de valor. Este preço não indicava que a noiva pertencia ao noivo, mas era somente uma compensação pela perda da capacidade produtiva da noiva em favor da família dela.
• No dia do casamento o foco da atenção era o noivo.
• A noiva deixava sua casa e ia morar com a família do noivo.
• Mulheres não tinham nenhum direito a heranças.
• O homem podia tomar uma concubina para gerar filhos, caso sua mulher fosse estéril.
• Bigamia e poligamia eram práticas comuns.
• A lei mosaica procurou proteger as concubinas e as múltiplas esposas, mas Deus nunca aprovou estes relacionamentos. O objetivo era proteger estas que são vítimas inocentes de paixões descontroladas dos homens – seres masculinos.
• O homem podia divorciar a mulher por qualquer motivo, mas, era obrigado a conceder carta de divórcio e não podia, em hipótese nenhuma, tornar a se casar com a esposa anterior.
• O divórcio era um ato público e só o homem podia iniciar o processo
2 – Os Gregos:
• Casamentos eram arranjados pelas famílias ou agentes. O amor era irrelevante, já que os noivos não se conheciam.
• Havia também os casamentos em que um dos cônjuges era comprado.
• Nos casamentos arranjados a família da noiva providenciava um dote composto de roupas, jóias e, não raramente, escravos. O dote pertencia à noiva todo o tempo. Em caso de divórcio a noiva levava o dote com ela.
• Os homens podiam possuir além da esposa uma concubina.
• Bigamia era tolerada em períodos de baixa quantidade de homens disponíveis devido às excessivas guerras.
• O adultério levava ao divórcio quando cometido pela mulher e o homem era chamado de Keroesses - chifrudo.
• O homem podia divorciar sua mulher a qualquer tempo sem ter necessidade de declinar o motivo.
• As mulheres podiam pleitear o divórcio baseadas na crueldade ou excessos cometidos pelos maridos.
• Os homens tinham uma visão utilitária das mulheres, principalmente no que diz respeito ao lar.
• As mulheres não podiam assinar contratos, assumir dívidas, disputar legalmente coisa alguma e qualquer coisa feita sob a influência de uma mulher não tinha valor legal e podia ser desfeita pelo marido.
• Os Atenienses acreditavam na teoria de Eurípides que as mulheres eram “aleijadas mentais”.
3 – Os Romanos.
A. Durante a República
• O pai da família podia decidir se a criança nascida deveria viver caso fosse defeituosa ou mulher.
• A filha casada continuava sob o poder do pai a menos que ele transferisse este direito ao marido da mesma.
• As mulheres eram definidas pela lei como “imbecillitas” ou incapazes.
• Mulheres eram proibidas de aparecerem em juízo, mesmo como testemunhas.
• Como viúvas, as mulheres não podiam requerer absolutamente nada das posses dos maridos.
• As mulheres estavam o tempo todo sob a tutelagem de algum homem – pai, irmãos, marido e até mesmo dos filhos.
B. Durante o Império.
• Os casamentos eram arranjados e os noivos quase nunca se conheciam.
• A família da noiva providenciava um dote para o noivo. O dote pertencia ao noivo mesmo em caso de divórcio.
• Adultério era muito comum tanto da parte do marido quanto da esposa. As mulheres se defendiam alegando que os maridos já haviam sido compensados através do dote.
• As mulheres podiam pleitear e quase sempre conseguiam a emancipação - liberdade da tutelagem de algum homem.
• As mulheres emancipadas passavam então a trabalhar no comércio ou nas indústrias, principalmente na têxtil. Algumas avançavam mais ainda e tornavam-se advogadas e médicas.
• Praticamente não havia posição na sociedade Romana que não fosse também ocupada por mulheres. As mulheres competiam pra valer com os homens.
• Divórcio era comum e não era necessário dar-se carta de divórcio.
4 – O Cristianismo.
O ponto de vista cristão é: homem e mulher são criados à imagem e semelhança de Deus e são iguais perante Deus. Homem e mulher têm funções diferentes no relacionamento matrimonial, mas não existe superioridade de nenhuma das partes.
• O homem e a mulher devem deixar suas respectivas famílias e se unirem, vindo a ser uma só carne.
• O casamento é monogâmico e não se aceita o concubinato em nenhuma hipótese.DEUS ODEIA o DIVÒRCIO – ver Malaquias 2:16: Pois o SENHOR Todo-Poderoso de Israel diz: —Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher.
• Divórcio é possível, não obrigatório, em caso de adultério de uma das partes.
• Única exceção ao adultério é o caso do cônjuge cristão ser abandonado pelo cônjuge pagão. Neste caso o cristão é livre para casar com outro cristão.
• Espera-se da mulher que se sujeite - submeta-se - à liderança do seu marido com tudo o que este princípio implica. O homem é o cabeça da mulher não para mandar nela, mas para servi-la como Cristo fez com a Igreja apesar de ser o cabeça da mesma.
• Espera-se do marido que ame sua esposa como Cristo amou a igreja, ou seja, que o marido esteja disposto a servir a esposa e a entregar a própria vida pelo bem da esposa com tudo o que está implicado neste princípio.
• A igreja, como congregação dos santos, precisa participar ativamente na solução de questões que estejam levando casais a se separarem. Disciplina cristã genuína pode salvar a maioria dos casamentos ou expor corações empedernidos ao extremo.
V – Conclusão
Precisamos urgentemente retomar:
• O conceito Bíblico de que o casamento precisa refletir a unidade de Deus.
• A disposição de sujeitarmo-nos uns aos outros manifesta claramente em uma atitude de serviço, tanto do marido quanto da mulher, seguindo o exemplo e o mandamento do Senhor – Marcos 10:43—45.
• A centralização da Igreja local, quanto comunidade dos santos, no tratamento dos casais que violam os dois itens anteriores.
O Estudo 002 dessa série pode ser encontrado aqui:
Que Deus abençoe a
todos.
Alexandros Meimaridis
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