Esse artigo é parte da série "Parábolas de
Jesus" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os
aspectos das verdades contidas nessa série, com aplicações para os nossos dias.
No final do artigo você encontrará links para os outros artigos dessa série.
Sermão 028
A PARÁBOLA DO RICO TOLO
Lucas 12:13—21
13 Nesse ponto, um
homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu irmão que
reparta comigo a herança.
14
Mas Jesus lhe respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?
15 Então, lhes
recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a
vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.
16 E lhes proferiu
ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
17 E arrazoava consigo
mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
18 E disse: Farei isto:
destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o
meu produto e todos os meus bens.
19 Então, direi à minha
alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e
regala-te.
20 Mas Deus lhe disse:
Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem
será?
21 Assim é o que
entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.
Introdução
A. A
Parábola do Rico Tolo quando retirada dos seus contextos imediatos acaba se
tornando apenas uma lição de moral para ser usada contra pessoas ricas.
B. De
fato esta palavra não fala tanto de pessoas ricas quanto fala da atitude
basicamente humana de buscar e confiar em bens materiais para realização
pessoal e segurança.
I. O Diálogo Inicial
13 Nesse ponto, um
homem que estava no meio da multidão lhe falou: Mestre, ordena a meu
irmão que reparta comigo a herança.
14 Mas Jesus lhe
respondeu: Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?
A. Os
judeus de modo geral esperavam que os rabinos fossem conhecedores da lei e que
passassem julgamentos quando necessário.
B. Esse
homem na multidão vem exigir seus direitos e quer que o rabino — Mestre — Jesus
passe a sentença. Ele não quer uma mediação ele quer ver seu desejo atendido.
C. Esse
homem ainda não havia aprendido o significado do
Salmo 133:1
Oh! Como é bom e
agradável viverem unidos os irmãos!
Ou
viverem em paz sobre o mesmo teto.
D. O
pedido deste homem é para que a divisão que já existia entre ele e seu irmão
fosse finalizada com a partilha do bem em questão. Isto separaria para sempre
os dois irmãos.
E. Não
temos certeza absoluta do que é o bem em questão, mas muito provavelmente
trata-se de um pedaço de terra que era e continua sendo o mais sensível
problema do Oriente Médio.
F. Este
fato estava se passando entre o povo que era chamado de Povo de Deus. O Povo do
Deus da Bíblia é aquele que exige que justiça seja feita, especialmente em
benefício daqueles que são mais pobres e que, exatamente por este motivo, estão
sujeitos a serem oprimidos.
G. Jesus
enfrenta o pedido desse homem com a coragem que lhe era peculiar. Na resposta
de Jesus existe a implicação clara de que aquele homem deveria olhar para si
mesmo em primeiro lugar. O centro do problema não era o irmão dele e sim ele
mesmo. Se Jesus não veio como partidor a implicação é óbvia: Jesus veio para
reconciliar e unir! As palavras no grego são muito interessantes: partidor — meristes e
reconciliador — mesites.
H. Jesus
não se esquiva de fazer a justiça solicitada. Ele quer, antes de tudo, mostrar
que existem bens que podem ser ganhos, que são maiores que heranças e que
também existem bens que podem ser perdidos que também são maiores do que
heranças. A comunhão entre irmãos é um desses bens. A saúde é outro e
certamente a salvação eterna é o maior.
II. A Primeira
Expressão de Sabedoria
15 Então, lhes
recomendou: Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a
vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui.
A. A
primeira implicação desta frase de Jesus é que o homem que lhe fez o pedido não
teria seu verdadeiro problema resolvido se seu irmão lhe concedesse o que
desejava.
B. Vivemos
em um mundo caído onde estamos permanentemente infectados pelo desejo
insaciável de possuir bens materiais em número cada vez maior. O padrão de
classes A, B, C. D, e E é determinado não somente pelo quanto se ganha, mas
também pelos bens que as pessoas possuem incluído-se imóvel, quantos banheiros,
quantos automóveis, rádios, televisores, máquinas de lavar, secar, fornos de
micro ondas e vai por aí afora.
C. Esta
infecção faz com que procuremos possuir cada vez mais coisas porque acreditamos
que se conseguirmos um determinado número delas estas mesmas coisas irão nos
garantir uma vida que seja realmente abundante.
D. Mas
se isso fosse verdade o assim chamado primeiro mundo — Estados Unidos, Japão e
a Europa — estariam plenamente satisfeitos. Mas a realidade é bem diferente:
1. Em
primeiro lugar o que percebemos claramente é que este desejo de buscar a
realização através da posse de bens materiais é insaciável. Nunca se satisfaz.
2. Em
segundo lugar temos a certeza de que o sonho da vida abundante e segura nunca
ira se concretizar se depender do acúmulo de bens materiais.
E.
Com os suprimentos do planeta sendo rapidamente dilapidados —petróleo, por exemplo)
precisamos realmente começar a repensar nossas escolhas, de como poderemos ser
realmente felizes.
III – Jesus conta uma
Parábola – Primeira Parte – Os Bens que são Dados por Deus
16 E lhes proferiu
ainda uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produziu com abundância.
A. Como
acontece com muitas outras parábolas contadas pelo Senhor essa também é,
literariamente, dependente de textos anteriores. O pano de fundo dessa parábola
é, sem sombra de dúvida, o Salmo 49 que discute a questão da riqueza e de que como ela nada
significa diante da finitude humana. Outro texto bíblico que certamente estava nas
mentes dos ouvintes de Jesus era o de Eclesiastes 2:1—11 onde Salomão narra sua
desventura com a esperança de encontrar realização em bens materiais.
B. A
parábola que Jesus começa a contar nos fala de bens que são recebidos como
empréstimo da parte de Deus. São bens que Deus fez chegar até este homem. A
pergunta que este homem precisava se fazer é: O que devo fazer com estes bens
que ganhei de Deus? Bens pelos quais não me esforcei?
C.
Da mesma maneira que a parábola se inicia com a revelação de que esse homem
havia recebido, “como empréstimo”, abundantes bens da parte de Deus a parábola
termina nos informando que a própria alma humana está no homem como um mero
empréstimo da parte de Deus.
IV – Jesus conta uma
Parábola – Segunda Parte – O Problema que Surge com os Bens não Esperados
17 E arrazoava consigo
mesmo, dizendo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos?
A. Uma
vez ricamente abençoado por Deus o homem, já rico da parábola, não se pergunta
acerca do que deveria fazer com os bens recebidos. Pelo contrário ele se refere
aos bens recebidos como sendo “os meus frutos” e se mostra preocupado em
preservá-los exclusivamente para si.
B. O
livro do Eclesiastes descreve bem este tipo de pessoa:
Eclesiastes 5:10
Quem ama o dinheiro
jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também
isto é vaidade.
C.
Este texto diante de nós faz referência direta aos lucros excessivos da
sociedade capitalista em que vivemos e ao conceito de “mais valia” como
proposto por Karl Marx onde o esforço coletivo gera a riqueza de uns poucos que
os exploram.
D. A
Bíblia diz que os crentes devem trabalhar por dois motivos:
1. Em
primeiro lugar devemos trabalhar para não sermos pesados aos irmãos —
2 Tessalonicenses 3:7—12
7 pois vós mesmos
estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos
portamos desordenadamente entre vós,
8 nem jamais comemos
pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia,
trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós;
9 não porque não
tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós
mesmos, para nos imitardes.
10 Porque, quando ainda
convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma.
11 Pois, de fato,
estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente,
não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia.
12 A elas, porém,
determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando
tranqüilamente, comam o seu próprio pão.
2. Em
segundo lugar devemos trabalhar para podermos ajudar àqueles que necessitam de
ajuda —
Efésios 4:28
Aquele que furtava não
furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que
tenha com que acudir ao necessitado.
3. Em nenhum lugar no Novo
Testamento somos exortados a trabalhar para enriquecer ou para acumular bens
materiais. Muito pelo contrário.
E. O
homem na parábola de Jesus fala consigo mesmo. Ao contrário da mulher que acha
a moeda perdida, do pastor que encontra a ovelha perdida e do pai na parábola
do filho pródigo que convidam seus conhecidos, vizinhos e servos para se
alegrarem com eles, esse homem está completamente só. Ele não tem ninguém com
quem conversar.
F.
Ao mencionar que o homem conversava consigo mesmo nós começamos a compreender a
visão que Jesus tinha do tipo de prisão que a busca insaciável por bens
materiais produz. A vida neste tipo de vazio costuma criar suas próprias
realidades e dentro dessa realidade onde nos ouvimos este homem anunciar sua
solução para o problema.
V – Jesus conta uma Parábola
– Terceira Parte – O Plano do Homem para Resolver o Problema.
18 E disse: Farei isto:
destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o
meu produto e todos os meus bens.
A.
Note a centralização de suas idéias. Tudo era seu. Não havia gratidão em seu
coração, nem a intenção de repartir o que era seu com ninguém. Os dons de Deus,
como que num passe de mágica se tornaram:
1. Meus
frutos
2. Meus
celeiros
3. Meu
produto
4. Meus
bens
VI – Jesus conta uma
Parábola – Quarta Parte – O Futuro na Perspectiva do Homem
19 Então, direi à minha
alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e
regala-te.
A.
Este diálogo entre homem e si mesmo não é apenas triste. Ele é miserável!
B.
Aqui estamos diante de um homem autoconfiante que realmente acha que chegou lá!
Ele é o que podemos chamar de o verdadeiro “Rei da Cocada Branca e Preta”.
C.
Mas apesar de todo este sucesso ele só pode se referir à sua própria alma.
D. O
diálogo mantido entre o homem e sua ALMA indica que esse homem acreditava que a
totalidade das necessidades da pessoa total poderiam ser satisfeitas pelo
excesso de bens materiais, os quais deveriam ser bem preservados para o uso
exclusivo do proprietário.
VII – Jesus conta uma
Parábola – Quinta Parte – Os Bens tão Queridos são Abandonados.
20 Mas Deus lhe disse:
Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem
será?
A. A
língua grega usada por Lucas tinha 4 palavras diferentes para caracterizar um
tolo:
1. Anoétos
— negligente
2. Ásofos
— sem sabedoria
3. Móros
— tolo
4. Áfron
— estúpido, tolo.
B. Lucas
escolhe a palavra Áfron – estúpido, tolo para caracterizar o homem descrito na
parábola.
C.
Quando olhamos o texto em grego percebemos o intricado jogo de palavras: O
homem descrito na parábola pensa que o excesso de bens materiais — euforéuo —
irá produzir a vida abundante — eufrón —, mas pensando assim ele não passa de
um tolo — áfron.
D.
Ele é um tolo porque o verbo “pedirão” indica claramente que lhe será pedido de
volta algo que está somente emprestado: sua própria alma!
E.
Da mesma maneira que os bens mencionados no início da parábola lhe haviam sido
dados por empréstimo, assim também sua própria alma era emprestada.
F.
Como já vimos, apesar de todos os seus bens ele era um solitário. No meio dessa
solidão a voz de Deus ressoa vigorosa: Olhe para você mesmo. Veja o que você
fez consigo mesmo. Você planejou tudo sozinho, construiu tudo sozinho, indulgiu
em tudo sozinho e agora você vai morrer sozinho.
G. A
pergunta de Deus, “e o que tens preparado, para quem será?”, é
pertinente porque aquele que morre nunca pode ter certeza do que irá acontecer
com seus bens.
VIII – Segunda Palavra
de Sabedoria
21 Assim é o que
entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.
A.
Essas palavras ecoam as palavras de Jesus encontradas no Sermão da Montanha que
dizem:
Mateus 6:19—21
Não acumuleis para vós
outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões
escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem
ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o
teu tesouro, aí estará também o teu coração.
B.
Jesus nos coloca diante de um desafio. O que faremos com nossas vidas? Iremos
entesourar para nós mesmos ou seremos ricos para com Deus?
Lucas 9:23—25
Dizia a todos: Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e
siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por
minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se
vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?
Conclusão: os
ouvintes originais desse diálogo são desafiados a considerar as seguintes
verdades:
A. Nenhum
clamor de justiça que não esteja revestido de autocriticismo será ouvido por
Jesus.
B: Jesus
se recusa terminantemente a contribuir com qualquer tipo de juízo que irá
causar o rompimento final entre irmãos.
Jesus não veio para dividir e sim para reconciliar.
C.
Quando clamamos por justiça muitas vezes estamos precisando de socorro. Nós
estamos enfermos e precisando de ajuda.
D.
Bens materiais são dons de Deus. A própria alma humana é emprestada!
E. A
pessoa que acha que a vida abundante e a segurança estão em bens materiais é um
tolo e um estúpido.
F. A
vida abundante é fruto de sermos ricos para com Deus.
OUTRAS PARÁBOLAS DE JESUS PODEM SER ENCONTRADAS NOS LINKS ABAIXO:
001 – O Sal
002 – Os Dois Fundamentos
003 – O Semeador
004 – O Joio e o Trigo =
005 – O Credor Incompassivo
006 — O Grão de Mostarda e o Fermento
007 — Os Meninos Brincando na Praça
008 — A Semente Germinando Secretamente
009 e 010 — O Tesouro Escondido e a Pérola de Grande Valor
011 — A Eterna Fornalha de Fogo
012 — A Parábola dos Trabalhadores na Vinha
013 — A Parábola dos Dois Irmãos
014 — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 1
014A — A Parábola dos Lavradores Maus — Parte 2
015 — A Parábola das Bodas —
016 — A Parábola da Figueira
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019 — A Parábola do Servo Fiel e Prudente
020 — A Parábola das Dez Virgens
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022 — A Parábola das Ovelhas e dos Cabritos
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024 — A Parábola dos Pássaros e da Raposa
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026 — A Parábola da Mão no Arado
027 — A Parábola do Bom Samaritano — Completo
027A — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 1
027B — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 2 — Os Ladrões e o Sacerdote
027C — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 3 — O Levita
027D — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 4 — O Samaritano
027E — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 5 — O Socorro
027F — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 6 — O transporte até a hospedaria
027G — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 7 — O pagamento final
027H — A Parábola do Bom Samaritano — Parte 8 — O diálogo final entre Jesus e o doutor da Lei
028 — A Parábola do Rico Tolo —
029 — A Parábola do Amigo Importuno —
030 — A Parábola Acerca de Pilatos e da Torre de Siloé
031 — A Parábola da Figueira Estéril
032 — A Parábola Acerca dos Primeiros Lugares
033 — A Parábola do Grande Banquete
034 — A Parábola do Construtor da Torre e do Grande Guerreiro
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036 — Introdução a Lucas 15 — Parábolas Acerca da Condição Perdida da Raça Humana — Parte 002
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037 — Parábolas de Jesus — Mateus
18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Completa
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/06/parabolas-de-jesus-sermao-037-parabola.html
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037F — Parábolas de Jesus — Mateus 18:12—14 e Lucas 15:4—7 — A Parábola da Ovelha Perdida — Parte 006 — A importância das pessoas perdidas.
Que
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Alexandros
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Desde
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