Ruínas restauradas em Sardes
O objetivo dessa série é
apresentar os três primeiros capítulos do Livro do Apocalipse. Neles vamos
encontrar uma REVELAÇÃO muito especial da pessoa de Jesus Cristo. Cremos que é
disso que a Igreja dos nossos Dias precisa: Um encontro pessoal e profundo com
o Senhor que diz de si mesmo: Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele
que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso. No Final de cada estudo o
leitor encontrará os links para os estudos seguintes:
LIVRO DO APOCALIPSE — INTRODUÇÃO
E AS CARTAS ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA
Texto: Apocalipse 3:1—6
Introdução.
A.
Hoje estamos iniciando a exposição de mais uma das sete cartas enviadas pelo
próprio Senhor Jesus a algumas igrejas localizadas na Ásia por meio de seu fiel
servo o apóstolo João.
B.
Essa é a quarta carta que vamos examinar. Ela foi enviada para a igreja
localizada em Sardes e seu tema principal é REALIDADE. E tal realidade era mesmo muito dura, porque
Jesus diz para essa igreja o seguinte: TENS NOME DE QUE VIVES E ESTÁS MORTO!
Muito duras são mesmo essas palavras.
C.
Além de palavras duras a carta também contém várias ironias da parte de Jesus,
mas para entender as mesmas é necessário conhecer um pouco da história e da
fama dessa cidade.
D.
Vamos então iniciar apontando alguns fatos históricos sobre Sardes que irão nos
ajudar a entender melhor as Palavras de Jesus:
1.
Sardes estava localizada a 48 quilômetros a sudeste de Tiatira — última igreja
que estudamos — e a 80 quilômetros a leste de Esmirna em linha reta.
2.
Sardes era uma cidade muito antiga. Sua data de fundação retrocede até o ano
1.200 a.C.
3.
Seu apogeu foi quando tornou-se a capital do reino da Lídia, tornando-se alvo
de poderosos inimigos: entre esses, podemos citar tanto Ciro, o medo, como
Alexandre , o Grande, da Macedônia. Por fim, como aconteceu com todo o resto da
Bacia do Mediterrâneo foi também conquistada pelos Romanos em 133 a.C.
4.
A história nos diz que Sardes foi a primeira cidade a cunhar moedas de ouro e
de prata.
5.
O povo de Sardes costumava alegar que eles tinham inventado a técnica de tingir
a lã dos carneiros, mas isso não está comprovado historicamente.
Imperador César Augusto
Imperador César Augusto
6. Em 17 d.C. a cidade sofreu um terrível terremoto e foi arrasada. Mas graças às generosas doações dos imperadores romanos César Augusto e Tibério a mesma foi reconstruída. Tibério fez uma doação de 10.000.000 de cestércios romanos algo equivalente a 2.7 milhões de Reais. Tibério foi o imperador Romano sob o qual Jesus Cristo foi crucificado.
Estátua de Tibério no Museu Chiaramonti, no Vaticano.
7. Sua deusa principal era a deusa grega chamada de Ártemis pelos romanos, mas que também atendia pelo nome de Cibele. O templo dessa deusa foi escavado e mede 50 metros de largura por 60 metros de cumprimento perfazendo um total de 3.000 mil metros quadrados! A altura do templo era de quase 20 metros!
Deusa Cibele
8. O povo de Sardes tinha grande interesse nas questões que envolviam a morte e a imortalidade. Acreditava-se que Cibele, a deusa local, tinha poderes para restaurar à vida, pessoas que estavam mortas. É possível que seja desse interesse que brotam a primeiras, irônicas e duras palavras de Cristo para o povo da igreja local: TENS NOME DE QUE VIVES E ESTÁS MORTO!
D.
Vamos então iniciar nosso estudo do texto bíblico que se encontra em Apocalipse
3:1—6.
AS
PRIMEIRAS PALAVRAS DIRIGIDAS À IGREJA LOCALIZADA EM SARDES
I. Duras palavras da Parte de
Cristo
A.
De todas as sete cidades, Sardes é a que ouve, sem sombra de dúvida, as
críticas mais pesadas. As palavras de Jesus, como já vimos, são mesmo
implacáveis!
B.
Jesus inicia a carta dizendo ser aquele que “Tem”, ou seja, Ele é Aquele que
está em pleno domínio e soberania sobre todas as coisas — ver Apocalipse 3:1. O
domínio de Jesus se estende tanto sobre os responsáveis pelas igrejas locais —
chamados de estrelas — como sobre as sete manifestações do Espírito Divino, que
é uma ideia emprestada do profeta Isaías que diz:
Isaías 11:2
Repousará sobre ele o Espírito do
SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de
fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.
C.
Por favor, notem que se trata de um único e mesmo Espírito Santo que se
manifesta de formas diversas e não de sete espíritos diferentes como alguns
pregadores mal informados costumam alegar.
D.
Por esses fatores devemos dar muita importância à mensagem dessa carta.
II. A Reprovação Manifestada Pelo
Senhor
A.
Já mencionamos o terrível terremoto que destruiu a cidade no ano 17 d.C.
B.
As palavras de Cristo, por sua vez não são menos devastadoras ao dizer: TENS
NOME DE QUE VIVES E ESTÁS MORTO!
C.
Como nas outras cartas Jesus também se apresenta como Aquele que conhece tudo,
sabe tudo, percebe tudo. Nada consegue escapar ao seu escrutínio. São palavras
repetitivas que visam nos despertar para essa grande realidade:
Hebreus 4:13
E não há criatura que não seja
manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e
patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas.
D.
É possível que a Igreja em Sardes desfrutasse de progresso tanto material
quanto do crescimento da igreja, já que a mesma não enfrentava problemas com
falsas doutrinas, nem com falsos mestres, nem com perseguição. Tudo parecia
refletir uma verdadeira condição de vigor e dinamismo. Certamente não havia
escassez financeira nem carência de talentos ou recursos humanos.
E.
Mas as aparências diante dos homens não querem dizer o mesmo é verdadeiro
diante de Jesus que conhece a verdadeira condição dos nossos corações. Por
isso, para Cristo, a Igreja em Sardes era na realidade:
III. Um Cemitério Espiritual
A.
A impressão que temos ao ler essa carta é que apenas umas poucas pessoas eram
mesmo convertidas e viviam uma vida coerente com a vida cristã. A vasta maioria
dos seus membros havia sucumbido ao paganismo reinante e eram cristãos apenas
nominais. Eram como Paulo disse um dia de pessoas que pretendiam ser crentes,
mas não eram crentes de verdade:
2 Timóteo 3:5 na NTLH
Parecerão ser seguidores da nossa
religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela. Fique longe
dessa gente!
B.
A Igreja era notoriamente distinta e respeitada, mas era, na realidade, um
imenso cemitério espiritual. O veredito de Cristo está baseado em seu pleno
conhecimento. Por isso, depois de enxergar a verdadeira condição daquela igreja
por baixo da fachada de “dignidade”, o Senhor podia dizer: Apocalipse 3:2 — Não
tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus
C.
Apesar da boa reputação entre as pessoas da cidade, a Igreja em Sardes era
muito insatisfatória diante de Deus.
D.
Essa distinção entre o que aparentamos ser e o que somos de verdade é de grande
importância em todas as épocas.
E.
Aprenda a não dar importância às opiniões humanas. Não se orgulhe quando for
elogiado pelas pessoas, nem entre em depressão quando criticado. Preocupe-se
com o que Deus pensa de você. Como é que Deus te vê?
F.
Essa é uma palavra antiga, mas que vale, perfeitamente, para os dias de hoje —
1 Samuel 16:7
Porém o SENHOR disse a Samuel:
Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei;
porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR,
o coração.
Conclusão:
A.
A Igreja em Sardes nos faz lembrar a figueira mencionada em —
Mateus 21:19
Vendo uma figueira à beira do
caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca
mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente.
B.
Alguns de nós somos como o filho pródigo. Mesmo vivo, enquanto estava longe do
pai, ele estava morto! Apenas por meio do arrependimento e o retorno para o Pai
é que a verdadeira vida pode ser restaurada —
Efésios 5:14:
Pelo que diz: Desperta, ó tu que
dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.
C.
Embora tenhamos responsabilidades uns com os outros nossa maior
responsabilidade é para com Deus. Sabe por quê? Porque é a Deus, a quem um dia
teremos que prestar conta de absolutamente tudo! Ações, omissões, pensamentos e
etc.
D.
Vamos lembrar mais uma vez que Deus sabe nossos pensamentos e até nossos
motivos. Nós estamos com que “nus” diante dele.
E.
As questões que cada um de nós precisa responder são: Quanta realidade há por
trás da nossa profissão de fé? E, quanto de vida autêntica por trás da nossa
fachada?
F.
A resposta fica a cargo de cada um!
OUTRAS MENSAGENS ACERCA DO APOCALIPSE: INTRODUÇÃO E CARTAS ÀS SETE IGREJAS
APOCALIPSE 1:1—20 — SERMÃO 001 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DO APOCALIPSE
APOCALIPSE 1:1—20 — SERMÃO 002 — UMA VISÃO DE JESUS CRISTO — PARTE 001
APOCALIPSE 1:1—20 — SERMÃO 003 — UMA VISÃO DE JESUS CRISTO — PARTE 002
APOCALIPSE 2:1—7 — SERMÃO 004 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ÉFESO — PARTE 001
APOCALIPSE 2:1—7 — SERMÃO 005 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ÉFESO — PARTE 002
APOCALIPSE 2:8—11 — SERMÃO 006 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ESMIRNA — PARTE 001
APOCALIPSE 2:8—11 — SERMÃO 007 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM ESMIRNA — PARTE 002
APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 008 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 001
APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 009 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 002
APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 010 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 003
APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 011 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 004
APOCALIPSE 2:12—17 — SERMÃO 012 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM PÉRGAMO — PARTE 005 FINAL
APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 013 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 001
APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 014 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 002
APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 015 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 003
APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 016 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 004
APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 017 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 005
APOCALIPSE 2:18—29 — SERMÃO 018A/B — UMA CARTA PARA A IGREJA EM TIATIRA — PARTE 006A/B
APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 019 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 001
APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 020 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 002
APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 021 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 003
APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 022 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 004
APOCALIPSE 3:1—6 — SERMÃO 023 — UMA CARTA PARA A IGREJA EM SARDES— PARTE 005 — FINAL
APOCALIPSE 3:7—13 — SERMÃO 024 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 001
APOCALIPSE 3:7—13 — SERMÃO 025 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/apocalipse-introducao-e-as-cartas-as.html
APOCALIPSE 3:7—13 — SERMÃO 026 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/apocalipse-introducao-e-as-cartas-as.html
APOCALIPSE 3:7—13 — SERMÃO 027 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 004
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/04/apocalipse-introducao-e-as-cartas-as.html
APOCALIPSE 3:7—13 — SERMÃO 028 – UMA CARTA PARA A IGREJA EM FILADÉLFIA — PARTE 005
Alexandros
Meimaridis
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