Estruturas cerebrais podem ser a chave para entender fatores que impedem a depressão (Thinkstock)
O artigo abaixo foi retirado de: VEJA ONLINE
Espiritualidade tem conexão com maior espessura do córtex cerebral,
característica notada em pessoas com menor risco de depressão
Cientistas já sabem que alguns aspectos da anatomia cerebral podem indicar o risco de uma pessoa ter depressão. Um deles é a espessura do córtex, membrana que reveste o órgão — ele é mais fino em indivíduos com mais chances de ter a doença. Agora, um novo estudo dá pistas sobre o que pode influenciar nessa característica do córtex: a religiosidade. De acordo com a pesquisa, pessoas que nutrem esse sentimento tendem a ter um córtex cerebral mais espesso e, consequentemente, um risco menor de depressão do que as outras.
Cientistas já sabem que alguns aspectos da anatomia cerebral podem indicar o risco de uma pessoa ter depressão. Um deles é a espessura do córtex, membrana que reveste o órgão — ele é mais fino em indivíduos com mais chances de ter a doença. Agora, um novo estudo dá pistas sobre o que pode influenciar nessa característica do córtex: a religiosidade. De acordo com a pesquisa, pessoas que nutrem esse sentimento tendem a ter um córtex cerebral mais espesso e, consequentemente, um risco menor de depressão do que as outras.
O trabalho
ainda não conseguiu comprovar, contudo, se a importância dada à espiritualidade
aumenta a espessura do córtex cerebral, ou se é o contrário — ou seja, se a
maior espessura da membrana predispõe uma pessoa a dar maior importância à
religião.
Estudos
anteriores já haviam mostrado que, entre pessoas com predisposição genética à
depressão – ou seja, com histórico da doença na família –, aquelas que são
religiosas podem ter um risco até 90% menor de desenvolver o transtorno do que
as que não são religiosas.
Diante dessas
evidências, os autores da nova pesquisa buscaram entender de que forma a
religiosidade pode se relacionar à depressão. Para isso, eles selecionaram 103
pessoas de 18 a 54 anos, sendo que somente parte delas tinha predisposição
genética para a depressão. Por cinco anos, os cientistas analisaram a
importância da religião e a frequência com que elas visitavam templos e igrejas,
além de submeter os voluntários a exames de ressonância magnética com o
objetivo de verificar a anatomia cerebral.
No final do
estudo, os pesquisadores observaram que os participantes que davam mais
importância a questões espirituais, não importando com que frequência iam a
igrejas ou templos, possuíam um córtex mais espesso em algumas áreas do
cérebro. Essa associação entre religiosidade e a espessura do córtex aconteceu
em todos os participantes, mas foi mais forte entre aqueles que tinham histórico
de depressão na família.
A pesquisa foi
feita na Universidade Columbia, Estados Unidos, e publicada nesta quarta-feira
no periódico JAMA Psychiatry.
O artigo original poderá ser
visto por meio desse link aqui:
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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