terça-feira, 24 de setembro de 2013

APOCALIPSE 12:7 — A PELEJA NO CÉU— ESTUDO 010



ESTE ESTUDO É PARTE DE UMA SÉRIE DE ESTUDOS APRESENTADOS EM NOSSA IGREJA ATENDENDO À SOLICITAÇÃO DE UM DOS NOSSOS MEMBROS ACERCA DE “QUEM” PODERIA SER A MULHER MENCIONADA EM APOCALIPSE 12:1? NO FINAL DESSE ESTUDO VOCÊ ENCONTRARÁ OS LINKS PARA OS OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE.

Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos — Apocalipse 12:7.

Houve peleja no céu — Existe uma narrativa duma guerra no céu em 2 Macabeus 5:2—4 que diz: “2. Aconteceu que em toda a cidade e por mais de quarenta dias apareceram, correndo pelos ares, cavaleiros vestidos de ouro e armados com lanças, coortes armadas, espadas desembainhadas, 3. esquadrões alinhados para a batalha, perseguições e choques de um lado e de outro, movimentos de escudos, florestas de lanças, tiros de dardos, armaduras de ouro resplandecentes e couraças de todo o gênero. 4. Por isso, todos oravam para que tais aparições produzissem felizes resultados”.

Mas a narrativa acima parece mais um espetáculo fantasioso no céu, enquanto nosso texto, de Apocalipse, fala duma guerra prá valer.

A primeira coisa que temos nos perguntar diante desse verso é se o mesmo se refere a uma batalha que já ocorreu ou se diz respeito a algo que ainda irá acontecer. A intenção da peleja parece clara: Satanás deseja retornar à presença de Deus, pela força. A impressão que esse autor tem é que tal peleja, não diz respeito nem à expulsão original de Satanás da presença de Deus — interpretação muito influenciada pelo poema épico “Paraíso Perdido” de John Milton que viveu entre 1608—1684 — nem se trata dum quadro da vitória de Cristo sobre Satanás na Cruz — ver João 12:31. Parece mesmo tratar-se de um prelúdio cósmico ao fim dos tempos. É a única coisa capaz de explicar a terrível perseguição que será derramada sobre a Igreja do Senhor nos dias da tribulação final — conforme Apocalipse 13—14. Por outro lado, se o hino contido em Apocalipse 12:10—12 for tomado como uma descrição profética, então Satanás acabou de ser precipitado para a terra e, sabendo que pouco tempo lhe resta — verso 12 — voltou toda sua ira contra a igreja dos dias do apóstolo João. Mas é muito importante nos lembrarmos que: em se tratando de literatura apocalíptica não é conveniente pressionarmos demais nenhum ponto. Tudo o que esse verso nos afirma, de forma introdutória, é que a ira de Satanás é resultado direto da sua derrota no céu.

No judaísmo pré-cristão Miguel, que tinha sido concebido como patrono de Israel em oposição aos anjos padroeiros dos gentios, mais tarde passou a ser considerado como guardião dos justos de todas as nações, e mais tarde ainda sofreu outras modificações. Esse conceito colocava Miguel em direta oposição a Satanás, a própria personificação do mal. A grande batalha de Miguel deveria acontecer no final dos tempos a favor de Israel. Se essa última ideia for combinada com o conflito descrito em Apocalipse 12:7 acima, então o conflito entre Miguel e Satanás deverá acontecer nos fim dos tempos, muito próximo do clímax de todas as coisas.

Concepção Artística de Miguel

Miguel, o Arcanjo — Miguel era a maior figura do grupo dos anjos no judaísmo primitivo. Mesmo assim ele é mencionado apenas 3 vezes no Antigo Testamento:

1. Daniel 10:13 — Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia.

2. Daniel 10:21 — Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe.

3. Daniel 12:1 — Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro.

E apenas duas vezes no Novo Testamento:

1. Judas 9 — Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!

2. Apocalipse 12:7 — ver acima.

Curiosamente ele é mencionado uma única vez nos volumosos escritos dos pais da Igreja, no livro “Similitudes de Hermas 8.3.3”. Em Daniel 10:13—21, Gabriel — o único outro anjo chamado especificamente pelo seu nome em todo o Antigo Testamento — ver Daniel 9:21 — diz que ele e “o príncipe do reino da Pérsia” — isso é, um anjo representando o império persa — lutaram por 21 dias até que ele foi ajudado por Miguel e venceu a batalha. Em Daniel 10:20 o “príncipe da Pérsia e o príncipe da Grécia” são mencionados e, ao que parece, esses príncipes nada mais são do que os anjos nacionais da Pérsia e da Grécia. Começando com Daniel, Miguel é considerado como Μιχαηλ ὁ ἄρχωνMichael o árchon — Miguel, o príncipe — na versão de Teodoreto[1] da LXX, também chamado de Μιχαηλ ὁ ἄγγελος ὁ μέγαςMichael o ággelos o mégas — Miguel o Grande Anjo — na versão grega antiga, o qual tem a responsabilidade de defender os filhos de Deus — cf. Daniel 12: e comparar com 1 Enoque 20:5 — Miguel, um dos santos Anjos, foi estabelecido sobre a parte melhor dos homens, sobre o povo de Israel e sobre o Caos.

Apocalipse 12:7 é a passagem mais antiga que dispomos como prova que a Igreja Primitiva tinha a ideia que Miguel era o número um na hierarquia celestial. Como nosso texto diz que ele comanda anjos, ele não é descrito apenas como um arcanjo, mas como ἀρχιστράτηγοςarchistrátegos — algo equivalente a “marechal de campo” em sua função ou talvez apenas como um título. Muitos livros pseudoepigráficos usam essa mesma expressão. Entre esses, nós podemos citar: 1) Apocalipse de Paulo 14, onde anjos maus lutam contra anjos bons para impedir que uma alma sem pecado consiga entrar no céu. O texto diz, literalmente, o seguinte: “Miguel e todas as hostes de anjos adoram a Deus. Deus, por sua vez, entrega a alma que não pecou para que Miguel a conduza ao paraíso de júbilo onde deverá aguardar a ressurreição”; 2) Ainda em Apocalipse de Paulo 43, Miguel é novamente descrito como descendo do céu “e com ele toda uma hoste de anjos”; 3) No Evangelho de Bartolomeu 4:29, uma produção pseudoepigráfica do século IV d.C., Miguel é chamado de: “o capitão das hostes de cima”.   

Miguel é expressamente distinguido dos 70 anjos que são considerados patronos das nações. Esse conceito talvez tenha se originado de Gênesis 10 — a Tábua das Nações — que apresenta uma lista contendo 70 nações. Paralelo a esse fato, temos o envio de Jesus de 70 discípulos, algo que seria representativo também das 70 nações —

Deuteronômio 32:8—9

8 Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou os limites dos povos, segundo o número dos filhos de Israel.

9 Porque a porção do SENHOR é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança.

E do Livro dos Jubileus 15:31—32 — “31 E ele o santificou (o povo de Israel), e o ajuntou dentre todos os filhos dos homens, pois existem muitas nações e muitos povos, e todo lhe pertencem, e sobre todos Ele colocou espíritos de autoridade para fazê-los se afastarem dele. 32 Mas sobre Israel Ele não indicou nenhum malak — príncipe — ou espírito, pois Ele apenas é seu governante e Ele os preservará e exigirá cada um deles das mãos dos Seus malakim e dos Seus Espíritos e das mãos de todos os poderosos, para que possa preservá-los e abençoá-los, para que possam ser Seus e Ele ser deles, desde agora e para sempre”.

Todavia, em outro livro apócrifo “O Testamento dos Doze Patriarcas” Miguel não aparece com protetor apenas do povo de Israel, mas de todos os justos em geral. Assim, podemos ler o seguinte:

Testamento de Levi 5:3 — “Mas eu falei-lhe: ‘Peço-te, Senhor, dize-me o teu nome, para que eu possa invocar-te nos Dia da Tribulação. Ele disse: Eu sou aquele anjo que intercede pelo povo de Israel, para que não seja completamente aniquilado. Todo espírito mau atenta contra ele’. Então acordei, louvei o Altíssimo e também o Anjo que intercede pelo povo de Israel e por todos os justos”.   

Testamento de Dã 6:2 — “Ele sabe que o reino do Inimigo cessará no dia em que Israel fizer penitência. O Anjo da paz fortalece Israel, para que não venha a cair na pior desgraça. E mesmo Israel continuando na impiedade, ainda assim o Senhor não o abandona: o Anjo convertê-lo-á num povo que cumprirá Sua vontade; assim, nenhum Anjo se lhe compara. O seu nome estará presente em todos os lugares de Israel, bem como entre os pagãos”.

Em fontes judaicas da antiguidade, Miguel é chamado de ἀρχάγγελοςarchángelos — arcanjo. Isso pode ser visto no Testamento de Abraão; O livro de Adão e Eva; Parábolas de Jeremias, Apocalipse Grego de Baruque; 4 Livro de Baruque; Testamento de Moisés; Livro dos Jubileus. Nessas fontes Miguel também é chamado de ἀρχιστράτηγοςarchistrátegos — algo equivalente a “marechal de campo”— como vimos antes no próprio Apocalipse — em livros tais como: O Testamento de Abraão; 3 Apocalipse de Baruque; Apocalipse Grego de Esdras, onde Miguel é referido como השׂר הגדול hassar hagadol — o grande príncipe, que equivale a citação que já mencionamos de Daniel 12:1 Μιχαηλ ὁ ἄρχωνMichael o árchon — Miguel, o príncipe. Miguel, curiosamente, não é mencionado na literatura rabínica que encontramos na Mishná.

Já na LXX, o título ἀρχιστράτηγοςarchistrátegos — marechal de campo é usado duas vezes para se referir a seres celestiais — Josué 5:14 e Daniel 8:11. Na tradição judaica antiga, Miguel estava, geralmente, associado com um grupo restrito de seres celestiais que eram chamados pelos judeus de “anjos da presença”. Esses anjos eram identificados com um grupo de “quatro arcanjos” conforme podemos ver em: 1 Enoque 9:1; 40:9; 54:6; 71:8,9, 13; Apocalipse de Moisés 40:3; Oráculos Sibilinos 2:215; Números Rabba 2:10; Pesiq Rab Kah 4; ou com “sete arcanjos”: ver Tobias 12:15; 1 Enoque 20:1—7. O número sete está diretamente relacionado ao conceito que existia na antiguidade pela qual se acreditava que existiam sete planetas — isso incluindo o sol e a lua.

De acordo com essas tradições, esses anjos são vistos como tendo a responsabilidade de supervisionar certas atividades: Rafael supervisiona as curas; Gabriel, as guerras; Miguel cuida das orações e das súplicas do povo de Deus. Esse último é, muitas vezes, mencionado como o anjo mais importante, como acontece no Testamento de Abrão 4:5, onde lemos: “Esse Miguel é o primeiro dos anjos”. Miguel também está envolvido na luta escatológica entre os filhos da luz contra os filhos das trevas de Qumram. Apesar de Miguel ser mencionado apenas três vezes no chamado “Rolo da Guerra”[2] — 1QM 9:15—16; 17:6—8 — é muito provável que o mesmo tivesse um papel bem maior na angelologia da comunidade em Qumram, do que pode parecer à primeira vista. O dualismo ético de Qumran via todas as pessoas como, em última instância, influenciadas por dois seres sobrenaturais em conflito — 1QS[3] 2:18—19: o רוח האמתrûaḥ ha˒ĕmet — o “Espírito da Verdade” e o רוח העול rûaḥ hā˓āwel — o “Espírito do Mal”. Já a expressão מלאךְ חושׁךְ mal˒ak ḥôıšek — “Anjo das Trevas”, sem nenhuma dúvida, se refere a Belial, i.e., Satanás — 1QS 1:17—18; 3:20—21; CD 5:18—19[4] — ao passo que a expressão שׂר אורים śar˒ôrı̂m  — “Príncipe das Luzes” — 1QS 3:20: CD 5:18 — ou שׂר מאורśar mā˒ôr  — o “Príncipe da Luz” — (1QM 13:10), ou “Anjo da Verdade”, se referem a Miguel. Note que ambos possuem o mesmo título שׂרśar — “príncipe”, tanto em 1QS 3:20 como em Daniel 12:1 — que cita apenas Miguel.

Miguel e Melquisedeque também estão, provavelmente, identificados em 4QAmram 3:2. Tanto o “Anjo da Luz” — Miguel — e Belial possuem exércitos de anjos à disposição — 1QM 13:10—12. Miguel é apresentado em Daniel 10:21 e Judas 9 como aquele que guerreia contra as forças do mal. Ele é aquele que “segura as chaves do reino” — 3 Apocalipse de Baruque Eslavônico 11:2 — e como aquele que transporta as orações dos santos de Deus —  3 Apocalipse de Baruque Eslavônico 11:4. Ele é designado como o “grande príncipe” — ver Daniel 12:1; b. Hag. 12b; b. Menah. 1; b. Zebah 62a — o comandante chefe das forças angélicas – ver Daniel 10:13, 21; 2 Enoque 22:6; 33:10; Testamento de Abraão 14; 3 Apocalipse de Baruque em grego 11:4, 6.        

A intervenção de Miguel nos últimos tempos é uma grande necessidade reconhecida tanto pela literatura bíblica como pela pseudoepigráfica: ver Daniel 12:1; 1 Enoque 90:14 e, mais tarde, o livro que fala da suposta Ascensão de Moisés 10:1.

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O Dragão — Como sabemos pelo próprio texto de Apocalipse 12:9 esse dragão é também chamado de: a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo.

De acordo com o pensamento judaico, Satanás era, originalmente, um anjo que tentou se igualar com Deus. Como resultado disso ele foi precipitado do céu, juntamente com seus anjos, por onde vagueia desde então — ver 2 Enoque ou O Livro dos Segredos de Enoque  29:—3—4 — “E um da ordem dos anjos, tendo se rebelado juntamente com a ordem que se encontrava abaixo dele, concebeu um pensamento impossível, de colocar seu trono acima das nuvens e acima da terra, de tal maneira que pudesse tornar-se igual a mim em poder. Então eu o lancei fora das alturas com seus anjos e ele estava voando pelo ar, continuamente, sobre o abismo”. Uma citação semelhante aparece no livro pseudoepigráfico de “O Livro de Adão e Eva” 1:6, na tradução feita por Malan. Esses versos deixam claro que, uma vez, Satanás — uma mera criatura — tentou estabelecer seu trono em pé de igualdade com o Deus ETERNO e Criador de todas as coisas. Por esse motivo Satanás foi expulso da presença de Deus. 

Todavia, junto com essas tradições, a Bíblia e os escritos não bíblicos, nos falam que Satanás ainda preservou certas prerrogativas de frequentar o céu — a presença de Deus — ver Jó 1:6—7; Zacarias 3:1—4; 1 Enoque 40:7; Efésios 1:3, 9—10; 2:6; 3:10; 6;12; Ascensão de Isaías 7:9—11; 2 Enoque 7:1. É a existência dessas duas visões — expulso da, mas ainda permitido a frequentar a presença de Deus — que cria a grande expectativa escatológica, como a que encontramos aqui em Apocalipse 12,  de acordo com a qual, Satanás é lançado para fora do céu por Miguel, numa das batalhas entre o Reino de Deus e o reino das trevas. Tudo isso deve ser comparado com as palavras do próprio Cristo como registradas em Lucas 10:18 e João 12:31.

Todos esses versos nos ensinam que o mal já foi arrancado de seu trono de poder, o qual ele detinha de forma imprópria e que, o primeiro e mais importante estágio da derrocada completa de Satanás já foi alcançado — especialmente pela obra redentora de Jesus realizada sobre a cruz do Calvário, associada à Sua ressurreição, ascensão e o derramamento do Espírito Santo. Portanto, nesse exato momento, o campo de atuação do Diabo está severamente limitado. Existe, na mitologia persa, uma passagem que dá conta que uma vez, Arimã — o senhor das trevas — invadiu o céu de onde foi, prontamente, expulso. Mas a narrativa do Zoroastrianismo é posterior a narrativa bíblica encontrada no Gênesis. Idéias semelhantes foram adotadas pelo maniqueísmo[5] e pelos seguidores do mandeísmo[6] e pelos gregos.
Mas na religião persa nós encontramos não apenas o mito cosmológico como também a expectativa escatológica. De acordo com essa expectativa persa, nos últimos dias vai existir uma guerra no céu, onde Ahura-Mazda e os Amshaspands irão lutar contra Angra Manyu e seus seguidores e vencê-los e destruirão tanto esses, como a serpente chamada Gokihar.  

Outras passagens que devem chamar nossa atenção são:

Efésios 2:2 onde Satanás é chamado de “Príncipe da Potestade do Ar”.  A narrativa babilônica da deusa Ishtar, a deusa da estrela da manhã, é uma história paralela. Alusões à queda de Satanás podem ser encontradas, possivelmente em:

Isaías 14:12 — “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações”! O texto de Isaías está fazendo referência ao imperador babilônico, mas é possível que existam implicações que vão mais além. Mas todas as afirmações devem ser feita de modo ponderado, já que é impossível termos certeza absoluta que o texto de Isaías estaria se referindo a algum outro personagem, além do rei da Babilônia.

Ezequiel 18:12—19 é uma passagem bem mais complexa que a de Isaías e é difícil separarmos o rei de Tiro de outro personagem que, aparentemente, também é descrito nos mesmo conjunto de versos. Mas como falamos acerca de Isaías, também devemos usar de muita cautela nessa passagem.

Uma idéia semelhante pode ser encontrada em:

1 Timóteo 3:6 — “Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”.

Nessa passagem o pecado de orgulho está bem caracterizado como tendo sido cometido pelo Diabo e a mesma situação é usada para recomendar o cuidado que se deve ter com pessoas que alcançam ascensões meteóricas dentro da igreja, pois estão sujeitas a cair na prática do mesmo pecado, e com isso, também estão sujeitas ao mais severo juízo de Deus e na consequente condenação, como aconteceu com o próprio Diabo. Que é o próprio Diabo quem está por trás dessa atitude, fica claro pelo versículo seguinte —

1 Timóteo 3:7

Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo.

OUTROS ESTUDOS EM APOCALIPSE 12

001 — INTRODUÇÃO – Literatura Apocalíptica e o Conceito de Quiasmo

002 — INTRODUÇÃO – Tema Central e Significado Perene

003 — APOCALIPSE 12:1A — VIU-SE UM GRANDE SINAL NO CÉU — UMA MULHER — PARTE 1 

004 — APOCALIPSE 12:1B — VIU-SE UM GRANDE SINAL NO CÉU  — UMA MULHER  — PARTE 2

005 — APOCALIPSE 12:2—3 — A MULHER E O DRAGÃO — PARTE 1

006 — APOCALIPSE 12:3 — A MULHER E O DRAGÃO — PARTE 2

007 — APOCALIPSE 12:4 — A MULHER E O DRAGÃO — PARTE 3

008 — APOCALIPSE 12:5 — A MULHER E O FILHO QUE ELA DEU À LUZ

009 — APOCALIPSE 12:6 — A FUGA DA MULHER E A PROVISÃO DIVINA

010 — APOCALIPSE 12:7 — A PELEJA NO CÉU — PARTE 1

011 — APOCALIPSE 12:8 — A PELEJA NO CÉU — PARTE 2

012 — APOCALIPSE 12:9 — O DRAGÃO, A ANTIGA SERPENTE, SATANÁS E O DIABO

013 — APOCALIPSE 12:10 — O DRAGÃO FOI EXPULSO DO CÉU

014 — APOCALIPSE 12:11 — VENCEDORES POR CAUSA DO SANGUE DO CORDEIRO E PORQUE NÃO AMARAM MAIS APRÓPRIA VIDA

015 — APOCALIPSE 12:12 — FESTA NOS CÉUS E DORES NA TERRA

016 — APOCALIPSE 12:13 — O DRAÇÃO FOI ATIRADO PARA A TERRA

017 — APOCALIPSES 12:14 — A MULHER FOGE PARA O DESERTO

018 — APOCALIPSES 12:15—18 — O DRAGÃO DESISTE DA MULHER E VAI PERSEGUIR O RESTANTE DO POVO DE DEUS — FINAL
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/05/apocalipse-121517-o-dragao-persegue-o.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.


[1] Teodoreto de Cirro foi um influente autor, teólogo e religioso cristão do mundo antigo, bispo de Cirro, na Síria.
[2]  A Abreviação 1QM representa o “Rolo da Guerra” encontrado na caverna designada pelo número 1 em Qumram e que descreve a luta dos Filhos da Luz contra os Filhos das Trevas.
[3] A abreviação 1QS representa o rolo Serek hayyahad encontrado na caverna designada pelo número 1 em Qumram e seu conteúdo é conhecido como: Regra da Comunidade ou Manuel de Disciplina.
[4] A abreviação CD é usada para designar o chamado “Documento de Damasco” que está, geralmente, relacionado com as descobertas feitas na caverna designada pelo número 4 de Quemram.
[5] Miniqueísmo — O Maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualística fundada e propagada por Maniqueu que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má, e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.
[6] Mandeísmo é uma religião pré-cristã classificada por estudiosos como gnóstica. Muitos acreditam que ex discípulos de João Batista que não aceitaram Jesus, como o Messias de Israel, fundaram essa religião que continua existindo até os dias de hoje em certas localidades do Iraque moderno.

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