Esse
esboço de sermão é parte da série "Exposição da 2 Epístola de Paulo aos
Coríntios" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os
aspectos das verdades contidas nessa exposição, com aplicações para os nossos
dias. No final do artigo você encontrará links para outros estudos dessa série.
Sermões
na Segunda Epístola de Paulo aos Coríntios
Sermão
# 14 – 2 Coríntios Capítulo 10
No Fim
de Tudo o Que Conta é Como Deus nos Vê.
Introdução.
A. Após ter a confiança nos Coríntios plenamente restaurada —
2
Coríntios 7:16
Alegro-me
porque, em tudo, posso confiar em vós.
e depois de tê-los instruído acerca dos princípios
da prática cristã de contribuir — 2 Coríntios 8 e 9 ver mensagem anterior —
Paulo agora se volta para tratar daqueles que estavam causando problemas na
igreja em Corinto.
B. Nesta passagem nós podemos perceber um tipo de
situação que pode existir em qualquer igreja, em qualquer comunidade, onde um
pequeno grupo causa grandes prejuízos para todo mundo.
C. Ao escrever esta porção da Epístola, que
representa nosso capítulo 10, Paulo tem 3 áreas da vida da igreja em mente cujo
ápice é:
No Fim
de Tudo o Que Conta é Como Deus nos Vê.
I. Em
Primeiro Lugar Nós Vemos a Autoridade do Pastor sendo Desacreditada.
A. O que estava acontecendo? Havia algumas pessoas
na igreja em Corinto que tinham se levantado para criticar o apóstolo Paulo
injustamente. Paulo, por sua vez, havia decidido tratar a situação da maneira
mais gentil possível —
2
Coríntios 1:23
Eu,
porém, por minha vida, tomo a Deus por testemunha de que, para vos poupar, não
tornei ainda a Corinto.
Ao que parece, a atitude gentil de Paulo foi
confundida pelos seus críticos como prova de fraqueza. Os críticos então se
aproveitaram da situação para praticar novos atos de traição e de descrédito do
serviço pastoral de Paulo.
B. Acerca desta situação Paulo desenvolve as
seguintes idéias:
1. Paulo usa o exemplo do Salvador Jesus.
Paulo inicia seu argumento apelando a duas
características bem evidentes no Senhor Jesus —
2
Coríntios 10:1
E eu
mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na
verdade, quando presente entre vós, sou humilde; mas, quando ausente, ousado
para convosco.
a. Mansidão — no grego πραΰτητος — praútetos — é a capacidade de aceitar sofrer injustiças sem
expressar ressentimento e receber louvor sem se orgulhar.
b. Benignidade — no grego ἐπιεικείας — epieikeías — suavidade, gentileza e integridade. A palavra era usada para
descrever um juiz que sabe que, às vezes, o rigor da lei, pode levar à prática
de erro moral!
c. A combinação destas duas palavras por Paulo nos
indicam que ele não pensava de si mais do que devia e em vez de reagir, mesmo
para defender seus direitos violados por outros, preferia, por causa de um bem
maior, se restringir em suas ações. Ver Mateus 26:53 que descreve a atitude de
Jesus quando vieram para prendê-lo.
d. Com esta atitude, Paulo está realmente tentando
ganhar estes críticos!
C. Paulo explica o que significa ser bem sucedido
de verdade.
1. Existe uma grande diferença entre a motivação e
a forma de agir dos crentes e daqueles que não são crentes. A motivação e a
ação dos não crentes são descritas como: disposição de mundano proceder e
militar segundo a carne —
2
Coríntios 10:2—3
2 sim, eu vos rogo que não tenha de ser ousado,
quando presente, servindo-me daquela firmeza com que penso devo tratar alguns
que nos julgam como se andássemos em disposições de mundano proceder.
3 Porque, embora andando na carne, não
militamos segundo a carne.
2. Por outro lado, a motivação e a ação dos crentes
são descrita como —
2
Coríntios 10:4—5
4 Porque as armas da nossa milícia não são
carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós
sofismas
5 e toda altivez que se levante contra o conhecimento
de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.
a. Não sendo carnais, ou seja, segundo a carne, o
que é uma metáfora para descrever o pensamento humano.
b. São poderosas em Deus para tanto destruir
fortalezas — dos pensamentos — como para anular sofismas e toda a altivez que
se levante contra o conhecimento de Deus, e...
c. Visam levar cativo todo o pensamento à
obediência de Cristo!
D. Nós não usamos armas idênticas às que o mundo
usa. Não usamos métodos inventados pelos homens, não usamos técnicas
desenvolvidas por marqueteiros. Não inventamos unções nem modismos passageiros.
Tudo isso é mundano.
E. Nossas armas são poderosas porque vêm de Deus e
podem ser resumidas em: poder através da oração, amor incondicional por todas as
pessoas e poder do Espírito Santo em nossas vidas para vencer o pecado.
II. Em
Segundo Lugar nós Vemos que a Aparência do Apóstolo Paulo está sendo Zombada.
A. O segundo elemento de Crítica contra o apóstolo
Paulo pode ser visto em
2
Coríntios 10:10
As
cartas, com efeito, dizem, são graves e fortes; mas a presença pessoal dele é
fraca, e a palavra, desprezível.
B. Paulo decide tratar seus críticos à sua própria
maneira. Então ele fala de...
1. A razão porque do ministério de Paulo.
a. Paulo fala da autoridade que lhe foi conferida
por Deus bem como do limite da esfera de ação que lhe foi concedida por Deus —
2
Coríntios 10:8 e 13
8
Porque, se eu me gloriar um pouco mais a respeito da nossa autoridade, a qual o
Senhor nos conferiu para edificação e não para destruição vossa, não me
envergonharei.
13
Nós, porém, não nos gloriaremos sem medida, mas respeitamos o limite da esfera
de ação que Deus nos demarcou e que se estende até vós.
b. Paulo apela para as evidências tão claras do seu
ministério e para o fato de que ele também pertencia ao Senhor —
2
Coríntios 10:7
Observai
o que está evidente. Se alguém confia em si que é de Cristo, pense outra vez
consigo mesmo que, assim como ele é de Cristo, também nós o somos.
c. Paulo tinha apenas um desejo: estar onde Deus
queria que ele estivesse e fazer aquilo que Deus queria que ele fizesse. Por
este motivo a maior preocupação do apóstolo eram as pessoas em Corinto e não
sua própria pessoa.
C. Quantos pastores hoje em dia, estão bem mais
preocupados com eles mesmos, do que com o rebanho que Deus lhes confiou.
Pastores que, para se protegerem a si mesmos e aos seus interesses, não
hesitam, nem por um segundo, em prejudicar toda a comunidade. Em lançar irmãos
contra irmãos; em destruir a obra de Deus, obra esta que não foi sequer
iniciada por eles que era exatamente o caso vivido por Paulo em Corinto.
D. Qual era o resultado do Ministério de Paulo?
1. Paulo havia levado o evangelho até a cidade de
Corinto. Pessoas haviam se convertido do judaísmo e de outras religiões para a
verdade do evangelho e uma comunidade cristã havia sido estabelecida naquela
cidade —
2
Coríntios 10:14
Porque
não ultrapassamos os nossos limites como se não devêssemos chegar até vós,
posto que já chegamos até vós com o evangelho de Cristo.
2. Este era o resultado para o qual Paulo queria
chamar a atenção deles. A aparência de Paulo e sua forma de pregar eram
realmente irrelevantes neste contexto. As pessoas salvas e a comunidade
estabelecida é que eram importantes.
III. Em Terceiro Lugar o Resultado Alcançado por
Paulo Estava sendo Menosprezado.
A. Paulo reage à esta atitude tão negativa e aponta
três fatos acerca de como ele via seu próprio ministério.
1. Paulo fala da insensatez que ele não podia
tolerar.
a. Esta insensatez era vista na atitude de seus
críticos que se louvavam a si mesmos —
2
Coríntios 10:12
Porque
não ousamos classificar-nos ou comparar-nos com alguns que se louvam a si
mesmos; mas eles, medindo-se consigo mesmos e comparando-se consigo mesmos,
revelam insensatez.
b. De maneira contrária, Paulo, lembra a todos em
Corinto, que: não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o
Senhor louva —
2
Coríntios 10:18
Porque
não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva.
2. Paulo fala acerca da atitude que deve existir
verdadeiramente em todos os que estão envolvidos na obra do Senhor —
2
Coríntios 10:17
Aquele,
porém, que se gloria, glorie-se no Senhor.
3. Paulo anseia por uma fidelidade capaz de ser
recompensada por Deus mesmo — ver 2 Coríntios 10:18 acima.
Conclusão.
1. Pastores possuem esse incrível senso de auto
preservação, alimentado pelo sentimento, equivocado, de que são pessoas
especiais; de que são melhores que os outros irmãos. Por este motivo precisam
ser constantemente lembrados do exemplo de Jesus com Sua mansidão e
benignidade.
2. Um dos maiores privilégios que temos na vida
cristã é sabermos que estamos exatamente onde Deus nos quer e que estamos
fazendo exatamente o que Deus quer! Porque, meus irmãos, isto é realmente a
única coisa que realmente nos interessa: fazer a vontade de Deus e sermos
agradáveis a Ele.
3. Na vida e no trabalho de toda comunidade sempre
existem pessoas que estão cobiçando cargos e posições de comando, que anseiam
por posições de poder. Pessoas que nunca estão satisfeitas a menos que estejam
ocupando lugares proeminentes. Nosso desejo, como crentes sinceros, deve sempre
estar centrados no fato que queremos ser pessoas que são louvadas por Deus e
não por causa das posições que ocupamos.
4. Para refletir: em nossas vidas diárias, em
nossos pensamentos, em nossas palavras, em nossos atos, em nossa própria vida
de comunhão como comunidade, será que nós estamos na categoria de pessoas que
podem ser louvadas pelo Senhor?
OUTRAS
MENSAGENS EM 2 CORÍNTIOS PODEM SER ACESSSADAS POR MEIO DOS LINKS ABAIXO
001 — A Escola do Sofrimento – 2 Coríntios 2:1—11
002 — Os Críticos do Apóstolo Paulo — 2 Coríntios
1:12 — 2:11
003 — Como Paulo Entendia o Ministério Cristão — 2
Coríntios 2:12 — 3:3
004 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem—
2 Coríntios 3:4—18 — Parte 1
005 — A Confiança que Paulo Tinha em Sua Mensagem—
2 Coríntios 4:1—6 — parte 2
006 — Batalhas e Bênçãos — 2 Coríntios 4:7—15
007 — Crescendo Apesar de Estar Envelhecendo — 2
Coríntios 4:16—5:9
008 — As Pressões da
Responsabilidade — Parte 1 — 2 Coríntios 5:9—14
009 — As Pressões da
Responsabilidade — Parte 2 — 2 Coríntios 5:14—6:4
010 — As Pressões da
Responsabilidade — Parte 3 — 2 Coríntios 6:3—10
011 — Os Princípios e a
Prática da Separação Bíblica — 2 Coríntios 6:11—7:3
012 — Tudo Vai Bem, Quando Termina Bem — 2
Coríntios 7:4—16
013 — A Prática Cristã de Contribuir — 2 Coríntios
8—9
014 — No Fim o Que Conta é Como Deus nos Vê — 2
Coríntios 10
Grande Abraço e que Deus possa abençoar a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem
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Desde já agradecemos a todos.
Verdade. Deus tenha compaixão de nós, somos muito fracos e falhos, temos sempre que agradecer a Deus por Ele nos auatentar, quem somos nós? Deus é maravilhoso em nos amar.
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