Essa é uma série na qual pretendemos,
dentro do possível, discutir alguns dos mais insidiosos pecados que ameaçam
nossas almas. Trata-se de ações ou reações que caracterizam um coração perverso
diante de Deus, algo com o que muitos personagens bíblicos tiveram que lutar,
mas que pela graça de Deus conseguiram vencer. Nós também, como seres humanos
iguais a eles estamos sujeitos a enfrentar esses mesmos pecados e temos que entender
como essas situações funcionam, para poder lançar mão da graça de Deus e vencer
as mesmas. A SÉTIMA questão que devemos analisar é:
7. A IMPACIÊNCIA — PARTE 003
A segunda cláusula — sobem com asas
como águias
— também é bastante apropriada. A expressão indica que tal força é semelhante à
força de uma águia. As águias são animais únicos na natureza. O porte das
mesmas pode variar de 2,5 até 12 quilos e sua envergadura — de uma ponta até a
outra ponta de suas asas abertas pode alcançar uma distância que vai de 1,5 até
2,5 metros. As águias são as aves que voam nas maiores altitudes e podem
atingir velocidades de até 100 quilômetros por hora em voo e até 240
quilômetros em “mergulho”, em direção à terra. São capazes de transportar até
30 quilos em voo. São animais admirados em todo o mundo e por todas as
culturas.
Sem nenhum esforço aparente a
água levanta voo e sobe as maiores alturas. Do mesmo modo, Deus promete que seu povo ira se levantar das
maiores profundezas das suas tristezas e dificuldades. Eles não tropeçarão, nem
cairão por terra. Pelo contrário, com a mesma facilidade de uma águia eles
levantarão um alto voo.
Existem ainda duas figuras,
usadas pelo profeta Isaías, que completam a descrição do que está sendo falado.
Aqueles que esperam pelo Senhor não irão apenas voar, mas também correrão e
andarão. Desse modo, o todo das suas vidas será marcado por um constante
prevalecer e eles se mudarão de força em força. Note que pela terceira vez,
nesses pouco versículos — Isaías 40:28—31 — o profeta menciona dois mesmos
verbos: cansar e fatigar. No verso 28 o profeta aplicou esses termos a Deus no
sentido de que o Senhor nem
se cansa e nem se fatiga, ou seja, Ele é sempre capaz de resolver todos os
nossos problemas e dificuldades.
Já no verso 30, o profeta aplica esses termos aos jovens, porque temos essa
ideia que os jovens não se cansam e nem se fatigam, mas isso não é verdade.
Eles não apenas se cansam e se fatigam como, de exaustos, acabam desabando. Por
fim, o profeta aplica esses verbos àqueles que esperam no SENHOR. Das duas
figuras que mencionamos acima, parece que uma é emprestada das corridas e a
outra do andar diário de uma pessoa. As figuras são duas, mas o ensinamento é
um só: o ato de correr não produz nem cansaço nem estafa e o caminhar pode se
estender por longos períodos sem que seus efeitos sejam sequer percebidos. Portanto, se você está impaciente com alguma
coisa, procure olhar para o SENHOR e esperar por ele.
Mas ainda temos mais algumas
passagens que podemos usar para nosso benefício nessa nossa luta diária contra
a impaciência. Em Números 9:15—23,
nós encontramos uma narrativa que nos fala da forma especial como Deus guiou o
povo de Israel em sua travessia pelo deserto, e dessa narrativa nós podemos
aprender muitas coisas acerca de como superar a impaciência e esperar a boa
vontade de Deus em nossas vidas. Bem vamos a passagem de Números —
Números 9:15—23
15 No dia em que foi erigido o tabernáculo, a
nuvem o cobriu, a saber, a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o
tabernáculo uma aparência de fogo até à manhã.
16 Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de
noite, havia aparência de fogo.
17 Quando a nuvem se erguia de sobre a tenda, os
filhos de Israel se punham em marcha; e, no lugar onde a nuvem parava, aí os
filhos de Israel se acampavam.
18 Segundo o mandado do SENHOR, os filhos de
Israel partiam e, segundo o mandado do SENHOR, se acampavam; por todo o tempo
em que a nuvem pairava sobre o tabernáculo, permaneciam acampados.
19 Quando a nuvem se detinha muitos dias sobre o
tabernáculo, então, os filhos de Israel cumpriam a ordem do SENHOR e não
partiam.
20 Às vezes, a nuvem ficava poucos dias sobre o
tabernáculo; então, segundo o mandado do SENHOR, permaneciam e, segundo a ordem
do SENHOR, partiam.
21 Às vezes, a nuvem ficava desde a tarde até à
manhã; quando, pela manhã, a nuvem se erguia, punham-se em marcha; quer de dia,
quer de noite, erguendo-se a nuvem, partiam.
22 Se a nuvem se detinha sobre o tabernáculo por
dois dias, ou um mês, ou por mais tempo, enquanto pairava sobre ele, os filhos
de Israel permaneciam acampados e não se punham em marcha; mas, erguendo-se
ela, partiam.
23 Segundo o mandado do SENHOR, se acampavam e,
segundo o mandado do SENHOR, se punham em marcha; cumpriam o seu dever para com
o SENHOR, segundo a ordem do SENHOR por intermédio de Moisés.
A nuvem mencionada na passagem acima,
representava a manifestação da gloriosa presença de Deus, algo que, por si
mesmo, já serve para preencher todos os nossos vazios, até mesmo os maiores.
Mas ainda temos outra passagem para a qual gostaríamos de chamar a atenção de
todos:
Êxodo 33:7—11
7 Ora, Moisés costumava tomar a tenda e armá-la
para si, fora, bem longe do arraial; e lhe chamava a tenda da congregação. Todo
aquele que buscava ao SENHOR saía à tenda da congregação, que estava fora do
arraial.
8 Quando Moisés saía para a tenda, fora, todo o
povo se erguia, cada um em pé à porta da sua tenda, e olhavam pelas costas, até
entrar ele na tenda.
9 Uma vez dentro Moisés da tenda, descia a coluna
de nuvem e punha-se à porta da tenda; e o SENHOR falava com Moisés.
10 Todo o povo via a coluna de nuvem que se
detinha à porta da tenda; todo o povo se levantava, e cada um, à porta da sua
tenda, adorava ao SENHOR.
11 Falava o SENHOR a Moisés face a face, como
qualquer fala a seu amigo; então, voltava Moisés para o arraial, porém o moço
Josué, seu servidor, filho de Num, não se apartava da tenda.
Note a afirmação do verso 7
acima. O que o mesmo está afirmando é que há momentos em nossas vidas, quando
manifestamos uma teimosia intolerável a Deus, que o faz decidir que habitar em
nosso meio não lhe é mais algo agradável. Essa era a condição que o povo de
Israel estava enfrentando agora. O acampamento do povo de Israel foi rejeitado
pelo próprio Deus como lugar da presença divina. Mas em sua graça, Deus ainda
estabeleceu um novo local onde o povo podia vir procurá-lo — verso 7.
Aqui estamos diante de um
princípio espiritual que vale para todo povo de Deus em qualquer época que
seja: o local que o próprio Cristo ocupa agora encontra-se fora do arraial e é
para lá que nós somos convidados a nos deslocar —
Hebreus 13:13 —
Saiamos, pois, a ele, fora do arraial, levando o
seu vitupério.
Precisamos de uma disposição enorme
de sujeição à Palavra de Deus para entendermos exatamente, qual é o significado
dessa expressão hebraica מַּחֲנֶה —
machaneh — traduzida por arraial, e uma
força maior ainda para sairmos do mesmo. Além disso, precisamos de uma poderosa
combinação de santidade e graça para agir a favor daqueles que se encontram
dentro do arraial. O arraial é qualquer sistema religioso, pode ser até mesmo o
sistema da nossa própria igreja, onde as pessoas estão aprisionadas a rotinas e
regras, pensando que estão agradando a Deus, mas enquanto isso, o próprio Deus
está fora de tal lugar e somente os verdadeiros crentes conseguem se encontrar
com Ele para adorá-lo em Espírito e em Verdade.
Agora note que o que acabamos
de dizer é exatamente o que Moisés fazia. Ele se compadecia do povo que estava
dentro do arraial e, por isso, ele ia lá dentro ajudá-los. Moisés, apesar da
idade, demonstra uma energia espiritual bem maior que o jovem Josué, que
preferia ficar na presença de Deus. Isso não era mal em si mesmo, mas não
ajudava a resolver o problema de todos os outros que estavam dentro do arraial.
Mais adiante, nesse mesmo texto
nós lemos acerca da importância que o próprio Moisés dava à presença do Senhor
acompanhando Seu povo, quando diz:
Êxodo 33:14—15
14 Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e
eu te darei descanso.
15 Então, lhe disse Moisés: Se a tua presença não
vai comigo, não nos faças subir deste lugar.
Deus não poderia manter-se para
sempre longe do seu povo. Isso significaria a destruição completa do mesmo. O
salmista expressa o mesmo sentimento de Moisés ao dizer:
Salmo 26:8
Eu
amo, SENHOR, a habitação de tua casa e o lugar onde tua glória assiste.
OUTROS ARTIGOS DE PECADOS QUE PODEM DESTRUIR NOSSAS ALMAS
Estudo 001 — A FALSA CULPA
Estudo 002 — A ANSIEDADE
Estudo 003 — O REMORSO
Estudo 004 — A AMBIÇÃO
Estudo 005 — A AMARGURA
Estudo 006 — A INVEJA E O CIÚME
Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 001
Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 002
Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 003
Estudo 007 — A IMPACIÊNCIA — PARTE 004 – FINAL
Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 001
Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 002
Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 003
Estudo 008 — APATIA E DESÂNIMO — PARTE 004
Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 001
Estudo 009 — A AUTOADULAÇÃO — PARTE 002
Estudo 010 — DESEJOS INDULGENTES OU PECAMINOSOS
Que
Deus nos abençoe a todos.
Alexandros
Meimaridis
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