INTRODUÇÃO
A. Na mensagem anterior nos falamos que o verdadeiro Natal:
1. Não tem nada a ver com uma data específica. Celebramos o evento do nascimento do Salvador e não guardamos uma data específica.
2. Não tem nada a ver com aspectos culturais como árvores, enfeites, toalhas de mesa, luzes e etc. Uma leitura da narrativa do Natal, especialmente a que encontramos em Lucas 2, deixa isso bem claro e evidente.
3. E, definitivamente, o Natal de Jesus não tem nada a ver com esta imagem mítica que chamamos de “Papai Noel”. Imagens de “Papai Noel” são verdadeiras afrontas a Deus e devem ser removidas pelo que simbolizam: um ser todo-poderoso. Isto Deus realmente não tolera.
B. Mas o Natal, tem a ver sim com a atitude do nosso coração. De nos aproximarmos com reverente adoração deste menino chamado Jesus de quem conhecemos a graça, que, sendo rico, se fez pobre por amor de nós, para que, pela sua pobreza, nos tornássemos ricos —
2 Coríntios 8:9
Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.
C. Hoje queremos apresentar a versão do nascimento de Jesus segundo o evangelista Lucas, que está 100% alinhada com as palavras do apóstolo Paulo acima.
JESUS SE FEZ POBRE PARA NOS FAZER RICOS
I. O Nascimento de Jesus — Lucas 2:1—8
A. O nascimento de Jesus nos revela uma grande verdade: nosso Deus é soberano e é, de fato, o Deus da história.
B. José e Maria estavam noivos e, naqueles dias, o noivado era considerado equivalente ao casamento, pois só poderia ser desfeito por meio de um divórcio, mesmo sem a consumação duma relação sexual. O evangelista Mateus deixa bem claro que esse era o caso de Maria e José, quando diz:
Mateus 1:18
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo.
C. Maria e José moravam num pequeno vilarejo da Galileia chamado Nazaré. Essa vila estava a 135 quilômetros de Jerusalém. E a distância entre Jerusalém era de 10 quilômetros, sempre na direção sul —
D.
José e Maria, não tinham nenhum motivo para saírem de Nazaré em direção a
nenhuma outra cidade, todavia:
E. Uma profecia do Antigo Testamento, feita pelo profeta Miqueias, por volta do ano 700 a.C. dizia o seguinte acerca do nascimento do Messias —
Miqueias 5:2
E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
F. O menino que Maria levava em seu ventre era o Messias esperado — ver Lucas 1:32—33.
G.
Entretanto, era necessário que o menino nascesse em Belém e não em Nazaré. Era
necessário que Maria e José se deslocassem de Nazaré até Belém para que a
profecia de Miqueias fosse cumprida.
H.
Era possível que Deus enviasse Gabriel ou outro anjo para orientar o casal
quanto a essa necessidade, mas Deus não usa meios extraordinários quando outros
meios estão disponíveis.
I. De repente, do meio do nada, surge um decreto imperial de César Augusto ordenando um censo do império. Naqueles dias, como nos dias de hoje, o governo central baixa seus decretos e o povo que se lasque para cumprir o que o decreto determina. E o decreto do censo, exigia que as pessoas fossem registradas nas cidades onde a família tinha se originado.
J. José era da família do rei Davi e, por isso, ele precisava se deslocar de Nazaré para Belém, a cidade de seus antepassados originais — ver Lucas 2:1—5.
K. O texto de Lucas é bastante sucinto ao descrever o nascimento de Jesus — Lucas 2:6—8. Como podemos ver pelo texto bíblico, a imaginação humana produziu muitas coisas que foram incorporadas ao nascimento do Senhor Jesus.
II. O Nascimento de Jesus Anunciado aos Pastores — Lucas 2:8—14
A. Como acabamos de ver, o nascimento de Jesus aconteceu da maneira mais humilde possível. Em linha com esse nascimento simples, o mesmo não foi anunciado para os ricos e os poderosos da terra, mas para meros pastores.
B. Lucas nos diz que os pastores eram tão pobres que viviam nos campos, cuidando dos seus rebanhos. Eram homens humildes que dependiam completamente de Deus para seu sustento diário — Lucas 2:8.
C.
Existia um enorme preconceito contra pastores de ovelhas naqueles dias. Por
motivos que desconhecemos eles eram vistos como pessoas desonestas e até mesmo
ladrões. Por viverem nos campos, os pastores eram também considerados impuros
pelas elites de Jerusalém e estavam proibidos de frequentar as áreas do templo.
D.
Todavia, foi para esses homens humilhados, pobres e desprezados que Deus
decidiu revelar os grandes acontecimentos que haviam ocorrido na cidade de
Belém. A revelação se deu em duas etapas —
1. Primeiro aconteceu a manifestação e um anúncio do nascimento do Salvador, do Messias que é também o Senhor, feito por um único anjo — Lucas 2:9—12.
Apesar dum único anjo ter se manifestado isso foi suficiente para infundir profundo temor nos pastores. Isso é algo muito diferente desses pretensiosos que alegam ver anjos e, até mesmo, o próprio Senhor Jesus que os conduzem por tours celestiais e até mesmo infernais!!
2. Em seguida surge uma milícia celestial que se estende da terra até as maiores alturas louvando a Deus e anunciando paz aos seres humanos — Lucas 2:13—14.
III. A Reação dos Pastores e das Outras Pessoas — Lucas 2:15—17.
A. Para todos os feitos e sob qualquer ângulo que olhemos para a reação dos pastores, a mesma é um perfeito exemplo a ser seguido por todos nós.
B. Ao ouvirem as novas reveladas pelos anjos, os pastores não perderam tempo e, prontamente se animaram uns aos outros com a intenção de irem até Belém para confirmar o que lhes tinha sido anunciado — Lucas 2:15.
C.
De fato, o texto nos diz que os pastores foram apressadamente até Belém e conseguiram encontrar Maria e a criança,
conforme o anjo lhes tinha anunciado instantes antes — Lucas 2:16.
D.
Depois de terem confirmado o que lhes foi anunciado, os pastores passaram então
a divulgar os fatos dos quais tinham sido testemunhas — Lucas 2:17.
E. A história do verdadeiro Natal de Jesus é simples e maravilhosa.
Conclusão
Para concluir quero apresentar apenas algumas das muitas lições que essa narrativa simples e maravilhosa tem para nos ensinar
A. O imperador romano, César Augusto, não tinha a menor ideia que não era o verdadeiro governador dos seus dias. O verdadeiro soberano sobre a terra era e continua sendo o Senhor Deus —
Efésios 1:11
Nele (isto é, Cristo), digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade.
B. Apesar do governo central fazer exigências, muitas vezes exorbitantes, José e Maria não consideraram, nem por um instante sequer, a possibilidade de não obedecerem um decreto que não era contrário à vontade revelada de Deus. Nesse aspecto eles devem ser um exemplo para nós nos dias de hoje.
No Brasil do ano 2016 estamos vivendo uma experiência onde nossos governantes querem pensar como a expressão latina que diz Rex Lex — ou seja, o Rei é a Lei. Mas nós como cristãos temos o dever de defender a verdade que é o exato oposto disso: Lex Rex — ou seja, A Lei é o Rei, ou devemos ser governados pelas leis e não pela vontade dos governantes. Como crentes devemos nos apegar ao cumprimento estrito da Constituição Federal e não aceitar que a mesma seja pisoteada por quem que seja.
C. Do mesmo modo que não havia lugar para José e Maria na hospedaria, também não há lugar para o Senhor Jesus em muitos corações. Esses corações estão como que lotados com ideias acerca de riquezas, honra, prestígio, prazeres de toda ordem, negócios e etc. Não há espaço, nem tempo para o Salvador.
D. As novas acerca do nascimento de Jesus são definidas pelo anjo como novas de grande alegria. Existem muitas alegrias, mas nenhuma pode ser comparada à alegria que apenas Deus pode produzir em nossas vidas.
E. As novas são acerca do nascimento de Jesus, que é Cristo, o Senhor. Por mais que nosso mundo se esforce para substituir Jesus por outras coisas ou pessoas, sem Jesus não existem boas novas e nem comemoração verdadeira do chamado Natal.
F. Os anjos proclamaram dizendo: Glória a Deus e paz aos homens. Essa é, sempre a ordem certa das coisas. Primeiro Deus, depois os seres humanos. Tal ordem não deve nunca ser invertida.
G. Os pastores são um excelente exemplo para nós:
1. Primeiro porque receberam com fé o anúncio feito pelos anjos e agiram em cima da palavra recebida. Assim devemos proceder também, sempre que lemos ou ouvimos a Palavra de Deus.
2. Em segundo lugar, porque eles não perderam tempo em anunciar as boas novas para todas as pessoas que encontraram pelo caminho. Assim devemos proceder nós também.
H. Como dissemos, a história do verdadeiro Natal de Jesus é simples e maravilhosa. Que ela possa continuar nos encantando por anos sem fim, pois, como diz o apóstolo Paulo:
2 Coríntios 8:9
Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.
Um verdadeiro Feliz Natal para todos os que creem e recebem a revelação de Deus como os pastores fizeram.
Que Deus abençoe e todos.
Alexandros Meimaridis
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Os comentários não representam a opinião do Blog O Grande Diálogo; a responsabilidade é do autor da mensagem, sujeito à legislação brasileira.
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