Pela primeira vez nos últimos anos teve início no mês de Abril de 2012, na cidade da Filadélfia nos estado estadunidense da Pennsylvania, um julgamento em que um oficial da alta hierarquia na Igreja Católica Apostólica Romana é, formalmente, acusado de proteger padres abusadores, através da prática de mudá-los de paróquia em paróquia.
O personagem em
questão trata-se do monsenhor William Lynn que está sendo acusado de
conspiração e de colocar em risco a vida de crianças. Mosenhor Lynn serviu como
vigário clerical na Arquidiocese da cidade da Filadélfia de 1992 até 2004. O
vigário clerical é o responsável pela alocação de padres nas paróquias da
Arquidiocese.
Um júri popular
reunido antes do início do julgamento, para decidir se a arquidiocese deveria
ou não ser processada, decretou que o monsenhor Lynn tinha pleno conhecimento e
permitiu que muitos padres, sob sua direta supervisão, e acusados de abusarem
de menores, continuassem no ministério sacerdotal, algo que lhes facultava
total acesso a crianças desprotegidas. De acordo com a promotoria: “monsenhor
Lynn agia como se sua função fosse a de proteger os abusadores e nunca os
abusados”. Diante da clareza das evidências o júri reunido em Janeiro de 2012
decidiu enviar o processo para julgamento.
O caso do monsenhor
Lynn reverberou através de todos os Estados Unidos da América, incluindo a
prisão, em outubro de 2011 do bispo Robert W. Finn na localidade de Kansas City
no estado do Missouri, acusado de ter falhado em denunciar suspeitas de abusos
de pedofilia cometidos por um padre de sua diocese. O bispo Finn declarou-se
culpado.
Somente no ano de
2007 a Igreja Católica Apostólica Romana pagou, fora das cortes, cerca de 615
milhões de dólares em indenizações para encerar processos que estavam em
andamento. O total pago até agora excede o valor de alguns bilhões de dólares.
A organização responsável por supervisionar todos os sacerdotes nos Estados
Unidos da América declarou que mais de 4.000 — quatro mil — padres estão sendo
acusados de terem abusados de crianças. Esse número representa, grosso modo,
10% de todos os padres católicos romanos em atividade hoje nos Estados Unidos
da América. Mas essa estatística contabiliza apenas os padres que já foram
formalmente acusados diante de algum tribunal. Uma organização conservadora da
Igreja de Roma documentou essa miserável situação em sua publicação de
Outono/Inverno de 2002. Trata-se da revista Ad Majorem Dei Gloriam
— Para a maior glória de Deus — a qual apontou o
fato: “que a grande maioria de casos de abuso sexual dentro da Igreja Católica
Apostólica Romana — cerca de 90% dos casos — envolvem padres homossexuais abusando
de rapazes adolescentes. A vasta maioria tanto da mídia, quanto do povo
estadunidense deseja negar esse fato ou remover o fator homossexual de dentro
do escândalo. Uma vergonha”.
É bem como Jesus
nos advertiu:
Mateus 18:7
Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque
é inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual vem o escândalo!
Que o Senhor tenha
misericórdia dessa multidão de inocentes que foram e continuam sendo abusados
diuturnamente por aqueles que se auto intitulam representantes de deus. O juízo
deles não tarda e será com todo o rigor que merecem.
Deus abençoa a todos.
Os que tiverem
interesse em ler outro artigo abordando esse mesmo tema poderão fazê-lo
seguindo o link abaixo:
Alexandros Meimaridis
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