Dietrich Bonhoeffer e adolescentes alemães
Nascido na riqueza Dietrich Bonhoeffer caminhava para uma carreira brilhante como teólogo, até passar a ver a vida sob a perspectiva daqueles que sofrem, na Alemanha nazista. Isso lhe custou a vida.
O artigo abaixo é de autoria de
Geffrey B. Kelly e foi publicado no Brasil pelo site da revista Cristianismo
Hoje.
A
vida e a morte de um mártir moderno
Por Geffrey B. Kelly
Em 1942, o pastor luterano
Dietrich Bonhoeffer enviou um presente de Natal à sua família e amigos que
estiveram envolvidos em um fracassado plano para matar Hitler. Era um ensaio
intitulado After Ten Years (Depois de dez anos). Nele, Bonhoeffer lembrou a
seus companheiros de conspiração dos ideais pelos quais eles estavam dispostos
a dar suas vidas. Em suas palavras: “Nós aprendemos, de uma vez por todas, a
ver os grandes eventos da história do mundo de baixo para cima, das
perspectivas dos proscritos, suspeitos, maltratados, impotentes, oprimidos e
injuriados – em resumo, da perspectiva daqueles que sofrem”.
Conforme ele analisava as várias
razões pelas quais eles tinham que matar Hitler e derrubar o governo nazista,
Bonhoeffer lhes falava do exemplo de Cristo. Jesus, de boa vontade, arriscou
sua vida defendendo os pobres e proscritos de sua sociedade – mesmo ao custo de
uma violenta morte.
Na época de sua prisão, a vida de
Bonhoeffer tinha se tornado uma jornada de entrelaçamento, na qual ele tinha
entrado por causa desta “visão de baixo para cima”. Sua opção de vida lhe tirou
de uma confortável posição de professor universitário à liderança isolada de
uma oposição minoritária dentro de sua igreja contra seu governo. Ele saiu da
segurança de um refúgio fora do país para a vida perigosa de um conspirador.
Ele desceu dos privilégios do ministério eclesiástico e o respeito dado a uma
família nobre, para sua árdua prisão e mais tarde sua morte como traidor de seu
país.
Determinação de aço
— Poucas pessoas teriam predito que o jovem Bonhoeffer terminaria como um
conspirador político. Nascido em Breslau, em 1906, Dietrich era o quarto filho
homem e sexto filho dentre todos (sua irmã gêmea, Sabine, nasceu momentos
depois). Sua mãe, Paula von Hase, era filha de um pregador da corte do Kaiser
Wilhelm II. O pai de Dietrich, Karl Bonhoeffer, era um famoso médico psiquiatra
e professor universitário.
Quando era um rapazinho de 14
anos, Dietrich surpreendeu sua família declarando que não queria nada mais do
que ser um ministro da igreja. Este anúncio provocou uma pequena consternação
entre seus irmãos homens. Um estava destinado a ser físico, o outro, advogado;
ambos eram pessoas de sucesso, para quem o serviço na igreja parecia um
trabalho que não simbolizava uma alta responsabilidade para a burguesia, era
algo inferior a eles e sua capacidade. Seu pai sentiu-se da mesma forma, mas
ficou em silêncio, preferindo conceder a seu filho a liberdade de cometer seus
próprios erros. Quando sua família criticou a igreja como egoísta e covarde, um
lampejo da determinação de aço de Dietrich surgiu dele a frase: “Neste caso, eu
a reformarei!”.
Um “milagre teológico”
— Seguindo um costume de família, o jovem Dietrich estudou na Universidade de
Tübingen por um ano antes de mudar para a Universidade de Berlim, onde morava a
família. Na universidade, ele veio a estar sob a influência do conhecido
historiador da igreja Adolf von Harnack e Karl Holl, um estudioso sobre Lutero.
Von Harnack considerou Bonhoeffer como um grande historiador da igreja em
potencial, capaz de um dia subir no seu próprio pódio.
Para tristeza de von Harnack,
Bonhoeffer dirigiu suas energias do mundo acadêmico para o campo dogmático. Seu
maior interesse ficava nos assuntos da Cristologia e da Eclesiologia. Sua
dissertação, The Communion of Saints (A comunhão dos santos), foi completada em
1927, quando ele tinha apenas 21 anos. Karl Barth a celebrou com um “milagre
teológico”.
Nesta dissertação, Bonhoeffer
declara numa sonora frase que a igreja é “Cristo existindo em comunidade”. A
igreja para ele não é nem uma sociedade ideal, sem necessidade de reforma, nem
o ajuntamento de uma elite cheia de dons. Pelo contrário, ela é tanto uma
comunhão de pecadores capazes de seres infiéis ao evangelho, quando é uma
comunhão de santos para quem servir um ao outro deve ser uma alegria.
Triste encontro com a
pobreza — Como ainda não estava na idade mínima para ordenação e
precisava de experiência prática, Bonhoeffer interrompeu sua carreira
acadêmica. Ele aceitou uma indicação como pastor-assistente numa igreja em
Barcelona que tendia para as necessidades espirituais da comunidade de negócios
alemã.
Seus meses na Espanha (1928–29)
coincidiram com as primeiras repercussões da Grande Depressão, dessa forma a
vida de pastor em Barcelona deu a Bonhoeffer seu primeiro triste encontro com a
pobreza. Ele ajudou a organizar um programa que sua igreja estendeu aos
desempregados. Em desespero, ele mesmo implorou por dinheiro à sua família para
este propósito. Num sermão memorável, ele lembrou ao seu povo que “Deus caminha
entre nós em forma humana, falando a nós naqueles que cruzam nosso caminho,
sejam eles estranhos, mendigos, doentes, ou mesmo naqueles mais perto de nós em
nosso dia a dia, tornando-se a ordem de Cristo em nossa fé nele”.
De volta à Alemanha, Bonhoeffer
voltou sua atenção para sua “segunda dissertação” – exigida para conseguir uma
designação na universidade. Publicada como um livro em 1931, Act and Being (Ser
e agir) externamente parece ser um rápido tour de filosofias e teologias de
revelação. Se a revelação é “agir”, então a Palavra eterna de Deus interrompe a
vida da pessoa de um modo direto, intervindo muitas vezes quando menos se
espera. Se a revelação é “ser”, então é a presença contínua de Cristo na
igreja. Através de todas as análises cruzadas deste livro, nós também
detectamos a luta profunda de Bonhoeffer entre o conforto do status acadêmico e
o perturbador chamado de Cristo para ser um cristão genuíno.
Primeira visita à
América - Tendo assegurada sua indicação para a universidade,
Bonhoeffer decidiu então aceitar uma bolsa de pesquisa Sloane. Esta lhe
ofereceu um ano de estudos adicionais no Union Theological Seminary, em Nova
York. Mais tarde ele descreveu este ano acadêmico de 1930–31 como “uma grande
libertação”.
A princípio, Bonhoeffer olhou
preocupadamente para o Seminário de Teologia União, julgando que ele fosse tão
permeado de humanismo liberal que tivesse perdido suas amarras teológicas. Mas
cursos com Reinhold Niebuhr e longas conversas com seu amigo mais próximo, o
americano Paul Lehmann, trouxeram sensibilidade aos problemas sociais.
As amizades de Bonhoeffer no
Union Seminary influenciaram-no profundamente. Elas alimentaram sua crescente
paixão pelas preocupações do Sermão do Monte. Através de um aluno negro do
Alabama, o reverendo Frank Fisher, Bonhoeffer experimentou em primeira mão o
racismo opressivo sofrido pela comunidade negra do Harlem.
Admirando os serviços desta
igreja, que valorizavam a vida, ele levou gravações dos negro spirituals para a
Alemanha para tocar para seus alunos e seminaristas. Ele falou aos alunos frequentemente
sobre a injustiça racial na América, prevendo que o racismo se tornaria “um dos
problemas futuros mais críticos para chamada igreja branca”.
Outro amigo, o pacifista francês
Jean Lasserre, levou Bonhoeffer a transcender sua ligação natural à Alemanha
para assumir um compromisso maior com a causa da paz mundial. Bonhoeffer
tornou-se devoto da resistência pacífica ao mal, e mais tarde ele defendeu com
veemência a paz em encontros ecumênicos. Para Bonhoeffer, a guerra claramente
negava o evangelho; nela os cristãos matavam uns aos outros para ideais
alardeados que só mascaravam objetivos políticos mais sinistros.
As pessoas perceberam as mudanças
na perspectiva de Bonhoeffer em sua volta à Universidade de Berlim. Seus alunos
o descreveram como diferente de seus colegas, estes mais enfadonhos e
desinteressados. Tentando explicar o que houve com ele, Bonhoeffer disse
simplesmente que tinha se tornado cristão. Como ele mesmo disse, ele esteve
pela primeira vez na sua vida “no trilho certo”, dizendo ainda: “Eu sei que por
dentro serei realmente claro e honesto somente quando eu tiver começado a levar
a sério o Sermão do Monte”.
Palestrante
universitário eletrizante — Retornando da América, Bonhoeffer fez
uma pausa na Universidade de Bonn, onde ele finalmente conheceu o teólogo Karl
Barth. Os escritos de Barth tinham impressionado o mundo teológico e cativado
Bonhoeffer durante seus anos de estudante em Berlim. Os dois ficaram amigos,
então. Barth apreciava os alertas incisivos de Bonhoeffer sobre a acomodação
das ideologias políticas na religião organizada. Bonhoeffer começou a usar
Barth como um meio de divulgação de suas opiniões, confiando nas avaliações
maduras de Barth sobre como contra-atacar as concessões da igreja ao nazismo.
Sendo o professor mais jovem da
faculdade, Bonhoeffer ficou conhecido pelo seu jeito de ir até o fundo de uma
questão e abordar os assuntos na sua relevância atual. Um aluno escreveu que
sob a direção de Bonhoeffer “cada frase encontrava seu lugar; havia uma
preocupação pelo que me perturbava, e de fato, todos nós jovens, o que
perguntávamos e o que queríamos saber”. Mas a carreira de ensino de Bonhoeffer
foi ofuscada pela ascensão de Hitler ao poder. Os alunos atraídos pelo nazismo
o evitavam.
Alguns dos cursos de Bonhoeffer
na universidade durante este período foram publicados como livros desde então.
Em The Nature of the Church, (A natureza da igreja), Bonhoeffer observou que a
igreja ficou à deriva; ela, com muita frequência, buscou o conforto dos
privilegiados. A igreja, ele disse aos seus alunos, tinha que confessar a fé em
Jesus com coragem incomum e rejeitar sem hesitação toda idolatria secular.
Em suas palestras sobre
Cristologia, publicada como Christ the Center (Cristo o centro), Bonhoeffer
insistiu com seus alunos a responder perguntas perturbadoras: Quem é Jesus, no
mundo de 1933? Onde Ele pode ser achado? Para ele, o Cristo de 1933 era o judeu
perseguido e o dissidente na luta da igreja.
Durante os anos na universidade,
Bonhoeffer também achou tempo para ensinar em uma favela de Berlin. Para ser
mais envolvido na vida destes alunos, ele se mudou para a sua vizinhança,
visitou suas famílias e os convidou a passar finais de semana num chalé alugado
na montanha. Depois da guerra, um destes alunos lembrou que “a turma dificilmente
ficava agitada”.
Crescente luta da
igreja — Durante este período, muitos cristãos dentro da Alemanha
adotaram o Socialismo Nacional de Hitler como parte de seu credo. Conhecidos
como “cristãos alemães”, seu porta-voz Hermann Grüner, deixou claro o que eles
defendiam:
“O tempo se completou em Hitler
para as pessoas na Alemanha. É por causa de Hitler que Cristo, Deus, o ajudador
e remidor, tornou-se eficaz entre nós. Portanto, o Socialismo Nacional é
cristianismo positivo em ação... Hitler é o modo do Espírito e da vontade de
Deus para o povo alemão entrar na igreja de Cristo”.
Ordenado em 15 de novembro de
1931, Bonhoeffer, com seu grupo de “Jovens Reformadores”, tentou persuadir
delegados nos sínodos da igreja a não votar em candidatos pró-Hitler. Num
sermão memorável, logo antes das eleições na igreja em julho de 1933,
Bonhoeffer apelou: “Igreja, permaneça uma igreja! Confesse, confesse,
confesse!” Apesar dos seus esforços, os cristãos alemães elegeram como Bispo
Nacional um simpatizante do nazismo, Ludwig Müller. Numa carta à sua avó, em
agosto daquele ano, Bonhoeffer afirmou com franqueza: “O conflito é realmente
ser Alemão ou ser Cristão e o quanto antes este conflito ficar às claras,
melhor”.
Em setembro de 1933, o conflito
ficou às claras. No “Sínodo Marrom” naquele mês (chamado assim porque muitos
dos religiosos usavam uniformes nazistas marrons e faziam a saudação nazista),
a igreja adotou a “Fase Ariana”, que negava o púlpito a ministros ordenados que
tivessem sangue judeu. O amigo mais próximo de Bonhoeffer, Franz Hildebrandt,
foi afetado pela legislação (junto com muitos outros). A Fase Ariana dividiu a
Igreja Protestante alemã.
Defesa aberta dos
judeus — A primeira reação pública de Bonhoeffer à legislação antissemita
chegou logo. Em abril de 1933, ele falou a um grupo de pastores sobre “A Igreja
e a questão judaica”. Neste sermão, ele pediu as igrejas para, em primeiro
lugar, desafiar com ousadia o governo que justifica tais leis, obviamente
imorais. Segundo, ele exigiu que a igreja viesse em socorro das vítimas —
batizadas ou não. Finalmente, ele declarou que a igreja devia “travar as rodas”
do governo se a perseguição aos judeus continuasse. Muitos dos que ali estavam
saíram correndo, convencidos de que tinham ouvido a incitação para um motim.
Logo após o Sínodo Marrom,
Bonhoeffer e um herói da Primeira Guerra Mundial, o pastor Martin Niemöller,
formaram a “Liga de Emergência dos Pastores”. Eles defendiam a luta para
repelir a Fase Ariana, e no fim de setembro, tinham obtido 2.000 assinaturas.
Mas, para decepção de Bonhoeffer, mais uma vez os bispos da igreja continuaram
em silêncio.
No Sínodo de Barmen, de 29 a 31
de maio de 1934, entretanto, a nova “Igreja Confessante” (aqueles pastores que
se opuseram à Fase Ariana e outras políticas nazistas) afirmaram a agora famosa
Confissão de Fé de Barmen. Concebida em grande parte por Karl Barth, sua
associação do Hitlerismo com idolatria fez simpatizantes entre os homens
marcados pela Gestapo, e dentre outras coisa dizia: “Nós repudiamos o falso
ensino de que há áreas em nossa vida que não pertencem a Jesus Cristo, mas a
outros senhores…”
Abandonando uma
carreira promissora — Uma vez que os cristãos alemães estavam agora
entrincheirados em posições de liderança na igreja, Bonhoeffer foi rejeitado
para um pastorado em uma igreja local. Os comentários contra ele apontaram sua
posição radical e intempestiva às políticas governamentais. E ele foi
considerado muito ligado ao seu amigo cristão-judeu, Franz Hildebrandt. A
assustadora “nazificação” das igrejas deixou Bonhoeffer sentindo-se isolado e
incapaz de esboçar uma oposição destemida a Hitler dentre os pastores.
Em sua posição de ensino, ele
sentiu que a universidade tinha se ligado indesculpavelmente ao sentimento
popular que exaltava Hitler como salvador político. Ele ficou perturbado também
pela falta de protesto diante do afastamento de professores judeus. Estas
frustrações facilitaram a decisão de deixar a Alemanha. No outono de 1933, ele
assumiu o pastorado de duas igrejas de língua alemã em Londres.
Por causa desta atitude
Bonhoeffer foi severamente repreendido por Karl Barth, que achou que ele
estivesse fugindo de cena quando ele era mais necessário. Barth acusou
Bonhoeffer de privar a luta da igreja de seu “esplêndido arsenal teológico” e
de sua “correta figura alemã”.
Mas Bonhoeffer ainda não estava
abandonando a luta contra o nazismo. De Londres, ele pretendia trazer pressão
externa sobre a igreja do Reich Alemão. Numa carta ao líder do Ministério
Eclesiástico Estrangeiro, Bonhoeffer recusou a se abster de criticar o governo
alemão.
Dietrich Bonhoeffer e outros
delegados foram a uma conferência ecumênica em Fano, na Dinamarca, em 1934. Na
conferência, Bonhoeffer pregou um sermão aos líderes cristãos de mais de 15
nações. “O mundo está sufocando com armas”, ele disse, “e a desconfiança que
salta dos olhos de cada ser humano é assustadora. As trombetas da guerra podem
tocar amanhã”. Nesta ocasião, ele insistiu para que os cristãos falassem contra
a guerra e ousassem pelo “grande empreendimento” da paz.
Buscando para o mundo o
apoio da igreja — Era no nível ecumênico que Bonhoeffer esperava
continuar mais efetivamente na luta da igreja. Ele tinha sido indicado
secretário da juventude para a Aliança Mundial para Promover a Amizade Internacional
através das Igrejas (um precursor do Conselho Mundial das Igrejas). Neste
papel, ele ajuntou as igrejas internacionais para fazer um forte protesto
antinazismo, para apoiar a Igreja Confessante e para expulsar a igreja do Reich
do movimento ecumênico.
Suas atividades levaram a uma
amizade duradoura com o bispo inglês George Bell. Bell era presidente do
Conselho Universal Cristão para a Vida e Trabalho, que trabalhava de perto com
a Aliança Mundial. Ele apoiava a luta de Bonhoeffer para que a Igreja
Confessante fosse reconhecida como a única representante da igreja protestante
na Alemanha.
Os esforços de Bonhoeffer
alcançaram um clímax na conferência de 1934 em Fano, na Dinamarca. A Comissão
Ecumênica de Jovens, da qual Bonhoeffer fazia parte, surpreendeu os delegados
por sua recusa em expressar resoluções em uma polida linguagem diplomática.
Além disso, Bonhoeffer queria que as igrejas declarassem não cristã qualquer
igreja que tivesse se tornado meramente uma audiência neutra nas questões políticas.
Todos os delegados sabiam que a Igreja do Reich era o alvo de tais resoluções.
A contribuição mais duradoura de
Bonhoeffer para esta conferência, entretanto, foi um sermão matinal
inesquecível sobre a paz, chamado “A Igreja e os povos do mundo”. Seu aluno,
Otto Dudzus relatou que as palavras de Bonhoeffer deixaram os delegados
“prendendo a respiração de tanta tensão”. Como poderiam as igrejas justificar
sua existência, ele perguntou, se elas não tomavam medidas para impedir a
marcha em direção à outra guerra? Ele exigiu que o conselho ecumênico se
levantasse “para que o mundo, embora esteja rangendo os dentes, tenha que
ouvir, para que as pessoas se alegrem por que a igreja de Cristo, no nome de
Cristo, tomou as armas das mãos dos seus filhos, proibiu a guerra, proclamou a
paz de Cristo contra o mundo irado”. Uma frase deste sermão ficou para sempre
marcada nas memórias dos alunos de Bonhoeffer: “Temos que nos atrever pela paz.
Este é o grande empreendimento!”. Até mesmo Dudzus lembrou que “Bonhoeffer
tinha seguido tanto à frente que a conferência não podia segui-lo”.
CONTINUA...
Leia a parte 002 por meio do link abaixo:
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/04/voce-sabe-quem-foi-dietrich-bonhoeffer_10.html
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Dr. Geffrey B. Kellyé professor
de teologia sistemática na La Salle University, na Filadélfia, e autor de
“Liberating Faith: Bonhoeffer's Message for Today” (Augsburg, 1984 - Liberando
a fé: a mensagem de Bonhoeffer para hoje)
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Today International
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Alexandros Meimaridis
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