Jesus e as mulheres é um tema
importante dentro do contexto do Novo Testamento. As denominações históricas
aos poucos vão se libertando de seus próprios preconceitos, ao passo que nas
denominações evangélicas, em muitos casos, os homens abriram mão completamente
de suas responsabilidades a favor das mulheres, o que tem proporcionado uma
verdadeira inundação de bobagens sem fim. Nossa série de estudos procura
entender o papel da mulher como visto e como foram tratadas pelo Senhor Jesus.
Para isso convidamos todos os leitores a fazerem uma análise desapaixonada do
material da mesma.
Texto: João 4:31—38
Introdução.
A.
A passagem de hoje é uma espécie de parênteses no Grande Diálogo entre Jesus e
mulher Samaritana. Ela deixou a cena ao lado do poço de Jacó e foi dar testemunho
acerca do Messias na cidade de Sicar, que agora está interessada em conhecer o
homem responsável por mudanças tão dramáticas na vida da samaritana.
B.
Os discípulos de Jesus que haviam ido até a cidade para comprar comida estavam
de volta, e o Grande Diálogo prossegue, agora com eles.
C.
Com a mulher samaritana a conversa havia girado ao redor de água, com Jesus
oferecendo a ela a verdadeira água da vida que, uma vez recebida por qualquer
pessoa, se transforma num verdadeiro rio dentro da mesma a correr para a
eternidade. Essa é uma poderosa metáfora acerca da presença do Espírito Santo
em nossas vidas.
D.
Agora com seus discípulos a conversa gira em torno de comida, dos campos
prontos para a ceifa e de se fazer a vontade de Deus.
E.
Sem muita dificuldade nós podemos chamar a mensagem de hoje de...
A
SURPRESA DO ALIMENTO INVISÍVEL
I. O Pedido dos Discípulos:
“Mestre, Come!” — Verso 31—34
A.
A mulher tinha vindo ao poço buscar água e retornou a Sicar levando a água
viva.
B.
Os discípulos de Jesus chegaram da cidade de Sicar trazendo comida humana e
ofereceram a mesma para Jesus — verso
31.
C.
Mas Jesus já estava satisfeito e renovado pelo alimento espiritual que havia
recebido do seu Pai ao conduzir aquela mulher perdida à salvação – verso 32.
D.
Os discípulos, todavia, não entendiam o que estava acontecendo, daí o
questionamento que fazem entre eles mesmos — verso 33.
E.
Eles ainda não tinham entendido a dimensão espiritual da verdadeira água e do
verdadeiro alimento. Daquela água que satisfaz para sempre e do alimento que
renova e sustenta por toda eternidade.
F.
Jesus revela aos discípulos que existe uma refeição invisível com a qual somos
alimentados, todas as vezes que nos envolvemos em fazer a vontade de Deus e
alcançamos o alvo que o próprio Deus estabeleceu para cada um de nós — verso 34.
II. Jesus o Verdadeiro Semeador —
versos 35—36.
A.
Jesus como o verdadeiro semeador estava sempre ocupado semeando a palavra de
Deus e ele faz uma referência aos campos plantados entre a cidade de Sicar e o
poço de Jacó — verso
35.
Mas a referência de Jesus dizia respeito às pessoas da cidade de Sicar que
haviam acabado de ouvir as boas novas — boas novas plantadas pela mulher
samaritana — e que agora estavam vindo na direção deles e estavam prontos para
serem colhidos para dentro dos celeiros do próprio Deus.
A
semeadura e a colheita estavam bem mais próximas que os discípulos podiam
imaginar.
B.
As palavras de Jesus são semelhantes às palavras que encontramos no profeta
Amós 9:13—14
13 Eis que vêm dias, diz o
SENHOR, em que o que lavra segue logo ao que ceifa, e o que pisa as uvas, ao
que lança a semente; os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se
derreterão.
14 Mudarei a sorte do meu povo de
Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e
beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto.
C.
Naqueles dias o preparo da terra e a semeadura aconteciam no mês de setembro e
a colheita era iniciada entre os meses de abril e maio do ano seguinte.
D.
Mas agora, no tempo de restauração do Messias as duas coisas acontecem de forma
imediata: a plantação é imediatamente seguida pela colheita, que é
imediatamente seguida por nova semeadura. É como o tempo da vinda do Messias — verso 23.
A hora vem e já chegou!
E.
Desse jeito podemos notar que Jesus se apropria da profecia de Amós como algo
que se cumpre em sua própria vida. O Novo Testamento está cheio de passagem do
Antigo Testamento que são apropriadas e descritas como tendo seu cumprimento na
vida e ministérios de Jesus.
F.
Os discípulos são convidados a participar no processo de plantar e colher
imediatamente — verso
36.
III. Os Discípulos como Ceifeiros
— Versos 37—38.
A.
Como em todas as outras coisas, Jesus é nosso perfeito modelo e exemplo. Ele
diz o seguinte em João 17:4 — Eu te
glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer.
B.
Os discípulos e nós também somos convidados a nos envolver nesse permanente
processo de plantar e colher — verso
37.
C.
Jesus havia plantado a semente do evangelho no coração daquela mulher
samaritana e agora, em breve, uma grande colheita dos habitantes de Sicar
estava em andamento. Só que a colheita não era uma colheita comum. Era uma
colheita por toda a eternidade.
Conclusão:
A. Na mensagem de hoje e nas anteriores, nós nos deparamos com dois tipos de água e dois tipos de alimentos, sobre os quais somos chamados a ponderar:
1. Uma é água que volta a deixar a pessoa com sede e outra é a água que satisfaz por toda a eternidade. Ela, de fato, se torna um rio a correr dentro de nós por toda a eternidade.
2. Comida física que sustenta temporariamente e alimento espiritual que, sustenta de verdade e por toda a eternidade.
B. Apesar de Jesus estar com sede e, provavelmente, com fome também, de alguma forma ele havia sido fortalecido e encontrado plena satisfação em socorrer uma alma perdida sem Deus. Isso nos faz lembrar
Deuteronômio 8:3
Ele te humilhou, e te deixou ter fome,
e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam,
para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que
procede da boca do SENHOR viverá o homem.
C.
Da mesma forma que a colheita segue imediatamente a plantação assim também a
morte de Cristo é ilustrativa da nossa própria morte, conforme podemos ler em —
João 12:24—26
Em verdade, em verdade vos digo: se o
grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz
muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste
mundo preservá-la-á para a vida eterna. Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu
estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.
D.
Nenhum de nós pode se esquecer que:
1.
O sucesso da colheita depende sempre de pessoas que vieram antes de nós.
2.
Em todas as situações onde a semeadura e colheita parecem andar juntas, isso é
uma mera antecipação das bênçãos escatológicas que ainda virão.
E.
Que possamos nos envolver, com todo empenho, no esforço de semeadura e de
colheita, para que: junto com outros semeadores e ceifeiros possamos comemorar
com grande alegria uma colheita abundante naquele grande dia.
Que
Deus abençoe a todos.
OUTRAS
MENSAGENS ACERCA DE JESUS E AS MULHERES
001 — INTRODUÇÃO AO
TEMA
002 — JESUS E SUAS
DISCÍPULAS
003 — JESUS PREGAVA
TANTO PARA HOMENS COMO PARA MULHERES
004 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 001
005 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 002
006 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 003
007 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 004
008 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 005
009 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 6 — JESUS E O FIM DAS TRADIÇÕES RELIGIOSAS
010 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 7 — O PRIMEIRO EU SOU
011 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 8 — O PODER TRANSFORMADOR DE JESUS
012 — JESUS E MULHER
SAMARITANA — PARTE 9 — TESTEMUNHANDO ACERCA DO SALVADOR JESUS
Alexandros
Meimaridis
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