Essa é uma série cujo propósito é estudar os conceitos bíblicos de vida, morte, estado intermediário e eternidade. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade.
CONTINUAÇÃO...
UM
CONCEITO UNIVERSAL: A CRENÇA NA VIDA DEPOIS DA MORTE
Os
artefatos humanos mais antigos demonstram de forma indisputável que os seres
humanos acreditavam na vida depois da morte desde o princípio. O simples fato
que os seres humanos sempre tiveram um cuidado extremo em sepultar os mortos em
vez de apenas deixá-los apodrecendo e para serem devorados por animais, revelam
um comprometimento com a vida depois da morte. Desde o princípio os seres humanos
demonstraram uma profunda reverência com seus mortos porque entendiam que:
enquanto o corpo estava inerte — morto — a mente ou a alma estavam em algum
outro lugar.
Quando
nos voltamos para a análise da literatura da Antiguidade notamos,
imediatamente, a enorme quantidade de textos relacionados com a morte e com a
vida depois da mesma. O Livro Egípcio dos
Mortos nos revela o complexo entendimento que a pujante civilização que
surgiu às margens do Nilo tinha acerca da vida depois da morte. A literatura
chinesa mais antiga nos fala de forma eloquente acerca da vida depois da morte.
O Livro Tibetano dos Mortos nos fala
das crenças antigas acerca da vida depois da morte daqueles que habitavam no
topo do mundo. As crenças babilônicas e assírias acerca da vida depois da morte
são indisputáveis. Os Vedas do hinduísmo
enfatizam que a morte não representa o fim da existência. Gregos, romanos,
europeus em geral, habitantes da Groenlândia, esquimós, índios das três Américas
e aborígenes australianos acreditavam numa vida consciente depois da morte.
Na
história da humanidade, a crença na vida depois da morte é tão universal e
natural que os poucos indivíduos que se opõem à mesma, como é o caso do
filósofo grego Epiteto foi sempre visto como uma verdadeira aberração,
completamente fora da norma.
É
óbvio que não podemos afirmar que apenas porque algo é logicamente válido
porque é crido pela vasta maioria das pessoas no mundo, ainda assim podemos
sustentar como válido que o peso da prova ao contrário repousa sobre os ombros
dos contrários. Compete à minoria refurtar a opinião da minoria e, em seguida,
estabelecer sua própria opinião.
Quando
nos voltamos para a Antiguidade buscando elementos que neguem a crença na imortalidade,
nós acabamos com as mãos vazias. Os materialistas reagem a isso considerando
tratar-se de algo impensável e viram
as costas para os fatos. Eles se recusam a admitir que o peso da prova repousa
sobre seus ombros. Mas a simples negativa não é suficiente nem aceitável. A
negativa dos materialistas modernos acerca das evidências a favor da
imortalidade não está em nenhuma evidência sólida e convincente.
É
na área da psicologia moderna que nós podemos encontrar alguns motivos para a
negação da imortalidade. Segundo alguns estudiosos tal negação suge, sem
dúvida, de traumas psicológicos que conduzem à repressão que qualquer ideia que
possa parecer ameaçadora para o indivíduo.
Quando
um indivíduo adota um estilo de vida onde as ideias de Deus, da vida depois da
morte e, especialmente, do inferno, parecem ameaçar as opções feitas pelo
indivíduo, então tais ideias ou conceitos precisam ser descartados. E assim o
indivíduo se livra dos conceitos que ameaçam seu estilo de vida.
O
apóstolo Paulo deixa claro em uma passagem de sua Epístola aos Romanos que o
motivo porque os seres humanos negam a verdade divina é porque a mesma produz
neles uma desconfortável convicção de pecado:
Romanos
1:18—32
18
A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que
detêm a verdade pela injustiça;
19
porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus
lhes manifestou.
20
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a
sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo,
sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por
isso, indesculpáveis;
21
porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe
deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios,
obscurecendo-se-lhes o coração insensato.
22
Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos
23
e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem
corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.
24
Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu
próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;
25
pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura
em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!
26
Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres
mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à
natureza;
27
semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se
inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com
homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.
28
E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a
uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,
29
cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja,
homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores,
30
caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos,
inventores de males, desobedientes aos pais,
31
insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.
32
Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que
tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim
procedem.
CONTINUA...
OUTROS
ARTIGOS ACERCA DE VIDA, MORTE, ESTADO INTERMEDIÁRIO E ETERNIDADE
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Estado Intermediário e Eternidade — Introdução à Hermenêutica ou Interpretação
das Escrituras Sagradas — Parte 003
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Estudo 007 — Vida, Morte,
Estado Intermediário e Eternidade — Unidade e Diversidade nos Seres Humanos —
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Estudo 009 — Vida, Morte,
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Estudo 010 — Vida, Morte,
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003
Estudo 011 — Vida, Morte,
Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Novo Testamento — Parte
001 — ψυχή — Psiché
Estudo 012 — Vida, Morte,
Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Novo Testamento — Parte
002 — πνεῦμα — pneûma —
espírito, καρδίᾳ — Kardía —
Coração, διανοίᾳ — dianoía; φρόνημα — frónema; νοήμα — noéma; νοῦς — nous — Mente.
Estudo 013 — Vida, Morte,
Estado Intermediário e Eternidade — Termos Usados no Novo Testamento — Parte
003 — ἔσω ἄνθρωπον — éso ánthropon =
homem interior; νεφρόι — Nefroi =
rins
Estudo 014 A —
Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como
algo Universal — Parte 001
Estudo 014 B — Vida, Morte, Estado
Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal —
Parte 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/05/vida-morte-estado-intermediario-e.html
Estudo 014 C — Vida, Morte, Estado Intermediário e Eternidade — A Crença na Imortalidade como algo Universal — Parte 003.
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Alexandros
Meimaridis
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