NESSA SÉRIE
NÓS ESTAMOS TRATANDO DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA:
1) A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS.
CONVIDAMOS TODOS OS NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM
A MESMA COM TODOS OS SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA
SÉRIE PODERÃO SER ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CADA ESTUDO.
B. Assim
como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor – Efésios 1:4.
Assim
como nos escolheu nele — i.e., “em Cristo” — A
expressão grega καθὼς — kathòs — assim como — serve para unir o verso 4
ao anterior e indica que a bênção de Deus é consistente com o fato de que Deus
nos escolheu.
A escolha ou eleição divina é um dos temas mais
complexos e difíceis que encontramos nas páginas das Escrituras. A grande
maioria dos mestres cristãos prefere ou ignorar este tema ou quando tentam explicá-lo
acabam caindo em um determinismo[1]
tão cego que acaba por negar o que a Bíblia quer ensinar. Nos século XIX e XX
os teólogos liberais e da chamada “Alta Crítica” evitaram discutir a doutrina
da eleição como sendo algo inventado pelo apóstolo Paulo. Mas como veremos,
mais adiante, Paulo não foi o único a ensinar essas verdades. Teólogos de todos
os matizes têm se debatido aqui e ali com essa doutrina e nós faremos o mesmo.
Quando usamos a expressão debater queremos deixar bem claro os seguintes
parâmetros acerca das considerações que iremos fazer com respeito à gloriosa
doutrina da escolha ou eleição divina.
1. Temos que admitir que na grande maioria das
vezes, mesmo com a Bíblia, aberta diante de nós, acabamos tendemos a basear
nossas convicções doutrinárias em nossas próprias idéias e não nas que nos são
apresentadas nas Escrituras Sagradas.
2. Não devemos, em nenhuma hipótese, abordar o
estudo da escolha ou eleição divina de forma apaixonada e muito menos de forma
dogmática. Nessa questão, como veremos, não pode existir nenhum “dono da
verdade”. A atitude mais correta diante de tão gloriosa verdade é a de
reverência e adoração.
3. Quando nos colocamos diante de Deus para
considerarmos a doutrina da escolha ou eleição divina nós precisamos
compreender que estamos diante de Deus, na situação descrita pelo profeta em —
Jeremias
18:1—6
1
Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo:
2 Dispõe-te,
e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras.
3
Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as
rodas.
4 Como
o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele
outro vaso, segundo bem lhe pareceu.
5
Então, veio a mim a palavra do SENHOR:
6 Não
poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? —diz o SENHOR;
eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de
Israel.
4. E mais, o apóstolo Paulo deixa bem claro que
Deus não se agrada quando queremos discutir com Ele — Deus — acerca de coisas das
quais não entendemos
Romanos
9:19—20
19 Tu,
porém, me dirás: De que se queixa ele ainda? Pois quem jamais resistiu à sua
vontade?
20
Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto
perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?
O exemplo de Jó fala de forma clamorosa acerca
desta verdade — ver Jó 38:1—41:34 e
Jó
42:1—6
1
Então, respondeu Jó ao SENHOR:
2 Bem
sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado.
3 Quem
é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade,
falei do que não entendia; coisas maravilhosas demais para mim, coisas que eu
não conhecia.
4
Escuta-me, pois, havias dito, e eu falarei; eu te perguntarei, e tu me
ensinarás.
5 Eu
te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem.
6 Por
isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.
5. O motivo porque aqueles que querem explicar nos
mínimos detalhes essa doutrina fracassam é porque não querem admitir que Deus,
na Bíblia, não responde a todas as nossas perguntas acerca desse assunto. Em
nenhum lugar das Escrituras encontramos uma explicação filosófica ou teológica
completa acerca da escolha ou eleição divina.
6. De fato o apóstolo Paulo nos diz que:
1
Timóteo 3:16
Evidentemente,
grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi
justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido
no mundo, recebido na glória.
Temos que nos recolher à nossa própria
insignificância. Não podemos sequer começar a entender o mistério das duas
naturezas em uma Pessoa — o Senhor Jesus Cristo — ou a santa verdade das três
pessoas — Pai, Filho e Espírito Santo — num único Deus.
7. Mas nossas mentes e compreensão não são somente
pequenas e finitas. São também pecaminosas e perversas. Esse é o motivo porque
na história da igreja nós podemos encontrar incontáveis heresias. Muitas
pessoas que não querem admitir suas limitações e nem desejam se submeter à
revelação divina acabam por, seguindo as inclinações de seus próprios corações
pecaminosos, inventando doutrinas heréticas que terminam por arrastar
verdadeiras multidões para o erro e para a perdição eterna.
8. Temos que nos conformar, engolindo nosso orgulho
e arrogância, de que somos simples criaturas, mesquinhas e desprezíveis. Não podemos ter a pretensão de que nossas
mentes nanicas podem entender a mente infinita e inescrutável do Deus Eterno e
Todo-Poderoso —
Romanos
11:33—36
33 Ó
profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!
34
Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro?
35 Ou
quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído?
36
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a
glória eternamente. Amém!
Note como nestes versículos não há espaço para nada
que não seja Deus mesmo!
9. Uma vez feitas estas
ponderações vejamos o que a própria Bíblia nos diz acerca dessa gloriosa
doutrina da escolha ou eleição divina. É fato que encontramos nas páginas da
Bíblia várias afirmações que nos falam da grande verdade que Deus nos escolheu
em Cristo antes da fundação do mundo conforme o versículo de Efésios 1:4 que
estamos agora analisando.
Ao contrário da acusação
tão comum de que a doutrina da escolha ou eleição divina não passa de uma
invenção do apóstolo Paulo é no evangelho escrito pelo apóstolo João que vamos
encontrar uma apresentação bastante sólida dessa verdade. Vamos começar com as
colocações feitas por Jesus em João capítulo 6.
CONTINUA...
OUTROS ESTUDOS ACERCA DA IGREJA COMO CORPO DE CRISTO E NO PLANO ETERNO DE DEUS
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 001 — A Igreja
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 002 — A Unidade de Igreja
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 003 — Como a Unidade Funciona na Prática
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 004 — Como o Amor Funciona na Prática
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 005 — Unidade em Meio à Diversidade
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 006 — Unidade Com Variedade Mas com Harmonia
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 007 — A Igreja Como o “Mistério” de Deus e Uma Introdução a Efésios 1:3—14
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 008 — Uma Introdução a Efésios 1:3—14
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 009 — A Bênção Espiritual — Efésios 1:3
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 010 — As Regiões Celestiais — Efésios 1:3
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 011 — Nossa Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — Parte 001
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 012 A —Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 002
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 013 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 003
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 014 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 004
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 015 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 005
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 016 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 006
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 017 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 007 — O Mundo Nos Odeia
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 018 — A Escolha ou Eleição Divina — Efésios 1:4 — PARTE 008 — Por que O Mundo Nos Odeia
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 019 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 001
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 020 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 002
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 021 — As Desculpas para Rejeitar a Jesus e o Evangelho da Graça — PARTE 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-igreja-como-corpo-de-cristo-e-no_6.html
Que Deus abençoe a todos.
Alexandros Meimaridis
PS. Pedimos a
todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no Facebook
através do seguinte link:
Desde já
agradecemos a todos.
[1] O
Dicionário Aurélio Século XXI define “Determinismo”, como: a Relação entre os
fenômenos pela qual estes se acham ligados de modo tão rigoroso que, a um dado
momento, todo fenômeno está completamente condicionado pelos que o precedem e
acompanham, e condiciona com o mesmo rigor os que lhe sucedem. Se relacionado a
fenômenos naturais, o determinismo constitui o princípio da ciência
experimental que fundamenta a possibilidade de busca de relações constantes
entre os fenômenos; se se refere a ações humanas e a decisões da vontade, entra
em conflito com a possibilidade da liberdade.
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