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quarta-feira, 5 de abril de 2017

REDE GLOBO LEVA HIPOCRISIA AO EXTREMO



O artigo abaixo foi publicado pelo site Brasil Dois Pontos e é da autoria de Marco Damiani.

Globo promove violência contra a mulher, sexismo, traição, prostituição e machismo em novelas, mas emissora diz combater assédio vil de galã; você crê?

MARCO DAMIANI/BR:

A hipocrisia da Rede Globo atingiu um limite maior, um recorde! Pelas novelas, há décadas, todas as noites, em horários nobres, incentiva o sexo precoce, rebaixa as mulheres a objetos sexuais, faz elegia do machismo, glamouriza a prostituição, afiança traições, arranca roupas, tira camisas, exibe bundas, paga peitinhos e… agora diz que a política interna da emissora não se coaduna com o vil assédio sexual do ator José Mayer – ele próprio personagem cafajeste, poligâmico e violento.

Na verdade, um simples afastamento do assediador e a liberação de campanhota de atrizes contra o assédio – exatamente elas que, pela grana, claro, topam todos os papeis de mulheres inferiorizadas que a Globo lhes dá – não são bem uma punição nem uma autocrítica. Panos quentes, isso sim.

A questão do assédio do galã de olho de vidro sobre a trabalhadora dos camarins é maior e de fundo.

Umberto Eco previu que a televisão de má qualidade destruiria a sociedade italiana. A Globo destruiu a brasileira, e não há no horizonte de longo prazo qualquer chance de reverter essa situação, levando a democracia a, ao menos, domar a Globo. O PT, que teve correlação de forças favorável para fazer isso, tremeu. E traiu.

Agora, um dos resumos da nossa ópera bufa se chama José Mayer. O cara vem e diz que errou, as globelezinhas botam camisetinhas dizendo que todas foram mexidas e colunistas do pensamento único já vão dizendo que a Globo dá exemplo de administração de crise. Triste e patético.

Quero ver pedir para mudar o foco das novelas, reivindicar um jornalismo que não misture tragédias e alegrias para banalizar a vida, exigir mínima isenção política e combater a propriedade cruzada.

O resto, como diria FHC, são ‘pinuts’.

A respeito das colunas do pensamento único, segue a de Daniel Castro, do Folhão, que narra tudo direitinho e, no final, dá ponto para a… Globo!

DANIEL CASTRO – Publicado em 04/04/2017, às 16h04 – A Globo foi muito esperta (e feliz) na reação à acusação de assédio sexual contra o ator José Mayer, um dos seus grandes galãs, eterno símbolo do macho viril de suas novelas. A emissora transformou um crime ocorrido em seus camarins, potencialmente prejudicial à sua imagem, em uma peça de marketing social.

Ao suspender Mayer de suas produções, estimular um movimento feminista em seus corredores e forçar o ator a admitir o erro, a Globo passou uma imagem de empresa moderna, sintonizada com seu tempo, e decretou o fim da era do teste de sofá (aquele em que o ator ou atriz tinha de fazer um favor sexual ao diretor para conseguir um trabalho).

A emissora, inicialmente, foi discreta diante da acusação, feita em fevereiro pela figurinista Susllem Meneguzzi Tonani, de que José Mayer teria passado a mão em sua genitália. Instaurou uma apuração interna e esperou o caso morrer. Mas a figurinista, encerrado seu contrato por obra com a novela A Lei do Amor, resolveu colocar a boca no trombone. Seu relato corajoso chocou milhares de mulheres, começando pelas que trabalham na própria Globo.

No último final de semana, a direção da emissora foi pressionada por funcionárias, muitas delas atrizes de renome. Esperta, a cúpula da Globo soube usar a energia do inconformismo a seu favor. Convictos de que Mayer abusara da figurinista, ergueram o código de conduta ética da emissora, peça que já condena todo tipo de assédio entre seus colaboradores.

Mais do que isso, os executivos estimularam uma manifestação (eles rejeitam o termo protesto) em curso nesta terça-feira. Funcionárias da emissora passaram a vestir (e a exibir nas redes sociais) uma camiseta com a frase “Mexeu com uma, mexeu com todas”. No Vídeo Show, as atrizes Nathalia Dill, Débora Nascimento e Júlia Rabello exibiram suas roupas-cartazes e condenaram o assédio sexual.

Assim, a Globo transformou em notícia uma ação que ela própria apoiou, levando a manifestação muito além dos muros de seus estúdios no Rio de Janeiro. Deu visibilidade a um tema muito valioso nos dias de hoje e demonstrou que acredita em valores como o respeito, que faz questão de grafar, em seus documentos internos, com letra maiúscula. Ponto para a Globo.

Original: http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/analise-transforma-caso-de-assedio-em-marketing-e-decreta-fim-do-teste-do-sofab-14659#ixzz4dK2p7jCa

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O artigo original poderá ser visto por meio do link abaixo:


NOSSO COMENTÁRIO

Diante da exposição de tamanha hipocrisia ficamos pensando quantos milhões de horas são gastas pelos chamados evangélicos assistindo ao conteúdo da novelas da Rede Globo, que foi tão bem descrito no início do artigo. E mais: pensamos também em como Deus vê os que se dizem crentes e fazem esse tipo de uso do precioso tempo que cada um de nós recebe da parte do Senhor.

Que Deus tenha misericórdia de todos.

Alexandros Meimaridis

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segunda-feira, 25 de julho de 2016

UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A DISCUSSÃO ACERCA DA MAIORIDADE PENAL


JESUS DISSE:

Mateus 5:6

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

A discussão acerca da redução da maioridade penal é um tema caríssimo da bancada evangélica no Congresso Federal — a bancada é totalmente a favor. Por extensão, esse mesmo tema também faz parte dos desejos mais profundos da multidão do povo chamado evangélico. Sem refletir, evangélicos repetem os chavões que são promovidos pelas lideranças políticas e religiosas e também por apresentadores inescrupulosos que desejam passar uma imagem de verdadeira barbárie que, alegam eles, acontece em cada canto desse vasto Brasil.

Diante disso tudo queremos compartilhar com todos os leitores um artigo escrito por Uraniano Mota e publicado nos sites do Diário do Comércio de Pernambuco e no site GNN.

Qual o limite da redução da maioridade penal?
Por Urariano Mota

É de uma tristeza irônica, mas verdadeira. Na semana dos 26 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, discute-se no Senado uma Proposta de Emenda Constitucional de redução da maioridade penal. O que significa esse trem de substantivos juntos? Isto: no aniversário da lei que abrigava o jovem e criança como pessoa humana, ocorre a discussão de se devemos prender mais cedo os pequenos infratores. Ou, quem sabe, fazê-los sumir de vez, como, aliás, já é feito com meninos de 10 anos executados.

Qual seria o limite da redução penal? 12 anos, 11 anos, 10, 9, 8, 7 anos? Bebês? Qual o limite? Sintam que a cada redução devem ocorrer novos crimes que estarão no limite da punibilidade. Mais: com o necessário aumento da população carcerária, que já é um inferno e um fracasso do sistema, não estaríamos dando ótimas escolas do crime aos meninos?

Já imagino que os reformadores das conquistas sociais, criativos, podem argumentar que teríamos alas de criminosos de 16, outra de 15, mais outra de 14, até atingir um berçário… mas tudo dentro das mais perfeitas condições de higiene e cura da perversão. Diante do crime que ameaça e atinge a própria casa, já existe quem declare pérolas do gênero “sou de opinião que não deveria haver nenhuma idade mínima na lei”. Salve, daí partiremos fácil, fácil para a pena de morte aplicada aos diabinhos mais precoces. Agora, de um ponto de vista legal, sem teatrinho de resistência à prisão.

Enquanto isso, não vemos ou fingimos não ver a exclusão social e humana que cobre as cidades. Comemos, bebemos, vestimos, vamos aos shoppings sem olhar para os lados. E depois nos surpreendemos o quanto o mundo pode ser cruel quando atinge a estabilidade – porque nos julgamos estáveis em chão sólido -, ou a estabilidade sagrada – por tudo quanto mais é santo e elevado acima da animalidade dos outros, que não somos nós mesmos – a estabilidade sagrada dos nossos lares – pois somos aqueles que temos casa, enquanto os outros, ah, eles dormem na rua, que casa podem ter? Seria até uma questão de justiça, nós os humanos temos que destruir e tirar dos olhos a mancha da escória.

Por experiência, sei como anda a opinião pública intoxicada de ódio e terror.  Em um programa de direitos humanos no rádio, o Violência Zero, eu, Rui Sarinho e Marco Albertim travamos com travo esse conhecimento. No estúdio da Rádio Tamandaré, no fim dos anos 80, sentíamos a disputa de ideias na sociedade do Recife entre punir sem medida e o direito à justiça. Ainda que sem método científico, pelos telefonemas dos ouvintes, notávamos que a divisão entre os mais bárbaros e civilizados era quase meio a meio. O que houve agora para esse crescimento de retaliação?

Naquele tempo do Violência Zero no rádio, não sofríamos o massacre de imagens repetidas na televisão, nem estávamos num momento de crescimento da direita no congresso. Havíamos saído de uma ditadura, mas a dominação não vinha dos deputados e senadores mais afoitos contra os direitos humanos. Antes, as insinuações do “só vai matando” ficavam restritas aos guetos dos programas policiais.

Lembro que uma vez perguntei a idade a um menino que cheirava cola nas ruas do Recife. “Onze anos”, ele me respondeu. E eu, com minhas exatidões burras de classe média: “Vai fazer, ou já fez?”. Silêncio. Eu insisti, crente de que não havia sido entendido. “Você faz anos em que mês?”. Então ele me ensinou, antes de correr até a esquina:

– Tio, eu não tenho aniversário.

E fugiu pela Rua da Aurora, em frente ao Cinema São Luiz, com a sua garrafinha de cola e verdade.

O artigo original poderá ser visto no site do Diário de Pernambuco por meio desse link aqui:


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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quarta-feira, 18 de maio de 2016

GÊNESIS - ESTUDO 039 - A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ — PARTE 002


Este estudo é parte de uma Análise do Livro do Gênesis. Nosso interesse é ajudar todos os leitores a apreciarem a rica herança que temos nas páginas da História Primeva da Humanidade. No final de cada estudo o leitor encontrará direções para outras partes desse estudo. 
O Livro do Gênesis

O Princípio de Todas as Coisas

בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָרֶץ        
      Eretz ha  ve-et  Hashamaim  et  Elohim    Bará   Bereshit
      Terra  a  e    céus       os  Deus     criou   princípio No
                                                                                         Gênesis 1:1
IX. A História de Noé — Continuação.



5. A Aliança de Deus com Noé – Gênesis 9 — Continuação.


O derramamento do sangue humano é estritamente proibido —

Gênesis 9:5

Certamente, requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem.

Nesse mandamento Deus diz que ele mesmo será o vingador do sangue humano derramado, seja por outro ser humano, seja por algum animal. Na Lei concedida ao povo de Israel, séculos depois, também existia um mandamento ordenando a execução de um animal que matasse um ser humano —

Êxodo 21:28

Se algum boi chifrar homem ou mulher, que morra, o boi será apedrejado, e não lhe comerão a carne; mas o dono do boi será absolvido.

Certamente Deus odeia todos os tipos de assassinatos e isto deveria nos fazer odiar essas práticas também. As comunidades cristãs precisam se envolver bem mais do que estão fazendo em atividade que ajudem a prevenir os crimes de morte. Temos feito muito pouco ou quase nada. Preferimos, seguindo nossa sociedade, desenvolver meios punitivos cada vez mais severos em vez de ajudarmos a desenvolver meios preventivos. Certamente Deus irá requerer de nossas próprias mãos um bocado deste sangue derramado por nossa falta de envolvimento nestes processos preventivos.

O próximo mandamento tem a ver com assassinatos voluntários. Ou seja, trata daqueles casos em que um ser humano se levanta para matar outro ser humano. Esse é o tipo de pecado que deve ser restringido pelo terror do castigo representado pela pena de morte. O problema que existe com essa forma de punição está representado em todos os tipos de manipulação que podem existir nesses processos. Inocentes são, muitas vezes, executados. Somente nos Estados Unidos da América existem registros da execução de mais de 140 pessoas nos últimos 100 anos que foram provadas inocentes após terem sido executadas. Outras vezes, notórios culpados são deixados em liberdade por causa de pistolões — empenho ou recomendação de pessoa importante. No país chamado Brasil nós vemos um monte de pessoas clamando pela pena de morte e, entre estes, estão muitos cristãos. Mas, será que realmente precisamos da pena de morte em um país onde entre 2004 a 2014 cerca de 600 mil brasileiros — 577.561 segundo o IBGE[1] — foram assassinados? Em 2014 o Brasil registrou 29,1 assassinatos por 100 mil habitantes[2]. Apenas no ano 2014 58.559 brasileiros perderam suas vidas vítimas de assassinatos, ou seja, 160 brasileiros foram mortos por hora em 2014[3]! Estes números são tão absurdos que excedem, em muito, os números de verdadeiras guerras civis. Nesse contexto, clamar pela pena de morte chega a ser realmente imoral. Precisamos insistir no desenvolvimento de formas alternativas de prevenção e não nos concentrar nos meios punitivos somente. A história nos ensina que os meios punitivos não levam a nada, senão ao aumento destes mesmos crimes que buscam desestimular. Somente com mais educação, saúde melhor, mais lazer e mais formação religiosa, moral e cívica poderemos diminuir o excesso de sangue derramado. O mandamento de Deus dado a Noé continua, na opinião do autor, em plena força: “da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem”. Além do mais o Senhor Jesus ampliou bastante esta relação com suas palavras como registradas em —

Mateus 5:21—22

21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.

22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.

Mas, independente do que dissemos acima, ainda precisamos tentar entender o propósito de Deus ao dar esse mandamento para Noé e seus filhos. Em Gênesis 9:5—6 nós temos uma proibição categórica contra derramar sangue humano. O sangue humano é o representante, por excelência, da nossa vida. A vida se esvai junto com o sangue derramado porque a falta de sangue paralisa o funcionamento dos nossos órgãos internos. Aqui não existe nada que se pareça com a crença das “Testemunhas de Jeová” que alegam que a vida está, literalmente, no sangue, como se o sangue fosse nossa própria alma. Por este motivo eles são contrários às transfusões de sangue, pois alegam que isto acaba por misturar “almas” de várias pessoas — mas quantas bobagens. Esta crença não passa de pura falta de bom senso, de excesso de literalismo na leitura de passagens como —

Levítico 17:11—14

11 Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida.

12 Portanto, tenho dito aos filhos de Israel: nenhuma alma de entre vós comerá sangue, nem o estrangeiro que peregrina entre vós o comerá.

13 Qualquer homem dos filhos de Israel ou dos estrangeiros que peregrinam entre vós que caçar animal ou ave que se come derramará o seu sangue e o cobrirá com pó.

14 Portanto, a vida de toda carne é o seu sangue; por isso, tenho dito aos filhos de Israel: não comereis o sangue de nenhuma carne, porque a vida de toda carne é o seu sangue; qualquer que o comer será eliminado.    

Deus promete vingar pessoalmente todo sangue humano derramado. Seja nessa vida, seja na eternidade, Deus irá encontrar o assassino e administrar a pena que seu crime merece. As próprias bestas que matarem um ser humano enfrentarão juízo. A penalidade para os homicidas é proclamada nesses versículos de forma inequívoca: morte, morte! É uma instância de retaliação absoluta porque não existe volta para o ato de assassinar alguém. É uma questão axiomática de equidade moral: aquele que causa um dano deve reparar o dano feito ou sofrer dano equivalente.

Esses versículos nos mostram o verdadeiro início do governo humano sobre a terra, onde temos os seres humanos recebendo um comissionamento executivo da parte de Deus. De agora em diante a “espada” da justiça está entregue aos seres humanos. O julgamento dos assassinatos é solenemente delegado ao homem, para que ele se torne o vindicador da vida humana. Note que esse mandamento é oferecido em termos genéricos, pois o texto diz apenas: “Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu”. O Senhor Soberano não determina o tipo de poder nem determina um jogo de leis que deveriam ser seguidas. Todas as considerações práticas são deixadas em aberto!

O “homem” — criado à imagem e semelhança de Deus — é o objeto central deste mandamento. A ele compete a obrigação de desenvolver instituições civis que sejam compatíveis com seu presente estado de ser humano caído. Os homens unidos como uma nação de indivíduos precisam se organizar, da perspectiva civil, de tal maneira que possam garantir o funcionamento social de uma forma que seja justa e equânime. A revelação de Deus, seja através da natureza criada, seja através de palavras reveladas, como estas aqui, precisa ser levada em consideração na hora de desenvolver os meios de governo civil.

O Motivo central porque a retribuição da pena de morte deve ser aplicada aos assassinos é claramente informada: “Deus fez o homem segundo a sua imagem”. Esta frase, neste contexto, indica que o ser humano, tal como o seu Criador, é um ser moral que tem a capacidade de distinguir entre o bem e o mal — ver Gênesis 3:22 — e, como possui tanto vontade como capacidade de raciocinar é capaz de julgar e de fazer valer direitos e obrigações. A capacidade humana de governar sobre seus semelhantes é aqui também reconhecida. Os seres humanos são livres para fixarem seus próprios mecanismos de governo e autodeterminação. Mas tanto aqueles que governam quanto os que são governados precisam fazê-lo à luz da verdade de que todos vivem suas vidas na presença de Deus. E todos precisam ser lembrados, de maneira constante, de que somos pó —

Salmos 103:14

Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.

Nesse aspecto, a Bíblia não ensina nem a “ditadura do proletariado” como no comunismo, nem a “ditadura dos cartéis” como temos nas sociedades capitalistas. Os seres humanos são diferentes e possuem certos direitos atrelados a essas diferenças que precisam ser respeitados.

Os mandamentos em forma de bênçãos que acabamos de ver são bastante breves. Por esse motivo precisamos lançar mão do todo da revelação divina para entendermos melhor suas implicações. A Bíblia tem muito a dizer acerca da ordem social que deve existir entre os seres humanos, respeitadas as diferenças culturais e a quase inacreditável diversidade de costumes.

Uma das belezas referentes à Bíblia é o fato de que o conteúdo da mesma não pode ser relegado nem reduzido a meras generalidades. Quando lemos a Bíblia, como um todo, podemos perceber que a mesma nos habilita tanto a entender a nós mesmos quanto o mundo em que vivemos. Além do mais, a Bíblia nos oferece uma visão completa acerca de como devemos viver neste mundo, se quisermos ter a mínima chance de sermos realmente felizes. Por este motivo a Bíblia tem muito a dizer acerca de como devemos nos comportar em nossas vidas privadas bem como acerca da ordem que deve existir na nossa sociedade.

A Bíblia começa nos falando acerca de como nos fomos criados. Todo o Antigo Testamento faz referências diretas ao fato de que nós somos um resultado do poder criativo do Deus Eterno. O mesmo é verdade com relação ao Senhor Jesus que afirmou, acima de qualquer dúvida, que nossos primeiros pais foram criados diretamente por Deus, no princípio —

Mateus 19:4

Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher

Por semelhante modo o Novo Testamento também reconhece essa verdade. Até no último livro da Bíblia nós podemos ler o seguinte:

Apocalipse 4:11

Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste, sim, por causa da tua vontade vieram a existir e foram criadas.

CONTINUA...


OUTROS ARTIGOS ACERCA DO LIVRO DE GÊNESIS

001 — Introdução e Esboço

002 — Introdução ao Gênesis — Parte 2 — Teorias Acerca da Criação

003 — Introdução ao Gênesis — Parte 3 — A História Primeva e Sua Natureza

004 — Introdução ao Gênesis — Parte 4 — A Preparação para a Vida Na Terra

005 — Introdução ao Gênesis — Parte 5 — A Criação da Vida

006 — Introdução ao Gênesis — Parte 6 — O DEUS CRIADOR

007 — Introdução ao Gênesis — Parte 7 — OS NOMES DO DEUS CRIADOR, OS CÉUS E A TERRA

008 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 1 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 1

009 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 8A – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 2

010 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus - Parte 9 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Segundo e o Terceiro Dia

011 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 10 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quarto Dia

012 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 11 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quinto Dia

013 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 1

013A — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12A — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 2

014 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 13 — Teorias Evolutivas

015 — Estudo de Gênesis — Gênesis 2 — Parte 14 — GÊNESIS 2A

016 — Estudo de Gênesis — Gênesis 2 — Parte 15 — GÊNESIS 2B

017 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 16 — GÊNESIS 3A

018 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 17 — GÊNESIS 3B

019 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 18 — GÊNESIS 3C

020 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — O Livre Arbítrio — Parte 19

021 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — O Dois Adãos — Parte 20

022 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — A Era Pré-Patriarcal e a Mulher de Caim — Parte 21

023 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, O Primeiro Construtor de Uma Cidade — Parte 22

024 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, Como Assassino e Fugitivo da Presença de Deus — Parte 23

025 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, Como Primeiro Construtor de uma Cidade e Pseudo-Salvador da Humanidade — Parte 24

026 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — A Conclusão Acerca de Caim — Parte 25

027 — Estudo de Gênesis — Gênesis 5 — Sete e outros Patriarcas Antediluvianos — Parte 26

028 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Perversidade Humana, Os Filhos de Deus e as Filhas dos Homens— Parte 27A

029 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — OS Nefilim e os Guiborim — Os Gigantes e os Valentes — Parte 27B

030 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Maldade do Coração Humano— Parte 27C.

031 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Corrupção Humana Sobre a Face da Terra e Deus Pode se Arrepender? — Parte 27D.

032 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 28A.

033 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 28B.

034 — Estudo de Gênesis — Gênesis 7 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 29 — O Dilúvio Foi Global Ou Local?

035 — Estudo de Gênesis — Gênesis 8 — A promessa que Deus Fez a Noé e seus descendentes — Parte 30 — Nunca Mais Destruirei a Terra Pela Água

036 — Estudo de Gênesis —  O Valor Perene do Dilúvio para todas as Gerações — PARTE 001

037 — Estudo de Gênesis — O Valor Perene do Dilúvio para todas as Gerações — PARTE 002

038 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 001

039 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 002

040 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 003

041 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 004 — A NATUREZA DA ALIANÇA ENTRE DEUS E NOÉ

042 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 005 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 001

043 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 006 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 002 — OS NEGROS SÃO AMALDIÇOADOS?

044 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 007 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 003 — A CONTRIBUIÇÃO DOS FILHOS DE NOÉ PARA A HUMANIDADE

045 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 001 — OS DESCENDENTES DE JAFÉ

046 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 002 — OS DESCENDENTES DE CAM: NEGROS, AMARELOS E VERMELHOS

047 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 003 — OS DESCENDENTES DE SEM E A ORIGEM DOS HEBREUS
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O TEMOR DO SENHOR E A SOBERANIA DE DEUS

 

O artigo abaixo foi publicado pelo site da Editora Fiel.

Temor e a Soberania de Deus
Kim Riddlebarger

"Deus está no controle". Essas palavras podem ser um conforto maravilhoso para pessoas que lutam contra fobias, medos naturais comuns ou mesmo terrores profundos. O lembrete de que Deus está no controle muitas vezes traz grande alívio.

Mas há momentos em que as palavras "Deus está no controle" podem piorar a situação. Um cristão aterrorizado pode já ter lutado com o fato de que Deus é soberano e chegado à conclusão equivocada de que Deus o está punindo, ou pior, que Deus o abandonou. Na raiz de tanto medo e ansiedade não está tanto a questão de saber se Deus está no controle (uma doutrina que a maioria dos cristãos aceita prontamente), mas de por que Deus permitiria que os cristãos sintam incerteza e temor. A consciência da soberania de Deus pode não ser uma fonte de alívio em todo caso, mas somente outra fonte de dúvida, frustração e medo. O medo pode fazer isso com as pessoas, até mesmo com cristãos.

Há dois pontos a considerar sobre confrontar nossos medos à luz da soberania de Deus. O primeiro é considerar aquelas passagens bíblicas (há muitas) que nos dizem o que significa Deus estar "no controle". Quando temos uma boa (ou melhor) compreensão do controle de Deus sobre todas as coisas, descobrimos que nada que venha a acontecer é aleatório ou fora da vontade de Deus. O salmista nos lembra: "Com efeito, eu sei que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses. Tudo quanto aprouve ao Senhor, ele o fez, nos céus e na terra" (Sl 135.5-6). Em Provérbios, lemos que a soberania de Deus se estende até mesmo a coisas aparentemente acidentais: "A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda decisão" (Pv 16.33). Esta informação é dada para nos lembrar que nada fora da vontade de Deus pode nos acontecer.

Deus sabe quando um pardal cai do céu, e se ele se importa com eles, quanto mais ele se importa conosco? (Mt 6.26). Paulo nos diz que "todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus" (Rm 8.28), e Tiago diz: "ninguém, ao ser tentado, diga: sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta" (Tg 1.13). Tiago acrescenta: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança" (1.17). Deus não nos tenta (ou nos faz ter medo), ele nos dá todas as coisas boas, e promete tornar tudo (até mesmo os nossos medos) para o nosso bem.

Esta breve lista de passagens bíblicas nos lembra que qualquer medo que estivermos enfrentando pode trazer glória a Deus, ser transformado por Deus para nosso bem maior e conceder-nos a necessária segurança quando estamos com medo. A Escritura acalma nossos medos lembrando-nos que Deus é nosso Pai Celestial que nos ama e cuida de nós, mesmo quando o tememos, ou receamos seus propósitos soberanos. Ele ainda nos ama, mesmo quando tememos que não.

A segunda coisa a considerar é que, se alguém acreditava na soberania absoluta de Deus, esse alguém era Jesus. Os Evangelhos revelam que, apesar de Jesus saber o propósito de Deus com antecedência, e que o resultado de seu sofrimento seria um triunfo glorioso sobre a morte e a sepultura, ainda assim sentiu muito temor como ansiedade antes da provação da cruz. Na resolução do temor e ansiedade de Jesus podemos encontrar grande alívio para os nossos temores e ansiedades.

Em Mateus 26.36-38, lemos: "Foi Jesus... a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo". Jesus também disse: "o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". Então ele orou: "Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (v. 41-42). No relato de Lucas, a dimensão do medo de Jesus é revelada: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra" (Lc 22.44).

Temor e ansiedade não são necessariamente pecado; que Jesus estava ansioso antes de seu sofrimento na cruz é a prova disso. O medo da dor ou do perigo é bastante natural. No entanto, em meio à ansiedade de Jesus no Getsêmani, ele ainda assim confiou que seu Pai o faria suportar a terrível provação por vir. Jesus pôde suar gotas de sangue, mas bebe o cálice da ira para nos salvar dos nossos pecados. Notavelmente, Jesus é um exemplo para nós quando estamos com medo, e seu sofrimento e morte removem qualquer culpa que podemos ter por duvidar das promessas de Deus ou por temer sua abordagem ou propósitos. Jesus morreu por nossos pecados todos, incluindo todo o medo pecaminoso.

Melhor ainda, nós temos um grande sumo sacerdote, que nunca dorme nem cochila, e que sabe como é para nós experimentar temor e ansiedade. É a Jesus que oramos quando estamos com medo, e é Jesus que intercede por nós, ainda enquanto oramos a ele (Hb 4.14-16). É isso que significa dizermos que "Deus está no controle".

Tradução: João Paulo Aragão da Guia Oliveira
Revisão: Vinícius Musselman Pimentel

Autor

O Dr. Kim Riddlebarger é o pastor presidente da Christ Reformed Church em Anaheim, Califórnia, e um dos apresentadores de um programa de rádio.

O artigo original poderá ser visto pó meio do link abaixo.


Que deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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