quarta-feira, 12 de setembro de 2012

ENTENDENDO O NOME DE JESUS: UMA RESPOSTA A UM APOLOGISTA MULÇUMANO E À SEITA DOS “YEHOSHUAS”


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Recentemente recebi um comentário “anônimo” em um artigo do blog que tratava da atitude de alguns clérigos muçulmanos, no Paquistão, que querem que certas partes da Bíblia sejam removidas da mesma. O artigo original e o comentário do “anônimo” podem ser vistos através do seguinte link:


Não tendo como responder ao que está escrito em nosso artigo, nosso anônimo decidiu, então atacar o Senhor Jesus, especialmente no que diz respeito ao seu nome “JESUS”. Amparado por um monte de bobagens, algumas produzidas por falsos cristãos que alegam que o verdadeiro nome de Jesus é Yehoshua, e usando as muitas bobagens inventadas pela Igreja Católica Apostólica Romana, nosso apologista mulçumano diz:

na verdade jesus, apareceu a pouco tempo e ele é de origem grega, pelos catolicos jesus é mitra o deus sol o deus da gerra, onde desda criação do cristianismo com constatine o criador do cristianismo, de vez colocar mitra, para que o povo na desconfiasse do nome colocarão jesus cristo, na qual eles desde as traduções do hebraico vieram mudando de um nome para outro, era iesus, e depois passou a ser jesus, agora pesquise o significado do nome jesus, na verdade a letra j n existe no hebraico antigo e outra coisas imortante, nosso nome permanesse sempre na origem de nosso pais ainda que estejamos em outro pais não é verdade, ai vai uma pergunta, se o salvador era hebraico, por que o nome dele é grago e tem significado de cavalo, sem em (Mateus 1:21) fala que ele sera o salvador, pois o nome jesus no hebraico é yesus, pesquise e vocês descobrira o verdadeiro nome do salvador, pois os gregos quem traduziram as escritura do hebraicom contaminaram as escrituras em todos os nomes, e é contaminada ate hoje e se ensina da forma que esta escritos nem sabendo que muita coisas eles mudara, pois é como estar escrito retei somente oque e bom...

Para benefício de todos os nossos leitores temos o seguinte a dizer acerca do nome do nosso amado e bendito Salvado Jesus, o Cristo:

UMA INTERPRETAÇÃO DE LUCAS 1:31—33

Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim – Lucas 1:31—33.

A primeira verdade que queremos destacar desses versículos é a absoluta necessidade de uma cooperação Divina e humana, como algo essencial para Jesus cumprir, de forma satisfatória sua missão.

Jesus — A linguagem de Gabriel é reminiscente de outras passagens bíblicas envolvendo o nascimento de crianças, especialmente Gênesis 16:11, Juízes 13:5 e Isaías 7:14. Os detalhes desses versos conectam essa cena ao coração de Deus. O valor escatológico – relativo aos acontecimentos dos últimos tempos, que são os dias que estamos vivendo hoje conforme Hebreus 1:1—2 – da anunciação, se apóia nos versos 32—33 e não no cumprimento de Isaías 7:14. Na etimologia popular o nome Ἰησοῦς ‘Iesoûs – Jesus, significava: o Deus ETERNO é Salvação – comparar com Mateus 1:21, onde o nome Jesus também é revelado a José. Mas a raiz original do nome em hebraico é: “socorro, ETERNO”, como o grito da mulher desesperada com as dores do parto. O nome Jesus é a forma grega do desenvolvimento tardio do nome hebraico יְהוֹשֻׁעַ Y`ehowshu`a – traduzido como JOSUÉ. O nome sofreu algumas contrações, tais como: Yosûa e depois Yesûa, que transliterado, culminou em Josué em português. Nomes cognatos ao de Jesus, na língua hebraica são os de: Oséias, Josué, Jehoshua e Jesúa. Esse fato sozinho torna inócua a discussão de que o verdadeiro e único nome de Jesus é “Yehoshua”, como pretendem alguns falsos cristãos que defendem esse absurdo e outros mais. O nome de Jesus, enquanto Salvador está bem relacionado com a missão que ele precisava desempenhar conforme podemos ver nos versos a seguir:

Mateus 11:27—30

27 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.

28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.

29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.

30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

Lucas 19:10

Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.

João 3:16

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

João 14:6

Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
Atos 4:12

E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.

Atos 5:31

Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados.

Atos 13:23, 38

23 Da descendência deste, conforme a promessa, trouxe Deus a Israel o Salvador, que é Jesus.

38 Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste


Romanos 5:1—2

1  Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo;

2  por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.

2 Coríntios 5:21

Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

Hebreus 7:25

Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

Apocalipse 1:5

E da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados.

Antes disso, Deus já havia se manifestado também ao nominar o filho de Zacarias e Isabel como Ἰωάννης ‘Ioánnes – João, cujo significado é: o Deus ETERNO é um doador gracioso. Nas duas histórias, Lucas parece estar mais interessado no fato de que é Deus quem dá nome aos meninos e na obediência dos pais, do que na etimologia dos nomes. Mas isso não quer dizer que o significado dos nomes seja pouco ou não importante. Esse outro aspecto pode ser notado, com ênfase na expressão σωτὴρ sotèrSalvador e ideias cognatas, como podemos ver em versos tais quais:

Lucas 1:47

E o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador.

Lucas 1:71, 74, 77

71 Para nos libertar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam.

74 De conceder-nos que, livres das mãos de inimigos, o adorássemos sem temor.

77 Para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados,

Lucas2:11

É que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

Este será grande — De acordo com o Anjo Gabriel, o filho de Maria seria “grande”. Entre as muitas passagens que encontramos na Bíblia que confirmam as palavras do anjo, nós podemos citar: Isaías 6:3 quando comparadas com João 12:41; Isaías 9:6—7; 61:1—3 quando comparadas com Lucas 4:16—21. Os Salmos também anunciam a obra do Messias de forma escatológica: Salmos 110:1—2; 118:22—23.

O Novo Testamento também está repleto de referência que confirmam essa verdade: Mateus 7:28—29; 9:26, 33; 14:33; Lucas 4:32, 36; 8:25; 49—56; João 20:30; Atos 4:12; Romanos 9:5; Efésios 1:21—23; Filipenses 2:9—11; Colossenses 2:9; 1 Timóteo 3:16; Hebreus 8:1—2; Apocalipse 1:5—7; 17:14; 19:16.

Mais do que isso, esse menino não será chamado apenas de “grande”, ele será de fato grande e será reconhecido como Filho do Altíssimo – ver Lucas 1:32, 35, 76; 6:35. Até mesmo os demônios o reconheciam com tal: ver Lucas 8:28 conforme Marcos 5:7; e Atos 16:17.

Altíssimo – Essa expressão aparece pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 14:18 como — אֵל עֶלְיוֹן El EleyonDeus Altíssimo — comparar com Hebreus 7:1. Esse é um título, relativamente, comum para Deus no Antigo Testamento: ver Deuteronômio 32:8; 2 Samuel 22:14; Salmos 7:17; 9:2; 21:7; 46:4; 47:2; Lamentações 3:35, 38; Daniel 4:17, 24; 5:18, 21; 7:18.

A grandeza mencionada, de forma profética, a Maria acerca desse indivíduo que seria “Filho do Altíssimo”, assume proporções gigantescas quando essa verdade se combina com a humildade, o desejo de servir e vontade demonstrada de entregar a própria vida para a salvação dos pecadores, como vimos nos versos acima. Existem muitas passagens tanto no Antigo quanto no Novo Testamento que nos falam da GRANDEZA do Messias que é o Senhor Jesus. Entre essas passagens nós podemos citar: Isaías 53:12; Mateus 11:27—30; 20:28 conforme Marcos 10:45.

Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai — De um lado, Deus promete cumprir a promessa feita a Davi conforme registrada em 2 Samuel 7:11—16, repetida outras vezes, tanto no texto sagrado como na literatura judaica não bíblica.

  • Nas Sagradas Escrituras ver Salmos 89:4, 29, 35—37; 132:11; Isaías 9:6—7; 16:5; Jeremias 23:5—8; Ezequiel 37:21—23; Ageu 2:21—22; Zacarias 3:8—10; 12:7 — 13:1; Marcos 12:35; Lucas 18:38; Romanos 1:3; Apocalipse 5:5. Ver também a afirmação de Lucas 1:69.

  • Na literatura não bíblica: 4 Esdras12:31—32; Salmos de Salomão 17 — 18; 1Q M 11:1—18; 4Q Florilegium 1:11—14; 4Q Testamento dos 12 Patriarcas 9—13.

A conexão entre os versos 32—33 e a expectativa da restauração da monarquia Davídica é inescapável. Entre os elos de ligação que podemos notar, nós queremos citar os seguintes:


  • A referência ao trono de Davi, i.e. “seu reino” — ver 2 Samuel 7:12—13, 16.
  • O caráter perpétuo do reino — ver 2 Samuel 7:13, 16.
  • A relação entre “filiação” e “reinado” – ver 2 Samuel 7:14.
  • Outros ecos acerca da pessoa de Davi podem ser encontrados em Lucas 1:68—79.

É na pessoa de Jesus Cristo que a profecia feita a Davi em 2 Samuel 7:11b—13 encontra seu cumprimento completo e final. Esse é o motivo porque Gabriel insiste que o descendente que irá herdar o reino precisa, necessariamente, ser humano e não um ser espiritual de alguma ordem diferente do gênero humano.

Lucas 1:32 —Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.

Com ideias ajuntadas de Isaías 9:7 e Daniel 7:14, Lucas consegue divisar um único soberano reinando para sempre, em oposição a uma dinastia composta de vários monarcas sucessivos, conforme o profeta Natã deu a entender na revelação original em 2 Samuel. Aqui estamos diante da seguinte realidade: da correlação escatológica do reinado de Davi com a grande ênfase do domínio eterno e definitivo do Deus ETERNO.

O anúncio de Gabriel cria uma série de expectativas complexas relacionadas com a missão de Jesus reinar sobre a casa de Jacó para sempre – ver Êxodo 19:3 e Isaías 2:5—6; 8:17; 48:1, que não deixam dúvidas que o nome de Jacó é usado por Lucas aqui, para representar todo o povo de Israel. A linguagem de Lucas está repleta de reverberações sócio políticas e nacionalistas. Quando esses fatos são ajuntados com materiais semelhantes na narrativa do nascimento de Jesus, é muito difícil não imaginarmos que a redenção antecipada seja diferente da restauração nacional de Israel. Todavia, o leitor terá que esperar um pouco, avançando na leitura do texto para entender como Lucas pretende resolver as necessidades que o início da narrativa acabou criando, através dessas fortes ênfases nas antecipações escatológicas.

De acordo com as palavras do anjo Gabriel, Jesus seria “Filho do Altíssimo” uma caracterização semelhante a chamá-lo de “Filho de Deus”. Agindo assim, numa só tacada, Lucas relaciona a filiação a Deus, o reino eterno e o messianismo de Jesus em uma mesma ideia principal – ver Lucas 4:41; 22:29—30, 67—70; Atos 9:20—22.

Dessa forma, nós temos: Maria não apenas teria um filho e esse filho seria “grande”, pois seria o próprio Filho do Deus Altíssimo e que Deus lhe daria o trono de seu pai, o rei Davi, mas o reinado desse filho duraria para sempre:

Lucas 1:33 — Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim.

Não temos nenhuma necessidade de afirmar, de acordo com os ensinamentos do próprio Senhor Jesus, que esse Seu reino não se trata dum reino político sobre a Terra, e sim o reino da verdade e da graça firmado nos corações e vidas de todos aqueles que têm o Deus de Jacó como seu perfeito refúgio – ver Salmos 46:7, 11. Ver também Lucas 17:21; João 6:15; 18:36—37; Atos 1:6—8. Nas palavras do apóstolo Paulo esse reino se constitui de: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.” — Romanos 14:17. A manifestação última e definitiva desse reino acontecerá quando Deus estabelecer “Novos Céus e uma Nova Terra” — ver 2 Pedro 3:13 — com todas as bênçãos que virão junto com esse novo Universo. A afirmação de Gabriel precisa ser aceita de forma literal. Como diz o hino escrito por John Newton, “Graça Maravilhosa”:

Quando lá estivermos por dez mil anos, brilhando como o próprio sol
Não teremos nenhum dia a menos para louvar a Deus, do que quando começamos”.

Que Deus abençoe todos.

Alexandros Meimaridis

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