Time de arqueólogos extrai
esqueletos da escavação em 28 de junho de 2016. A descoberta pôs fim aos 30
anos de Expedição Leon Levy. Copyright AFP
A descoberta é de 2013, mas só
foi revelada há duas semanas por questões político-religiosas. Com essa
descoberta cai mais uma das infindáveis acusações levantadas contra a Bíblia de
que suas histórias são mitológicas e fazem referência a povos, nações e
histórias que nunca existiram. Bem, os filisteus não apenas existiram como
tinham o hábito de sepultar seus mortos, conforme prova essa recente
descoberta.
O artigo abaixo foi publicado no
site da BBC Brasil.
Arqueólogos fazem 'descoberta inédita' de
cemitério filisteu em Israel
10 julho 2016
Pesquisadores em Israel afirmam
ter descoberto um cemitério filisteu — seria, segundo eles, o primeiro a ser
encontrado na história.
O achado, ocorrido em 2013 e
tornado público neste domingo, pode trazer respostas sobre o antigo mistério em
torno da origem do povo.
A descoberta marcou o fim da
escavação realizada pela Expedição Leon Levy na região do Parque Nacional de
Ashkelon, no sul de Israel. Os trabalhos duraram 30 anos.
Os líderes da pesquisa dizem ter
encontrado 145 conjuntos de restos mortais em várias câmaras fúnebres, algumas
cercadas por perfume, comida, joias e armas.
As ossadas são originárias do
período compreendido entre os séculos 11 a.C. e 8 a.C.
Povo migrante
Antropóloga e patologista Sherry
Fox mostra uma caveira descoberta na escavação em 28 de junho de 2016. Os
restos mortais estão passando por vários testes. Image copyright AFP.
Os filisteus são mencionados na
Bíblia como arqui-inimigos dos antigos israelitas.
Acredita-se que eles tenham
migrado para as terras de Israel por volta do século 12 a.C, vindos de áreas do
oeste.
O filisteu mais famoso nos dias
atuais é Golias, guerreiro gigante que, segundo o livro sagrado, foi vencido
pelo jovem Davi antes de ele se tornar rei.
"Após décadas estudando o
que os filisteus deixaram para trás, nós finalmente ficamos cara a cara com
essas pessoas", afirmou Daniel M. Master, um dos líderes da escavação.
"Com essa descoberta, nós
estamos próximos de desvendar o segredo em torno de suas origens."
Segredo de três anos
Professor Lawrence E. Stager fala
sobre a escavação em 28 de junho de 2016 Image copyright REUTERS
O achado foi mantido em segredo
por três anos até que os trabalhos fossem finalizados. O objetivo era evitar
atrair a atenção de ativistas judeus ultraortodoxos, que já haviam feito atos
contra escavações.
Os manifestantes acusavam os
arqueólogos de perturbar locais de sepultamento.
"Nós tivemos que segurar as
nossas línguas por um longo tempo", disse Master.
Especialistas que estudaram o
período divergem sobre a origem geográfica dos filisteus — Grécia, sua ilha
Creta, Chipre e Anatólia, na Turquia, são apontados.
Alguns dos mortos foram
sepultados com panelas de barro e outros itens pessoais Itens de argila
descobertos durante escavações no primeiro cemitério filisteu descoberto no
Parque Nacional de Ashkelon, são mostrados no Museu Rockefeller, em Jerusalém,
em 6 de julho de 2016. Image copyright REUTERS
A equipe da expedição está agora
fazendo exames de DNA, de datação por radiocarbono e outros testes nos restos
mortais em uma tentativa de apontar com precisão sua ascendência.
A maioria dos corpos não foi
enterrada com itens pessoais, afirmam os pesquisadores, mas perto de alguns
havia utensílios onde eram guardados perfumes, jarras e pequenas tigelas.
Poucos indivíduos foram
sepultados com pulseiras e brincos. Outros, com armas.
"É assim que filisteus
tratavam seus mortos, e esse é o 'livro de códigos' para decifrar tudo",
disse o arqueólogo Adam Aja, um dos participantes da escavação.
O artigo original poderá ser
visto por meio desse link aqui:
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ARQUEOLÓGICAS
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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