sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A QUEM PERTENCE A TERRA DA PALESTINA - A QUESTÃO TEOLÓGICA


Soldado das Forças de Destruição de Israel - IDF - Varre o mapa da Palestina - na vassoura está escrito: limpeza étnica.

Em outro comentário abordamos o tema “A quem pertence a Terra da Palestina” da perspectiva política. Esse artigo poderá ser lido por meio desse link aqui:


Agora queremos tratar desta mesma questão da perspectiva teológica

A questão Teológica inclui o seguinte:

A posse da Terra da Palestina por judeus nos dias de hoje – ano de 2014 – associada à existência do Estado de Israel, tem qualquer significado como pretendem os sionistas, em termos de estarmos diante de profecias sendo cumpridas de acordo com os propósitos de Deus?

A visão esposada no item anterior é condizente ou contradizente com o Evangelho proclamado pelo Senhor Jesus Cristo?

A questão teológica se resume no seguinte: Possuímos, de fato, razões bíblicas e teológicas para apoiarmos, de todo o coração, a visão sionista? Ou, por outro lado, encontramos nas Escrituras razões suficientes para criticar e rejeitar tal ideologia como herética?

Nosso interesse aqui é responder a questão teológica. Isto faremos em seguida, através da análise de vários aspectos que entendemos são o cerne dos ensinamentos bíblicos.

A Relação Entre a Antiga e a Nova Aliança.

Cometem um grande erro, todos os que leem as Escrituras do Antigo Testamento, sem prestar a devida atenção ao fato de que a Nova Aliança, que veio depois, completa, cumpre e anula por completo, a Aliança anterior. O conteúdo da Antiga Aliança precisa ser interpretado à luz do conteúdo da Nova Aliança e nunca da forma inversa. A seguir o leitor encontrará uma série de referências bíblicas que devem ser suficientes para fixar o que estamos dizendo:

Portanto, que ninguém faça para vocês leis sobre o que devem comer ou beber, ou sobre os dias santos, e a Festa da Lua Nova, e o sábado. Tudo isso é apenas uma sombra daquilo que virá; a realidade é Cristo – Colossenses 2:16 – 17 na Nova Tradução na Linguagem de Hoje.

Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Pois todo sumo sacerdote é constituído para oferecer tanto dons como sacrifícios; por isso, era necessário que também esse sumo sacerdote tivesse o que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem mesmo sacerdote seria, visto existirem aqueles que oferecem os dons segundo a lei, os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte. Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas – Hebreus 8:1 – 6.

Ora, visto que a lei tem sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem – Hebreus 10:1.

Os textos que acabamos de ler nos mostram que a revelação de Deus, durante os dias da Antiga Aliança, nos foi dada em forma de “sombra”, “figura das coisas celestes”, “não a imagem real”, “profecia” etc. Diante destes fatos nós temos duas abordagens hermenêuticas básicas, a saber:

A primeira tem a ver com a discussão se devemos entender as afirmações feitas na Antiga Aliança de forma literal ou espiritual? Entre os defensores do tipo de hermenêutica literal, nós vamos encontrar os cristãos sionistas, os dispensacionalistas e outros.

A segunda abordagem insiste que a revelação contida na Antiga Aliança em forma de “sombras e figuras” precisa, necessariamente, ser interpretada em termos da realidade contida na Nova Aliança. Esta é a abordagem adotada neste trabalho.

Durante os dias da Antiga Aliança, nós tínhamos o sacrifício de animais, as ofertas de alimentos – pães, bolos etc - e o derramar de líquidos – azeite, vinho etc – que apontavam para a oferta que seria feita pelo Senhor Jesus, oferta do Seu corpo e do Seu sangue. Naqueles dias nós tínhamos também o Tabernáculo de Deus entre Seu povo, que funcionava como representativo da presença de Deus no meio deles e antecipava a presença de Jesus entre nós – ver João 1:14. Além disso, aquela presença também antecipava a presença, todo-abrangente, do Espírito Santo de Deus entre e sobre toda a Igreja do Senhor – ver João 14:16—17 e 1 Coríntios 12:13.

Quando Israel caminhou por longos anos no deserto, Deus o sustentou com o maná dos céus, com água da Rocha, os fez cruzar o Mar Vermelho, e o curou com uma serpente colocada sobre uma haste – ver Números 21:9. Todas estas coisas eram “sombras” ou “imagens” que se cumpriram ou foram transformadas em realidade, através do ministério do Senhor Jesus. Assim, temos que:

O maná da Antiga Aliança não se concretiza, como realidade, na produção de mais maná, nem mesmo na multiplicação dos pães e peixes e sim, na manifestação do Senhor Jesus que diz:

Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram – João 6:47—49.

Este é o pão que desceu do céu, em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente – João 6:58.

· A água que brotava da Rocha, que se deslocava junto com o povo de Israel, durante suas peregrinações no deserto – ver 1 Coríntios 10:3—4 – não se concretiza em mais água brotando da Rocha e sim, na manifestação do Senhor Jesus que diz:

E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria. Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber. Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim, seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna – João 4:4—14.

No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado – João 7:37 – 39.

A cura encontrada, através do ato de fé de olhar para a Serpente levantada na haste não se concretiza em uma nova serpente sendo levantada e sim, na própria pessoa do Senhor Jesus que nos diz:

E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más – João 3:14—19.

Ø Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo. Isto dizia, significando de que gênero de morte estava para morrer – João 12:31 – 33.

Não é mesmo necessário ser cientista espacial para entender que a verdadeira essência da revelação celestial veio através de Jesus e da Nova Aliança. Esta essência já havia sido anunciada em forma de “sombras e imagens” e de “profecias” durante os dias da Antiga Aliança. A realidade, aquilo que é de fato concreto, nós chega através de Jesus Cristo. Nos dias da Antiga Aliança, nós tínhamos somente uma perspectiva daquilo que iria acontecer.

Esse mesmo princípio pode ser aplicado com relação à todas as promessas feitas concernentes à Terra de Canaã. Todas aquelas promessas eram, na realidade, apenas “sombras”, “tipos”, “imagens” e “profecias”, que antecipavam o futuro, não apenas de uma pequena nação – Israel - e um pequeno povo – os judeus – e sim, de toda a Terra e de todos os povos, bem como de todo o Universo criado. Quando o Verbo de Deus se manifestasse ele o faria de modo a causar um impacto em todo o universo e não apenas na terra de Israel e entre os judeus, tal como nos é afirmado em 

Hebreus 1:1—2:

Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.

OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL








































Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis 

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:



Nenhum comentário:

Postar um comentário