Essa série tem por objetivo expor de maneira
ampla, bíblica, literária, histórica e teologicamente, a oração que chamamos de
“Oração do Pai Nosso”. Nosso desejo é enriquecer a vida de todos por meio
desses esboços de mensagens que também estão disponíveis em áudio. Na parte
final desse artigo o leitor encontrará os links para os outros esboços e para
os áudios à medida que forem sendo publicados.
Introdução:
A. Nas
mensagens anteriores — ver lista completa mais abaixo —, nós tivemos a
oportunidade de destacar diversas verdades entre as quais estão essas duas:
1. Na
abertura da oração, Jesus invoca um Deus de Amor a quem chama de אַבָּא — `abba —
Pai, que está próximo de nós.
2. Mas
Jesus também nos diz que o Pai está “nos
céus”. Que é transcendente.
B. O
אַבָּא — `abba — Pai, é também o Deus παντοκράτωρ — Pantokrátor — Todo Poderoso ou aquele que tem o
controle de todas as coisas. Não importa o que você está enfrentando,
lembre-se: DEUS ESTÁ NO CONTROLE.
C. Mas
o Deus Todo Poderoso não está lá longe, porque ele se aproximou de nós, de fato,
ele veio viver entre nós na pessoa de Jesus —
João 1:14
E o Verbo se fez carne
e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória
como do unigênito do Pai.
Jesus
se autodenomina παντοκράτωρ —
Pantokrátor — Todo Poderoso em —
Apocalipse 1:8
Eu sou o Alfa e Ômega,
diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
D. Com
essa frase “Pai nosso que estás nos céus”
Jesus afirma a existência de Deus independente de estarmos ou não conscientes
dessa realidade.
E. A
Bíblia “ASSUME” a existência de Deus e não faz nenhum esforço para provar essa
verdade.
F. Conforme
vimos quando da exposição do Salmo 130 — série ainda inédita —, a motivação
para a oração repousa no fato que o Deus Criador nos ouve quando o buscamos em
oração!
G. Uma
vez que Jesus identificou muito bem aquele a quem dirigimos nossas orações, vamos
então procurar entender a estrutura da oração do PAI NOSSO:
A ESTRUTURA DO PAI
NOSSO
I. A Oração Apresenta
Seis Pedidos.
1. Santificado seja o Teu Nome
2. Venha o Teu Reino.
3. Faça-se a Tua Vontade, assim na terra como no
céu.
4. O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje.
5. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós
temos perdoado aos nossos devedores.
6. E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos
do mal.
A. As
três primeiras petições têm a ver com o próprio Deus e servem para nos lembrar
que estamos envolvidos com o Deus παντοκράτωρ —
Pantokrátor — Todo Poderoso, e que somos parte da história da redenção
desenvolvida pelo próprio Deus. Os gloriosos temas tratados por essas três
primeiras petições são:
1. Santificar
o Nome de Deus.
2. A
Vinda do Reino de Deus.
3. O
cumprimento pleno da vontade de Deus
B. A
seguir a oração se concentra no mundo contemporâneo dos adoradores com suas
necessidades específicas. O foco dessas petições está centrado em:
1. Nosso
pão diário.
2. Perdão
no meio da comunidade dos santos.
3. Liberdade
do mal.
II. Cada uma Dessas
Petições Envolve:
1. Um ato de Deus.
2. E implica, de forma específica, na participação
do crente nas mesmas.
A. Cada
petição envolve a Soberania de Deus e a liberdade e a responsabilidade do
crente. Diante disso temos o seguinte:
1. Deus
Santifica Seu próprio Nome — E espera-se que eu viva uma vida de santidade.
2. Deus
introduz Seu Reino — E espera-se que eu viva de acordo com os princípios desse
Reino — amor, justiça, paz, etc.
3. Deus
faz cumprir Sua vontade — E eu preciso descobrir, entender e praticar a vontade
de Deus no meu dia à dia.
4. Deus
nos concede a bênção do alimento diário — e eu preciso trabalhar para ganhar o
mesmo.
5. Deus
perdoa — e eu preciso perdoar também.
6. Deus
nos conduz para longe do mal — e eu preciso viver uma vida pautada em justiça e
santidade.
III. Os Contrastes do
Pai Nosso Com as 18 Orações dos Judeus.
A. Nas
18 orações proferidas pelos judeus nós podemos notar as seguintes ênfases:
1. Uma
forte ênfase na Cidade de Jerusalém e no Templo — orações 10, 11, 14 e 17.
2. Um
livro sagrado é identificado e lealdade ao mesmo é afirmada juntamente com um
pedido para ter conhecimento e compreensão do mesmo — orações 4 e 5.
3. Uma
ênfase no sofrimento da comunidade judaica e na necessidade de alívio e
restauração — orações 7, 8, 11, 13, 15 e 17.
4. Pede-se
perdão, mas não existe nenhuma preocupação com perdoar os outros — orações 5 e
6.
5. Uma
oração pela bênção de Deus para a produção dos campos — oração 9.
6. Um
pedido para que os inimigos sejam atacados — Birkat HaMinim — oração 12.
7. Pedido
por misericórdia, por resposta às orações junto com paz e felicidade — orações
16, 19.
B. Com
todos esses admiráveis e honrados pedidos essa coleção não passa de um grupo de
orações étnicas centradas em Jerusalém,
no Templo e no povo judeu.
C. Jesus,
com sua oração fez o seguinte: ele “DE-SIONIZOU” a tradição judaica.
D. Na
oração do Pai Nosso não existe nenhuma menção de Jerusalém nem do Templo e os
discípulos são instruídos a pedir pela vinda do Reino de Deus, algo que
demonstra uma preocupação por todos os povos e não apenas para um povo: os
judeus.
E. O
perdão de Deus está firmemente atado ao perdão que oferecemos aos outros.
F. Nenhum
pedido é feito visando à destruição dos inimigos.
G. Também
não existe nenhum pedido para Deus olhar para o sofrimento do Seu povo, nem
para que Deus lute a favor do Seu povo. De fato nós lemos o seguinte em —
1 Pedro 4:19
Por isso, também os que
sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, na
prática do bem.
H. Tudo
isso deve nos levar a considerar com maior cuidado a oração que temos diante de
nós. Mas começaremos a fazer isso a partir da próxima mensagem. Agora vamos
concluir a mensagem de hoje.
Conclusão
A. Jesus
nos exorta a fazer o seguinte em
Lucas 18:1
Disse-lhes Jesus uma
parábola sobre o dever de orar sempre e
nunca esmorecer.
B. Não
devemos nos enganar: Deus exige que vivamos em santidade —
Hebreus 12:14
Segui a paz com todos e
a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
C. Em
que consiste o Reino de Deus?
Romanos 14:17
Porque o reino de Deus
não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
D. Qual
é a vontade de Deus para nós?
Marcos 3:35
Portanto, qualquer que
fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe.
Romanos 12:2
E não vos conformeis
com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Efésios 6:6
Não servindo à vista,
como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a
vontade de Deus.
1 Tessalonicenses 4:3
Pois esta é a vontade
de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição.
1 Tessalonicenses 5:18
Em tudo, dai graças,
porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
1 Pedro 2:15
Porque assim é a
vontade de Deus, que, pela prática do bem, façais emudecer a ignorância dos
insensatos.
1 João 2:17
Ora, o mundo passa, bem
como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece
eternamente.
E. Quanto
ao alimento diário temos que nos lembrar que como descendentes de Adão sobre
nós pesa o seguinte:
Gênesis 3:19
No suor do rosto
comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu
és pó e ao pó tornarás.
F.
Na continuidade da “Oração do Pai Nosso” Jesus diz as seguintes palavras:
Mateus 6: 14—15
14 Porque, se
perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará;
15 se, porém, não
perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as
vossas ofensas.
G. O
que Deus faz por nós quando enfrentamos uma tentação?
1 Coríntios 10:13
Não vos sobreveio
tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais
tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos
proverá livramento, de sorte que a possais suportar.
H.
Quando consideramos a oração do Pai Nosso à luz de tais versículos temos que
entender que o propósito de Jesus é criar um senso de comunidade entre nós e
também nos ajudar a nos identificarmos, enquanto indivíduos, com o Deus παντοκράτωρ — Pantokrátor — Todo Poderoso.
Que Deus abençoe a todos.
OUTRAS MENSAGENS DA SÉRIE DO PAI NOSSO
001 — INTRODUÇÃO A MATEUS 6:9—15
002 — O PAI NOSSO — PARTE 001 — MATEUS 6:9
003 — O PAI NOSSO — PARTE 002 — MATEUS 6:9
004 — O PAI NOSSO — PARTE 003 — MATEUS 6:9
005 — O PAI NOSSO — PARTE 004 — MATEUS 6:9a — PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS
006 — O PAI NOSSO — PARTE 005 — INTRODUÇÃO À ESTRUTURA DO PAI NOSSO — Mateus 6:9—13
007 — O PAI NOSSO — PARTE 006 — SANTIFICADO SEJA TEU NOME — Mateus 6:9
008 — O PAI NOSSO — PARTE 007 — A RELAÇÃO DA SANTIDADE DE DEUS COM A JUSTIÇA E O AMOR — Mateus 6:9
009 — O PAI NOSSO — PARTE 008 — O REINO DE DEUS — PARTE 001 — Mateus 6:10
010 — O PAI NOSSO — PARTE 009 — O REINO DE DEUS — PARTE 002 — Mateus 6:10
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-oracao-do-pai-nosso-sermao-010-o.html
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/a-oracao-do-pai-nosso-sermao-010-o.html
011 — O PAI NOSSO — PARTE 010 — A VONTADE DE DEUS
Que Deus abençoe a todos
Alexandros Meimaridis
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