Mostrando postagens com marcador Aécio Neves. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aécio Neves. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

SILAS MALAFAIA AINDA É UM DOS POUCOS QUE ACREDITAM NA REVISTA VEJA



A revista VEJA que por aqui não serve sequer para forrar a casinha das minhas cadelas, antecipou para sexta-feira (24/10) o lançamento da sua edição semanal que ordinariamente aparece apenas aos domingos.

Na sua capa traz uma mentira deslavada de que o doleiro metido na operação Lava Jato teria revelado que o ex-presidente Lula e a atual presidente Dilma Rousseff tinham pleno conhecimento de todas as maracutaias investigadas pela polícia federal com relação à PETROBRÁS.

O Silas Malafaia, que compete com a revista para ver quem fala mais contra Dilma e Lula, logo acreditou na denuncia da VEJA e fez mais um videozinho tão execrável como os últimos que têm feito para implorar o voto em Aécio Neves. Seu apelo é dirigido ao povo evangélico a quem o Silas deixa transparecer que não passa mesmo de um bando de perfeitos idiotas se não votarem conforme a vontade dele.

Mas o Silas não entende uma realidade simples: Deus é soberano e o eleito ou eleita será aquele que o SENHOR quiser:

Romanos 13:1-2

1  Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.

2  De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação.

Agora, quanto aos candidatos que o Silas apoiou, vejamos o que aconteceu com eles:

1. Primeiro foi o Everaldo, o Breve.

2. Depois foi Marina, que arruinou sua carreira em busca de uma mal-sucedida aventura.

3. Por fim veio sua excelência o senador da republica Aécio Neves que provou, mais uma vez, que o povo simples desse país sabe reconhecer muito bem aqueles que desejam apenas seduzi-lo.

O último vídeo cheio de falsas acusações e ameaças de golpe e etc., poderá ser visto por meio do link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=aPZ0C6eC45s#t=201

Ao final do vídeo o leitor poderá soltar uma sonora gargalhada, diante do resultado final das eleições de 2014.

Da nossa parte apesar de termos desaconselhado o voto na presidenta Dilma por escrito há meses, nossa atitude é aceitar a eleição da mesma e orar por todos em posição de autoridade para vivermos em paz, como a própria Bíblia nos orienta:

1 Timóteo 2:1-4

1  Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens,

2  em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito.

3  Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador,

4  o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

A postura do Silas, como fica evidente por esse e outros vídeos é pregar o medo que apenas cabecinhas que, se existirem, existem apenas e exclusivamente entre o povo chamado evangélico.

Que Deus abençoe a todos e nos ajude a nos livrar de homens maus com esse senhor.

Alexandros Meimaridis

Que Deus abençoe a todos e nos ajude a nos livrar de homens maus com esse senhor.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

sábado, 11 de outubro de 2014

SILAS E SUA NOVA PATACOADA AGORA A FAVOR DE AÉCIO




Silas Malafaia continua querendo aparecer mais do que os candidatos a presidente. Não contente em ter outro de seus infames vídeos retirado do ar às vésperas das eleições para o segundo turno, agora lança novo vídeo para propor o voto em Aécio Neves. Nas eleições que elegeram Lula ele apoiou o candidato do PT.

A hipocrisia do Silas só não é maior do que sua boca. No novo vídeo ele faz, outra vez ilações de que o discurso da presidenta Dilma na ONU em 2012, faz a apologia de extremistas islâmicos que assassinam cristãos. Sua ilação além de mentirosa é injuriosa.

Entre os motivos que Malafaia apresenta para se votar em Aécio e não em Dilma — que por sinal não recomendamos o voto na presidenta e muito menos nesse senhor que gosta de construir mimos para parentes seus — como aeroportos — com o dinheiro público, estão os seguintes:

1. Alternância de poder. Gozado, o Malafaia não tem uma palavra sequer para falar da falta de alternância de poder em São Paulo onde o PSDB do sr. Aécio Neves governa há 20 anos, indo já para 24, ou seja, o PSDB já governou São Paulo 66% de tempo há mais que o PT governa o Brasil. Quer falar em alternância de poder, taí um prato cheio. Mas como alguém já disse, o único interesse que o Malafaia tem é o interesse próprio e não a verdade e o bem do povo brasileiro.

2. O segundo motivo do Malafaia é o mensalão. Existe pouco que se possa dizer sobre isso, até porque os acusados já foram quase todos julgados — tem um que fugiu para a Itália — e devidamente condenados, estão cumprindo penas. Agora gostaríamos de ver algo parecido ter acontecido antes na História Republicana, quando pessoas atreladas ao partido no poder tiveram seus membros acusados, julgados e condenados. Isso só foi possível graças a abertura que o presidente Lula deu tanto para o Ministério Público Federal quanto para a Polícia Federal. Mas para o Malafaia isso não interessa. Para ele só interessa seus próprios interesses. Por isso o resto da fala do Mala não passa de encheção de linguiça.

3. Malafaia fala como se só existisse corrupção no governo do PT. Veja abaixo artigo que fala do propinoduto do partido do candidato Aécio Neves. Portanto, vamos deixar as mentiras e hipocrisia de lado.

A notícia original falando da corrupção do PSDB vem acompanhada de uma série extensa de outras denuncias que também poderão ser acessadas. Segue o link principal:


4. O Malafaia cita a constituição brasileira em seu artigo que afirma que o Brasil repudia o terrorismo e o racismo. A partir disso ele volta a fazer ilações entre a sugestão da presidente Dilma na ONU de se manter um diálogo com os terroristas, como se isso fosse equivalente a dizer que a presidenta Dilma Vana Rousseff estivesse apoiando tais grupos. Foi por esse motivo que o Juiz do TSE mandou tirar do ar o outro vídeo desse mentiroso senhor. Recomendamos que todos leiam nosso artigo anterior sobre esse assunto que poderá ser visto por meio desse link aqui:


5. Silas atribui tudo de bom que está acontecendo no Brasil — no tempo presente mesmo, sem perceber que o PT está há doze anos no poder e está incluído nesse “tudo de bom” do falastrão — ao Plano Real. Silas parece que descobriu a varinha de condão do Harry Potter. Problemas na Segurança Pública? Plano Real! Problemas na Saúde? Plano Real! Problemas na Educação? Plano Real! Problemas com a Economia? Plano Real. Ah! Me esqueci, nós já estamos no Plano Real!!

Por fim, todas as vezes que ouvimos o Silas Malafaia falando temos a impressão que a maioria das pessoas para as quais ele se dirige, o chamado povo evangélico, são mesmo patéticas e estão dispostas a dar ouvidos a pessoas com ele. Pena. Pena mesmo.

Como podemos ver o eleitor brasileiro está mesmo numa verdadeira sinuca de bico nessas próximas eleições.

Ah! o vídeo do Silas poderá ser visto por meio desse link até ser tirado do ar:

Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:

http://www.facebook.com/pages/O-Grande-Diálogo/193483684110775

Desde já agradecemos a todos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

ROBSON RODOVALHO DA SARA NOSSA TERRA DECIDE APOIAR MARINA SILVA

Bispo Robson Rodovalho declara apoio a Marina Silva
Bispo Rodovalho afirmou que a decisão foi tomada após o recuo da candidata do PSB à Presidência em apoiar o casamento gay (Reprodução/Facebook)

O material abaixo foi publicado pelo site da Revista VEJA.

Líder da igreja Sara Nossa Terra anuncia apoio a Marina

Por Mariana Zylberkan

O bispo Robson Rodovalho, líder da igreja Sara Nossa Terra, anunciou nesta terça-feira apoio à candidatura de Marina Silva (PSB) à Presidência. Ex-deputado pelo DEM, Rodovalho é uma das poucas lideranças evangélicas que ainda não haviam se posicionado nestas eleições.

O apoio foi definido após a candidata do PSB recuar e modificar o trecho de seu programa de governo que defendia o casamento gay. "Esse movimento da candidata Marina sinalizou sua firme decisão de dialogar. Com isso, entendemos que a discussão sobre essas questões será travada o mais democraticamente possível, no âmbito do Congresso Nacional. Não será fruto de uma determinação, uma decisão unilateral do Executivo", diz o bispo.

Fundada em 1992, a Sara Nossa Terra tem sede e presença forte no Distrito Federal, onde a candidata do PSB lidera as pesquisas de intenções de voto.

O candidato do PSDB, Aécio Neves, chegou a participar de um evento da Sara Nossa Terra em 25 de julho, em São Paulo, em busca de apoio de Rodovalho. Na ocasião, o bispo e sua mulher, bispa Lúcia Rodovalho, fizeram uma oração para abençoar a campanha de Aécio.

O artigo original do site da VEJA poderá ser visto por meio desse link aqui:

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/bispo-rodovalho-anuncia-apoio-a-marina-silva

NOSSO COMENTÁRIO

Após a trágica morte de Eduardo Campos e da indicação de Marina Silva como a candidata à presidência pelo PSB, houve um gigantesco esvaziamento da campanha do chamado Pastor Everaldo.

Rodovalho não é o único a decidir apoiar Marina. Silas Malafaia que gravou um vídeo pedindo votos para o Pastor Everaldo, já pulou fora do barco e agora apóia Marina, algo que se recusou a fazer em 2010, é bom lembrar. Malafaia decidiu apoiar Marina Silva por um simples fato: Marina Silva tem reais possibilidades de se eleger e Silas poderá assim se vingar do PT, partido que ele apóia no Rio de Janeiro, mas que deseja, a qualquer custo ver fora do palácio do planalto. Marina não servia em 2010, mas agora ela pode ser útil ao radicalismo evangélico tão desejado por essa liderança que diz representar os evangélicos. Haja hipocrisia.

Enquanto isso, o Pastor Everaldo vai aos poucos desmantelando sua estrutura de campanha provando que não tinha nem vocação política nem um chamado de Deus para se candidatar. Assim, nos livramos de alguém que se conseguisse um número mínimo de votos que fosse, poderia sentir-se fortalecido o suficiente para fazer exigências estapafúrdias, como as propostas pelo Silas Malafaia de que os candidatos eleitos terão que assinar documentos se comprometendo com a agenda dos chamados evangélicos. Mas é sempre bom que se diga que os evangélicos representam apenas ¼ de todos os votos. Algo que, apesar de não ser desprezível, também não os torna tão poderosos como gostariam.

Somente Deus sabe o resultado das próximas eleições, mas é possível que a massa de manobra evangélica surpreenda ou que seja duramente surpreendida pelo resultado final das urnas.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:

sábado, 16 de agosto de 2014

O PODER DOS EVANGÉLICOS NA MÍDIA E NA POLÍTICA

Templo de Salomão
Antonio Miotto/FotoArena/Folha Press Templo de Salomão viito de cima, de dimensões monumentais

O material abaixo foi publicado na edição 811 da revista Carta Capita, antes, portanto, do trágico acidente que vitimou o candidato à presidência Eduardo Campos e mais sete pessoas.l.

Sociedade

Religião

ALÉM DO MISTICISMO

Os evangélicos crescem com efeitos importantes na política, mas só Deus conhece o desfecho dessa história
por Piero Locatelli e Rodrigo Martins

Sob forte esquema de segurança, o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, inaugurou o maior templo religioso do País, superlativo até nos detalhes. Com 100 mil metros quadrados de área construída, ele é quase quatro vezes maior que o santuário de Nossa Senhora Aparecida. O novo edifício tem 56 metros de altura e a fachada revestida com pedras vindas de Hebrom, cidade que abriga os túmulos de Abraão, Isaac e Jacó em Israel. O quarteirão inteiro pretende ser a recriação do Templo de Salomão, o primeiro de Jerusalém, segundo a Bíblia hebraica. O antigo santuário sobreviveu por quatro séculos, até ser totalmente destruído pelo Império Babilônico no século VI antes de Cristo. Arvora-se a ressurgir, agora, numa movimentada avenida da zona leste de São Paulo, ao custo estimado de 685 milhões de reais.

O templo tem capacidade para abrigar 10 mil fiéis, além de dispor de um estacionamento com 2 mil vagas para carros. O altar seria a réplica da Arca da Aliança, que, segundo a tradição judaico-cristã, guardava os Dez Mandamentos esculpidos por Deus nas tábuas e entregues ao profeta Moisés. Na inauguração do colossal santuário, na quinta-feira 31/07/2014, a presidenta Dilma Rousseff chegou acompanhada por seu vice, Michel Temer, e pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. O governador paulista Geraldo Alckmin, do PSDB, e o vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, do PT, também se dispuseram a acompanhar o longo culto religioso, permeado por vídeos com histórias bíblicas e relatos de pastores e fiéis que superaram o vício da droga.

Não causa estranhamento tamanho interesse despertado na classe política. Somente a Universal conta com mais de 1,87 milhão de seguidores, segundo o Censo 2010, do IBGE. Os evangélicos das mais variadas denominações somam 42,3 milhões de fiéis, ou 22,2% da população, massa de eleitores cobiçadíssima. Trata-se da religião que mais cresce no Brasil, à custa de um lento, mas constante, declínio católico. Os seguidores da Igreja de Roma passaram de 73,6%, em 2000, para 64,6%, em 2010. Se mantida a tendência, os protestantes poderão representar um terço dos brasileiros na próxima década.

Mesmo após uma semana turbulenta, em que a presidenta concedeu sua primeira entrevista como candidata à reeleição, ouviu queixas de empresários em um evento da Confederação Nacional da Indústria e se reuniu com sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores, Dilma fez questão de cumprimentar Macedo pela faraônica obra. Para a campanha petista, é crucial restabelecer laços com a comunidade evangélica, que mantém uma relação conflituosa com o governo e costuma dar muita dor de cabeça nas eleições, como se viu em 2010 com o obscurantista debate sobre o aborto puxado pelos religiosos. Não por acaso, os nove partidos da coligação de Dilma optaram por criar um comitê específico para sensibilizá-los. A missão foi confiada a Marcos Pereira, pastor da Universal e líder do PRB, e aos presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do PROS, Eurípedes Júnior.

Dilma não é a única candidata em busca do voto evangélico. Em 7 de julho, no segundo dia oficial de campanha, o tucano Aécio Neves reuniu-se com o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção-Geral das Assembleias de Deus no Brasil. O encontro, realizado no bairro do Belém, também zona leste da capital paulista, reuniu mais de 2 mil fiéis. Foi articulado pelo ex-governador paulista José Serra, candidato do PSDB ao Senado por São Paulo, e pelo senador Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice na chapa de Aécio Neves.

Em 2010, o pastor Costa declarou apoio à candidatura de Serra, apesar de Marina Silva, então candidata à Presidência pelo PV e hoje vice na chapa de Eduardo Campos (PSB), ser uma devota assembleiana. Além disso, a filha do líder religioso, Marta Costa (PSD), foi indicada como segunda suplente de Ferreira na disputa pelo Senado na última eleição. A despeito das intensas movimentações no campo religioso, o senador José Agripino Maia (DEM), coordenador da campanha de Aécio, despista: “Não existe um planejamento para as igrejas evangélicas”.

Campos, por sua vez, participará de uma reunião em São Paulo com pastores da Igreja Brasil para Cristo no domingo 3. A coordenação da campanha socialista assegura que a vice Marina Silva está distante dessas articulações, por ser refratária à mistura de política com religião. Mas os socialistas admitem dialogar com grandes denominações evangélicas, a exemplo da Assembleia de Deus. A aproximação com setores religiosos ficou a cargo da comissão de articulação e mobilização, tocada por um representante da Rede, Pedro Ivo, e um do PSB, Milton Coelho.

Outros líderes evangélicos reúnem-se em torno da candidatura do pastor Everaldo Dias Ferreira, do PSC. Abertamente contra a descriminalização do aborto e a união civil entre casais do mesmo sexo, o candidato é um árduo defensor da redução da maioridade penal. Embora figure nas pesquisas com algo entre 3% e 4% das intenções de voto, Everaldo deve ter o mesmo espaço que Dilma, Aécio e Campos nos telejornais da TV Globo e nos debates. Mesmo com essa exposição, o pastor dificilmente alcançará uma votação de dois dígitos, avalia o cientista político Claudio Couto, da Fundação Getulio Vargas. “Everaldo tem potencial para crescer, pode até chegar a um patamar similar ao de Heloísa Helena em 2006, com 6,85% dos votos válidos, mas duvido que vá muito além disso.”

Com bandeiras obscurantistas e forte discurso oposicionista, Everaldo deve facilitar a vida de Aécio e Campos na campanha, inclusive por contribuir na dispersão dos votos evangélicos, o que pode precipitar o segundo turno. Deverá ainda difundir as pautas de líderes neopentecostais que disputam cadeiras no Congresso. Entre seus apoiadores está o deputado Marcos Feliciano (PSC-SP), ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e conhecido pelo seu desprezo a minorias. A cúpula do partido acredita que Feliciano triplicará o número de votos obtidos nas eleições passadas. Em 2010, ele arrebanhou 211 mil eleitores. O PSC também aposta na popularidade do cirurgião plástico Roberto Miguel Rey Junior, o Dr. Rey dos reality shows, para alavancar votos de seus candidatos a deputado federal em São Paulo.

Silas Malafaia, que apoiou Serra na última corrida presidencial, também já atua como cabo eleitoral de Everaldo. Líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o pastor escancarou sua estratégia em um vídeo distribuído na internet. “Existem centenas de projetos no Congresso Nacional para detonar a família, detonar os bons costumes da sociedade. Temos de marcar uma posição firme para que Everaldo, se não for para o segundo turno, possa ter quantidade de votos grande”, diz Malafaia. “E aí vamos sentar à mesa e dizer: olha aqui queridão, quer o nosso apoio? Você vai assinar um documento aqui, e não pode votar nisso, nisso, nisso. Esse é o jogo político.”

A principal aposta continua no Poder Legislativo. Nunca tantos pastores foram candidatos como nestas eleições. O número subiu de 193, em 2010, para 270 neste pleito, um aumento de 40%. Como termo de comparação, somente 16 padres católicos são candidatos em todo o País. A bancada evangélica projeta um crescimento de 30%, podendo chegar a 95 deputados federais e senadores. Atualmente, ela conta com 73 congressistas, de acordo com o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.


Nos últimos quatro pleitos, a bancada evangélica na Câmara passou de 44 para 71 deputados. Apenas em 2006, o número recuou para 32. À época, 16 parlamentares não se reelegeram após terem seus nomes envolvidos na Máfia das Ambulâncias, exposta pela CPI dos Sanguessugas. À exceção desse revés pontual, a tendência sempre foi de crescimento contínuo.

O número das bancadas religiosas em assembleias legislativas e câmaras municipais também tem disparado. Já há frentes parlamentares evangélicas organizadas em 15 estados. Nos municípios, é mais difícil mapear a tendência. Pelas contas do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política, o número de “vereadores de Deus” aproxima-se de 10 mil.

Dessa forma, em diferentes pontas do espectro político, os parlamentares evangélicos tentam influenciar a agenda nacional. Primeiro, na conquista de dividendos para as igrejas, como isenção fiscal, a manutenção das leis de radiodifusão, a obtenção de pedaços de ruas para a construção de templos, a instituição de leis que reconheçam a cultura evangélica e forcem a abertura dos cofres públicos a tais eventos. Mas também na criação de obstáculos à aprovação de projetos vistos como uma ameaça à família e aos bons costumes, entre eles os direitos LGBT.

De acordo com o coordenador do Centro de Educação, Filosofia e Teologia da Universidade Mackenzie, Rodrigo Franklin de Sousa, os neopentecostais têm uma atuação mais coesa e coordenada do que outros religiosos. “Eles descobriram essa ligação entre religião e poder e estão explorando cada vez mais esse viés”, afirma. “Tanto o protestantismo quanto o catolicismo têm, desde o Iluminismo, uma discussão em torno do Estado laico, do que deve ser papel da religião e da política. Mas muitas denominações evangélicas agem de forma mais pragmática.”

Os pragmáticos também estão presentes nas eleições ao governo dos estados. Anthony Garotinho, da Igreja Presbiteriana, e Marcelo Crivella, da Universal, lideram a disputa pelo governo do Rio de Janeiro, e ambos devem servir de palanque para a candidatura de Dilma à reeleição. Nas eleições de 2002, Garotinho terminou a corrida presidencial em terceiro lugar, com quase 18% dos votos válidos, um dos melhores desempenhos obtidos por um candidato evangélico. Só ficou atrás do resultado de Marina Silva em 2010, quando a ex-ministra conquistou 19,3% do eleitorado na disputa pela Presidência da República.

“É inegável o peso político desse segmento, mas não dá para vencer uma disputa majoritária defendendo os interesses de apenas um setor da sociedade”, pondera o sociólogo inglês Paul Freston, professor da Universidade de Wilfrid Laurier, no Canadá. Um dos principais estudiosos do protestantismo brasileiro e pós-doutor pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, Freston lembra que tanto Garotinho quanto Marina têm um histórico de atuação política anterior à conversão religiosa. “Eles não se apresentaram como o candidato dos evangélicos, e sim como políticos que, entre outras coisas, são evangélicos”, explica. “Além disso, é um equívoco acreditar que todos os protestantes formam um bloco coeso e monolítico. Dentro do mundo evangélico, há muitas divisões de cunho social, teológico e também político. Muitas igrejas continuam refratárias à participação de bispos e pastores na política nacional.”

A opinião é compartilhada por Couto, da FGV. “É tolice acreditar que 22% da população, pelo simples fato de ser evangélica, vai confiar seu voto num pastor ou num candidato da mesma religião”, avalia. “Esse tipo de apelo costuma funcionar mais em cargos proporcionais, para o Legislativo, e é até previsto certo crescimento da bancada religiosa a cada nova eleição.”

O êxito eleitoral dos candidatos evangélicos deve-se à sede de representação política desse segmento, mas também ao poder midiático de muitas igrejas. Um levantamento feito pelo Instituto de Estudos da Religião, em 2009, identificou 20 redes de televisão que transmitiam conteúdo religioso, das quais 11 eram evangélicas e nove católicas. Apenas a Igreja Universal controla mais de 20 emissoras de televisão, 40 de rádio, gravadoras, editoras e a segunda maior rede de tevê do País: a Record. O arrendamento de espaço para igrejas na tevê aberta é quase uma regra. Na Band, RedeTV! e Gazeta, o horário reservado a programas religiosos ultrapassa 30 horas semanais.

Até o ano passado, a Igreja Mundial do Poder de Deus, uma dissidência da Universal, liderada pelo pastor Valdemiro Santiago, dispunha de 1,6 mil horas mensais de programação na tevê. Ocupava, por exemplo, 23 horas diárias na Rede 21, do Grupo Bandeirantes. Pela exposição na RedeTV!, desembolsava 6 milhões de reais por mês. Não conseguiu, porém, bancar os milionários contratos e perdeu espaço para o rival Macedo. Mesmo com a gigantesca despesa nas obras do Templo de Salomão, a Universal conseguiu ampliar sua presença na tevê.

Aparentemente, parece nunca faltar dinheiro para os projetos da igreja. Nem por isso a Universal deixa de buscar formas para baratear seus custos. O Templo de Salomão foi erguido com um alvará de reforma, e não de construção. Com a manobra, a Universal deixou de pagar à prefeitura 5% do valor da obra, cerca de 35 milhões de reais, destinado a melhorias no entorno. Concedido em 2008, o documento foi expedido pelo antigo Departamento de Aprovação de Edificações, então chefiado por Hussain Aref, afastado do cargo após denúncias de corrupção e enriquecimento ilícito.

O caso é investigado pelo Ministério Público, mas a Universal diz não ter sido notificada sobre qualquer irregularidade. “É, no mínimo, prematuro afirmar que tenha havido fraude em qualquer etapa da construção do Templo de Salomão, que transcorreu ao longo de quatro anos sob intensa fiscalização e grande transparência”, afirmou a igreja por meio de nota.

Antes mesmo da inauguração, o novo santuário atraía visitantes de diferentes regiões do País, que chegam em caravanas com crachás pendurados para entrar no prédio com horário marcado. Uma única excursão do Rio de Janeiro trouxe 105 ônibus cheios para assistir a um culto. Bispos, pastores, obreiros e voluntários da igreja são os únicos autorizados a entrar no templo até agora. Os fiéis seguem regras rígidas. Nada de celulares, falatório, risadas ou roupas curtas.

Em frente ao Templo de Salomão, há uma Igreja Evangélica da Assembleia de Deus e a Paróquia São João Batista, praticamente uma miniatura diante do novo edifício. No restante da avenida há ao menos dez outros locais que abrigam cultos evangélicos, incluindo um da própria Universal.  A vizinhança se completa com lojas de equipamentos para restaurantes, móveis, material de costura, distribuidoras de diversos produtos, padarias baratas e ambulantes. Por lá também floresce um comércio com miniaturas do templo, bíblias e camisetas religiosas.

A construção também serve para atrair outros fieis. Fã do padre Marcelo Rossi, a copeira Odila Carla Ferreira, de 46 anos, ainda faz parte da maioria católica, mas demonstra como as fronteiras religiosas são tênues. Ela dedicou um dia de suas férias para “admirar” o local. “Não tenho carinho pela Universal, mas aprecio isso aqui. O templo foi feito para todos os cristãos.”

A postura de Odila reflete a estratégia bem-sucedida da Universal ao não identificar seu templo. Não há referências claras de que a construção foi feita pela igreja de Macedo. Os símbolos mostrados também são utilizados por outras religiões, como a estrela de Davi, a arca, o Menorá (candelabro judaico) e as oliveiras. 
A longuíssima barba cultivada por Macedo ajuda a personificar Moisés, profeta adorado por várias religiões.

Segundo Franklin de Sousa, os fiéis transitam facilmente entre diferentes denominações, e Macedo tenta tirar proveito disso. “A Universal já atrai fiéis de outros credos há muito tempo, porque a religiosidade brasileira é dada a esse tipo de sincretismo”, diz. “Algumas pessoas podem ter vergonha de admitir que vão à Universal, então esse templo dissociado dela pode produzir esse efeito,” explica o professor do Mackenzie.

E talvez angariar muitos votos. Voz da Universal no Congresso, o PRB hoje conta com 10 deputados federais e 21 estaduais. O presidente da legenda, pastor Marcos Pereira, diz ser possível dobrar o número nestas eleições. Com um palanque tão vistoso, é difícil contestar a profecia do líder religioso.

O artigo original da Carta Capital poderá ser visto por meio desse link aqui:


Apesar de não concordarmos com algumas afirmações que generalizam demais os fatos, ainda assim, recomendamos que todos tomem conhecimento do que anda pensando e fazendo a liderança dos chamados evangélico. PODER! ELES DESEJAM O PODER, já que lhes falta o verdadeiro poder do Espírito Santo em suas vidas.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:

http://www.facebook.com/pages/O-Grande-Diálogo/193483684110775

Desde já agradecemos a todos.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A MORTE DE EDUARDO CAMPOS


eduardo1

O material abaixo foi escrito por Leonardo Sakamoto e publicado o site do UOL notícias. O mesmo reflete com exatidão nossos próprios sentimentos.

Morte de Campos: a tentativa ignóbil de transformar a tragédia em piada

Por Leonardo Sakamoto

Nem bem a morte do candidato à Presidência da República Eduardo Campos em um acidente aéreo, nesta quarta (13/08/2014), foi confirmada e surgiram comentários com afirmações de mau gosto ou inferências políticas bizarras nas redes sociais.

Pessoas pedindo para que, no lugar de Campos, naquele jatinho, estivesse Aécio ou Dilma. Ou colocando a culpa em um ou em outro pelo acidente.

Não, isso não é piada. Muito menos revolta contra a política.

Há outro nome para esse tipo de ignomínia, para essa incapacidade crônica de sentir empatia com os passageiros de um avião que cai e com as pessoas que estavam em solo. Talvez essa impossibilidade de se reconhecer no outro e demonstrar algum apreço pela vida humana seja alguma forma de psicopatia grave.

O que não surpreende, pois tem o mesmo DNA das discussões estéreis e violentas levadas a cabo na internet, sob anonimato ou não. Mas não deixa de chocar.

Da mesma forma que choca alguns colegas jornalistas que no afã de prever o que vai acontecer com as eleições, analisam de forma desrespeitosa a situação, com ironias e sarcasmos que não cabem neste momento, desumanizando a cobertura da tragédia em busca de audiência.

É para isso que a gente desenvolveu tantas ferramentas tecnológicas com a justificativa de aproximar as pessoas e facilitar a comunicação? Para podermos mostrar como somos idiotas em tempo real? Se for assim, estávamos melhor com os tambores.

À família e aos amigos de Campos e de sua equipe e aos feridos entre os moradores de Santos, minha solidariedade. Aos que fazem disso uma brincadeira ou uma chance para vender mais, o meu eterno desprezo.

O artigo original de Leonardo Sakamoto poderá ser visto por meio do seguinte link:

http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/08/13/morte-de-campos-a-tentativa-ignobil-de-transformar-a-tragedia-em-piada/


Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e conselheiro do Fundo das Nações Unidas para Formas Contemporâneas de Escravidão.

Para pensar:

Mateus 16:24—27

24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.

25 Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á.

26 Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?

27 Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e, então, retribuirá a cada um conforme as suas obras.

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:

http://www.facebook.com/pages/O-Grande-Diálogo/193483684110775

Desde já agradecemos a todos.