quinta-feira, 21 de março de 2013

Salmos 119:65—72 — A BONDADE DE DEUS — Estudo 010



Esse artigo é parte da série "Exposição do Salmo 119" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos das verdades contidas nesse Salmo, com aplicações para os nossos dias. No final do artigo você encontrará um link para o estudo posterior


H. Exposição do Salmo 119:65 – 72 – A bondade de Deus.

1. Introdução

A nona divisão de oito versículos do Salmo 119 inicia com a letra ט Teth que significa: “bolo de pão ou pacote”. Esta letra era usada para indicar o numeral 9. Era também usada para, em combinação com outras letras, representar os numerais de 15 a 19. Normalmente é transliterada como a letra “t” em português.

Nesta porção do Salmo 119 o Salmista reconhece a bondade de Deus mesmo em meio à aflição e à disciplina imposta pelo SENHOR. Deus é bom! A experiência do Salmista testifica esse fato. Deus nos trata bondosa e graciosamente todo o tempo. O simples fato de Deus nos conceder Sua palavra é para o Salmista prova maior da bondade de Deus. Mas o Salmista vai muito além e proclama a excelência do uso da adversidade e da manifestação da bondade de Deus no meio das aflições.

Vamos analisar essas afirmativas e procurar entender melhor o que o Salmista está querendo nos dizer.

a. Verso 65 — Tens feito bem ao teu servo, SENHOR, segundo a tua palavra.

1. O Salmista reconhece que mesmo em meio às tristes situações que estava enfrentando e que incluíam: 

  • Verso 22 — opróbrio - abjeção extrema, ignomínia, desonra, afronta infamante e injúria - e desprezo. 
  • Verso 51 — zombarias. 
  • Verso 161 — perseguições. Príncipes são pessoas poderosas. Pessoas em condição de prejudicar outras pessoas. 

Deus é continuamente bom! O Salmista diz “Tens feito – continuamente – bem ao teu servo”.

2. A bondade do SENHOR é de acordo com as promessas que foram feitas: 

  • Verso 41 — Deus tem prometido Suas misericórdias e sua salvação. 
  • Verso 48 — Deus tem prometido Sua graça. 
  • Verso 170 — Deus tem prometido ouvir as orações do Salmista. 
b. Verso 66 – O Salmista pede a capacidade de discernir com clareza entre o certo e o errado – ver verso 105!

c. Versos 67 e 71 – A adversidade, ao contrário do que costumamos pensar, nos é realmente benéfica. Ela nos mostra a necessidade que temos de Deus e nos ensina a sermos dependentes de Deus em vez de confiramos em nós mesmos. O apóstolo Paulo aprendeu esta lição e deu o seguinte testemunho:

E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte – 2 Coríntios 12:7—10.

O Salmista também reconhece que andava errado antes de enfrentar a aflição e que foi exatamente a situação aflitiva, que o fez voltar-se para Deus e guardar Sua palavra!

d. Verso 68 – O Salmista exulta ao afirmar e reafirmar: Tu, SENHOR, és bom e fazes o bem.


Mesmo no meio da aflição o Salmista reconhece a bondade de Deus. O autor da Epístola aos Hebreus nos consola com as seguintes palavras:

Hebreus 12:9—11

9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos?
10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.
11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.

Ora, sabendo o Salmista o produto final da disciplina vinda da parte de Deus, insiste com o Senhor dizendo: ensina-me os teus decretos.

e. Verso 69 – Desprezo, mentiras, insultos e opressão – ver versos 22, 23, 42 e 78 - é o que devemos esperar das pessoas sem Deus. Elas nos invejam e por este motivo nos odeiam!

f. Verso 70 – As pessoas sem Deus, aqui chamadas de “soberbos” são descritos como tendo um coração de sebo. São insensíveis à revelação de Deus. Não querem saber da palavra de Deus! Querem seguir a Deus, mas nos seus próprios termos. Por não se submeterem aos termos de Deus são chamados de soberbos ou arrogantes:

Salmos 17:10

Insensíveis, cerram o coração, falam com lábios insolentes.

O Salmista ao contrário tem prazer na Lei do Senhor. É sensível à vontade do SENHOR. Sua maior vergonha está relacionada com desobedecer aos mandamentos do SENHOR.

g. Verso 72 – A Palavra de Deus é para o Salmista a maior prova da bondade de Deus. Deus se ocupa conosco e durante um longo período – aproximadamente 1600 anos – revelou Sua palavra com Sua vontade para nós que somos Suas criaturas! Para o Salmista a Palavra de Deus era mais preciosa do que qualquer quantidade de bens materiais

Salmo 16:2

Digo ao SENHOR: Tu és o meu Senhor; outro bem não possuo, senão a ti somente.

Conclusão:

1. O SENHOR é bom e manifesta a Sua bondade a todos os que n’Ele se refugiam:

Salmos 31:19

Como é grande a tua bondade, que reservaste aos que te temem, da qual usas, perante os filhos dos homens, para com os que em ti se refugiam!

2. Temos que aprender a olhar para as nossas vidas e reconhecer a bondade de Deus manifestada a nosso favor, mesmo nos mínimos detalhes da nossa existência. Como o Salmista nós devemos ser capazes de declarar:

Salmos 119:65

Tens feito bem ao teu servo, SENHOR, segundo a tua palavra.

3. Devemos entender que as dificuldades – aflições ou correções – são realmente benéficas, pois nos fazem buscar a Deus. Uma vez na presença de Deus devemos abrir nossos corações para sermos inundados pelo poder de Deus de tal maneira que possamos entender qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus:

Romanos 12:1—2

1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.

2 E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

4. Que possamos estimar a Palavra de Deus por aquilo que ela é: valiosa e muito preciosa.

OUTROS ESTUDOS NA SÉRIE DO SALMO 119

001 — Estudo Introdutório — A Excelência da Palavra de Deus =

002 — Salmos 119:1—8 — Os Bem Aventurados =

003 — Salmos 119:9—16 — A Importância da Palavra de Deus para os Jovens

004 — Salmos 119:17—24 — A Importância da Palavra de Deus para os Seus Servos

005 — Salmos 119:25—32 — A Confiança do Salmista em Deus e em Sua Palavra

006 — Salmos 119:33—40 — Completa Dependência de Deus e Sua palavra

007 — Salmos 119:41—48 — Servindo Deus Nos Termos de Deus

008 — Salmos 119:49—56 — Encontrando Conforto na Palavra de Deus de Deus

009 — Salmos 119:57—64 — Encontrando Plena Satisfação Apenas em Deus

010 — Salmos 119:65—72 — A Bondade de Deus

011 — Salmos 119:73—80 — A Experiência Pessoal do Salmista com a Palavra de Deus

012 — Salmos 119:81—88 — A esperança baseada em Deus e na Palavra de Deus, nas horas de maior angústia

013 — Salmos 119:89—96 — A Fidelidade de Deus Manifestada em Sua Palavra e Por Meio da Criação

014 — Salmos 119:97—104 — Os inúmeros benefícios derivados da leitura e do estudo da Palavra de Deus.

015 — Salmos 119:105—112 — O apego do Salmista a Deus e à Sua Palavra diante das dificuldades da vida.

016 — Salmos 119:113—120 — O Salmista e a Vida íntegra Diante de Deus.

017 — Salmos 119:121—128 — O Salmista e sua Luta por Justiça com o reconhecimento implícito de que Deus é o único, verdadeiro e definitivo Juiz dos seres humanos.

018 — Salmos 119:129—136 — O Salmista reconhece excelência da Palavra de Deus, ao mesmo tempo em que deplora o fato de que “os homens não guardam a Tua Lei”

019 — Salmos 119:137—144 — Deus, Sua Justiça, Sua Palavra e o Salmista

020 — Salmos 119:145—153 — Uma Lição Objetiva Acerca do Ato de Orar

021 — Salmos 119:153—160 — O contraste entre o Salmista que busca a Deus com intensidade cada vez maior e os ímpios que desprezam a Deus

022 — Salmos 119:161—168 — VERDADEIRA PAZ E SEGURANÇA SÓ EXISTEM EM DEUS

023 — Salmos 119:169—176 — A NECESSIDADE DEFINITIVA QUE TEMOS DE CONFIAR EXCLUSIVAMENTE EM DEUS
Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

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