terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

PECADOS QUE PODEM NOS DESTRUIR POR COMPLETO – PARTE 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 002

Essa é uma série na qual pretendemos, dentro do possível, discutir alguns dos mais insidiosos pecados que ameaçam nossas almas. Trata-se de ações ou reações que caracterizam um coração perverso diante de Deus, algo com o que muitos personagens bíblicos tiveram que lutar, mas que pela graça de Deus conseguiram vencer. Nós também, como seres humanos iguais a eles estamos sujeitos a enfrentar esses mesmos pecados e temos que entender como essas situações funcionam, para poder lançar mão da graça de Deus e vencer as mesmas. A SÉTIMA questão que devemos analisar é:


7. A IMPACIÊNCIA — PARTE 002


Isaías 40:29

Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.

Deus além de não se cansar, ainda tem toda a capacidade para fortalecer aqueles que se encontram sem vigor. Todos aqueles que estão cansados e exaustos por causa de seus sofrimentos são os que precisam do אוֹנ `own — vigor ou força física que apenas Deus pode conceder. Mas isso não diz respeito apenas aos crentes. Mesmo não sendo reconhecido como tal, Deus é a única fonte verdadeira de todo o vigor. Note que Deus faz forte ao cansado e multiplica — no sentido de abundância — as forças daqueles que não têm nenhum vigor.

As palavras do profeta nos fazem lembrar as palavras do próprio Senhor Jesus quando diz:

Mateus 11:28—30

28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.

29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

Como em Isaías, o convite de Cristo é feito para todos os que estão κοπιῶντες kopiôntes — cansados — por causa de um trabalho intenso unido ao aborrecimento e à fadiga e — πεφορτισμένοι pefortisménoi — e sobrecarregados ou oprimidos pelo peso da carga, que muitas vezes é representada por regras religiosas pesadas e despropositadas.

Ir até Cristo, representa encontrar plena satisfação para nossas necessidades mais profundas, nossas necessidades verdadeiras. É o próprio Jesus que diz:

João 6:35

Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.

Jesus se identifica plenamente com o pão que sacia a verdadeira fome espiritual e a água que sacia a verdadeira sede espiritual. Ele é o doador e o próprio elemento doado. Para participar, basta aceitar o convite e vir. Quem se aproxima de Jesus crendo que Ele é aquilo que Ele diz ser experimenta a vida eterna, e plena satisfação de todas suas mais profundas necessidades como pessoa. E você? Vai aceitar o convite que Ele faz?

Isaías 40:30

Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem.

O profeta Isaías apresenta agora, a contrapartida daquilo que tinha afirmado em 40:28, acerca do fato de Deus não se cansar nem se fatigar. Deus não se cansa, mas os homens sim. E isso não acontece apenas com alguns seres humanos, mas com todos eles, mesmo os chamados super atletas ou super homens: todos eles se cansam, mais cedo ou mais tarde.

Os jovens são mencionados porque sempre que pensamos em força e vigor, relacionamos essas qualidades com a juventude em si mesma. São os jovens que fazem parte do seleto grupo dos melhores atletas. Também são os jovens, quase meninos ainda, que são escolhidos para servir nos exércitos de todos os países. Mas apesar de todo vigor e treinamento, eles ainda assim se cansam. Eles não conseguem manter o nível de força constante de forma perene. Precisam parar, precisam descansar. Quando não param para descansar ficam tão exaustos que acabam caindo. O verbo usado aqui por Isaías é כָּשׁוֹל kasholtropeçar, cambalear ou andar tropegamente. O mesmo está no infinitivo absoluto no hebraico, com a intenção de transmitir ao leitor uma ênfase naquilo que está sendo dito: os jovens, apesar da juventude e do vigor, caem exaustos. Porém existe algo mais grave do que isso, como sabemos. Em muitos casos, os jovens não apenas caem, mas chegam mesmo a falecer, ainda em idade precoce. Calvino comenta nesse versículo que isso talvez aconteça pelo execesso de pressão dos exercícios ou de treinamento. Independentemente de qual seja o motivo, qualquer pessoa pode perceber que tal exaustão é apenas parte do fato de que nossa vida é apenas transitória. Não estamos aqui para sempre. Por isso devemos confiar no Senhor todos os nossos fardos para que Ele possa carregá-los para nós. Mas quando não temos fé, não confiamos que Deus é capaz de fazer isso, apesar do Senhor afirmar:

Salmos 68:19

Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a nossa salvação.

1 Pedro 5:7

Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

Nossa fé cristã é a única no mundo inteiro que ensina que o SENHOR nosso Deus cuida daqueles que são Seus. Seu cuidado é tão imenso que, como acabamos de ler, Ele nos orienta a levarmos até Ele todas as nossas ansiedades. A Bíblia está cheia de versículos com esse tipo de conteúdo —

Salmos 37:5—6

5 Entrega o teu caminho ao SENHOR, confia nele, e o mais ele fará.

6 Fará sobressair a tua justiça como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia.

Salmos 55:22

Confia os teus cuidados ao SENHOR, e ele te susterá; jamais permitirá que o justo seja abalado.

Mateus 6:25 e 32

25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

32 Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas.

Filipenses 4:6

Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.

Isaías 40:31

Mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.

Por outro lado, aquilo que pode acontecer com jovens fortes e vigorosos, não acontece com os que eperam no Senhor. Com aqueles que confiam que Deus é capaz de resolver cada um de todos os problemas, que estejam enfrentando. Aqui o contraste é entre os jovens e os que esperam no Senhor. Aqueles que acreditam plenamente que Deus é poderoso para livrá-los e que manifestam a confiança que têm em Deus, por meio de uma espera paciente que o Senhor cumpra o que tem prometido. E olha que Deus tem feito muitas e muitas promessas em Sua palavra —

2 Pedro 1:3—4

3 Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude,

4 pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos da corrupção das paixões que há no mundo.

As promessas de Deus em si mesmas são uma parte importante desses versículos, pois Pedro descreve as mesmas de forma superlativa ao dizer: “preciosas e mui grandes promessas”. A expressão grega δεδώρηται dedóretai — traduzida por “doadas” está no tempo perfeito que, na língua grega, indica que Deus não apenas nos deu suas promessas, mas já cumpriu cada uma delas na pessoa e na obra de Jesus Cristo e, se nós estamos em Cristo, então as mesmas estão cumpridas em nós também. Há muito no que pensar diante dessa afirmação.

Agora queremos chamar a atenção de todos para essa frase usada por Pedro: vos torneis co-participantes da natureza divina. A mesma tem sido muito mal compreendida e muitos pregadores e professores cristãos ensinam com base nessa frase que nos, meras criaturas, de alguma forma nos tornamos verdadeiras divindades como o próprio Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo são divinos. Mas será que Pedro está fazendo esse tipo de afirmação. Note que ele escolhe as palavras de modo muito cuidadoso. O que ele está afirmando é que nós participamos da natureza de Deus e não do SER de Deus. A expressão grega φύσεως físeos — traduzida por natureza, não significa “essência do ser” como muitos têm imaginado e sim, de acordo com o Dicionário Teológico do Novo Testamento tal expressão indica:

1. Natureza das coisas, força, leis, ordem da natureza.

2. Como oposto ao que é monstruoso, anormal, perverso.

3. Como oposto ao que foi produzido pela arte do homem: os ramos naturais, i.e., ramos por obra da natureza.[1]

Diante disso, podemos afirmar que Pedro escolheu esse vocábulo grego, porque o mesmo representa crescimento, desenvolvimento e caráter. Já o termo “ser” pende para o lado da essência ou da substância. Nós jamais poderemos fazer parte da essência do SER de Deus, porque somos e continuaremos sendo apenas criaturas desse mesmo Deus. O que Pedro nos revela é que participamos da santidade de Deus, a qual experimentamos por meio do Espírito Santo que habita em nós —

1 Coríntios 6:19

Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?

Qual é então o propósito de Deus em nos fazer participantes da sua natureza? Calvino responde, apesar de não concordarmos com tal resposta: Notemos que o propósito do Evangelho é nos fazer, algum dia, conforme a Deus e, se assim podemos dizer, nos deificar.[2]

Por outro lado, acreditamos que as palavras do apóstolo Paulo estão mais em linha com a afirmação de Pedro quando diz o seguinte em –

2 Coríntios 3:18 na NTLH

Portanto, todos nós, com o rosto descoberto, refletimos a glória que vem do Senhor. Essa glória vai ficando cada vez mais brilhante e vai nos tornando cada vez mais parecidos com o Senhor, que é o Espírito.

Note a forte distinção entre a afirmação de Calvino “nos deificar” e a de Paulo “cada vez mais parecidos”. Meditemos bem nessa distinção.

Pedro toma emprestada a expressão θείας κοινωνοὶ φύσεως  — theías koivonoì fúseos — traduzida por  participantes da natureza divina do vocabulário dos filósofos gregos. Pedro combate os falsos mestres dentro do cristianismo  usando a terminologia dos gregos, mas dando à mesma uma conotação visivelmente cristã:

2 Pedro 2:1

Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.

Os filósofos da Grécia antiga ensinavam que um ser humano vivendo num mundo repleto de corrupções causadas pelos prazeres físicos, deve procurar tornar-se como os deuses. Por isso orientavam seus seguidores a procurarem compartilhar da natureza divina. Pedro, então lança mão exatamente dessa expressão “natureza divina”. A diferença entre o ensinamento dos filósofos gregos e o de Pedro reside no fato que: enquanto os primeiros, tomavam como ponto de partida o próprio ser humano e se apossavam de uma parte da natureza dos deuses, Pedro enxerga tudo isso à luz das promessas de Deus. Promessas essas que têm sido objeto dos nossos estudos já há algum tempo. Deve fircar bem claro que existe uma diferença enorme entre essas duas abordagens. A primeira é completamente humanista e reflete a exaltação do ser humano em seu estado natural. Já a abordagem de Pedro é cristã e exalta a graciosa e abundante provisão de Deus a nosso favor.

É apenas mediante as muitas e preciosas promessas de Deus que nos tornamos co-participantes da santidade do Senhor Jesus Cristo. Nós somos chamados para participar desse círculo íntimo de santidade pelo próprio Deus —

1 João 1:3

Que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.

Todas as vezes que fixamos nosso olhar e mentes em Jesus, nos tornamos então, co-participantes tanto do chamado celestial quanto da pessoa do Senhor Jesus —

Hebreus 3:1, 14

1  Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial, considerai atentamente o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão, Jesus.

14 Porque nos temos tornado participantes de Cristo, se, de fato, guardarmos firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.

Por fim, o propósito de Deus ao nos conceder suas muitas e preciosas promessas é:  livrar-nos da corrupção que existe no mundo. E essa corrupção, certamente, inclui a impaciência que se manifesta em ansiedade, nervosismo e outras coisas mais. Mas o crente verdadeiro, que tem plena consciência que participa da santidade de Deus deve sempre buscar refletir as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz —

1 Pedro 2:9

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.

Isso faz com que o crente se afaste de todo pecado e mal, porque sabe que não pertence mais a esse mundo e sim a Deus —

João 17:14—18

14 Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou.

15 Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal.

16 Eles não são do mundo, como também eu não sou.

17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.

18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.

E temos ainda as seguintes palavras em —

1 Tessalonicenses 5:22

Abstende-vos de toda forma de mal.

Tiago 1:27

A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo.

Quando viramos as costas para o mundo e deixamos que a luz divina ilumine não apenas nossos passos e caminho, mas que ilumine, em toda plenitude, nossas próprias vidas, então poderemos demonstrar diante de todos, a verdadeira santidade de Deus. Enquanto estamos na terra vivemos no mundo, mas não pertencemos a ele. Somos, novas criaturas, completamente, revestidos da própria pessoa do Senhor Jesus —

Efésios 4:24

E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade.

Colossenses 3:10

E vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.

Hebreus 12:10

Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade.

1 João 3:2

Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.

Votando para o texto de Isaías 40:31, nós podemos afirmar que durante o tempo do Antigo Testamento, a expressão — os que esperam no SENHOR — se aplicava a todos que aguardavam pacientemente pelo cumprimento das promessas referentes ao Messias, conforme podemos ler em —

Lucas 2:25, 38

25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.

38 E, chegando naquela hora, — a profetisa Ana — dava graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.

Mas independentemente disso tudo, o profeta também deseja estabelecer uma verdade geral, afirmando que a força de Deus está disponível para todos aqueles que, a qualquer tempo, esperam com paciência para que o propósito de Deus seja plenamente cumprido.

O verbo usado para descrever aqueles que esperam pelo SENHOR קְָוָהqavah — aguardar, buscar e esperar, também pode transmitir a ideia de que tais pessoas serão mudadas ou transformadas. Nesse contexto a ideia principal é a de mudança ou troca da força que alguém possui por uma força maior ou melhor. Desse modo, nossa tradução como “renovarão as suas forças é bastante satisfatória. Implícito nesse contexto todo temos a condição de fraqueza ou de falta de força. Qualquer que seja a força que alguém possa possuir, se essa pessoa estiver esperando no SENHOR, tal força será trocada por outra, bem mais real e palpável. Em vez de se cansarem e tropeçarem, os que esperam no SENHOR serão cada vez mais fortalecidos.

OUTROS ARTIGOS DE PECADOS QUE PODEM DESTRUIR NOSSAS ALMAS
Estudo 001 — A FALSA CULPA

Estudo 002 — A ANSIEDADE

Estudo 003 — O REMORSO

Estudo 004 — A AMBIÇÃO

Estudo 005 — A AMARGURA

Estudo 006 — A INVEJA E O CIÚME

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 001

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 002

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 003

Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 004 – FINAL

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 001

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 002

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 003

Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 004

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 001

Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 002

Estudo 010 — DESEJOS INDULGENTES OU PECAMINOSOS
Que Deus nos abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.  


[1]Strong, J., e Sociedade Bíblica do Brasil. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong (H8679). Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, 2002—2005.

[2] Calvin, John. Hebrews, 1 and 2 Peter in Calvin’s New Testament Commentaries. Wm. B. Eerdmans Publishing Co., Grand Rapids, 1994.

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