Hoje estamos publicando a notícia original da revista ISTOÉ,
acerca do do local sagrado para as religiões afro-brasileiras e espíritas em
geral que já foi batizado pelo povo de “Macumbódromo”
Segue a Notícia
Um
macumbódromo para o Rio
Seguidores da umbanda e do candomblé
terão um espaço público para executar seus rituais sem poluir o meio ambiente
carioca
Por Mariana Brugger
Num dia, bela oferenda. No outro, um
monte de lixo. Perseguidas por seguidores de outras crenças e por ecologistas
em função dos rituais nos quais depositam frutas, bebidas e flores para suas
divindades, a umbanda e o candomblé vão ganhar o primeiro espaço público para
realizar suas práticas sem poluir o meio ambiente. A Curva do S, no Alto da Boa
Vista, zona norte do Rio, ganhará agora status de Espaço Sagrado. O local será
pavimentado para não gerar incêndios e ganhará central de tratamento de
resíduos religiosos e recantos para cada divindade (leia quadro). As obras
começam em fevereiro e devem ficar prontas no segundo semestre.
RECANTO: "O espaço sagrado
acaba com a ideia distorcida de que estamos fazendo algo irregular", diz
Mãe Fátima Damas. Abaixo, maquete do Espaço Sagrado
Maquete do local do futuro "Macumbódromo"
Para dar forma ao Espaço Sagrado, a
Secretaria de Meio Ambiente (SEA) do Estado do Rio de Janeiro, que está à
frente do projeto, discutiu com representantes religiosos o que seria possível
fazer para manter os rituais e preservar a natureza. Entre as sugestões estão o
uso de folhas em vez de alguidar para depositar oferendas e coités em vez de
taças de vidro. “O reconhecimento de um espaço para a gente por parte das
autoridades acaba com aquela ideia distorcida de que estamos fazendo algo
irregular”, explica Mãe Fátima Damas, presidente da Congregação Espírita
Umbandista do Brasil (CEUB).
Entretanto, a experiência ainda é
vista com desconfiança. “Apoiamos, desde que não encurralem a gente em um canto
cercado e pequeno, sem policiamento”, pontua Dayse Freitas, diretora cultural
da Federação Brasileira de Umbanda. Mãe Fátima lembra que, no projeto original,
o local para acender velas será distante do espaço para oferendas. “Essa
permissão só não pode significar a impossibilidade de uso de outros espaços
públicos para rituais”, explica Sônia Giacomini, antropóloga do departamento de
ciências sociais da PUC-Rio.
O projeto pioneiro carioca poderá se
multiplicar. Carlos Minc, secretário estadual de Meio Ambiente, já foi
procurado por autoridades de outros Estados para compartilhar a experiência.
“Outras duas áreas do Rio deverão receber Espaços Sagrados também”, afirmou.
Dessa forma, será possível fugir de santuários e parques privados que cobram
pela entrada para a prática de cultos. O Brasil conta com 589 mil praticantes
de religiões de matriz africana, segundo o Censo 2010 do IBGE.
O artigo original da ISTOÉ poderá
ser visto por meio desse link aqui:
Nossa opinião: o ideal é que o
estado se mantenha afastado de todo e qualquer envolvimento com qualquer
prática religiosa, seja ela qual for. Por outro lado gostaríamos de saber
quantas praças da Bíblia existem na cidade do Rio de Janeiro e quantas praças
públicas do Rio estão consagradas a algum dos santos católicos? Tudo isso
precisa ser levado em conta diante dessa concessão do governo para as religiões
afro-brasileiras e espíritas.
Leia também outro artigo sobre
esse assunto por meio desse link aqui:
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
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