Concepção artística de como seria
o momento em que a estrela se desfaz e é sugada pelo buraco negro(NASA's
Goddard Space Flight Center/Conceptual Image Lab/VEJA)
Estrela
sugada por buraco negro a 3,9 bilhões de anos-luz emite sinais pouco antes de
desaparecer do universo
Buraco negro tem de 0,5 a 5
milhões de vezes a massa do Sol, sinais de raio-X emitidos da borda do buraco
negro foram captados recentemente pela Nasa
Uma estrela sugada por um buraco
negro a 3,9 bilhões de anos-luz emitiu sinais pouco antes de desaparecer do
universo, de acordo com os astrônomos da Nasa (agência espacial americana).
Parte destes sinais de raios-X atingiu a Terra no ano passado. Agora,
cientistas conseguiram decifrar do que se tratavam. A descoberta está descrita
em um artigo online publicado hoje na revista Science, e foi divulgada pela
Nasa.
Os sinais mostravam pulsos de
raios-X que subiam e desciam de intensidade a cada 200 segundos. O que eles
pensaram ser inicialmente a emissão de raios gama de uma fonte desconhecida acabou
se mostrando um fenômeno inédito para os cientistas: era o primeiro pulso de
raio-X detectado de um buraco negro supermassivo - calcula-se que tenha de 0,5
a 5 milhões de vezes a massa do Sol - e tão distante de nós. Estima-se que
estes sinais tenham sido enviados da fronteira mais próxima do buraco negro: um
milhão de quilômetros do centro.
A descoberta ajudará os
astrônomos a entender melhor o que ocorre na "borda" do buraco negro
antes de toda a matéria ser sugada, disse Rubens Reis, pós-doutor na
Universidade de Michigan, que fez parte da equipe de cientistas que analisou os
dados.
Dados
A equipe analisou dados de dois
observatórios de raios-X: Suzaku, um satélite nipo-americano, e XMM-Newton, que
é gerido pela Agência Espacial Europeia. Os sinais de oscilações quase
periódicas, conhecidos pela sigla QPO, foram detectados pela primeira vez em 28
de março de 2011 pelo satélite Swift da Nasa.
Esses sinais são características
de discos de acreção - nome dado a aglomerações de matérias que cercam os
objetos mais compactos do universo, como as estrelas anãs branca, as estrelas
de nêutrons ou os buracos negros.
Até agora, o QPO só havia sido
detectado um torno de um único buraco negro supermassivo e estava a 576 milhões
de anos-luz da Terra, o que, segundo a Nasa, é uma distância relativamente
próxima. Agora, os sinais chegam de um buraco negro que está a 3,9 bilhões de
anos-luz de nós.
Antes do fim
A estrela passou por uma intensa
turbulência no momento em que chegou perto do buraco negro e logo foi
destruída. Alguns dos gases foram expelidos na direção do buraco negro e
formaram um disco em torno dele. A parte interna do disco aqueceu rapidamente a
milhões de graus, o suficiente para emitir raios-X.
Ao mesmo tempo, por meio de
processos ainda não completamente conhecidos, formaram-se jatos perpendiculares
ao disco do buraco negro, ejetando matéria a uma velocidade de cerca de 90% da
luz. Um desses jatos apontou diretamente para Terra - são os sinais captados
agora pelos astrônomos.
Teoria da Relatividade
A Teoria Geral da Relatividade de
Einstein prevê que há uma distância mínima em que a matéria pode orbitar
estavelmente um torno de um buraco negro, antes de ser engolida. Cálculos da
equipe sugerem que os restos da estrela estavam, provavelmente, a apenas um
milhão de quilômetros do horizonte de eventos - a superfície para além da qual
nada, nem mesmo a luz, pode escapar das garras de um buraco negro.
"Este é o último pequeno
pedaço de sinal que somos capazes de detectar antes de o material ser completamente
sugado", disse Reis. Segundo a equipe sinais semelhantes foram vistos em
torno de pequenos buracos negros em nossa própria galáxia, mas Reis disse que
este é o primeiro pulso de um buraco negro tão grande e tão longe.
O artigo original poderá ser
visto por meio desse link aqui:
NOSSO COMENTÁRIO
Como tudo que envolve a chamada “ciência
astronômica” não é difícil perceber que nossos amigos cientistas não têm muita
certeza de nada, absolutamente. Tudo é muito relativo, muito impreciso, muito vago
e etc. Mas eles chamam isso de ciência? Não seria melhor chamar de pura
especulação?
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa
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Desde já agradecemos a todos.
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