segunda-feira, 23 de novembro de 2015

EDUCAÇÃO CRISTÃ - ESTUDO 010 - A EDIFICAÇÃO DA IGREJA



O propósito dessa série é introduzir o leitor na vasta gama de materiais relacionados à Educação Cristã. Nosso foco central estará sempre localizado nos chamados “Ministérios da Igreja” que refletem a vida prática ou o dia a dia do que deve estar acontecendo em todas as igrejas locais.

O PROPÓSITO DISTINTO E SINGULAR DE DEUS PARA OS NOSSOS DIAS

A – A Filosofia Dominante no Mundo tanto na Sociedade quanto na Igreja

Para onde caminha nosso mundo? Qual é filosofia dominante dos dias de hoje? É importante respondermos a estas perguntas, pois como o livro de Provérbios nos ensina —

Provérbios 23:7

Porque, como imagina em sua alma, assim ele é; ele te diz: Come e bebe; mas o seu coração não está contigo.

Nossa sociedade tem sido definida de várias formas nestes últimos trinta anos. A característica comum das definições atuais é a existência do termo “pós” associado a outros termos. A impressão que temos é que algo passou, foi completado ou terminou sobrando somente um pessimismo, beirando mesmo o desespero. Assim temos as seguintes definições:

1. Pós-capitalista — Ralf Dahrendorf

2. Pós-burguesa — George Lichtheim

3. Pós-moderna — Amitai Etzioni

4. Pós-coletivista — Sam Beer

5. Pós-literária — Marshall McLuhan

6. Pós-civilizada — Kenneth Boulding

7. Pós-tradicional — S. N. Eisenstadt

8. Pós-histórica — Roderick Seindenberg

9. Pós-industrial — Daniel Bell

10. Pós-puritana e Pós-protestante — Sidney Ahlstrom

11. Pós-cristã —Francis Schaeffer

De todos estes “pós” aquele que tem sobrevivido e causado ondas mais intensas é o pós-modernismo. Todavia, como é reconhecido pelos três maiores expoentes do pós-modernismo — Michael Foucault, Jacques Derrida e Richard Rorty, o Pós-Modernismo é um movimento filosófico que tem suas raízes e se desenvolve a partir do Existencialismo. Portanto, podemos concluir que, seja na sua forma original, seja nos desenvolvimentos posteriores, o Existencialismo continua sendo a filosofia dominante dos nossos dias.

O Existencialismo, como filosofia popular, é uma forma de Romanticismo, que exalta o indivíduo como criador dos seus próprios valores e significado da vida. É uma forma de Humanismo que tenta descobrir e reafirmar o que significa ser humano. O Movimento se divide em duas partes:

1. Existencialismo propriamente dito, que por sua vez se divide em:

a. Existencialismo Religioso representado por Soren Kierkegaard, Karl Barth, Richard e Reinhold Niebuhr e Emil Brunner por um lado, e Martin Heidegger, Rudolf Bultmann, Paul Tillich e Thomas Altizer pelo outro.

b. Existencialismo Secular, e Fenomenologia Existencial.

Ambos movimentos concordam que o que define os seres humanos não é a posse duma alma ou alguma essência anterior ou mesmo um EGO, e sim atos livres e intencionais da consciência, por meio dos quais o mundo passa a ter significado. Jean Paul Sartre condensou o ideal existencialista ao afirmar “existência precede a essência”. Em outras palavras ele quis dizer que aquilo que o homem é precisa ser decidido pelo próprio homem. Somente o homem pode resolver a questão da sua humanidade e mesmo assim, somente momentaneamente, à medida que ele age. Coisas como natureza humana ou moralidade estão sujeitas àquilo que o homem decide ser, como ele formula seu futuro. 

B. Quais são as características (ênfases) desta Filosofia:

1. Nenhuma ênfase no passado ou no futuro.

2. Nenhuma crença em absolutos.

3. Ênfase na falta de propósito para a vida dos seres humanos.

Infelizmente não são poucos os cristãos engolfados pela filosofia existencialista. Entre estes vamos encontrar, por um lado, aqueles que se recusam a aceitar a infalibilidade e inerrância da Bíblia, e por outro lado, os que se recusam a aceitar a necessidade absoluta da Igreja. Independentemente da filosofia dominante, precisamos parar e perguntar: Qual é o plano de Deus para os nossos dias? Para que possamos responder esta pergunta, torna-se necessário estabelecermos uma fonte de informação que nos seja de inteira confiança. Vamos então, de comum acordo, aceitar ser a Bíblia, com o Antigo e Novo Testamento, verbalmente inspirada e sem erros nos autógrafos originais.


C – Qual é o Propósito de Deus Para os Nossos Dias?

1 – A Cristianização do Mundo

Será que o plano de Deus é a cristianização do mundo?  Quer Deus que todo mundo se torne cristão?

2 Pedro 3:9 diz —

Não querendo que nenhum se perca senão que todos cheguem ao arrependimento.

Existe uma defasagem permanente quando comparamos o número de pessoas que se denominam cristãs com o número total de pessoas nascidas no mundo. A população da Terra chegou a 1 bilhão de habitantes em 1850. De acordo com o Atlas da enciclopédia Britânica , em 1º de Janeiro de 1995 a população da Terra era de aproximadamente de 5 bilhões e 628 milhões de habitantes. O ritmo de crescimento é de 2.3% ao ano. Com esse ritmo devemos dobrar a população a cada 35 anos. Por outro lado, há 200 anos, nos primórdios do movimento missionário moderno, os cristãos nominais representavam 25% da população total.  Depois de 200 anos de esforços missionários tremendos e da introdução de técnicas modernas como literatura, filmes e principalmente o rádio, chegamos a ser 34% da população total em 1993. Em 2006 a estimativa era que os cristãos nominais representavam cerca de 36% de toda a população da terra.  Ou seja, 2.38 Bilhões para uma população total de 6.67 Bilhões, 2006. Números atualizados para 2015 indicam que os cristãos nominais representam hoje cerca de 2,2 bilhões num universo total de 7,250 bilhões de habitantes no planeta terra ou 30,5%.

Conhecendo o caráter e os atributos de Deus, sabemos que Ele não falha nos seus planos. Jó afirma acerca de Deus —

Jó 42:2

Bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos pode ser frustrado

Deus é imutável, seu caráter nunca muda, e o que Ele tem planejado fazer, Ele fará. O que nós precisamos fazer, para não sermos confundidos, é discernir qual é exatamente o plano de Deus.

2 – A Evangelização do Mundo
Será que o plano de Deus é a evangelização do mundo? Isto se relaciona com a pregação do evangelho até aos confins da terra. Passagens geralmente dadas em apoio a uma resposta afirmativa a esta pergunta são:

Mateus 28:19—20

19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

Marcos 16:15

E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.

Atos 1:8

Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

Se examinarmos a história da igreja, veremos que esse aspecto, apesar de não se constituir em numa grande falha também não representou um sucesso constante.

A. De 32 até 64 d.C. — Durante este período o Cristianismo se espalhou pela bacia do Mediterrâneo. Passagens como

Atos 14:19—23

19 Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio e, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto.

20 Rodeando-o, porém, os discípulos, levantou-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu, com Barnabé, para Derbe.

21 E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio, e Antioquia,

22 fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus.

23 E, promovendo-lhes, em cada igreja, a eleição de presbíteros, depois de orar com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.


Colossenses 1:23

Se é que permaneceis na fé, alicerçados e firmes, não vos deixando afastar da esperança do evangelho que ouvistes e que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, me tornei ministro.


1 Tessalonicenses 1:6—8

6 Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo,

7 de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia.

8 Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma;

2 Timóteo 4:17

Mas o Senhor me assistiu e me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a ouvissem; e fui libertado da boca do leão.

nos mostram a estratégia utilizada por Paulo para expandir o Cristianismo.

B. De 64 até 313 d.C. — Durante esse período os cristãos foram grandemente perseguidos pelos romanos. O motivo da perseguição não era o fato dos cristãos crerem em Cristo e sim o fato de eles não aceitarem adorar o imperador. Isso era considerado alta traição e a pena era a morte. A execução da pena podia ser através da crucificação, do queimar a pessoa viva e de lançar os cristãos para serem devorados pelas bestas nas arenas.

C. Em 313 d.C., o imperador Constantino, através do edito de tolerância, conhecido como Edito de Milão, transformou o Cristianismo numa religião legal. Em 381 d.C. o Cristianismo tornou-se a religião oficial do império.  Durante esse período as pessoas foram forçadas a se tornarem cristãs mediante o batismo. Quantos se tornaram verdadeiramente cristãos é impossível de ser determinado.

D. De 476 d.C. — Início da queda do Império Romano até a Reforma Protestante, houve uma significativa diminuição nos esforços evangelísticos, já que existiu um grande declínio no conhecimento no mundo ocidental, pois o mesmo tornou-se monástico.  Somente aqueles que adentravam os monastérios tinham acesso aos estudos.

E. De 1750 d.C. até o presente, ver item 1 — A Cristianização do Mundo.

Será que o plano de Deus é a evangelização do mundo? A evidência bíblica não é clara e não existe nenhuma declaração específica de Cristo dizendo ser este o plano dEle. Assim temos, se os pontos 1 e 2 não representam o plano de Deus, qual é então o plano ou propósito de Deus para os nossos dias?


3 – O Plano de Deus é:

Exegese de Mateus 16:18

κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς[1]

Tradução:

Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

A. Pontos Salientes

1 – A ênfase está na expressão “eu te digo” e não em algum contraste entre “tu és o Cristo X tu és Pedro”. Cristo chama Pedro pelo nome que Ele mesmo havia conferido a Simão: Petros em grego = Cefas em aramaico. Note no contexto de Mateus como Cristo ainda se refere a Pedro como Simão —

Mateus 16:17

Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.

2 – Existe um evidente jogo de palavras entre Petros — pequena porção da rocha — e Petra — rocha — no grego. A mesma palavra traduzida aqui por pedra é usada em Mateus 7:24 e traduzida por rocha. Os tradutores optaram por pedra para manter um possível jogo de palavras também em português. Mas, e se o diálogo original se passou em aramaico? A expressão KEPHA — Cefas — não implicaria no jogo de palavras.

3 ἐκκλησίαekklissía — assembleia ou igreja. A palavra era usada para descrever uma assembléia regular dos cidadãos de uma cidade conforme podemos ler em Atos 19:39, bem como uma congregação dispersa — ver Atos 8:1—3. Mateus é o único dos quatro evangelistas a usar a palavra ἐκκλησίαekklissía — assembleia ou igreja, como tendo sido proferida por Cristo. Jesus usou esta palavra propositadamente. Da mesma maneira como a palavra grega ἐκκλησίαekklissía — assembleia ou igreja foi usada na tradução feita das escrituras hebraicas para o grego conhecida como Septuaginta em passagens tais como:

Deuteronômio 31:30
Καὶ ἐλάλησεν Μωυση̂ς εἰς τὰ ὠ̂τα πάσης ἐκκλησίας Ισραηλ τὰ ῥήματα τη̂ς ᾠδη̂ς ταύτης ἕως εἰς τέλος[2]

Salmo 106:32

ὑψωσάτωσαν αὐτὸν ἐν ἐκκλησίᾳ λαου̂ καὶ ἐν καθέδρᾳ πρεσβυτέρων αἰνεσάτωσαν αὐτόν[3]

para representar a congregação de Israel reunida no Antigo Testamento, essa mesma palavra, ἐκκλησίαekklissía — assembleia ou igreja, também representa o Novo Israel no Novo Testamento. O Salmo 89 é crucial para entendermos Mateus 16:18. O texto do Salmo 88 na Septuaginta — LXX — que corresponde ao Salmo 89 na Almeida Revista e Atualizada nos oferece o seguinte:

οἰκοδομηθήσεται oikodomethésetai — Salmo 89:3 na LXX e 89:4 na ARA diz – Para sempre estabelecerei
ἐκκλησίᾳ ἁγίων ekklissía agíonassembleia dos santos  — Salmo 89:6 na LXX e Salmo 89:5 na ARA.

κατισχύσει katisxúseifirme  Salmo 89:23 na LXX e Salmo 89:21 na ARA

χριστόν cristóvUngido — Salmo 89:39,52 na LXX e Salmo 89:38, 51 na ARA — teu ungido – messias

ᾅδου — ádou — sepulcro — Salmo 89:49 na LXX e Salmo 89:48 na ARA.

Note que praticamente todas as palavras importantes do versículo de —

Mateus 16:18,

κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς[4]

podem ser encontradas no Salmo 89. Deve ficar evidente que a afirmativa de Jesus não tem nada a ver com Pedro já que mesma faz referência a um Salmo que foi escrito cerca de 1000 anos antes de Pedro existir. O salmo 89 é um salmo messiânico e reflete a vitória do Ungido de Deus sobre seus inimigos, incluído a morte. Somente Jesus tem esses atributos. Ele é o χριστόν cristóvUngido Messias – do Senhor, aquele que vai edificar — οἰκοδομήσωoikodoméso) Sua ἐκκλησίανekklessíav — igreja, e as portas do ᾅδου — ádou — inferno, não κατισχύσουσιν — latisxúsoisin — prevalecerão contra ela.

Não devemos ter nenhuma dúvida de que Cristo tinha em mente o Salmo 89 ao fazer a afirmação que fez para Pedro em Mateus 16:17——18 e que, em nenhuma hipótese ele poderia, sobre nenhuma perspectiva, estar se referindo a Pedro quando disse aquelas palavras. O pensamento do Senhor, certamente estava no Salmo 89.

4 – Edificar a Igreja

Em 1 Pedro 2:5 o apóstolo Pedro declara —

Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois οἰκοδομήσωoikodoméso — edificados casa espiritual.

Diante desse verso é muito difícil escaparmos da conclusão que Pedro está fazendo uma referência direta a Mateus 16:18. Mais adiante em —

1 Pedro 2:9—10

9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

10 vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.

ele nos dá prova concludente de que está se referindo à igreja como um todo e não a algum corpo local de cristãos — ver também 1 Pedro 1:1. A Igreja é então uma GRANDE CASA ESPIRITUAl. É o Israel de Cristo e não a nação judaica que está sendo descrito aqui.


Quem é a Rocha? Não é Pedro, nem primariamente nem exclusivamente. Pedro, com a resposta que deu —

Tu és o Cristo

forneceu a dica para a ilustração sobre que rocha a igreja seria edificada. É exatamente porque a igreja está sendo edificada sobre Cristo que a perpetuidade da mesma está garantida.


5 – O Ades

O Ades é tecnicamente o mundo invisível, correspondendo ao Sheol hebraico, à terra dos que partiram, à morte. O apóstolo Paulo usa a expressão θάνατε thánate — morte na citação que faz de —

Oséias 13:14

Eu os remirei do poder do inferno e os resgatarei da morte; onde estão, ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua destruição? Meus olhos não vêem em mim arrependimento algum.


em 1 Coríntios 15:55

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?

Em Oséias 13:14, na tradução das escrituras hebraicas para o grego conhecida como a Septuaginta — LXX —, encontramos tanto a palavra Ades como a palavra morte e as duas querem dizer a mesma coisa. A expressão Ades é muito comum em túmulos da Ásia Menor o que testemunha seu uso comum na religião da Grécia antiga. Os pagãos costumavam dividir o Ades em duas partes: Elisium e Tártaros. Já os Judeus, nos dias de Cristo, ver Lucas 16:19—31, o dividiam em: Seio de Abraão e Inferno  ou Ades. No Antigo Testamento o conceito de “portas do” Ades” — o Sheol — nunca admite nenhum outro significado que não seja a θάνατεthánate θάνατε — morte. Ou seja: É a morte que dá acesso à região tenebrosa —

Jó 38:17

Porventura, te foram reveladas as portas da morte ou viste essas portas da região tenebrosa?

Salmos 9:13

Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte.

Salmos 107:18

A sua alma aborreceu toda sorte de comida, e chegaram às portas da morte.

Isaías 38:10

Eu disse: Em pleno vigor de meus dias, hei de entrar nas portas do além; roubado estou do resto dos meus anos.

Aqui em Mateus 16:18 não temos o Ades atacando a Igreja e sim a proclamação do fato de que a morte — a porta do inferno — não tem qualquer possibilidade de vencer a Igreja. Que é exatamente o questionamento feito pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios15:55 conforme vimos acima.

A Igreja está edificada sobre o messianismo do seu Senhor, e a morte, o portão do Ades, não prevalecerá contra ela, pois não conseguirá mantê-lO prisioneiro. Naquele momento, essa era ainda uma verdade envolta em certo mistério, mas em breve ela seria proclamada com todas suas implicações.

Atos 2:22—32

22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis;

23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos;

24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela.

25 Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado.

26 Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança,

27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.

28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença.

29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.

30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,

31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.

32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.

A Igreja permanecerá eternamente porque Cristo irá vencer os portões do Ades — a morte — e retornar vitorioso. Como ele viverá eternamente será o garantidor da perpetuidade da Igreja, que é Seu povo.

6 – Conclusões

1. Ênfase está em “Eu digo”. É o Senhor Jesus quem fala.
2. Igreja: assembléia local e congregação dispersa = povo de Deus.

3. Igreja Local e Universal = grande casa espiritual.

4. A rocha sobre a qual a Igreja está sendo edificada é Cristo —

Efésios 2:20

Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular.

5. A Igreja permanecerá para sempre. Cristo é quem garante.

6. A morte não tem qualquer possibilidade de vencer a Igreja.

O plano de Deus apesar de não ter começado dinamicamente ao tempo de Mateus 16:18 estava, todavia, destinado a pleno sucesso. Nas palavras de Tiago em

Atos 15:14

Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para seu nome

temos o propósito de Deus para os nosso dias.

Nos próximos estudos dessa série iremos falar de:

1. O que é a Igreja?

2. Como está sendo formada a Igreja?

3. Quando a igreja começou?

4. Quais são alguns dos princípios mais básicos que existem no Novo Testamento que devem ser utilizados para direcionar a Igreja?

OUTROS ESTUDOS ACERCA DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

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002 — A EXCELÊNCIA DA VIDA PESSOAL DAQUELES QUE DESEJAM ENSINAR — PARTE 002

003 —A EXCELÊNCIA DA VIDA PESSOAL DAQUELES QUE DESEJAM ENSINAR — PARTE 003

004 — A IMPORTÂNCIA DA ALIANÇA COM DEUS

005 — OS ALVOS DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

006 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 001 — INTRODUÇÃO — OS COLONIZADORES VÊM EM NOME DE DEUS

007 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 002 — NOSSAS ESCOLAS TEOLÓGICAS

008 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 003 — IGREJAS CORPORATIVISTAS E INSTITUCIONALIZADAS E EDUCAÇÃO CRISTÃ PADRONIZADA

009 — A IGREJA NO PRINCÍPIO DO SÉCULO XXI – PARTE 004 — CONSUMISMO E CELEBRITISMO

010 — O PROPÓSITO SINGULAR DE DEUS PARA OS NOSSOS DIAS

011 — A PALAVRA IGREJA NO NOVO TESTAMENTO

012 — A EXPRESSÃO GREGA “EM CRISTO” — ἐν Χριστῷ

013 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA

014 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 002

015 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/09/educacao-crista-estudo-015-o-que-o-novo.html
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018 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 006 — HUMILDADE E AMOR EM MEIO À DIVERSIDADE DE DONS
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019 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 007 — A IGREJA COMO MISTÉRIO DE DEUS
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020 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — Parte 008 — COMO A IGREJA É FORMADA OU CRIADA?
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/educacao-crista-estudo-020-o-que-o-novo.html


021 — O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO ACERCA DA IGREJA — PARTE 009 — QUANDO A IGREJA COMEÇOU?
Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

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[1]Black, M., Martini, C. M., Metzger, B. M., & Wikgren, A. (1993, c1979). The Greek New Testament — electronic edition of the 4th edition. United Bible Societies, Federal Republic of Germany, 1993.
[2]Septuaginta. 1979. Published in electronic form by Logos Research Systems in electronic edition. Deutsche Bibelgesellschaft Stuttgart, 1996.
[3]Septuaginta. 1979; Published in electronic form by Logos Research Systems, 1996 (electronic ed.) (Sl 106:32). Stuttgart: Deutsche Bibelgesellschaft.
[4]Black, M., Martini, C. M., Metzger, B. M., & Wikgren, A. (1993, c1979). The Greek New Testament — electronic edition of the 4th edition. United Bible Societies, Federal Republic of Germany, 1993.

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