sexta-feira, 10 de abril de 2015

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 001




HÁ POUCOS DIAS INICIAMOS DUAS NOVAS SÉRIES:

1) A PRIMEIRA TRATA DE “COMO O NOVO TESTAMENTO CHEGOU ATÉ NÓS?”. ESSE ESTUDO ESTÁ RELACIONADO AO QUE É CHAMADO DE “BAIXA CRÍTICA” DO NOVO TESTAMENTO PORQUE LIDA COM OS DOCUMENTOS, OS MANUSCRITOS DO QUAL NÓS COMPILAMOS O NOVO TESTAMENTO QUE USAMOS HOJE NO SÉCULO XXI.

O primeiro estudo dessa série poderá ser visto por meio desse link aqui:


2. A SEGUNDA TRATA DE UMA “INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO”. ESSE ESTUDO ESTÁ RELACIONADO AO QUE É CHAMADO DE “ALTA CRÍTICA” DO NOVO TESTAMENTO E LIDA COM QUESTÕES COMO CONTEÚDO, FORMA, INTERPRETAÇÃO E ETC.

O primeiro estudo dessa série poderá ser visto por meio desse link aqui:


Diante dessas duas séries sentimos uma profunda convicção de que deveríamos completar as mesmas iniciando uma terceira série que pudesse discutir a TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO. E é exatamente isso que estamos iniciando agora com esse primeiro estudo acerca da TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO.

Esse é um estudo especial que irá abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina acerca de tudo o que nos é importante.

Essas e outras questões têm sido discutidas, repaginadas e discutidas muitas outras vezes desde o século XVIII. No fundo, nada mudou na essência, é apenas a forma como se aborda o assunto que sofre modificações. Mesmo quando novas “descobertas” arqueológicas acontecem, elas não servem para alterar o rumo das discussões, mas servem apenas para pegar velhos argumentos, embaralhá-los e dar início a uma nova rodada de discussões. Todos os ataques que a fé cristã tem sofrido desde os meados do século XVIII receberam um resposta à altura como pretendemos mostrar. Também pretendemos mostrar que muitos críticos da fé cristã, por falta de conhecimento adequado de todos os fatos envolvidos nessas discussões são, muitas vezes, inconsistentes em suas afirmações.

Bem, vamos começar:

INTRODUÇÃO

A questão mais importante que iremos discutir nessa série de estudos irá tratar da “Busca Pelo Jesus Histórico” que é como a mesma tem sido chamada desde o início da discussão moderna em meados do século XVIII. Essa questão reflete a profunda crise que se estabeleceu na relação entre a Palavra de Deus e o Cristo apresentado na mesma, no período imediatamente posterior ao nascimento do chamado “Iluminismo Filosófico”. Nosso interesse é demonstrar de todos os modos que nos forem possíveis, que a fé na ressurreição está firmemente arraigada naquilo que o Filho de Deus encarnado — Jesus — realizou, como diz a Epístola aos Hebreus, “ de uma vez por todas” por meio de sua vida, morte e ressurreição histórica —

Romanos 4:25

O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.

É nossa obrigação confessar com fé genuína o Evangelho autêntico que está plenamente arraigado na história, como nos afirma o apóstolo Paulo —

1 Timóteo 3:16

Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.

A. Uma Breve Introdução os Desenvolvimento do Estudo da Teologia do Novo Testamento

Antes da Reforma Protestante do século XVI havia pouco ou quase nenhum interesse envolvendo o assunto da teologia bíblica. Todo o interesse estava concentrado na dogmática, que é a parte da Teologia que estuda os dogmas, especialmente, os dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana naqueles dias. As tradições da Igreja Romana eram consideradas, de longe, como bem mais importantes do que as evidências bíblicas, mesmo que essas últimas eram constantemente utilizadas para impulsionar os dogmas tradicionais.

Naqueles dias não existia liberdade para se interpretar as Escrituras e assim matérias como hermenêutica e exegese não existiam e os ensinamentos com a chancela eclesiástica nunca podiam ser questionados.  Tudo isso se tornou verdadeiro dogma com as promulgações do Concílio de Trento — também chamado de o Concílio da Contra Reforma aconteceu durante um longo período que foi de 1545 até 1563, espalhado por vários encontros. Esse concílio decidiu que as tradições da Igreja tinham peso e valor equivalente àquele que encontramos nas próprias Escrituras Sagradas. Tal ambiente, como podemos perceber, era pouco propício para o desenvolvimento de novas ideias relacionadas à teologia bíblica de modo geral e à teologia do Novo Testamento de modo particular.

Quando estudamos a Reforma Protestante uma de suas características mais marcantes foi a firme decisão de romper em definitivo com o todo da tradição eclesiástica, fazendo surgir, desse modo, um enorme interesse pela teologia bíblica. Os reformadores então substituíram a autoridade da Igreja Católica Romana pela autoridade das Escrituras. Como eles acreditavam que as Escrituras Sagradas eram inspiradas por Deus, então todo seu ensinamento passou a receber uma e mesma atenção. Mas naqueles dias, a abordagem protestante não tinha ainda o caráter científico que possui nos dias de hoje. Naqueles dias toda a interpretação estava baseada em questões subjetivas. Hoje toda interpretação que se preze, estará baseada em uma pesquisa histórica que envolve as mais diversas áreas do conhecimento humano.

Os reformadores substituíram a exegese forçada e obrigatória e o escolasticismo por uma busca pelo significado puro e simples das Escrituras. Com isso, o caminho para um entendimento das mesmas foi aberto para todas as pessoas de forma independente das decisões dos concílios da Igreja Romana e seus muitos credos. A forma de se fazer teologia durante a Reforma era muito diferente daquela estrutura filosófica utilizada pelos dogmatistas que os precederam. Durante esse tempo nenhuma distinção era feita entre teologia do Antigo Testamento e teologia do Novo Testamento. As Escrituras como um todo eram utilizadas como base de sustentação das doutrinas e não temos qualquer evidência que existia qualquer desenvolvimento, por mais incipiente que fosse, de uma teologia do Novo Testamento.

CONTINUA...


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Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

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Um comentário:

  1. O Novo Testamento forma a segunda parte da Bíblia Cristã. E nele temos uma coleção de 27 livros, que somando-se, dará somente um terço do volume da primeira parte, o Antigo Testamento. Antigo Testamento foi escrito aproximadamente entre os anos 1400 AC e 400 AC.. Grande maioria do Antigo Testamento foi escrito em hebraico, com algumas pequenas seções pequenas em aramaico (essencialmente uma variação do hebraico). Porém o Novo Testamento foi redigido em menos de um século.

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