Esse material é parte de uma série de mensagens pregadas no Livro dos Atos dos Apóstolos. As mensagens cobrem todos os 28 capítulos do Livro de Atos e no final de cada mensagem, você poderá encontrar links para outras mensagens.
Texto: Atos 7:9—16
Introdução
A. Na mensagem anterior começamos a falar do sermão pregado por Estevão diante do Sinédrio.
B. A história de Estevão funciona no livro dos Atos como um momento de transição, porque depois de seu apedrejamento e morte, os cristãos, com exceção dos apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria — ver Atos 8:1b.
C. A morte de Estevão também marca uma mudança definitiva na história da salvação por causa do advento de Jesus que trouxe à plena luz o que Deus estava fazendo —
2 Coríntios 5:18—19
18 Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação,
19 a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.
D. Naqueles dias, o custo foi a morte de Estevão, que foi o primeiro mártir da fé cristã. Mas a morte de Estevão não foi em vão porque seu longo sermão foi ouvido — ver Isaías 55:11 — por um homem chamado Saulo que, em seguida, seria o responsável pelo apedrejamento de Estevão. Mas a Palavra de Deus é poderosa para destruir fortalezas de pensamentos —
2 Coríntios 10:4—5
4 Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas
5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.
Estevão plantou as sementes daquilo que viria a se tornar mais adiante, através de revelações divinas, uma teologia onde a Igreja aparece como o topo da história da redenção —
Efésios 3:10
Para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais.
E. Estevão foi verdadeiramente um homem muito adiante do seu próprio tempo. Ele foi o primeiro a compreender as grandes implicações da morte e ressurreição de Cristo e o estabelecimento da Nova Aliança.
F. O sermão pregado por Estevão é o mais longo de todos os discursos registrados no livro de Atos.
G. Usando seu conhecimento das histórias do Antigo Testamento, Estevão narra dessas mesmas histórias vários fatos visando estabelecer de forma bastante sólida os seguintes pontos:
1. Que o Deus da Glória se manifesta onde quer, a quem quer e com quer.
2. Que o Deus da Glória é um Deus Móvel que não pode ser restrito a uma localidade, seja cidade, seja estado, seja país, apenas. Ele está em todos os lugares.
3. Que a circuncisão foi dada como um sinal da Antiga Aliança e que a expectativa de Deus sempre foi a transformação do coração do Seu povo e nunca o estabelecimento de uma religião formal, mas de uma vida verdadeira baseada em um relacionamento sincero entre o povo e Deus —
Deuteronômio 10.16
Circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz.
Jeremias 4:4
Circuncidai-vos para o SENHOR, circuncidai o vosso coração, ó homens de Judá e moradores de Jerusalém, para que o meu furor não saia como fogo e arda, e não haja quem o apague, por causa da malícia das vossas obras.
·
H. Vamos continuar a analisar o sermão de Estevão e ver o que mais ele tem para nos ensinar, acerca das
H. Vamos continuar a analisar o sermão de Estevão e ver o que mais ele tem para nos ensinar, acerca das
BASES SOBRE AS QUAIS ESTÁ FUNDAMENTADA A
IGREJA DO NOVO TESTAMENTO — PARTE 2
I. A Historia de José
A. Os patriarcas — filhos de Jacó — tinham inveja de um de seus irmãos,
José, e acabaram vendendo-o para o Egito. Mas Deus — que está em todos os
lugares — estava com José no Egito. Ver Atos 7:9.
B. No Egito, Deus estava com José e o ajudou a se livrar de suas
aflições bem como a se tornar governador de toda aquela terra. Ver Atos 7:10.
C. Enquanto isso em Canaã havia uma grande fome e Jacó enviou os
patriarcas — os mesmos que tinham vendido José para o Egito – para irem até o Egito
buscar mantimentos, não apenas uma vez, mas duas vezes onde tiveram que
negociar diretamente com José — ver Atos 7:11—13.
D. José manda buscar seu pai Jacó o qual peregrina até o Egito e lá,
Jacó, José e todos os outros patriarcas morreram — sem herdar a terra de Canaã,
é claro. Com exceção de José, Jacó e seus outros filhos foram transportados de
volta e sepultados na terra de Canaã — ver Atos 7:14—16.
II. A Ênfase sobre a Mobilidade
do Deus da Glória
A. Da mesma forma como havia sido surpreendente a manifestação do Deus da Glória na região da Mesopotâmia, que nos dias do pai de Abrão contava com uma coleção não inferior a 500.000 — quinhentas mil — divindades de todos os tipos.
B. Assim também é surpreendente que, de todos os lugares, onde o Deus da glória poderia se manifestar, ele também tenha escolhido fazê-lo em outro pais — o Egito — que era politeísta ao extremo e que possuía uma teologia e práticas mágicas bem estabelecidas.
C. Como Deus esteve com Abrão na Mesopotâmia, agora ele estava acompanhando José no Egito.
D. Esse fato nos conduz a outra verdade muito importante: o povo de Deus é um povo peregrino;
III. O Povo de Deus como um Povo Peregrino
A. O Povo de Deus foi sempre um povo peregrino.
B. Abraão foi peregrino. O mesmo é verdade com relação à Isaque e Jacó.
C.
O povo de Israel foi peregrino e por este motivo Deus ordenou:
Levítico 19:33— 34
Se o estrangeiro peregrinar na vossa terra, não o oprimireis. Como o natural, será entre vós o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-eis como a vós mesmos, pois estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.
D.
O Exemplo que nos foi deixado e que devemos imitar encontra-se descrito em —
Hebreus 11:13—16
13 Todos estes morreram na fé, sem ter
obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando
que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
14 Porque os que falam desse modo
manifestam estar procurando uma pátria.
15 E, se, na verdade, se lembrassem
daquela de onde saíram, teriam oportunidade de voltar.
16 Mas, agora, aspiram a uma pátria
superior, isto é, celestial. Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado
o seu Deus, porquanto lhes preparou uma cidade.
Hebreus 13:14
Na verdade, não temos aqui cidade
permanente, mas buscamos a que há de vir.
1 Pedro 2:11
Amados, exorto-vos, como peregrinos e
forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra
contra a alma.
Contra
estas paixões o único remédio efetivo é a palavra de Deus —
Salmo 119:11
Guardo no coração as tuas palavras,
para não pecar contra ti.
Conclusão
A.. Não é difícil identificarmos José como um tipo do Senhor Jesus
1. A inveja dos irmãos de José é semelhante à inveja que a liderança judaica sentia com relação a Jesus!
2. José é novamente comparado a Jesus, pois as palavras de Pedro ainda ecoavam nos seus ouvidos quando disse:
Atos 2:36
Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.
3. A comparação entre José e Jesus prossegue. Apesar de ser maltratado e até crucificado Jesus está pronto para perdoar e estender a reconciliação a seus algozes como José fez com os seus irmãos que o haviam vendido como escravo para o Egito.
B. O Deus da Glória é um Deus móvel. Aqui existem duas implicações:
1. Ele não pode ser encaixotado nem feito refém ou prisioneiro de nenhum tipo de construção, mesmo a mais gloriosa.
2. Todas as construções, especialmente as megalomaníacas, que pretendem acomodar Deus são, em realidade, ofensivas ao Senhor.
C. Nos dias do Novo Testamento, para que a verdadeira fé no Deus que está em todo lugar pudesse se firmar, o Templo em Jerusalém precisava ser destruído. Jesus nos ensinou duas verdades a esse respeito.
1. Ele era, em sua própria pessoa, maior que o Templo em Jerusalém — ver Mateus 12:16.
2. Jesus considerava seu próprio corpo o verdadeiro templo de Deus, onde todo o povo do Senhor seria congregado — ver João 2:13—22.
D. Que o Deus da glória, se digne a caminhar junto conosco enquanto atravessamos esse mundo sombrio e que nunca venhamos a ofendê-lo sob a pretensão de construir uma casa para honrá-lo.
OUTRAS
MENSAGENS DO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS
SERMÃO 001 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS
APÓSTOLOS — Lucas 1:1—4 e Atos 1:1—2
SERMÃO
002 — INTRODUÇÃO AO LIVRO DOS ATOS DOS APÓSTOLOS — PARTE 2 — Lucas 1:1—4 e Atos
1:1—2
SERMÃO
003 — A TRANSIÇÃO DO VOLUME ANTERIOR — Atos 1:1—5
SERMÃO
004 — A NOVA DIREÇÃO EXPLICADA — Atos 1:6—8
SERMÃO
005 — A ASCENSÃO DE JESUS — Atos 1:9—11
SERMÃO
006 — PERSEVERANDO UNÂNIMES — Atos 1:12—26
SERMÃO
007 — O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 001 — Atos 2:1—4
SERMÃO
008 — O DIA DO PENTECOSTES – PARTE 002 — Atos 2:5—15
SERMÃO
009 — A PROFECIA DE JOEL — Atos 2:14—21
SERMÃO
010 — O PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 001 — Atos 2:22—36
SERMÃO
011 — O PRIMEIRO SERMÃO — PARTE 002 — Atos 2:37—41
SERMÃO
012 — A VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47
SERMÃO
013 — A VIDA DOS PRIMEIROS CRISTÃOS — Atos 2:42—47 — PARTE 002
SERMÃO
014 — A CURA DE UM PARALÍTICO DE NASCENÇA — Atos 3:1—10
SERMÃO
015 — A EXALTAÇÃO DE JESUS E A CONDENAÇÃO DOS HOMENS — Atos 3:11—21
SERMÃO
016 — SALVAÇÃO E REFRIGÉRIO: BÊNÇÃOS DAS DUAS VINDAS DE JESUS— Atos 3:17—21
SERMÃO
017 — JESUS CUMPRE AS PROFECIAS DO ANTIGO TESTAMENTO — Atos 3:22—26
SERMÃO
018 — INÍCIO DAS PERSEGUIÇÕES — Atos 4:1—22
SERMÃO
019 — A IGREJA ORA EM COMUNHÃO — Atos 4:23—31
SERMÃO
020 — A IGREJA VIVE EM COMUNHÃO — Atos 4:32—37
SERMÃO
021 — ANANIAS E SAFIRA — Atos 5:1—11
SERMÃO
022 — A COMUNIDADE DOS CRENTES — Atos 5:12—16
SERMÃO
023 — PRISÃO, JULGAMENTO, AÇOITES = ALEGRIA E O PARECER DE GAMALIEL — Atos 5:17—42
SERMÃO
024 — DIVERSIDADE DE DONS = CRESCIMENTO DA IGREJA — Atos 6:1—7
SERMÃO
025 — UM HOMEM CHAMADO ESTÊVÃO — Atos 6:8—12
SERMÃO
026 — ACUSAÇÕES CONTRA UM HOMEM HONESTO — Atos 6:13—15
SERMÃO
027 — A DEFESA DE ESTÊVÃO E O DEUS DA GLÓRIA — Atos 7:1—8
SERMÃO 028 —
A DEFESA DE ESTÊVÃO E A MOBILIDADE DE DEUS — Atos 7:9—16
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/04/atos-dos-apostolos-sermao-028-defesa-de.html
SERMÃO 029 – A DEFESA DE ESTEVÃO – Parte 3 — Atos 7:17—43
SERMÃO 030 — A DEFESA DE ESTEVÃO — Três Acusações Devastadoras — Parte 4 — Atos 7:44—53
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/04/atos-dos-apostolos-sermao-030-defesa-de.html
SERMÃO 031 — A DEFESA DE ESTEVÃO — Perseguição e Morte — Parte 5 — Atos 7:54—60
Que
Deus abençoe e nos ajude a todos.
Alexandros
Meimaridis
PS.
Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no
Facebook através do seguinte link:
Desde
já agradecemos a todos.
Os
comentários não representam a opinião do Blog O Grande Diálogo; a
responsabilidade é do autor da mensagem, sujeito à legislação brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário