segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

PECADOS QUE PODEM NOS DESTRUIR POR COMPLETO – PARTE 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 001



Essa é uma série na qual pretendemos, dentro do possível, discutir alguns dos mais insidiosos pecados que ameaçam nossas almas. Trata-se de ações ou reações que caracterizam um coração perverso diante de Deus, algo com o que muitos personagens bíblicos tiveram que lutar, mas que pela graça de Deus conseguiram vencer. Nós também, como seres humanos iguais a eles estamos sujeitos a enfrentar esses mesmos pecados e temos que entender como essas situações funcionam, para poder lançar mão da graça de Deus e vencer as mesmas. A SÉTIMA questão que devemos analisar é:

7. A IMPACIÊNCIA

A impaciência tem tudo a ver com a presença do nosso velho homem em nós. Somos ordenados a nos despir do mesmo —

Efésios 4:20—22

20 Mas não foi assim que aprendestes a Cristo,

21 se é que, de fato, o tendes ouvido e nele fostes instruídos, segundo é a verdade em Jesus,

22 no sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano.

Por outro lado somos ordenados a nos revestirmos do novo homem:

Colossenses 3:12—14

12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.

13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;
14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.

O objetivo de desvestir o velho homem e nos revestir do novo homem é para que possamos ser transformados, um dia de cada vez, em pessoas mais parecidas com o próprio Senhor Jesus, conforme lemos em:

2 Coríntios 4:18 na NTLH

Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito.

Gálatas 4:19

Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós.

Nosso orgulho nos ilude fazendo-nos pensar que podemos tocar nossas vidas sem a ajuda de Deus. Mas a Bíblia nos afirma, de modo categórico, que não somos apenas uma nova criação de Deus, mas que ele nos criou para uma série de boas obras, as quais ele preparou de antemão para que andássemos nelas —

Efésios 2:10

Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.

Mesmo assim nossa carne — homem velho — ainda é muito forte e resiste a atuação de Deus em nossas vidas, apesar dessa resistência não ser insuperável, caso Deus assim deseje. Mas, muitas vezes, o Senhor espera que pelo conhecimento que temos, nós possamos, de fato, nos voltar para ele em arrependimento e abrir nossos corações para sermos curados pelo Seu amor. Paulo nos diz o seguinte em —

Filipenses 2:13

Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade.

A impaciência é um pecado sério, porque a mesma nos leva a pensar e até a acreditar que podemos usar nossos próprios recursos e capacidades para a realização de alguma tarefa que nos perece muito importante. Mas essa atitude não procede de Deus e sim de um coração incrédulo e que não confia em Deus. Isaías falou claramente sobre essa situação ao escrever:

Isaías 50:10—11

10 Quem há entre vós que tema ao SENHOR e que ouça a voz do seu Servo? Aquele que andou em trevas, sem nenhuma luz, confie em o nome do SENHOR e se firme sobre o seu Deus.

11 Eia! Todos vós, que acendeis fogo e vos armais de setas incendiárias, andai entre as labaredas do vosso fogo e entre as setas que acendestes; de mim é que vos sobrevirá isto, e em tormentas vos deitareis.

Por outro lado, o próprio Isaías nos oferece o encorajamento para esperar no Senhor e por Sua orientação e para realizarmos as boas obras as quais Ele já preparou, de antemão, para as quais nos predestinou:

Isaías 40:28—31

28 Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento.

29 Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

30 Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem,

31 mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.

Iniciando com uma pergunta dupla — no verso 28 — o profeta passa a demonstrar a tolice de tais pensamentos. A intenção do profeta é chamar a atenção do povo de Israel, para o erro que eles estavam cometendo em não esperar com paciência pelo Senhor. Os israelitas já estavam cansados de saber acerca dessa verdade e a mesma havia sido repetida muitas e muitas vezes, através de sua história. Por isso, o profeta usa as expressões: “não sabes” e “não ouviste”, apenas como perguntas retóricas. É claro que eles sabiam e que já tinham ouvido. Note que Isaías, provavelmente inspirado por

Gênesis 21:33

Plantou Abraão tamargueiras em Berseba e invocou ali o nome do SENHOR, Deus Eterno.

chama o SENHOR de “Deus Eterno”. Deus não tem princípio nem fim, pois o mesmo encontra-se fora do tempo como uma dimensão definida por nossos conceitos humanos. Deus é eterno em todos os seus atributos. Então, Ele cuida do seu povo da mesma forma que Ele mesmo é. Deus é ETERNO e seu cuidado a nosso favor também é eterno. O profeta enfatiza a capacidade de Deus em cuidar de nós usando termos tais quais “Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga”. Essa expressão, como a anterior é usada por Isaías para nos indicar que, da mesma forma como Deus não está restrito pelo tempo, ele também não está restrito pelo espaço. Portanto, não passa mesmo de tolice imaginar que Deus não é capaz de tomar conta de nós e ficarmos impacientes diante de qualquer tipo de situação. Deus não se cansa nem se fatiga e nós temos a obrigação de aprender a confiar nEle cada vez mais e mais.

Os caminhos de Deus são sempre retos, mas os homens nem sempre entendem os mesmos, até porque, em última instância, os mesmos são incompreensíveis Essa realidade está contida nas palavras de Isaías que dizem: Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. Isso concorda plenamente com a afirmação de Paulo que encontramos em —

Romanos 11:33

Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!

Deus é incompreensível para os seres humanos. A palavra escolhida por Isaías חֵקֶר — chequer — traduzida por esquadrinhar, significa literalmente, buscar, investigar ou procurar. Isso indica a limitação dos homens diante de Deus. Tudo o que podemos fazer é procurar, tatear. Por esse motivo o próprio Deus veio ao nosso encontro na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Tal manifestação tornou evidente não apenas o Filho, o Verbo divino, mas também o próprio Pai —

João 14:8—9

8 Replicou-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.

9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?

Os versos acima provam que Deus pode e deve ser conhecidos por todos. O problema está no fato que a maioria das pessoas nesse mundo não crê que Jesus é a manifestação do próprio Deus, mas apenas um profeta, um homem bom e outras tolices do gênero.

Se Deus fosse mesmo impossível de ser conhecido, o próprio apelo de Isaías não faria nenhum sentido. Toda a condenação e toda a crítica feita ao povo de Israel na qual o profeta está engajado estão baseadas no fato de que Deus e Seus caminhos podem ser conhecidos pelo homem, pelo simples fato de que Deus mesmo torna isso possível ao se revelar de várias formas — por meio da natureza, por meio da Palavra Inspirada e por meio da manifestação do Senhor Jesus. A conclusão de tudo isso é óbvia, ou pelo menos deveria ser: quando o povo conhece Deus e seus caminhos ele confia no Senhor em vez de duvidar! Se não fosse possível conhecer a Deus, a denúncia do pecado do povo, feita por Isaías, não faria o menor sentido. Todo o contexto é um poderoso argumento contra essa interpretação equivocada: a de que não podemos conhecer a Deus. Diante disso, ateus e agnósticos são imperdoáveis, a menos, é claro, que se arrependam.

As palavras de Isaías, bem como as de Paulo referidas acima, precisam ser entendidas dentro desse conceito maior. Deus é mesmo incompreensível aos seres humanos, mas não desconhecido. Podemos não ter a capacidade de compreendê-lo — como alguém que é finito poderá entender alguém que é infinito? — mas certamente temos elementos de sobra para conhecê-lo. Isso quer dizer que podemos conhecer a Deus e até entendê-lo em certa proporção. Mas não devemos alimentar nenhuma pretensão de que poderemos conhecê-lo plenamente. Mesmo quando Deus se manifestou de forma salvadora por meio de Jesus, os próprios judeus não puderam compreendê-lo plenamente —

João 8:52—53

52 Disseram-lhe os judeus: Agora, estamos certos de que tens demônio. Abraão morreu, e também os profetas, e tu dizes: Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte, eternamente.

53 És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser?

O entendimento dos seres humanos é entendimento de criaturas e, portanto, é circunscrito e finito. Já o entendimento de Deus é o de Criador e, portanto, infinito. A mente finita nunca poderá compreender a mente infinita. Tudo o que a mente humana pode compreender da mente infinita de Deus é aquilo que Deus mesmo decide revelar. É apenas pela revelação que temos conhecimento de Deus. Vamos passar, então para o próximo versículo:

CONTINUA...

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Estudo 001 — A FALSA CULPA
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Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 001
Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/06/pecados-que-podem-nos-destruir-por_7.html
Que Deus nos abençoe a todos.  

Alexandros Meimaridis

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