quarta-feira, 5 de junho de 2013

2 Coríntios 1:12 – 2:11— Sermão # 2 – Os Críticos de Paulo



Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Sermões na Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios.

Sermões na Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios

Introdução.

1. Paulo estava em Filipos quando escreveu esta Epístola para a Igreja de Corinto. 
2. O apóstolo Paulo manteve uma relação bastante tumultuada com a igreja em Corinto. Havia muitos problemas naquela igreja, incluindo-se aí, pessoas que não gostavam do apóstolo e que procuravam denegrí-lo e prejudicá-lo de todas as maneiras. É para esta igreja e para estas pessoas que ele abre seu coração. 
3.  Nesta porção queremos entender como o apóstolo Paulo reagiu às críticas que sofreu e como suas palavras e idéias foram distorcidas pelos que procuravam denegrí-lo. 

Os Críticos de Paulo 

I. O padrão seguido pelo apóstolo Paulo.
A. As críticas levantadas contra o apóstolo Paulo em Corinto diziam respeito a certas mudanças de planos que ele, Paulo, havia feito, com respeito a uma visita prometida aos Coríntios e que ainda não havia acontecido. 
1. Os Planos originais do apóstolo Paulo são apresentados em 2 Coríntios 1:15— 16 
15 Com esta confiança, resolvi ir, primeiro, encontrar-me convosco, para que tivésseis um segundo benefício; 
16 e, por vosso intermédio, passar à Macedônia, e da Macedônia voltar a encontrar-me convosco, e ser encaminhado por vós para a Judéia.
2. A mudança de planos é justificada em 2 Coríntios 1:23 
Eu, porém, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto.
3. Diante destes fatos devemos notar... 
B. A ignorância dos seus acusadores. 
1. O principal motivo da grande maioria das acusações é a ignorâncias dos acusadores e a ignorância dos fatos. Paulo põe o dedo na ferida nos versos de 1 Coríntios 1:13—14 
13 Porque nenhuma outra coisa vos escrevemos, além das que ledes e bem compreendeis; e espero que o compreendereis de todo,
14 como também já em parte nos compreendestes, que somos a vossa glória, como igualmente sois a nossa no Dia de Jesus, nosso Senhor. 
2. A acusação contra Paulo era a de que ele não tinha o menor interesse nos Coríntios. A prova? O fato de não ter ido visitá-los conforme prometera. 
3. Seus críticos tiraram suas próprias conclusões! Paulo não tem palavra e nem coragem! 
4. A verdade? Está em 2 Coríntios 1:23. Foi para poupá-los, foi por pura consideração a eles. Por causa do “amor que consagrava em grande medida aos Coríntios” — 2 Coríntios 2:4. 
Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida.
C. A confiança de Paulo diante dos seus acusadores.
1. Paulo tinha plena consciência que suas decisões eram governadas pela graça de Deus e não estavam baseadas na sabedoria humana! — 2 Coríntios 1:12 
Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco. 
2. Paulo é nosso exemplo de que não devemos deixar nos perturbar por juízos temerários — juízos que julgam nossos motivos — 1 Coríntios 4:3—4
3  Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto,
4  nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.

II. O Salvador a quem Paulo servia.
Paulo sabia que qualquer coisa dita contra um servo de Cristo podia, por extensão, ser dita contra seu Senhor. Por este motivo Paulo se preocupa com...
A. O Nome que não podia ser manchado.
1. Quando os acusadores de Paulo insinuaram que ele era covarde e que não tinha palavra, Paulo sabia que estas acusações poderiam ser estendidas ao Deus em nome do qual ele falava! 
2. É claro que muitas das acusações contra nós serão, muitas vezes, injustas e pouco razoáveis como era o caso das acusações feitas contra o apóstolo Paulo neste contexto. Mas precisamos tomar cuidado para não darmos nenhum motivo que possa ser justificado. 
3. Por este motivo Paulo se preocupa com... 
B. O Nome que precisava ser mantido limpo todo o tempo. 
1. Paulo procura explicar com toda a clareza seus motivos visando evitar qualquer dano ao bendito nome do Salvador. Em 2 Coríntios 1:15—16 Paulo afirma seus planos originais que estavam baseados em uma confiança mútua que existia antes, mas que agora não existia mais. 
15 Com esta confiança, resolvi ir, primeiro, encontrar-me convosco, para que tivésseis um segundo benefício; 
16 e, por vosso intermédio, passar à Macedônia, e da Macedônia voltar a encontrar-me convosco, e ser encaminhado por vós para a Judéia. 
2. Paulo reafirma que o motivo de não ter ido visitá-los foi para poupá-los de um encontro que poderia ser extremamente desagradável já que a confiança mútua que deveria existir entre eles estava seriamente abalada 
2 Coríntios 1:23 
Eu, porém, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não tornei ainda a Corinto. 
3. O verdadeiro motivo não era falta de coragem e sim ternas misericórdias. 
4. Nosso Deus é fiel e o apóstolo Paulo faz questão de enfatizar que ele também era fiel 
2 Coríntios 1:18 
Antes, como Deus é fiel, a nossa palavra para convosco não é sim e não. 
5. Por semelhante modo, Jesus é o sim de Deus concernente a todas as Suas promessas e como nós estamos “em Cristo” o mesmo é verdade a nosso respeito 
2 Coríntios 1:19—20 
19 Porque o Filho de Deus, Cristo Jesus, que foi, por nosso intermédio, anunciado entre vós, isto é, por mim, e Silvano, e Timóteo, não foi sim e não; mas sempre nele houve o sim. 
20 Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio 
6. Para garantir nossa fidelidade e postura firme, Deus nos ungiu, a todos nós indistintamente, com o Seu Espírito, o Qual também nos foi dado como selo e penhor 
2 Coríntios 1:21—22 
21 Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus, 
22 que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração.  

III. O tipo de tristeza que Paulo procurava evitar. 
Isto deliberei por mim mesmo: não voltar a encontrar-me convosco em tristeza – 2 Coríntios 2:1. 
A. A tristeza que precisava acabar. 
1. A tristeza não combina com o Evangelho do Senhor Jesus já que o Evangelho é glorioso e o fruto do espírito é ALEGRIA. 
2. A tristeza mencionada por Paulo tinha a ver com uma carta que não é 1 Coríntios e à qual Paulo faz referência em 
2 Coríntios 2:4 
Porque, no meio de muitos sofrimentos e angústias de coração, vos escrevi, com muitas lágrimas, não para que ficásseis entristecidos, mas para que conhecêsseis o amor que vos consagro em grande medida. 
3. Não sabemos exatamente ao que o apóstolo Paulo se refere, mas pode ser que esta outra carta tivesse relação ainda com a situação torpe mencionada em 1 Coríntios 5. 
4. Outro motivo da tristeza era fruto da disciplina, que havia sido aplicada ao ofensor. Paulo menciona esta situação em 
2 Coríntios 2:5—6. 
5  Ora, se alguém causou tristeza, não o fez apenas a mim, mas, para que eu não seja demasiadamente áspero, digo que em parte a todos vós. 
6  basta-lhe a punição pela maioria. 
5. Paulo estava preocupado que a disciplina pudesse entristecer tanto ao ofensor que o mesmo viesse desesperar da própria vida. 
6. Paulo desejava que este tipo de tristeza pudesse cessar logo e ansiava pela... 
B. A alegria que deveria reinar em toda a comunidade. 
 1. Paulo deixa claro que suas intenções: 
2 Coríntios 2:2 
Porque, se eu vos entristeço, quem me alegrará, senão aquele que está entristecido por mim mesmo? 
2 Coríntios 2:3 
E isto escrevi para que, quando for, não tenha tristeza da parte daqueles que deveriam alegrar-me, confiando em todos vós de que a minha alegria é também a vossa. 
2. Paulo deixa claro que o relacionamento mútuo entre pastor e comunidade deve ser de alegria mútua. Um precisa encontrar no outro, de forma recíproca, motivos de alegria e felicidade. 
3. Paulo desejava que a verdadeira alegria cristã que era a sua alegria, e não a falsa alegria do pecado fosse a alegria dos irmãos em Corinto. 
4. Paulo exorta os Coríntios a demonstrar amor e cuidados especiais para o ofensor arrependido 
2 Coríntios 2:7—10 
7 De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. 
8 Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor. 
9 E foi por isso também que vos escrevi, para ter prova de que, em tudo, sois obedientes. 
10 A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo. 
IV. Uma última advertência. 
A. Nós Precisamos: 
1. Evitar acusar nossos irmãos! 
2. Cuidar em que o bendito nome de nosso Senhor não seja enlameado por nossas atitudes. 
3. Ser firmes na nossa fidelidade e lealdade de uns para com os outros. 
4. Ser firmes nos casos que exijam o uso da disciplina bíblica. 
5. Cercar de todos os cuidados os ofensores para trazê-los de volta à plena comunhão. 
          6. Caso contrário seremos presa fácil do Diabo         
          2 Coríntios 2:11              
      Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios. 
Conclusão. 
1. Temos que estar preparados para a realidade de que vamos e seremos muitas vezes criticados. A grande maioria das críticas terão origem na ignorância própria dos nossos acusadores e na ignorância dos fatos — aquilo que realmente existe, que é real. Uma grande verdade que não pode ser ignorada é que a vasta maioria dos nossos críticos não está sequer interessada nos fatos. O que eles querem é apenas falar mal da gente! 
2. Qual é o padrão de conduta pelo qual seremos medidos? É o padrão divino, o juízo de Deus. Como este fato deve afetar nossos atos e palavras? 
3. Quer gostemos ou não a opinião que as pessoas em geral têm de nós irá manter estreita relação com a opinião que pessoas em geral têm do Senhor Jesus. Nossa responsabilidade é, portanto, imensa. O apóstolo Paulo nos adverte:  
Efésios 5:15. 
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios. 
4. Fidelidade mútua e dependência mútua são características vitais que precisam existir entre um pastor e sua comunidade e entre os membros da comunidade uns com os outros. Traição e falta de consideração são realmente marcas de que não existe nem unção, nem selo e nem penhor do Espírito Santo em nossas vidas. O apóstolo Paulo diz: 
2 Timóteo 1:7 
Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação 
5. Precisamos manter diante de nós a lembrança de que muitas vezes teremos que enfrentar situações desagradáveis onde teremos que aplicar a disciplina bíblica, visando produzir arrependimento em irmãos que se deixaram seduzir pelo engano do pecado. A disciplina bíblica, visa sempre, restaurar o ferido. Trazê-lo de volta ao barco! 
6. A alegria verdadeira conduz a mais alegria. A falsa alegria só conduz à desilusão e à mais tristezas! 
7. Quantas vezes, meus irmãos, nossas bocas são usadas como instrumentos de Satanás quando criticamos, quando falamos palavras desprovidas de misericórdia ou mesmo palavras mentirosas contra nossos irmãos e irmãs. 
8. Em última instância precisamos sempre nos lembrar que teremos que prestar contas à Deus e é com Ele que temos que ter consideração suprema. 
OUTRAS MENSAGENS EM 2 CORÍNTIOS PODEM SER ACESSSADAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO

001 — A Escola do Sofrimento – 2 Coríntios 2:1—11

002 — Os Críticos do Apóstolo Paulo — 2 Coríntios 1:12 — 2:11

003 — Como Paulo Entendia o Ministério Cristão — 2 Coríntios 2:12 — 3:3

004 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 3:4—18 — Parte 1

005 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 4:1—6 — parte 2

006 — Batalhas e Bênçãos — 2 Coríntios 4:7—15
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/10/2-corintios-4715-batalhas-e-bencaos.html

Grande Abraço e que Deus possa abençoar a todos. 
Alexandros Meimaridis 
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no facebook através do seguinte link:
Desde já agradecemos a todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário