2 Coríntios 3:4—18 - A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem - Parte 1 - Sermão # 4

2 Epístola de Paulo aos Coríntios

Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Sermões na Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios.

A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem - Parte 1

Introdução.

·       Até agora, nessa exposição, pudemos perceber o grande amor e dedicação que Paulo devotava aos cristãos da cidade de Corinto. 

·       Este amor é o motivo porque ele toma tanto tempo para explicar certas coisas que, de outra forma, seriam completamente irrelevantes. 

·       A partir desta secção o apóstolo Paulo começa a agir e a falar de forma mais positiva como podemos notar em: 

1. 2 Coríntios 3:4 — ...temos tal confiança em Deus. 

2. 2 Coríntios 3:12 — Tendo, pois, tal esperança, servimo-nos  de muita ousadia no falar.

 

Judaizantes modernos adoram cópia da arca da Antiga Aliança 

·       Da leitura desta secção, que não é muito fácil de ser entendida, podemos deduzir que parte dos problemas enfrentados pela igreja em Corinto tinha relação com certos judeus que não estavam dispostos a abandonar certas práticas do judaísmo e desejavam continuar atrelados a certas práticas da Antiga Aliança. 

·       Este é também um problema contemporâneo, pois sistematicamente nós temos pessoas ignorando o Novo Testamento e a Nova Aliança e desejando voltar às práticas da Antiga Aliança sob o falso pretexto de estar agradando a Deus. Igrejas adotam as festas judaicas, réplicas da arca da aliança, uso do shofar etc.

               A Relação das Práticas Judaicas com o Cristianismo

I. A Excelência do Passado como Percebido pelo Apóstolo Paulo. 

Paulo procura reconhecer o valor da Antiga Aliança, apesar de não glamourisá-la. Dessa maneira Paulo fala acerca da: 

1. Glória da Antiga Aliança — 3:7. 

2. Resplendor da Antiga Aliança — 3:10. 

·       Dois aspectos merecem ser considerados aqui: 

A. O Valor da Antiga Aliança. 

·       No quê exatamente consistia o valor da Antiga Aliança? Consistia em: 

1. Revelar o caráter moral de Deus com especial ênfase na Sua santidade e majestade.

2. A glória da Antiga Aliança estava, basicamente, contida no seu conteúdo ético e no altíssimo padrão de santidade que demandava. 

·       Ao contrário de todas as invencionices humanas que, normalmente, colocam algum tipo de ídolo no centro de seus locais de adoração, o local mais sagrado da Antiga Aliança, chamado de Santo dos Santos, continha uma arca ou baú e dentro dele uma cópia da Lei de Deus representada pelos Dez Mandamentos. Esse material ficava “escondido” num espaço sem luz direta.

O tabernáculo

·    Mas apesar de Paulo reconhecer que tudo isso era realmente esplêndido, glorioso e maravilhoso acerca da Antiga Aliança, a mesma só conseguia levar ao desespero total a todos e a qualquer um que quisesse tentar guardar a todos os seus mandamentos para ser aceito diante de Deus. 

·       Este é o motivo porque o apóstolo Paulo se refere à Antiga Aliança como: 

1. Gálatas 3:24 — De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. 

2. Romanos 3:20 —  Visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. 

3. Este é o motivo porque Paulo também fala da... 

B. A Fraqueza da Antiga Aliança 

Conforme vimos acima, tudo o que a Antiga Aliança conseguia oferecer era uma situação de verdadeiro desespero por causa de sua fraqueza, em função de que é pela “lei — que — vem o pleno conhecimento do pecado”. 

·       E esta fraqueza é expressa pelo apóstolo Paulo em termos inequívocos: 

1. 2 Coríntios 3:6 — a letra mata! 

2. 2 Coríntios 3:7 — ministério da morte! 

3. 2 Coríntios 3:9 — ministério da condenação! 

·       Toda a glória e todo o esplendor da Antiga Aliança não podiam oferecer nenhuma esperança. Tudo o que a Antiga Aliança podia oferecer era juízo e condenação!

II. A Relevância da Verdade Pregada por Paulo. 

·       Da mesma maneira que a luz de mercúrio do poste perde seu significado diante da majestade do sol, assim também o esplendor da Antiga Aliança, que se baseava na habilidade, ou melhor, na inabilidade do homem de guardar a Lei de Deus, empalidece por completo e perde seu significado diante da Nova Aliança que habilita os homens a guardar a Lei de Deus. 

·       Da mesma maneira que a glória se desvanecia da face de Moisés — ver 2 Coríntios 3:7 — assim também acontece com a glória da Antiga Aliança: a mesma possui glória desvanecente e é transitória enquanto que a Nova Aliança possui glória sobreexcelente e é permanente — ver 2 Coríntios 3:10—11..

·       Por este motivo Paulo fala acerca da.... 

A. A Experiência Libertadora da Nova Aliança. 

·       Paulo afirma de forma categórica que: “Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade – 2 Coríntios 2:17.” 

·       Mas antes que o Espírito Santo pudesse ser concedido era necessário que o Senhor Jesus Cristo viesse e realizasse sua obra salvadora a nosso favor. 

·       A concessão do Espírito Santo foi o último grande ato de Jesus a favor daqueles pelos quais havia vivido, morrido e ressuscitado! A Nova Aliança funciona da seguinte maneira: 

1. Através da Sua vida Jesus cumpriu de maneira perfeita a todos os mandamentos da Lei de Deus, a nosso favor, de tal maneira que a mesma foi completamente abolida —

Efésios 2:14 -16! 

14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, 

15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, 

16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade. 

2. Através de Sua morte Jesus recebeu, a nosso favor, o justo castigo que nossos pecados mereciam — A MORTE — e com isto nos livrou, para sempre, de qualquer tipo de condenação por causa do pecado — 

Romanos 5:20 – 21 

20 Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,

 21 a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. 

3. Através da Sua ressurreição Jesus quebrou, a nosso favor, o poder que o pecado tem sobre nós, de tal maneira que agora não somos mais escravos do pecado - 

Romanos 6:10—14 

10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. 

11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. 

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; 

13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça. 

14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. 

·   Uma vez que esses fatos estavam concretizados pelas ações do Senhor Jesus, Ele mesmo derramou copiosamente do seu Espírito Santo sobre Seu povo para nos tornar novas criaturas que não estão mais sujeitas nem:

1. À condenação do pecado. 

2. Ao poder do pecado. 

·       Em função disto o apóstolo Paulo nos exorta a: 

1. Gálatas 5:1 — Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão. 

2. Gálatas 5:18 — Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei. 

·    Assim, é o Espírito Santo quem cria em nós o desejo de sermos obedientes a Deus e de fazermos da obediência a Deus nosso verdadeiro prazer.

B. A Experiência Transformadora. 

·      Em 2 Coríntios 3:18 o apóstolo Paulo fala da glória revelada na vida de todos aqueles que são habitados pelo Espírito Santo; daqueles nos quais o Espírito Santo se move e opera. 

·       Paulo fala acerca do fato de que, nós podemos: 

1. Contemplar o Senhor com o rosto desvendado. 

2. Ser transformados, dia a dia, pela ação do Espírito em uma semelhança que se parece cada vez mais e mais com o próprio Senhor Jesus. 

·       Este processo de transformação é chamado na Bíblia de “Santificação”. E o mesmo é um processo que acontece dia a dia e não de maneira mágica ou instantânea. 

·       É essa ação do Espírito de Deus em nossas vidas que nos leva a dizer, como o Salmista:

Salmos 119:174

Suspiro, SENHOR, por tua salvação; a tua lei é todo o meu prazer.

Conclusão. 

1. Vira e mexe surgem modismos religiosos no seio da cristandade sob o pretexto de nos conduzir a uma vida de maior santidade e proximidade de Deus. Mas, quando analisamos estes modismos mais de perto, notamos que os mesmos não passam de enganos que querem nos levar para longe do Senhor Jesus Cristo. São modismos que querem substituir a imensa graça e liberdade que temos em Cristo por uma renovada escravidão aos rudimentos religiosos do passado. Todos os movimentos surgidos a partir da Reforma Protestante, com raras exceções, podem ser agrupados nessa triste categoria. 

2. Esse movimentos causaram profundas divisões na igreja e introduziram outros evangelhos em substituição ao verdadeiro evangelho da glória de Deus. 

3. Não podemos, meus irmãos, aceitar nenhum tipo de ensinamento, sob nenhum pretexto, que queira nos levar de volta aos ensinamentos da Antiga Aliança. Quem, em sã consciência, deseja se associar com algo que é definido pela própria Bíblia como: 

·       A letra que mata. 

·       Ministério da morte. 

·       Ministério da condenação. 

3. Temos que nos apegar cada vez com mais firmeza ao Senhor Jesus e à Sua obra perfeita e completa a nosso favor. Quando entendemos que Jesus viveu a nosso favor, que Jesus morreu a nosso favor e que Jesus ressuscitou a nosso favor e abrimos nossos corações para recebê-lo como nosso único e todo-suficiente salvador, então podemos receber e ser habitados pelo Espírito Santo de Deus. 

4. Uma vez habitados pelo Espírito Santo devemos ser sensíveis à Sua ação em nossas vidas de tal maneira que possamos experimentar o que Paulo fala acerca de sermos transformados dia a dia em pessoas que são cada vez mais semelhantes, em tudo, ao próprio Senhor Jesus.

OUTRAS MENSAGENS EM 2 CORÍNTIOS PODEM SER ACESSSADAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO

001 — A Escola do Sofrimento – 2 Coríntios 2:1—11

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/05/2-corintios-1111-sermao-1-escola-do.html

002 — Os Críticos do Apóstolo Paulo — 2 Coríntios 1:12 — 2:11

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/06/2-corintios-112-211-sermao-2-os.html

003 — Como Paulo Entendia o Ministério Cristão — 2 Coríntios 2:12 — 3:3

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/07/2-corintios-21233-como-paulo-entendia-o.html

004 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 3:4—18 — Parte 1

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/08/2-corintios-3418-confianca-que-paulo.html

005 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem— 2 Coríntios 4:1—6 — parte 2

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/09/2-corintios-416-confianca-que-paulo.html

006 — Batalhas e Bênçãos — 2 Coríntios 4:7—15

http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/10/2-corintios-4715-batalhas-e-bencaos.html

Grande Abraço e que Deus possa abençoar a todos. 

Alexandros Meimaridis 

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