sábado, 24 de março de 2012

O PECADO, A QUEDA E A GRAÇA DE DEUS – Parte 4



Esse material é um estudo dividido em quatro partes. No final de cada parte você encontrará um link para o estudo seguinte. Não deixe de ler as três partes.

VIII – Pecado Humano e Castigo Divino.

Estamos chegando ao fim deste nosso estudo e apesar do assunto ser desagradável, como de resto é tudo o que está relacionado ao pecado, precisamos tratar desta questão do castigo do pecado. O pecado, como uma transgressão da Lei e como uma ofensa à graça e bondade de Deus exige uma satisfação, um castigo. Pelo fato do pecado ser cometidos contra a Lei e contra a graça e a bondade do Deus Eterno, ele causa uma afronta à infinita majestade de Deus. Por este motivo o pecado demanda um castigo também infinito e sem limites. Estas são as únicas maneiras realmente apropriadas de lidar com o pecado humano. É porque o pecado afronta o Deus Eterno de uma maneira tão intensa que a Bíblia fala de que o salário do pecado é a morte e, também, de punição eterna no inferno. Aliás devemos destacar que esta questão envolvendo punição eterna no inferno, é uma questão tão delicada, que no Novo Testamento, a única pessoa a ensinar francamente acerca deste assunto foi o próprio Senhor Jesus. É verdade que outros autores do Novo Testamento falaram acerca de castigo eterno ou acerca de não poder entrar no Reino de Deus, mas nenhum deles usou a expressão inferno. Únicas exceções são:

  • Tiago 3:6 - Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Referência ao poder destruidor da língua e não a alguém sendo lançado no inferno.

  • 2 Pedro 2:4 - Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo. Faz referência a anjos sendo precipitados no inferno.

  • Além disso, a expressão “inferno” aparece três vezes no Apocalipse de João. Uma aparece nos lábios do Senhor Jesus em Apocalipse 1:8. As outras duas vezes em que João menciona a expressão “inferno” não fazem referência direta ao castigo eterno – ver Apocalipse 6:8 e 20:14.

Todas as outras referências no Novo Testamento onde a expressão “inferno” aparece, especialmente aquelas que fazem referência direta ao inferno como um local de tormento eterno, são passagens onde o Senhor Jesus aparece falando.

Este castigo é o reflexo da santidade de Deus onde Ele se mantém a Si mesmo em oposição aos pecados do homem. Em resposta ao pecado, a santidade de Deus assume a forma de justiça expressa em ira infinita e julgamento ilimitado como podemos ver em Salmos 7:11 – 17:

11 Deus é justo juiz, Deus que sente indignação todos os dias.

12 Se o homem não se converter, afiará Deus a sua espada; já armou o arco, tem-no pronto;

13 para ele preparou já instrumentos de morte, preparou suas setas inflamadas.

14 Eis que o ímpio está com dores de iniqüidade; concebeu a malícia e dá à luz a mentira.

15 Abre, e aprofunda uma cova, e cai nesse mesmo poço que faz.

16 A sua malícia lhe recai sobre a cabeça, e sobre a própria mioleira desce a sua violência.

17 Eu, porém, renderei graças ao SENHOR, segundo a sua justiça, e cantarei louvores ao nome do SENHOR Altíssimo.

Mas este tipo de justiça, administrada por Deus como uma resposta ao pecado, entretanto, acontece do modo como descrito acima na história, somente na cruz de Cristo, onde o próprio filho se torna o objeto tanto do julgamento quanto da ira de Deus. Na cruz do Calvário Jesus morre porque o salário do pecado é a morte. Ali também Jesus experimenta, a nosso favor, um castigo infinito e sem limites, pois este o tipo de castigo que o pecado merece como a conseqüência direta de ofender a infinita majestade de Deus. Não existe nenhum outro momento da história em que a ira do Deus Santo e Justo tenha desabado sobre o pecado como naquele dia quando: “Desde a hora sexta até à hora nona, houve trevas sobre toda a terra - Mateus 27:45. Em todas as outras instâncias que podemos ler na própria Bíblia, com exceção da cruz do Calvário, a ira de Deus e Sua justiça punitiva são sempre corretivas. Isto é, são sempre uma forma de ira em benefício da graça de Deus, bem como uma forma de julgamento que pode ser mudado ou evitado se o homem se arrepender e responder de maneira apropriada à graça de Deus. O exemplo bíblico que temos na narrativa do livro de Jonas contém estes elementos e serve para ilustrar bem o que estamos dizendo:

O Livro de Jonas Como Ilustração da Ira de Deus em Benefício da Sua Graça

·       Deus chama Jonas e o manda ir a Nínive clamar contra ela a mensagem do Senhor – Jonas 1:1—2.

·       Jonas decide desobedecer a Deus, pois quer evitar que a graça de Deus alcance os Ninivitas – Jonas 1:2—3. - ver Jonas 4:2 onde Jonas explica os motivos porque fugiu, em vez de ir a Nínive como Deus lhe havia ordenado.

·       Deus vai atrás de Jonas e o alcança em julgamento visando o benefício da Sua graça. Deus não queria castigar Jonas, queria conduzi-lo ao arrependimento – Jonas 1:4, 11, 13.

·       Jonas sugere que os marinheiros o lancem para fora do barco – Jonas 1:12.

·       Os marinheiros, em total desespero, pois eles não eram assassinos, clamam pela misericórdia e perdão Divinos pelo que irão fazer e, ato contínuo, lançam Jonas ao mar – Jonas 1:14—15.

·       Deus torna uma situação ruim em um testemunho positivo e seu terrível julgamento, a serviço da Sua graça, faz com que os marinheiros temam a Deus – Jonas 1:16.

·       Deus resgata graciosamente a Jonas da tormenta do mar – Jonas 1:17.

·       Jonas se arrepende e se lembra que Deus é um Deus misericordioso e que a salvação pertence a Deus - único lugar em toda a Bíblia onde aparece a frase “Ao SENHOR pertence a salvação!”. Deus ouve sua oração de arrependimento e lhe restitui a vida na terra – Jonas 2:1—10.

·       Novamente a justiça de Deus em benefício da sua graça, ordena a Jonas que vá e proclame a mensagem do Senhor em Nínive. Jonas vai e prega em Nínive. Sua má vontade é bem evidente. Seu sermão contém somente 7 palavras: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida”. Jonas 3:1—4.

·       Jonas sabia que com aquele tipo de mensagem pregada, a reação mais provável dos ninivitas, seria de incredulidade e zombaria. Por este motivo ele sai da cidade, mas não vai embora. Fica ali perto. Ele queria ver a destruição anunciada! - Jonas 4:5.

·       Enquanto isto, dentro da cidade os ninivitas se arrependeram e clamaram pela misericórdia de Deus. Jonas 3:5—9.

·       Deus se arrepende e não leva a cabo o mal anunciado. Sua graça triunfa sobre Seu julgamento anunciado – Jonas 3:10. O “arrependimento de Deus” reflete, na literatura bíblica, apenas que Deus mudou a forma de tratar determinada situação. Não é como o arrependimento humano que envolve atitudes ou pensamento errados.

·       Jonas fica desgostoso com o perdão que Deus concedeu aos ninivitas e Deus o questiona acerca desta ira - Jonas 4:1 e 4. Note a diferença da ira de Deus a serviço da graça de Deus e a ira de Jonas a serviço da vingança.

·       Deus ensina uma lição objetiva a Jonas acerca de como a ira e o julgamento de Deus estão a serviço da graça de Deus. Enquanto Jonas sente compaixão de uma planta que nunca fez nenhum mal, Deus sente compaixão pelos pecadores perdidos e que estão metidos até o pescoço no pecado - Jonas 4:6—11.

Vez após vez nós podemos ver nas páginas da Bíblia Deus anunciando desastres como uma forma de conduzir as pessoas ao arrependimento. Em todas estas passagens nós também podemos enxergar o modelo ou padrão do juízo e da ira de Deus a serviço da sua graça. Mas é na Bíblia também que lemos acerca de um juízo de Deus com relação ao qual nada podia ser feito para que o mesmo fosse evitado. Este único julgamento Divino que Deus não pode evitar nem se arrepender é aquele que ocorreu na cruz do Calvário. Esta é a razão porque não existe, nem pode existir nenhuma outra forma dos seres humanos serem reconciliados com Deus. Por causa da severidade do juízo de Deus exercido contra o pecado sobre a pessoa do Senhor Jesus é impossível que Deus receba ou aceite qualquer tipo de reconciliação que não seja, exclusivamente, através da obra vicária na cruz do Calvário – ver a conclusão para maiores detalhes. A morte de Jesus nos ensina que todas as outras manifestações de julgamento da parte de Deus sobre o pecado, são sempre contigentes, isto é, são situações que podem ou não suceder; são situações eventuais ou incertas; e não absolutas. O fato de que todas as outras situações são meros corretivos e, não são definitivas, são um indicativo claro e norteador de que toda a justiça administrada pelas sociedades humanas deve visar sempre remediar e corrigir e nunca ser meramente punitiva. E, em nenhuma hipótese, diante da luz que temos no Novo Testamento, a justiça administrada em nome da sociedade pode ser final.

Conclusão.

Conforme falamos, o resultado mais devastador do pecado é a alienação que o mesmo causa entre o homem e Deus, o homem e seus semelhantes, o homem e todo o resto da criação e por fim, mas não menos importante, a alienação que causa no próprio ser do pecador para consigo mesmo. Deixados livres e sem uma alternativa viável, os homens vão sempre produzir os resultados que culminaram no dilúvio, e isto por que:

  • Antes do dilúvio: A maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração - ver Gênesis 6:5.

  • Depois do dilúvio: É mau o desígnio íntimo do homem desde a sua mocidade – ver Gênesis 8:21.

Todavia, o Deus Eterno que é o único Deus verdadeiro faz questão de apresentar como:

Tendo o SENHOR descido na nuvem, ali esteve junto dele e proclamou o nome do SENHOR. E, passando o SENHOR por diante dele, clamou: SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração! – Êxodo 34:5—7.

Note bem que esta proclamação não é citada do Novo Testamento e sim do Antigo Testamento, onde Deus, já proclamava a essência daquilo que Ele é: um Deus de compaixão, clemência, fidelidade e grande misericórdia. Em resumo: um Deus, acima de tudo, perdoador.

Mas, como pode Deus perdoar o pecado que cometemos? O texto acima mesmo afirma que Deus não inocenta o culpado. Então como é que a graça de Deus se manifesta para resolver os múltiplos problemas de alienação que são causados pelo pecado?

A. O foco central da mensagem do Evangelho é a Reconciliação.

O foco central ou mensagem central do Evangelho anunciado pelos cristãos tem a ver com a vida, a morte, a ressurreição e a ascensão de Jesus. E nestes fatos está revelado algo que Deus fez a favor dos seres humanos. O coração da mensagem do Evangelho não tem a ver com algo que Deus requer de nós e sim com algo que Deus fez a nosso favor; algo que precisava ser feito; algo que não precisa ser feito nunca mais! Vejamos como Paulo descreve esta verdade:

·       “um morreu por todos” – 2 Coríntios 5:14.

·       “E Ele morreu por todos – 2 Coríntios 5:15.

Diante destas afirmativas temos que nos lembrar que a morte de Cristo é um fato histórico, assim como o pecado também o é, e como tal é revestida de significado no tempo e no espaço. A morte de Cristo, não é algo fortuito nem acidental. Ela cumpriu um propósito estabelecido pelo próprio Deus. E este propósito é afirmado por Paulo da seguinte maneira:

·       2 Coríntios 2:18 – Deus nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo.

·       2 Coríntios 2:19 – Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.

Por este motivo, os seres humanos de todos os lugares, de todas as raças, de todas as tribos, de todas as línguas e de todas as nações, são exortados a:

·       2 Coríntios 2:20 – Rogamos que vos reconcilieis com Deus.

Porque...

·       2 Coríntios 2:21 - Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus.

A alienação existente no ser do homem pecador é a causa de todos os nossos problemas. Assim podemos dizer que os problemas da humanidade são todos problemas de relacionamento. A morte de Cristo vem para resolver todas as questões referentes ao mais importante dos relacionamentos que pode existir: nosso relacionamento com Deus. Um relacionamento correto com Deus precisa, obrigatoriamente, passar pela pessoa do Senhor Jesus e sua morte na cruz do calvário.

B. Os efeitos da mensagem do Evangelho.

1. A mensagem do Evangelho é verdadeiramente uma mensagem transformadora.

·       2 Coríntios 5:15 – “para os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”.

·       2 Coríntios 5:17 – “se alguém está em Cristo, é nova criatura” ou criação.

2. Existe toda uma nova orientação de vida quando se acredita no Evangelho e se recebe o amor de Deus, através de Jesus, no coração. O crente como nova criatura ou criação:

·       Não está mais preocupado com sua própria vontade e sim com a vontade de Deus.

·       Não está mais preocupado com sua própria pessoa e sim com as outras pessoas.

·       Não está mais preocupado com suas conveniências e sim com a glória de Deus.

3. Sendo todas estas coisas assim, fica claro entendermos o apelo de Paulo, quando diz:

·       2 Coríntios 5:20 – Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus.

·       2 Coríntios 6:1 – Vos exortamos que não recebais em vão a graça de Deus.

·       2 Coríntios 6:2 - Porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação.
C. Alguns Comentários Referentes à Questão da Tolerância que Precisamos Exercitar.

1. Precisamos assumir uma postura correta com relação à verdade e à tolerância. Temos que ser tolerantes. Isto quer dizer que devemos lutar pela liberdade religiosa e por garantias que ninguém será obrigado a acreditar em absolutamente nada mediante coação, seja em forma de ameaças, prisões, torturas e coisas semelhantes. Todas as pessoas têm o direito de acreditar no que quiserem! Por outro lado, temos também que entender que a verdade é por demais importante para ser ignorada ou colocada em segundo plano. A verdade precisa ser debatida e este é um direito que nós devemos exercitar: o direito de falar com todas as pessoas acerca da verdade do Evangelho ou Boas Novas. Quando ignoramos a verdade, vence aquele que tiver mais força ou as maiores armas! Foi Jesus quem disse: Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz - João 18:37.
 
2. Nossa fé cristã está baseada na verdade dos fatos conforme a revelação que temos. Dentre estes, o mais importante é aquilo que Deus fez a nosso favor através de Cristo. Algo que precisava ser feito. Algo que não precisa mais ser feito. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. A verdadeira pedra de toque nesta questão toda está nas próprias palavras do Senhor Jesus quando disse: Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou – João 8:42. Amor a Jesus é a maior evidência de que alguém é genuinamente filho do Deus Eterno! É por este motivo que o Novo Testamento está repleto de afirmações, que aos olhos dos críticos, são exclusivistas:

·       João 3:36 - Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.

·       João 6:47 - Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.

·       João 11:25 - Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá.

·       João 12:44 - E Jesus clamou, dizendo: Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou.

·       Atos 4:12 - E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.

·       1 Coríntios 8:6 - Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele.

·       1 Timóteo 2:5 - Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.

·       1 João 5:12 - Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.
Durante muito tempo tenho meditado na frase de Rubem Alves, pastor, professor, escritor e também teólogo, tendo sido pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, quando disse à revista “Isto É” o seguinte: “Não consigo mais acreditar em um Deus que precisa sacrificar Seu próprio filho para salvar alguém.” Hoje, depois de muitos anos, tenho esta resposta para lhe oferecer:


 Assim é a graça de Deus:

perturbadora para os arrogantes,

incompreensível para os enfatuados,

inaceitável para os orgulhosos,

inadmissível para os pretensiosos,

mas gloriosa para aqueles,

a quem Deus concede a fé!

A Primeira Parte desse estudo poderá ser alcançada através desse link:

 http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2012/03/o-pecado-queda-e-graca-de-deus1-parte-1.html

Que Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

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