NESSA SÉRIE NÓS ESTAMOS TRATANDO DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA: 1) A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS. CONVIDAMOS TODOS OS NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM A MESMA COM TODOS OS SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODERÃO SER ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CADA ESTUDO.
A ESCOLHA OU ELEIÇÃO DIVINA — EFÉSIO 1:4 — CONTINUAÇÃO
3. João 6:39 – E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
E a vontade de quem me enviou — A expressão “vontade” refere-se ao propósito, desejo ou intenção de Deus Pai. Como esta é a vontade do Pai e como Jesus veio para fazer a vontade do Pai —
João 6:38
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
nós podemos ter certeza absoluta de que o que está proposto, que é a nossa salvação, será plenamente concretizado. A vontade de Deus é sempre soberana e sempre certa e Deus é poderoso o suficiente para fazer Sua vontade prevalecer. Jesus, pela Sua fidelidade, assumiu uma posição na qual “toda autoridade lhe foi dada tanto nos céus quanto na terra” — ver Mateus 28:18. Dessa maneira nós podemos ter a certeza de que a vontade do Pai confiada às poderosas mãos de Jesus será completamente realizada.
Que nenhum eu perca — Literalmente “que eu não destrua nenhum dos que o Pai me Deus”. Jesus reafirma nesse versículo que Ele irá nos preservar para a vida eterna. Mesmo que o crente morra, e que seu corpo retorne a ser pó, ainda assim ele não será destruído. O Redentor promete manter estrito controle sobre o destino do crente até o dia marcado para a ressurreição dos justos! Essa afirmativa é verdadeira acerca de todos aqueles que foram confiados pelo Pai ao Senhor Jesus. Nas palavras do próprio Senhor Jesus, nós temos:
João 6:40
De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
De todos os que me deu – ver comentário de João 6:37 no item 2 no estudo anterior.
Pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia — Esta frase “no último dia” aparece exclusivamente no Evangelho de João! Os judeus acreditavam que os justos seriam ressuscitados quando do aparecimento do Messias. Jesus fala de uma ressurreição futura e declara que os justos serão ressuscitados no último dia — o dia do Juízo Final. Muitos mestres judeus também sustentavam a idéia de que os ímpios não poderiam ser ressuscitados. Isto se devia ao fato deles creditarem a ressurreição à presença do Espírito Santo na vida da pessoa e como os ímpios não possuíam o Espírito Santo a conclusão deles era que os ímpios não iriam ressuscitar. Mas Jesus já havia abordado este assunto em outras ocasiões —
João 5:28—29
28 Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão:
29 os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo.
Daniel 12:2
Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.
4. João 6:44 – Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.
Ninguém pode vir a mim — No início desta passagem Jesus havia feito uma declaração impressionante —–
João 6:35
Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
Os judeus que ouviram aquelas palavras e as afirmações seguintes de Jesus —
João 6:37—40
37 Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.
38 Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou.
39 E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia.
40 De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
começaram então a murmurar contra Jesus —
João 6:41
Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera: Eu sou o pão que desceu do céu.
Esta murmuração tinha a ver com o fato de Jesus reivindicar ser maior do que Moisés e, para os Judeus, que o consideravam um mero homem, essa afirmação não podia ser verdadeira. Alguns grupos de judeus ortodoxos acreditam até hoje que o Messias, quando vier, será inferior a Moises! Jesus os confronta pedindo-lhes que não murmurassem —
João 6:43
Respondeu-lhes Jesus: Não murmureis entre vós.
Jesus admite que essas verdades não são fáceis e conclui que se alguém acredita em Suas palavras, isso é uma prova de que Deus, o Pai, inclinou o coração desta pessoa para tal. Não se esperava que aceitassem a doutrina por si mesmos. A implicação é clara: todos os que creem são influenciados por Deus. Quais seriam as razões porque os judeus resistiam a aceitar as verdades propostas por Jesus?
a. Em primeiro lugar existia aquela consideração imprópria concernente a Moisés no sentido de que ninguém poderia ser superior a ele.
b. Em segundo lugar havia uma clara falta de vontade em acreditar em Jesus devido o fato de Jesus ser sabidamente filho dum carpinteiro. Como poderia Jesus ser superior a Moisés?
c. Em terceiro lugar temos as palavras de Jesus que explicam a resistência dos judeus como algo que contradizia a vontade deles. Ou seja, não queriam aceitar o que Jesus dizia por que não estava de acordo com o que eles queriam ouvir ou aceitar — ver João 5:39—47 e comparar com Deuteronômio 18:13—19.
Como podemos ver nos versos acima as dificuldades não tinham a ver com a falta de capacidade intelectual ou falta de poder — força — para cumprir com suas obrigações. Mas tinham a ver com opiniões erradas, orgulho, obstinação, autoengano e tudo isto estava associado a um profundo desprezo para com o “filho do carpinteiro”. A situação vivida entre os judeus e o Senhor Jesus era semelhante àquela vivida por José e seus irmãos —
Gênesis 37:4
Vendo, pois, seus irmãos que o pai o amava mais que a todos os outros filhos, odiaram-no e já não lhe podiam falar pacificamente.
Vir a mim – o mesmo que “acreditar em mim”.
Se o Pai, que me enviou, não o trouxer — É o Pai quem traz! É evidente que essa palavra denota a influência de Deus que garante o resultado final que é o coração inclinado a crer na pessoa de Jesus. Mas a maneira como essa influência se torna efetiva não está implícita na palavra ἐλθεῖν — eltheîn — trouxer, infinitivo aoristo de ἑρχομάι — erchomái — vir. Essa palavra é usada somente 6 vezes no Novo Testamento e seu uso tem muito a nos ensinar:
a. Atos 16:19 — Faz referência a Paulo e Silas sendo “arrastados”! Mas temos que nos lembrar que o autor de Atos é Lucas e não João. Todas as outras referências estão no Evangelho de João.
b. João 21:6 e 11 — Estes versos fazem menção a “puxar” a rede de pescar.
c. João 18:10 — A palavra é usada para se referir ao ato de “puxar da espada”.
d. João 12:32 — “ E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo”. Que corresponde ao uso que encontramos em João 6:44.
e. O significado da palavra ἐλθεῖν — eltheîn — trouxer neste versículo, estará condicionado pelos fatos associados à conversão dos pecadores. Lemos o seguinte em
João 6:40
De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
f. Os judeus que foram contemporâneos do Senhor Jesus tiveram a chance de vê-lo, mas isto somente não era suficiente para garantir a salvação deles. Era necessário crer em Jesus para ter a vida eterna. Mas para crer em Jesus torna-se necessário que Deus ilumine — ensine - a compreensão humana —
João 6:45
Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim.
g. Como é que Deus influencia a mente humana?
i. Em primeiro lugar e também aquela que é a maneira mais importante é a que diz respeito à ação do Espírito Santo na vida das pessoas. O Espírito Santo age aplicando a verdade de Deus à mente humana e trazendo convicção da necessidade que o pecador tem do Salvador Jesus.
ii. Em segundo lugar Deus influencia as pessoas mediante Sua Palavra contida nas Escrituras Sagradas do Antigo e do Novo Testamentos. Em Sua palavra Deus nos fala de Sua Lei, do Seu amor, de Suas promessas e das terríveis consequências da desobediência à Sua pessoa.
iii. Deus também fala ao coração humano pelo desejo que existe em todos nós de sermos felizes. Junte-se a isto à consciência que temos do perigo e de como precisamos depender de Deus. Mesmo os ateus possuem esta consciência!
Agostinho de Hipona, citando um poeta dos seus dias, costumava dizer que: “o homem é atraído por tudo aquilo em que pode encontrar deleite — gozo íntimo e suave”. Mostre um punhado de mato verde a uma ovelha e a mesma se sentirá atraída pelo mesmo; mostre algumas balas ou doces a uma criança e ela se sentirá atraída. Ovelhas e crianças são sempre atraídas pelos elementos que citamos acima. Elas se sentem atraídas, mas não são forçadas a seguir; buscam alcançar o que se lhes oferece porque percebem algo em que podem encontrar deleite. Da mesma maneira Deus nos atrai para Si mesmo. Deus nos mostra aquilo de que temos necessidade. Deus nos mostra o Salvador que nos tem dado; o homem se sente e sabe ser um pecador perdido. O homem deseja escapar de ir para o inferno e deseja ir para o céu e então se aproxima de Cristo para ser justificado — declarado justo — pelos méritos do Senhor Jesus. Se Deus não nos atrair, nenhum homem jamais irá ao encontro do Senhor Jesus. Isto acontece porque sem esta atração nenhum ser humano seria capaz de sequer sentir a necessidade de um Salvador.
OUTROS ESTUDOS ACERCA DA IGREJA COMO CORPO DE CRISTO E NO PLANO ETERNO DE DEUS
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 001 — A Igreja
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 002 — A Unidade de Igreja
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 003 — Como a Unidade Funciona na Prática
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 004 — Como o Amor Funciona na Prática
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 005 — Unidade em Meio à Diversidade
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 006 — Unidade Com Variedade Mas com Harmonia
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 007 — A Igreja Como o “Mistério” de Deus e Uma Introdução a Efésios 1:3—14
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 008 — Uma Introdução a Efésios 1:3—14
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 009 — A Bênção Espiritual — Efésios 1:3
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 010 — As Regiões Celestiais — Efésios 1:3
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 011 — Nossa Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — Parte 001
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 012 A —Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 002
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 013 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 003
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 014 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 004
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 015 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 005
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 016 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 006
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 017 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 007 — O Mundo Nos Odeia
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 018 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 008 — Por que O Mundo Nos Odeia
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 019 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 001
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 020 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 002
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 021 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-igreja-como-corpo-de-cristo-e-no_6.html
A Igreja Como Corpo de Cristo e
No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 022 — O Propósito de Deus em Nossa Eleição:
Nos Fazer Santos e Irrepreensíveis
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/a-igreja-como-corpo-de-cristo-e-no.html
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimardis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook através do seguinte link:
http://www.facebook.com/pages/O-Grande-Diálogo/193483684110775
Desde já agradecemos a todos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário